O futebol em Sófia – Bulgária

Outra cidade visitada durante nosso rolê pelo Leste Europeu no fim de 2018 foi Sófia, a capital da Bulgária, onde vivem quase um milhão e meio de pessoas. bandeira da bulgária A cidade tem investido no turismo para atrair uma nova fonte de renda, e história é o que não falta para Sófia! Sófia - Bulgária A Bulgária sofreu diversas invasões: dos romanos, do Império Bizantino, do Império Otomano, dos Russos, além das guerras com Grécia, Sérvia, Romênia, Macedônia e Trácia. Somente em 1989 conseguiu sua independência. Mas as marcas das diversas invasões são encontradas pela cidade de Sófia até hoje, como por exemplo a Igreja de Sveta Petka Samardzhiiska, do século XIV (época do Império Otomano). Sofia - Bulgária São uma série de igrejas e monumentos distribuídos pela cidade, como pela estátua de Sveta Sofia, que foi erguida em 2000, no lugar da estátua de Lenin (da época recente da Bulgária comunista). Sófia - Bulgária Sófia - Bulgária Sem contar as ruínas dessas diferentes épocas, que fazem parte do cenário urbano de Sófia. Sófia - Bulgária Em pleno centro da cidade, existe um grande sítio arqueológico com muita coisa do período do domínio Sérdico. Sófia - Bulgária Sófia - Bulgária A maioria dos búlgaros seguem a religião da Igreja Ortodoxa Búlgara, mas a cidade está repleta de templos religiosos de diferentes religiões. Assim como vimos em Sarajevo, existe um bairro em Sófia, chamado de “Quadrado da Tolerância” que reúne uma igreja católica, uma ortodoxa, uma sinagoga e uma mesquita!.

Passamos por todas elas e ainda fomos além, conhecendo também a Igreja Russa: Sófia - Bulgária Fomos também à Catedral de Alexandre Nevski, a maior catedral ortodoxa da cidade, dedicada ao Santo Alexandre Nevsky, erguida em homenagem aos soldados russos caídos em combate durante a Guerra Russo-Turca de 1877-1878, que libertaram a Bulgária do jugo otomano: Sófia - Bulgária

Mas, Sófia é uma cidade como outra qualquer no que se refere ao dia-a-dia das pessoas. A rotina escola, trabalho, família, rolê… E por quê não, as roupas no varal… Sófia - Bulgária Outro ponto especial é o Monumento ao Soldado Desconhecido, erguido em honra dos soldados falecidos na Primeira Guerra Mundial: Sófia - Bulgária E tava frio hein… Sófia - Bulgária A única coisa que me deixou um pouco triste é que por uma questão de idioma não trouxe um livro sequer… E ficou tanta coisa que eu queria ter aprendido sobre a cidade… Fica de lição de casa. Söfia - Bulgária Os grandes prédios onde centenas de famílias vivem, são outra característica da cidade. Sófia - Bulgária O centro da cidade guarda ainda a Boulevard Vitosha, um calçadão cheio de lojas que termina em um parque, com vários museus e até um shopping. Encontrei aí, uma loja de discos bem legal: Discos de vinil em Sófia - Bulgária Bom, espero ter ajudado a desmistificar a ideia de que Sófia (assim como outras cidades do Leste Europeu) é um lugar perigoso, ou que não vale a pena de ser conhecido.

E assim, vamos ao foco do nosso blog: o futebol. Escolhemos 3 estádios para visitar e assim tentar entender um pouco do futebol local, e decidimos iniciar pelo CSKA (Centralen Sporten Klub na Armiyata, ou Clube Esportivo Central do Exército). O nome completo do time é PFC CSKA Sófia (PFC significa Professional Football Club). Em búlgaro, CSKA se escreve ЦСКА. Estádio do CSKA Sófia O time foi fundado em maio de 1948 e manda seus jogos no Balgarska Armiya Stadium, ou Estádio do Exército Búlgaro. E… lá fomos nós conhecer o Българска Армия. PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA Para chegar ao estádio, foi preciso atravessar o mais antigo parque de Sófia, o Borissowa Gradina (Jardim do Rei Boris). Estádio CSKA Sófia Um dia de inverno como o que estávamos dá um certo ar “sombrio” ao parque e ao estádio. Estádio CSKA Sófia Mas, basta seguir as placas… Estádio do CSKA - Sófia - Bulgária O local é todo “ilustrado” pela torcida local. Ver um jogo aqui como visitante não deve lá ser muito legal… PFC CSKA Sófia - BULGÁRIA Estádio do CSKA - Sófia - Bulgária Estádio do CSKA - Sófia - Bulgária Em frente ao estádio fica uma sede do clube. Mas não havia ninguém por lá… PFC CSKA Sófia - BULGÁRIA O distintivo do clube é praticamente parte da natureza local… PFC CSKA Sófia - BULGÁRIA Adesivos então… Estão por todos os lados! PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA Há de se comentar que boa parte das mensagens estão ligadas ao hooliganismo, e, infelizmente, muita coisa ligada ao racismo e ao nazismo que eu prefiro nem postar aqui. PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA Eles também pegam bastante no pé da polícia… police E aí, próximo à entrada do estádio… um pequeno monumento aos torcedores rivais (em especial, o Levski Sofia, rival local)… uma árvore decorada com camisas, cachecóis e demais lembranças de brigas antigas. PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA Ainda existem um bar que serve de ponto de encontro da torcida: sede da torcida cska - sófia Estádio do CSKA - Sófia - Bulgária Embora tudo estivesse deserto, o portão de acesso ao estádio estava aberto, então… vamos lá! PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA

PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA Quem diria… Nós na casa do CSKA Sófia, um dos times mais alternativos e inesperados… Com um estádio bem bacana, com capacidade para 22.500 torcedores. Estádio do CSKA - Sófia - Bulgária O CSKA é um time grande na Bulgária, já tendo conquistado 31 vezes o campeonato nacional (a mais recente conquista, na temporada 2007/09), 23 Copas (a última vez em 2016) e 3 Supercopas da Bulgária (2008, a última conquista). Estádio do CSKA - Sófia - Bulgária Mesmo dentro do estádio, as árvores secas dão um ar de filme de suspensa ao lugar… Estádio do CSKA - Sófia - Bulgária Existem quatro setores no estádio, delimitados e separados, sendo que o setor coberto abriga 2.100 lugares. Estádio do CSKA - Sófia - Bulgária PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA Olha o time de 73, posando em frente à parte coberta: CSKA - Sófia - Bulgária O Estádio foi construído em 1923 para o AS-23, que tinha o leão em seu distintivo:

Nessa época, o estádio ficou conhecido como Athletic Park até 1944, quando o AS-23 se fundiu com outros dois clubes para formar o Chavdar Sofia. Estádio do CSKA - Sófia - Bulgária De 1944 até 1948 foi chamado Estádio Chavdar, e entre 1948 e 1990, ficou conhecido como o Estádio do Povo do Exército e, desde 1990, é o Estádio Balgarska Armia. PFC CSKA Sófia - BULGÁRIA O Estádio foi reconstruído novamente em 1982, e somente então recebeu o sistema de iluminação com seus holofotes e desde 2000, possui um novo sistema de som surround. PFC CSKA Sófia - BULGÁRIA Aqui, o gol do lado direito: PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA Aqui, o gol do lado esquerdo: PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA O placar eletrônico e um setor mantido sem cadeiras, no cimentão: PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA Mas o estádio possui cadeiras em quase sua totalidade: PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA Realmente uma aventura incrível, que vai ficar pra sempre na nossa memória. PFC CSKA Sófia - Estádio Balgarska Armiya Stadium - BULGÁRIA O outro time escolhido para ilustrar nossa visita à Bulgária foi o PFK Levski Sofia (em búlgaro: ПФК Левски София). Distintivo do PFK Levski Sofia O PFK Levski Sofia também é um grande time da Bulgária, fundado em maio de 1914 e manda seus jogos no Estádio Georgi Aspraruhov. Fomos até lá pra conhecê-lo e registrar mais um estádio do leste europeu. PFK Levski Sofia - Estádio Georgi Aspraruhov - Bulgária O alfabeto cirílico é mesmo louco, não? Tenta entender o que estava escrito ali: PFK Levski Sofia - Estádio Georgi Aspraruhov - Bulgária O Levski Sófia sagrou-se campeão búlgaro por 26 vezes (a última dela na temporada de 2009), além de 26 conquistas da Copa da Bulgária (sendo em 2007 a última vez). PFK Levski Sofia - Estádio Georgi Aspraruhov - Bulgária

A primeira vista, o estádio parecia fechado, então fomos ver a loja do time que ainda estava aberta. Perguntei pra moça que trabalhava ali se dava pra gente entrar no estádio pra tirar umas fotos mas ela respondeu: “Impossible”. PFK Levski Sofia - Estádio Georgi Aspraruhov - Bulgária A Mari já estava satisfeita de poder se proteger do frio e ficar ali no sofá da própria loja… PFK Levski Sofia - Estádio Georgi Aspraruhov - Bulgária

Se você acha que do lado azul a torcida é menos fanática que o lado vermelho, dá uma 0lhada no que os torcedores do Levski fizeram na apresentação do técnico Iwajlo Petew que diziam ser torcedor do CSKA:

Já estávamos indo embora quando mais uma vez, um portão entreaberto me chamou a atenção. Ainda bem que decidimos seguir sem perguntar….

Durante o regime comunista na Bulgária, o clube teve que mudar seu nome para FC Vitosha. Com a queda do Muro de Berlim e a consequente queda do comunismo, o time voltou a se chamar Levski Sófia. Estádio Georgi Aspraruhov Dali deu pra ver as arquibancadas que permitem a presença de quase 30 mil torcedores. PFK Levski Sofia - Estádio Georgi Aspraruhov - Bulgária Que cara de mané kkkkk! PFK Levski Sofia - Estádio Georgi Aspraruhov - Bulgária O estádio também é conhecido como Gerena e foi inaugurado em março de 1963, em uma partida contra o PFC Spartak de Pleven, na época, tendo capacidade para 38 mil torcedores. PFK Levski Sofia - Estádio Georgi Aspraruhov - Bulgária Somente em 1971, passou a ser chamado de Georgi Asparuhov e chegou a ter uma área coberta. PFK Levski Sofia - Estádio Georgi Aspraruhov - Bulgária O Estádio possui arquibancada em todo o entorno do campo. PFK Levski Sofia - Estádio Georgi Aspraruhov - Bulgária Olha que legal o distintivo do clube lá embaixo do placar. PFK Levski Sofia - Estádio Georgi Aspraruhov - Bulgária Por fim… Mas não menos importante, demos uma rápida passada no Estádio Nacional Vasil Levski , a casa da Seleção Nacional e as finais da Copa da Bulgária. Estádio Nacional Vasil Levski - Sófia - Bulgária O seu nome homenageia o revolucionário e herói nacional búlgaro Vasil Levski. Estádio Nacional Vasil Levski - Sófia - Bulgária O Estádio tem uma fachada um pouco sem graça, mas é um baita campo! Peguei essa foto do Google, pra ilustrá-lo:

Estádio Nacional da Bulgária

Ele foi inaugurado em 1953, e atualmente tem capacidade para 43 mil torcedores. Cuirosamente ele fica no mesmo quarteirão do parque onde fica o estádio do CSKA. Vale lembrar que ele passou por importantes renovações em 1966 e 2002. Estádio Nacional Vasil Levski - Sófia - Bulgária E assim, nos despedimos de Sófia e da Bulgária, fica a espectativa de um futuro post falando da camisa da seleção búlgara (a única aquisição nessa viagem). Estádio Nacional Vasil Levski - Sófia - Bulgária

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O futebol profissional em Jundiaí

Fevereiro de 2019, 19hs e a luz do sol ainda se faz presente, decidi dar uma paradinha em Jundiaí para registrar um time que também representou a cidade nas disputas profissionais da Federação Paulista. O São João FC foi fundado em 14 de Abril de 1913 e participou de 3 edições da competição equivalente à série A2, de 1948 a 1950. São João FC - Jundiaí A partir de 1967, passou a se chamar Clube Recreativo São João, desde 1989, apenas Clube São João. Distintivo do Clube São João Atualmente, o clube possui uma sede social e esportiva voltada para seus associados, na Rua Dr Oswaldo Cruz, 231, em Jundiaí. São João FC - Clube São João - Jundiaí Estive lá e pude conversar com alguns sócios que ainda se lembravam da época do futebol profissional. São João FC - Clube São João - Jundiaí Um deles disse que naquela época, o campo ficava onde estão atualmente as piscinas e o ginásio, ocupando boa parte do terreno. São João FC - Clube São João - Jundiaí O time teve como destaque o jogador Romeu Pellicari, eleito pela imprensa da cidade como o maior craque da história de Jundiaí e que chegou a jogar a Copa do Mundo de 1938. Há tempos que o futebol profissional deixou de ser um sonho para o clube, mas mesmo assim é válido resgatar sua história principalmente para aqueles que pensam que o futebol em Jundiaí limita-se ao tradicionalíssimo Paulista de Jundiaí. Já estivemos em diversas partidas do Santo André, no Estádio Jayme Cintra, mas alguns anos atrás também estivemos lá apenas para um registro do Estádio e aproveito pra postar essas fotos aqui.

O nome completo do estádio é “Doutor Jayme Pinheiro de Ulhôa Cintra” (um ex-presidente da antiga e extinta Companhia Paulista de Estradas de Ferro).

Ele fica localizado na Praça Doutor Sallim Gebran, e foi inaugurado em 30 de maio de 1957, com um amistoso entre Paulista e Palmeiras, no qual o Paulista venceu por 3 a 1.

O Estádio tem capacidade para cerca de 15 mil pessoas (ainda que já tenha recebido 29 mil torcedores no passado, num jogo entre Paulista de Jundiaí e Santos). Essa sombra à esquerda sou eu. Aqui, eu de novo, com cara de besta.

O Estádio Jayme Cintra é, sem dúvida um templo do futebol paulista. Aqui dá pra se ter ideia do campo:

Mas, houveram outros belos estádios além destes dois citados acima que também receberam partidas do profissionalismo. É o caso do Corinthians Jundiaiense Foot-Ball Club, fundado em setembro de 1913. Distintivo do Corinthians Juniaiense O time foi campeão do Interior Paulista em 1920. Corinthians Jundiaiense campeão O Corinthians Jundiaiense usava o Estádio da  Cia. Tecelagem Japy, que ficava localizado na área ocupada atualmente pelas indústrias Dubar, nos altos de Vila Arens, com capacidade para 10.000 torcedores. Em 1957 foi destaque na Gazeta Esportiva: Corinthians Jundiaí Foi lá que se realizou a primeira partida entre o time jundiaiense e o SC Corinthians Paulista, no dia 05/09/1915. Esádio do Corinthians Jundiaiense O Corinthians Jundiaiense chegou a iniciar a construção de seu estádio próprio, mas acabou abandonando a obra que se tranformou no Estádio da Associação Primavera de Esportes. Estádio APE Primavera - Jundiaí Estádio da Associação Primavera de Esportes - Jundiaí Tive a oportunidade de visitá-lo e pude conhecer um pouco da parte interna do Estádio. O clube atualmente tem se mantido dentro do futebol amador e conta com uma importante parte social (academia e uma piscina gigante!). Estádio APE Primavera - Jundiaí Mas, vale sempre lembrar, que já foi palco do futebol profissional, ainda que a Associação Primavera nunca tenha disputado. Associação Primavera de Esportes - Jundiaí Aqui, além do campo bem gramado, pode se ver que a área foi mesmo reservada par aum estádio, tendo grandes espaços para arquibancadas ao seu redor. Associação Primavera de Esportes - Jundiaí Aliás, dizem que originalmente, foram oferecidas duas áreas para a construção de um estádio em Jundiaí e por pouco o Estádio Jayme Cintra não ficou nesse local. Aqui, o gol do lado esquerdo: Associação Primavera de Esportes - Jundiaí Aqui, o do direito: Associação Primavera de Esportes - Jundiaí E mais uma vez, registramos nossa presença em um palo do futebol paulista. Associação Primavera de Esportes - Jundiaí Associação Primavera de Esportes - Jundiaí Associação Primavera de Esportes - Jundiaí Outro time da cidade a disputar o profissionalismo foi o Paulistano Futebol Clube, fundado em 23 de junho de 1978 e que jogou oito edições do campeonato paulista da terceira divisão, entre 1980 e 1987, três edições da quarta divisão, entre 1988 e 1990 e uma edição do paulista da quinta divisão, em 1979. Distintivo do Paulistano de Jundiaí O amigo Ivan Gottardo (torcedor e pesquisador do Paulista e grande conhecedor do futebol jundiaiense) me disse que o Paulistano FC existiu até o começo dos anos 90 e que até chegou a mandar alguns jogos no Jayme Cintra, mas a grande maioria dos seus mandos foram no Estádio Francisco Dal Santo, atualmente um Centro Esportivo, bem na entrada da cidade. E lá fomos nós para registrar mais um estádio! Estádio Francisco Das Santo - Jundiaí style=”text-align: left;”> E se alguém perguntar quem foi Francisco Dal Santo, ta aí! Estádio Francisco Das Santo - Jundiaí Como disse, agora, o estádio recebeu uma série de outros equipamentos e se transformou em um Centro Esportivo. Centro Esportivo Francisco Das Santo >Estádio Francisco Das Santo - Jundiaí Mas o mais importante segue por ali: o campo de futebol. Em meio à cidade de Jundiaí que também segue em crescimento vertical, como se pode ver pelos novos prédios no seu entorno. Estádio Francisco Das Santo - Jundiaí Estádio Francisco Das Santo - Jundiaí Durante nossa visita, pudemos assistir a um incrível embate entre times de categorias de base, os quais não sei identificar. style=”text-align: center;”> Estádio Francisco Das Santo - Jundiaí Estádio Francisco Das Santo - Jundiaí Pelo menos dá pra se ter uma ideia do campo… Estádio Francisco Das Santo - Jundiaí Estádio Francisco Das Santo - Jundiaí E lá vamos nós, em mais uma presença… Estádio Francisco Das Santo - Jundiaí Aqui um olhar no meio campo. Estádio Francisco Das Santo - Jundiaí Pelo que conversei com uma das pessoas que trabalha no atual Centro Esportivo, o antigo Estádio passou por uma série de trnasformações, inclusive no campo, mas a arquibancada permanecxe no mesmo local original. Estádio Francisco Das Santo - Jundiaí Estádio Francisco Das Santo - Jundiaí Vamo, bandera!!!! Estádio Francisco Das Santo - Jundiaí Além dos dois “similares” dos times da capital, vale relembrar a existência do Hydecroft Foot-Ball Club, time composto por alunos do Gimnásio Hydecroft, um colégio de Jundiaí. Hydecroft Foot-Ball Club O time foi fundado em 31 de dezembro de 1913, e merece lembrança por ter sido o primeiro time do interior do estado a disputar o Campeonato Paulista, em 1914 (o campeonato da APEA). Hydecroft O Corinthians da capital foi campeão, enquanto o Hydecroft, que mandou seus jogos no Parque Antártica abandonou o torneio, e seus pontos acabaram não computados. Ele lembrou ainda do Jundiaí FC, fundado em 1973 e que disputou a terceira divisão em 1975 e 1976. Distintivo do Jundiaí FC Mandaram seus jogos no campo da Associação Primavera de Esportes, no Francisco Dal Santo e até na cidade vizinha de Louveira. Estádio APE Primavera - Jundiaí Ainda é necessário lembrar da Associação Atlética Ipiranga de Jundiaí! Distintivo da AA Ipiranga A equipe conhecida como “Falcão Negro” foi fundanda em 09/11/1920 e disputou duas edições do Campeonato Paulista da Série A3: em 1961 e 1962, e mandou seus jogos no Estádio Nacional. Por fim, e não menos importante, falemos da a Associação Esportiva Promeca! Distintivo da AE Promeca Fundada em 21 de abril de 1955, a AE Promeca na verdade não é de Jundiaí, foi o único clube da cidade de Várzea Paulista que disputou o Campeonato Paulista de futebol profissional. Vale lembrar que na época em que disputaram o profissionalismo, Várzea era um distrito de Jundiaí. Olha o time de 1962: AE Promeca de Jundiaí O time tem esse nome porque foi formado por funcionários da empresa Promeca.
A equipe mandava seus jogos no Estádio do Nacional e em breve iremos registrá-lo em fotos e complementar este post.
Assim, encerramos nosso breve relato sobre o futebol profissional jundiaiense.

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Rolê pelo velho continente 2014 – parte 3 (Varsóvia)

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26/12/2013. 09h37 e lá estávamos nós na Berlin Hauptbahnhof (estação de trem), após algumas aventuras por Berlin (veja aqui como foi) agora a caminho de Varsóvia, na Polônia.

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Horas depois, alguns sinais de que já estávamos em solo polonês… Placas incompreensíveis, chás estranhos e uma língua beeeeem difícil de entender…

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Conforme as estações iam passando, ficava a certeza de que estávamos em um lugar mágico, apenas imaginado por mim até então… Nomes estranhos, onde milhares de vidas seguem seus destinos, tão longe do nosso dia a dia aqui no Brasil…

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Ao chegarmos em Varsóvia, uma constatação, o inverno deles definitivamente não combina com o sol… Amanhecia depois das 8hs e escurecia às 15h30… Pouco mais de 7 horas de claridade natural… Essa foto abaixo foi tirada por volta das 17hs…

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E tinha umas aplicações diferentes das que estamos acostumados por aqui… Essa era como uma “bola de árvore de natal” que você podia atravessar (??? deu pra entender?).

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A língua é outro ponto diferente e difícil de se adaptar. Mesmo as coisas mais óbvias, como na hora de comer são difíceis.

E se você achou que já entende polonês porque leu ali em cima salada e espaguete, traduz essa então:

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Olha o que a gente encontrou por lá! Não que eu goste de refrigerantes, mas é engraçado rever a Cherry Coke, depois de anos que ela sumiu aqui do Brasil…

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O centro velho de Varsóvia tem construções bacanas, muitas delas reconstruídas após as 2a guerra mundial.

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Varsóvia tem um visual muito bonito, vale conhecer…DSC00116

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Esse é o lugar que achei mais legal: a praça do mercado. A noite, várias barraquinhas de comida e lembranças natalinas funcionavam por ali.

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Achamos um museu do exército ali perto do nosso hotel. Vários aviões, tanques e outras máquinas de matar gente.

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Falando em morte, um local sombrio que visitamos por lá foi o Museu Pawiak, construído numa antiga prisão da SS, durante a ocupação nazista.

arvore varsovia

Aqui, algumas fotos de pessoas que sofreram nas mãos dos nazistas…

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Mais ou menos perto dali, numa parte mais residencial e suburbana da cidade, a Mari achou mais uma dessas feirinhas de coisas usadas.

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Mas essa era longe e bem diferente… Acho que éramos os únicos turistas presentes ali… Foi meio difícil ficar a vontade porque logo percebemos que muitas pessoas estavam vendendo as próprias coisas, numa tentativa de fazer uma grana… E pra piorar, muito material ligado ao nazismo…

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Achei poucas opções de lojas de discos, mas deu pra se divertir… Comprei algumas coisas bacanas!

Um dos discos que comprei e que ouço direto é o “Soubor Kreténů” da banda checa “Tři Sestry“.

Tri sestry

Mate a curiosidade e escute um som dos caras:

Uma coisa que me incomoda muito aqui no Brasil e que vi por lá também são essas coisas no céu.. Alguns dizem que é veneno, outros dizem que não é nada, pra mim, deve ter alguma teoria da conspiração…

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Falando um pouco do futebol local, tivemos a oportunidade de conhecer dois estádios.

Um deles, a Pepsi Arena, casa do Klub Piłkarski Legia Warszawa, chamado também de “Estádio do Exército Polonês“.

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O Legia Warzsawa é a única equipe polonesa que já chegou a uma semifinal da Recopa Europeia, na temporada 90/91.

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O estádio passou por uma grande reforma entre 2008 e 2011, apenas uma parte da fachada foi preservada.

Tem capacidade para 31.103 espectadores, mas não pudemos adentrar às arquibancadas, o máximo que conseguimos foi tirar uma foro meio as escondidas do segurança que era bravo. Bem bravo.

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O estádio pertenceu por décadas ao Exército polonês, e atualmente é de propriedade da cidade de Varsóvia.

Desde 2011 é oficialmente conhecido como Pepsi Arena, com base em um acordo de patrocínio com a PepsiCo. Esse é o bar da torcida, localizado na parte debaixo do estádio.

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Os caras curtem adesivos…

adesivos varsóvia Enfim, mais um estádio bacana, que faz parte da história do futebol mundial!

DSC00160 Provavelmente nunca mais voltaremos lá… Sabíamos disso e por isso ir embora sem ter entrado no campo foi triste… DSC00174

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Outro estádio que conseguimos visitar foi o Estádio Nacional de Varsóvia (Stadion Narodowy w Warszawie) onde a seleção Polonesa de Futebol manda seus jogos.

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O estádio tem capacidade para 58.145 lugares, o que faz dele o maior estádio de futebol na Polónia.

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O estádio possui um teto retrátil feito em PVC e que se desdobra a partir de um ninho numa agulha suspensa sobre o centro do gramado.

A inauguração oficial foi em janeiro de 2012, mas o primeiro jogo de futebol foi disputado em fevereiro, entre Polônia e Portugal, que acabou em 0x0.

Esse aí é o responsável pelo estádio.

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A sua construção iniciou-se em 2008 e foi concluída em novembro de 2011. Encontra-se situado no local do antigo Stadion Dziesieciolecia, na Aleja Zieleniecka, no centro de Varsóvia.

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155- Camisa da Universidad del Chile

A 155a camisa de futebol da nossa história foi presente de um casal de amigos muito bacanas, lá de Santiago, o José e a Javi.

Eles estiveram um tempo aqui no Brasil, e pudemos mais uma vez ver como o futebol pode ser capaz de reunir as pessoas. Levamos os dois até o Estádio Bruno José Daniel, onde o Santo André manda seus jogos.

Mas também fizemos uns rolês menos boleiros, como a visita ao pico o Jaraguá, guiados por Gabriel Uchida, que decidiu mostrar seu lado atlético!

A camisa defende as cores do time que eles torcem, a Universidad de Chile.

O site do time da Universidad de Chile é www.udechile.cl.

O time nasceu em 1927, com a fusão do Internado Football Club, do Club Atlético Universitario e do Club Náutico Universitario, com o apoio da Associação Desportiva da Universidade do Chile. Esse foi o primeiro time da La U:

A partir de 1938, passou a disputar o campeonato profissional. Esse é o time daquele ano:

Em 1940, conquistou seu primeiro campeonato nacional.

Em 1959, um novo título. O time já se tornara um dos mais populares da capital.

Os anos 60 deram o apelido ao time de ” O Ballet azul” devido às boas atuações, coroadas com títulos em 1962, 64, 65, 67, 68 e 69.

Em 1970, o time alcançou as semifinais da Copa Libertadores, sendo derrotado pelo Penarol, em partida extra disputada em Avellaneda.

Os anos 70 trariam ainda um grande recorde de vitórias sobre a rival Universidad Católica: foram mais de 13 anos sem derrotas. Esse é o time de 1976:

Mas, os anos 70 passaram sem grandes conquistas para o time. E os anos 80 ainda trouxeram grande crise financeira para o time. Chegaram a fazer uma rifa para construção do estádio que acabou não dando certo. Como momento mais trágico, em 1988, o time caiu para a segunda divisão. No ano seguinte, o time já estaria de volta à primeira divisão. Nos anos 90, 3 títulos nacionais em 1994, 95 e 99. Esse era o time de 99: Em 2000, novo título, abrindo bem a nova década!

O Campeonato Chileno passou a ser disputado como os demais na América Latina: com um torneio abertura e um clausura, e o time conquistou mais um título em 2004 (abertura). Em 2006, embora o time estivesse melhor do ponto de vista técnico, a crise econômica e jurídica do clube se agravou e para que o mesmo não fechasse as portas, foi feita uma concessão à Azul Azul S.A. para a gestão do clube por um período de 30 a 45 anos. A parceria ao menos manteve o clube como um time de ponta, trazendo os títulos dos Torneios Abertura de 2009, 2011 e 2012 e o clausura de 2011. Em 2010, o time foi semifinalista da Libertadores. Em 2011, veio a conquista da Copa Sulamericana, passando por equipes como o Flamengo, Arsenal, Vasco da Gama, e batendo a LDU (Liga de Quito de Ecuador) na final.

Nós já estivemos em Santiago por duas vezes e em ambas fomos a jogos da Universidad de Chile, veja aqui como foi em 2011 e aqui como foi em 2012. Pra quem tem preguiça de entrar nos links, seguem algumas fotos desses roles, aqui em frente ao Estádio Nacional, em 2011: Aqui, dentro do Estádio: Estádios são ambientes incríveis para se conhecer um país!

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130- Camisa do Perú

A 130ª camisa de futebol reforça o sentimento latino, cada vez mais presente no blog.

É a camisa da Seleção Nacional do Perú, país que tive a oportunidade de conhecer em 2011. Estivemos em Lima, Cuzco e… Machu Pichu.

Um país único, com um povo muito legal e que mexeu até com o meu jeito de pensar.

Lima, a capital do país é um lugar muito interessante, e não perde nada para as demais capitais da América do Sul.

Vale a pena ler sobre nossa experiência futebolística pela capital: https://www.asmilcamisas.com.br/2011/12/01/futebol-em-lima/

Foi lá que conheci a Inka Cola, refrigerante amarelo e delicioso hehehe.

O futebol chegou ao Perú com os marinheiros ingleses, que desembarcavam no porto Callao, no final do século XIX.

Falando da Seleção de Futebol Peruana, seu início nos leva aos anos 20.

Em 1922, foi montado um selecionado para jogar contra o Uruguay, um amistoso.

Mas, logo após a criação e oficialização da Federação Peruana de Futebol, o país precisava de um time para representá-lo nas competições organizadas pela Confederação Sulamericana.

Assim, a seleção do Perú estreiou em 1 de novembro (meu aniversário) e 1927, frente ao Uruguay, pelo Campeonato Sulamericano.

Logo, participaria do Mundial de 1930 e entraria para a história dos mundiais por ter o primeiro jogador expulso em uma Copa do Mundo, Plácido Galindo, no jogo contra a Romêmia (o Perú perdeu por 3×1). Além disso, inauguraram o Estádio Centenário na derrota de 1×0 para o Uruguay, com o time:

Em 1939, a seleção do Perú sagrou-se campeã da Copa América, apresentando-se como mais uma força do futebol latino.

Em 1970,  o time voltaria a disputar um mundial, chegando às quartas de final.

Em 1975, novo título da Copa América.

Vale ver os gols da final:

Em 1978, na Argentina, mais uma participação do Perú na Copa do Mundo e mais uma vez chegaria às quartas de final.

1982, trouxe de volta o Perú à Copa do Mundo. Mas o time não passou da primeira fase.

Os 90 e 2000 foram ruins para a seleção que não participou das Copas do Mundo e não teve grandes conquistas, além da Copa Kirin, disputada no Japão, contra a seleção local e outros convidados. O Perú conquistou as edições de 1999, 2005 e 2011. Este é o time de 2011, que terminaria em 3º lugar, na Copa América:

Roberto Palácios é o atleta que mais vezes jogou com a camisa Peruana: 125 partidas.
Por outro lado, Teófilo Cubillas, com 26 gols, é o maior artilheiro da história da seleção e grande ídolo mundial.
E sobre a torcida…. Vejamos um pouco do sentimento “blanquirojo” (branco e vermelho):

 

Uma história engraçada é que eu estava com essa camisa da seleção peruana no aeroporto de Buenos Aires, quando fui abordado por um peruano meio descontrolado que até hoje não entendi se estava feliz ou puto em me ver com a camisa deles… Enfim… Vai saber…

SOMOS LATINOS!!

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Palestino 1×3 Universidad de Chile

Nosso rolê boleiro pela América Latina, deste ano (2012) nos trouxe novamente ao Estádio Nacional, para um jogo da Universidad de Chile, a “La U“. Para saber mais sobre nosso rolê boleiro pelo Chile de 2011, clique aqui.

O jogo era contra a simpática equipe do Palestino, que aliás era a mandante do jogo e preferiu fazer o jogo no Estádio Nacional, já que seu campo em La Cisterna é um pouco mias distante e mais acanhado. Assim, mesmo como torcida da casa, a barra “Los Baisamos” teve que ficar no espaço destinado aos visitantes.

A torcida da La U também não estava muito cheia, devido aos recentes problemas que tiveram com a polícia após um protesto contra a diretoria do time, em relação aos preços dos ingressos. Para maiores detalhes, vale ler este link.

Além disso, a barra “Los de Abajo” (a versão latina das organizadas brasileiras, guardados os detalhes que as diferenciam) está dividida, deixando o estádio menos cheio do que de costume.

Mas nada que tirasse a emoção de estar presente em mais um capítulo do nosso projeto “Futebol rompendo fronteiras”.

Aliás, teve outro que rompeu fronteiras e até invaiu o campo. El perrito “Pepe” queria participar mais ativamente da festa e acabou saindo escoltado, mas com todo cuidado.

Ao nosso lado esquerdo estava uma terceira torcida, formada pela rapaziada mais rockeira! Aliás, tem muito punk, skin e metaleiro no estádio.

E a polícia também esteve presente, principalmente porque estão de olho no pessoal da barra, depois dos incidentes.

Durante o jogo houve um corre corre, pois alguns hinchas estavam com trapos e faixas que a polícia não permitiu entrar (como punição).

O jogo começou duro e o Palestino chegou a segurar um empate por 1×1 por um bom tempo. Mas por fim, La U acabou vencendo por 3×1.

Trapos em mãos, hermanos!!!

Ainda que em menor número, o pessoal do Palestino usou e abusou das cornetas durante o jogo!

Aqui dá pra ver o bandeirão do pessoal de La U.

E uma visão geral do estádio, ainda bem vazio, antes da partida começar:

Ah, a Mari também tava no rolê e ali no fundo pode se ver o Gui!

Somos latinos, não se esqueça!

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Rolê boleiro pelo Chile

Quem acompanha o blog sabe que todo carnaval, após juntar grana o ano todo, a gente escapa do Brasil e vai desbravar o futebol da América do Sul, com o projeto “Futebol Rompendo Fronteiras“, em parceria com os blogs www.expulsosdecampo.blogspot.com e o www.fototorcida.com.br .

Esse ano não foi diferente, e pela primeira vez fomos ao Chile. O aeroporto de Guarulhos foi nosso ponto de partida! Já no aeroporto, começamos nosso intercâmbio futeboleiro, com um simpático casal de africanos.

Após algumas horas de viagem, chegamos à Santiago e fizemos um city tour com o ônibus da Turistik, empresa local que oferece ótimas opções para se conhecer a capital e suas proximidades. O legal desses ônibus é que você pode descer onde quer e depois pegar outro ônibus e assim, pudemos andar bastante por bairros bem distantes de onde estávamos. E foi após muita caminhada que chegamos a um local que a Mari vinha se programando há tempo para conhecer, o Museu da Moda (mais detalhes veja no blog da Mari quando ela postar). Museu da Moda - Santiago Chile Já cansados pelos cerca de 14 km caminhados, ainda no primeiro dia, fizemos um último esforço pois eu tinha certeza que estávamos perto do Estádio do Audax Italiano. Mas só após conversar com o pessoal do estádio é que descobri que tratava-se do Estádio da comunidade italiana de Santiago. Stadio Italiano Falando um pouco da cidade, Santiago passa por grandes mudanças estruturais e assim como o resto do mundo está se verticalizando dia após dia. Mas, o que mais chama a atenção de quem está ali pela primeira vez, são as montanhas e cerros que cercam a cidade, em especial a Cordilheira dos Andes, que mostra sua força, energia e grandeza a todo instante. Outra coisa que chama muito a atenção é a limpeza da cidade. O fato de não ter um papel pelo chão é até imaginável, o que chega a intrigar é como uma cidade tão arborizada não tem sequer folhas pelas ruas do centro da cidade… (na periferia a coisa muda um pouco). Santiago - Chile Talvez pela arborização, a cidade possua também um grande número de pássaros que voam e caminham tranquilamente pelos bairros. E ali estávamos nós, um casal punk boleiro para andar e deixar rastro de coturno pela cidade… Ah, sobre a gastronomia local, nota dez! Muitas opções para vegetarianos, local ideal para amantes de bons vinhos, mas também para quem gosta de comidinhas do dia a dia com sabores diferentes… E muitos sucos deliciosos! Santiago é uma cidade com muitas equipes de futebol e infelizmente tivemos que selecionar algumas poucas nessa primeira viagem à capital chilena, já que não tínhamos muito tempo. Assim, nossa primeira escolha foi conhecer o Estádio Municipal de La Cisterna, casa do Club Desportivo Palestino, time que defende as cores dos imigrantes palestinos.

Situado no bairro Cisterna, um pouco afastado do centro, o Estádio possui uma pequena arquibancada coberta e um lance de arquibancada descoberta que envolve todo o campo.

Estádio Municipal de La Cisterna - Club Desportivo Palestino - Santiago - Chile

Ao fundo do estádio pode se ver o início das Cordilheiras, dando um visual único ao campo!

Estádio Municipal de La Cisterna - Club Desportivo Palestino - Santiago - Chile

Tivemos sorte e bem na hora da nossa visita, estava rolando uma partida sub-17 entre o Palestino e o tradicional Colo-Colo.

Estádio Municipal de La Cisterna - Club Desportivo Palestino - Santiago - Chile

Assim como no Brasil, as categorias de base não são muito apoiadas pelas torcidas, e por isso, nas arquibancadas do Estádio Palestino ao invés dos “Barra Bravas” estavam presentes parentes e amigos dos atletas, de ambas as equipes.

Estádio Municipal de La Cisterna - Club Desportivo Palestino - Santiago - Chile

Ah, claro, e nós, em busca de mais um sonho de futebol…

Estádio Municipal de La Cisterna - Club Desportivo Palestino - Santiago - Chile

O entorno da arquibancada é meio estranho, cheio de pedras e aparentemente em obras, mas o estádio é bem simpático!

Estádio Municipal de La Cisterna - Club Desportivo Palestino - Santiago - Chile

Não se pode negar que a simples existência do time e do estádio representam um forte ato político, colaborando com o orgulho do sofrido povo palestino, para nós foi uma grande honra estar ali!

Estádio Municipal de La Cisterna - Club Desportivo Palestino - Santiago - Chile

E o orgulho de ser Palestino está por todo lado, esse cachecol estava dentro de um carro, no estacionamento.

Estádio Municipal de La Cisterna - Club Desportivo Palestino - Santiago - Chile

Ah, claro e já que falamos em sonhos, fica aí mais um sonhador como nós. Trata-se do jovem Tomás que iria disputar uma partida pelo infantil do Palestino, no campo secundário.

Estádio Municipal de La Cisterna - Club Desportivo Palestino - Santiago - Chile

Já este outro sonhador, pensava em como seria montar a “Barra do Bloco J”…

Estádio Municipal de La Cisterna - Club Desportivo Palestino - Santiago - Chile

E do sonho à realidade. Mais um estádio cheio de magia entra na lista do blog!

Estádio Municipal de La Cisterna - Club Desportivo Palestino - Santiago - Chile Aproveitamos que estávamos próximos e fomos conhecer também o centro desportivo e o estádio do time da Universidad do Chile, que fica há poucas quadras, na mesma avenida.

Centro de Treinamentos - La U - Cisterna

O time da “La U” conta com vários campos neste local.

Centro Desportivo Azul - La U

Infelizmente, o segurança não nos deixou passar até o campo principal, onde o time chegou a mandar alguns jogos. Atualmente, eles jogam no estádio nacional.

Centro de treinamentos La U Ao menos, pudemos mais uma vez acompanhar um jogo da categoria sub-17. Ainda que não seja um estádio muito usado pelo time principal, mais uma vez valeu o rolê! Mesmo no campo secundário, só pudemos ficar por alguns instantes… Mas deu pra fazer essas fotos.

Fim do rolê, de volta ao metrô!

Santiago também é a cidade onde vive o pessoal da banda “Los Miserables “, que tem um disco todo dedicado ao futebol, com destaque para o tema “El crack”:

Como já tínhamos um contato com os caras, fomos assistir um ensaio da banda que mistura punk rock, harcore, rap e até percussão, sempre com letras muito inteligentes!

Outro rolê legal foi conhecer as lojas da galeria, do calçadão Ahumada. Destaque para a loja “Hooligans – Rebel Music” que vende material rockeiro e boleiro: Hooligans - Rebel Music - Santiago - Chile E também para a loja Mercado Futbol, que comercializa camisas novas e usadas de todos os times que você possa imaginar… Mercado Futbol Andando por Santiago, é impossível não ver o rio Mapocho, que nasce nas cordilheiras e corta toda a cidade. Rio Mapocho Mesmo com tantas mudanças e crescimento, a cidade soube preservar sua memória e história, principalmente na arquitetura dos prédios do centro. Centro de Santiago Como em toda grande cidade, não dá pra visitar Santiago e não dar uma passada pelo mercadão! Mercado Central de Santiago Se acha de quase tudo ali. Até uma… Lhama… Mas essa, é só pra se fotografar. Outra coisa que se nota caminhando pelas ruas é a relação do povo Chileno com os símbolos nacionais. Existem muitas bandeiras pela cidade, seja nos monumentos, ou mesmo no comércio e na casa das pessoas. A relação das pessoas com o país é de um patriotismo carinhoso, difícil de explicar. Bandeira Chile Não que isso impeça a existência do pensamento e manifestações anarquistas… anarquismo chile Voltando ao mundo do futebol, conseguimos ir ao jogo da Universidad do Chile contra o time do Unión San Felipe, no Estádio Nacional. Club Desportivo Union San Felipe

Universidad do Chile x Unión San Felipe - Estádio Nacional - Santiago - Chile

O jogo contou com um bom público da “La U“, um dos grandes times do Chile.

La U - Club Universidad de Chile x Unión San Felipe - Estádio Nacional - Santiago - Chile

O grandioso e belíssimo Estádio Nacional não estava com seus 55 mil lugares ocupados, mas ainda assim era uma bonita vista, concorda?

La U - Club Universidad de Chile x Unión San Felipe - Estádio Nacional - Santiago - Chile

O Estádio segue o modelo tradicional, com boa parte da área descoberta e uma área central coberta.

La U - Club Universidad de Chile x Unión San Felipe - Estádio Nacional - Santiago - Chile

Embora estivemos ali num momento de festa, vale lembrar que o Estádio foi outrora usado pelo ditador Pinochet como campo de concentração durante o período de ditadura no Chile.

La U - Club Universidad de Chile x Unión San Felipe - Estádio Nacional - Santiago - Chile

Ao fundo pode se ver o iluminado placar do estádio. Tão iluminado que não dá nem pra ler na foto… Ali embaixo fica a Barra Brava do time.

La U - Club Universidad de Chile x Unión San Felipe - Estádio Nacional - Santiago - Chile

Deliciosos sandubas podem ser comprados e consumidos durante o jogo….

La U - Club Universidad de Chile x Unión San Felipe - Estádio Nacional - Santiago - Chile

As diversas lanchonetes tem grande capacidade de atendimento, e o preço não é assim tão salgado como é aqui no Brasil.

La U - Club Universidad de Chile x Unión San Felipe - Estádio Nacional - Santiago - Chile

Como era nossa primeira vez no estádio fizemos um rolê por outros setores para conhecer melhor cada lugar.

La U - Club Universidad de Chile x Unión San Felipe - Estádio Nacional - Santiago - Chile

Trapos e faixas espalhados por todas as grades e áreas… Isso é uma das coisas que mais sinto falta no Brasil…

La U - Club Universidad de Chile x Unión San Felipe - Estádio Nacional - Santiago - Chile

O gramado em ótimas condições não impediu a equipe local (La U) de perder o jogo e a chance de subir para as primeiras posições no campeonato chileno.

La U - Club Universidad de Chile x Unión San Felipe - Estádio Nacional - Santiago - Chile

Mas nem mesmo a derrota nos tirou o orgulho e felicidade em conhecer mais um templo do futebol latino.

La U - Club Universidad de Chile x Unión San Felipe - Estádio Nacional - Santiago - Chile Mas nem só de futebol foi nosso rolê. Subimos a cordilheira dos Andes, para pela primeira vez na vida vermos gelo (ainda que há distância, já que estávamos no verão).

Cordilheira dos andes

Após 61 curvas de 180 graus dentro de um ônibus, finalmente estávamos a mais de 3 mil metros de altitude, começando a sentir a diferença da temperatura e pressão…

Cordilheira dos Andes

As imagens são tão loucas que até parecem montagens, mas acredite, é tudo real…

Cordilheira dos Andes A nossa base lá em cima foi a estação de ski Valle Nevado, e confesso que fiquei com muita vontade de voltar na época do frio, para ver o gelo. Mas a volta do passeio nos desanimou um pouco, já que o ônibus da Turistik quebrou e nos fez esperar por quase duas horas em plena montanha, fazendo nos perder o jogo do Colo-ColoCordilheira dos Andes Outro passeio fantástico e que não poderíamos perder era conhecer as praias próximas à Santiago. Assim fomos primeiro conhecer Valparaíso, uma cidade portuária, com forte presença cultural. Engraçado, mas na minha cabeça o que mais eu ouvi falar de lé é que é um lugar onde haviam muitos skinheads. O time do Deportes Santiago Wanderers defende as cores da cidade! Deportes Santiago Wanderers Deportes Santiago Wanderers - Valparaíso - Chile Entretanto, o estádio do time fica bem longe de onde estávamos e acabamos não o vistando.

Estádio - Deportes Santiago Wanderers - Valparaíso - Chile

Os claustrofóbicos (assim como eu) sofrerão um pouco ao descer pelos elevadores da cidade, mas vale a pena, e nem é tão sofrido assim…

A praia não é tão bonita, e no Chile praia não é sinônimo de calor, mas é um passeio que tem que ser feito para quem está em Santiago, é menos de 2h de viagem.

Depois fomos a Vina del Mar, famosa pela sua praia e pelo seu relógio de flores…

Vina del Mar é a casa do Everton.

Everton de Vina del Mar

O time manda seus jogos no Estádio

Estádio Sausalito - Vina del Mar - Chile

Assim como a vizinha Valparaíso, Vina del Mar também possui grande importância na produção cultural chilena.

Vina del Mar

Mas o grande barato do rolê foi ter pisado no Oceano Pacífico, pela primeira vez em minha vida. Pode parecer besteira, mas é uma sensação muito loca!

Oceano Pacífico - Vina del Mar

Até porque nem só de futebol a gente vive, o rolê tem que ser completo!

Vina del Mar

Recomendo a viagem ao Chile, em especial à Santiago. Um lugar de muita história, marcado por bons e maus momentos.

Antes de irmos embora ainda conseguimos subir o Cerro Santa Lúcia para ver Santiago lá de cima.

Assim, tivemos uma visão mais completa da capital, antes de nos despedirmos do Chile.

Esperamos poder voltar um dia e conhecer mais sobre sua cultura e seu povo.

Levamos na lembrança imagens, cheiros, sons e muitos cds, dvds, fotos…

Assim, acabamos nosso rolê pelo Chile e rumamos a Montevidéo.

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

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