O fim de semana começou movimentado. Por uma ocasião super especial (o casamento do irmão da Mari), não pudemos ver o Ramalhão jogando em casa. Claro que festas e reuniões familiares são bacanas, mas sofri muito em não ver o Ramalhão vencer o Oeste por 2×0.
Assim, pra não deixar meu lado futebolístico decepcionado, aproveitei que a festa era no interior para dar um pulo em Araras, no lindo Estádio Dr Hermínio Ometto, no domingo, 19 de junho de 2022.
Os ingressos para a partida custavam R$ 10 e a bilheteria até que apresentou um movimento bacana próximo do início do jogo.
A ideia era acompanhar um jogo entre duas camisas bem pesadas: União São João x Paulista de Jundiaí, válidos pelo “Paulista Sub 23 – Segunda Divisão”, que tem várias alcunhas… “Bezinha”, “Segundona”, “série B” e etc. Mas o nome oficial está ali na placa.
Logo ao entrar, me surpreendi ao ver a boa presença da torcida do Paulista de Jundiaí.
Vamos dar um rolê pelo estádio e sentir o clima do jogo.
O jogo colocou a frente duas realidades distintas: o Paulista chegou em Araras disposto a seguir vivo na luta pela classificação à fase seguinte da série B.
Pra quem ama o futebol fica o orgulho em participar de um evento como esse.
Já o União São João só busca terminar esse ano de retorno ao profissionalismo, já que os resultados em campo tem sido bem abaixo do esperado. A Consequência direta é o baixo número de torcedores que ainda seguem apoiando o time nessa reta final.
Nessas horas fica ainda mais claro o valor das torcidas organizadas. Um momento difícil, e importante, afinal, mesmo sendo uma má campanha, ainda trata-se do ano do retorno de um time tão importante como o União, e que precisa ser celebrado.
Mas vale reforçar que ainda existem aquelas pessoas que ainda amam o time e comparecem pra dar seu apoio e também se divertir! Infelizmente a partida de hoje não traria muita diversão para o torcedor de Araras…
Aos 34 minutos do primeiro tempo, o garoto Natan abriu a partida para a festa dos visitantes!
E mesmo depois do gol, o Paulista seguiu forte e teve grande chance de ampliar o placar em um penalty perdido.
A torcida do Paulista tem passado por um momento complicado. A ideia de se manter mais um ano na série B atormenta cada um daqueles que apoiam o galo!
Aí o pessoal da Raça Tricolor que segue protestando com a faixa virada.
Para acalmar um pouco os ânimos, aos 46 do primeiro tempo, o mesmo Natan aumentou o placar para 2×0.
Natan aos 12 e Caíque aos 43 fechariam o placar: 4×0 para a equipe visitante.
Provavelmente essa foi a última vez que fomos ao Estádio Hermínio Ometto, este ano, então um último olhar no campo.
E mais um registro em frente à entrada do Estádio que outrora tinha ninguém menos que Roberto Carlos como lateral esquerdo do time local.
Fevereiro de 2019, 19hs e a luz do sol ainda se faz presente, decidi dar uma paradinha em Jundiaí para registrar um time que também representou a cidade nas disputas profissionais da Federação Paulista.
O São João FC foi fundado em 14 de Abril de 1913 e participou de 3 edições da competição equivalente à série A2, de 1948 a 1950.
A partir de 1967, passou a se chamar Clube Recreativo São João, desde 1989, apenas Clube São João.
Atualmente, o clube possui uma sede social e esportiva voltada para seus associados, na Rua Dr Oswaldo Cruz, 231, em Jundiaí.
Estive lá e pude conversar com alguns sócios que ainda se lembravam da época do futebol profissional.
Um deles disse que naquela época, o campo ficava onde estão atualmente as piscinas e o ginásio, ocupando boa parte do terreno.
O time teve como destaque o jogador Romeu Pellicari, eleito pela imprensa da cidade como o maior craque da história de Jundiaí e que chegou a jogar a Copa do Mundo de 1938.
Há tempos que o futebol profissional deixou de ser um sonho para o clube, mas mesmo assim é válido resgatar sua história principalmente para aqueles que pensam que o futebol em Jundiaí limita-se ao tradicionalíssimo Paulista de Jundiaí.
Já estivemos em diversas partidas do Santo André, no Estádio Jayme Cintra, mas alguns anos atrás também estivemos lá apenas para um registro do Estádio e aproveito pra postar essas fotos aqui.
O nome completo do estádio é “Doutor Jayme Pinheiro de Ulhôa Cintra” (um ex-presidente da antiga e extinta Companhia Paulista de Estradas de Ferro).
Ele fica localizado na Praça Doutor Sallim Gebran, e foi inaugurado em 30 de maio de 1957, com um amistoso entre Paulista e Palmeiras, no qual o Paulista venceu por 3 a 1.
O Estádio tem capacidade para cerca de 15 mil pessoas (ainda que já tenha recebido 29 mil torcedores no passado, num jogo entre Paulista de Jundiaí e Santos).
Essa sombra à esquerda sou eu.
Aqui, eu de novo, com cara de besta.
O Estádio Jayme Cintra é, sem dúvida um templo do futebol paulista. Aqui dá pra se ter ideia do campo:
Mas, houveram outros belos estádios além destes dois citados acima que também receberam partidas do profissionalismo.
É o caso do Corinthians Jundiaiense Foot-Ball Club, fundado em setembro de 1913.
O time foi campeão do Interior Paulista em 1920.
O Corinthians Jundiaiense usava o Estádio da Cia. Tecelagem Japy, que ficava localizado na área ocupada atualmente pelas indústrias Dubar, nos altos de Vila Arens, com capacidade para 10.000 torcedores. Em 1957 foi destaque na Gazeta Esportiva:
Foi lá que se realizou a primeira partida entre o time jundiaiense e o SC Corinthians Paulista, no dia 05/09/1915.
O Corinthians Jundiaiense chegou a iniciar a construção de seu estádio próprio, mas acabou abandonando a obra que se tranformou no Estádio da Associação Primavera de Esportes.
Tive a oportunidade de visitá-lo e pude conhecer um pouco da parte interna do Estádio. O clube atualmente tem se mantido dentro do futebol amador e conta com uma importante parte social (academia e uma piscina gigante!).
Mas, vale sempre lembrar, que já foi palco do futebol profissional, ainda que a Associação Primavera nunca tenha disputado.
Aqui, além do campo bem gramado, pode se ver que a área foi mesmo reservada par aum estádio, tendo grandes espaços para arquibancadas ao seu redor.
Aliás, dizem que originalmente, foram oferecidas duas áreas para a construção de um estádio em Jundiaí e por pouco o Estádio Jayme Cintra não ficou nesse local. Aqui, o gol do lado esquerdo:
Aqui, o do direito:
E mais uma vez, registramos nossa presença em um palo do futebol paulista.
Outro time da cidade a disputar o profissionalismo foi o Paulistano Futebol Clube, fundado em 23 de junho de 1978 e que jogou oito edições do campeonato paulista da terceira divisão, entre 1980 e 1987, três edições da quarta divisão, entre 1988 e 1990 e uma edição do paulista da quinta divisão, em 1979.
O amigo Ivan Gottardo (torcedor e pesquisador do Paulista e grande conhecedor do futebol jundiaiense) me disse que o Paulistano FC existiu até o começo dos anos 90 e que até chegou a mandar alguns jogos no Jayme Cintra, mas a grande maioria dos seus mandos foram no Estádio Francisco Dal Santo, atualmente um Centro Esportivo, bem na entrada da cidade. E lá fomos nós para registrar mais um estádio!
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E se alguém perguntar quem foi Francisco Dal Santo, ta aí!
Como disse, agora, o estádio recebeu uma série de outros equipamentos e se transformou em um Centro Esportivo.
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Mas o mais importante segue por ali: o campo de futebol. Em meio à cidade de Jundiaí que também segue em crescimento vertical, como se pode ver pelos novos prédios no seu entorno.
Durante nossa visita, pudemos assistir a um incrível embate entre times de categorias de base, os quais não sei identificar.
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Pelo menos dá pra se ter uma ideia do campo…
E lá vamos nós, em mais uma presença…
Aqui um olhar no meio campo.
Pelo que conversei com uma das pessoas que trabalha no atual Centro Esportivo, o antigo Estádio passou por uma série de trnasformações, inclusive no campo, mas a arquibancada permanecxe no mesmo local original.
Vamo, bandera!!!!
Além dos dois “similares” dos times da capital, vale relembrar a existência do Hydecroft Foot-Ball Club, time composto por alunos do Gimnásio Hydecroft, um colégio de Jundiaí.
O time foi fundado em 31 de dezembro de 1913, e merece lembrança por ter sido o primeiro time do interior do estado a disputar o Campeonato Paulista, em 1914 (o campeonato da APEA).
O Corinthians da capital foi campeão, enquanto o Hydecroft, que mandou seus jogos no Parque Antártica abandonou o torneio, e seus pontos acabaram não computados.
Ele lembrou ainda do Jundiaí FC, fundado em 1973 e que disputou a terceira divisão em 1975 e 1976.
Mandaram seus jogos no campo da Associação Primavera de Esportes, no Francisco Dal Santo e até na cidade vizinha de Louveira.
Ainda é necessário lembrar da Associação Atlética Ipiranga de Jundiaí!
A equipe conhecida como “Falcão Negro” foi fundanda em 09/11/1920 e disputou duas edições do Campeonato Paulista da Série A3: em 1961 e 1962, e mandou seus jogos no Estádio Nacional.
Por fim, e não menos importante, falemos da a Associação Esportiva Promeca!
Fundada em 21 de abril de 1955, a AE Promeca na verdade não é de Jundiaí, foi o único clube da cidade de Várzea Paulista que disputou o Campeonato Paulista de futebol profissional.
Vale lembrar que na época em que disputaram o profissionalismo, Várzea era um distrito de Jundiaí. Olha o time de 1962:
O time tem esse nome porque foi formado por funcionários da empresa Promeca.
A equipe mandava seus jogos no Estádio do Nacional e em breve iremos registrá-lo em fotos e complementar este post.
Assim, encerramos nosso breve relato sobre o futebol profissional jundiaiense.
Pois é….
Mesmo acompanhando os shows do Doble Fuerza no final de semana, ainda conseguimos um tempo para ir até o MoisésLucarelli, para acompanhar alguns momentos da final da Copa Paulista, entre o Red Bull e o Paulistade Jundiaí.
E fui pé quente, assim que eu entrei, o Paulista fez 1×0, para a alegria da sua torcida que compareceu em bom número ao Majestoso, assim como já havia feito no ano passado na final contra o Votoraty (veja aqui como foi).
E a torcida do Paulista fez uma bela festa, com faixas, bandeiras e cantando o tempo todo!
A torcida sabia que a vitória nesse primeiro jogo era importante não só pelas circunstâncias normais, mas também porque uma das características da equipe de Jundiaí nessa Copa Paulista tem sido os maus resultados em casa.
Assim, valeu até a presença do Papai noel para apoiar o time!
Ah, mas para quem pensava que o Red Bull não teria torcida, até que teve bastante gente do lado dos “Touros Lokos“.
Mas, a torcida e o time de Jundiaí pareciam não se importar com os adversários e faziam de tudo para se sentirem em casa, no campo e nas arquibancadas…
Veio o segundo tempo e o Paulista se acomodou nos contra ataques…
O estádio da Ponte tem um visual muito legal para os visitantes, não?
E a rapaziada do Paulista seguia agitando, afinal com o 1×0, até mesmo uma derrota pelo mesmo placar daria ao seu time o título!
Com todo o clima positivo, a torcida visitante parecia não acreditar quando viu o empate do time de Campinas…
Agora, a partida de volta terá ainda mais atenção… O Red Bull joga por uma vitória simples.
A torcida promete lotar o Jaime Cintra e ajudar o time a quebrar o estigma atual dos maus resultados em casa e levantar o caneco!
O time do Red Bull promete estragar a festa.
Só podemos aguardar até sábado e ver o que acontecerá…
Mais um encontro entre a velha guarda do futebol contra o modelo moderno de gestão do futebol.