Já estivemos algumas vezes em Atibaia, mas nos limitamos a visitar e registrar o Estádio Salvador Russani, até pelo surgimento e desenvolvimento do Sport Club Atibaia.
Mas, o Grêmio Esportivo Atibaiense é um time com uma história que merece e precisa ser lembrada e reforçada.
O time foi fundado em 21 de novembro de 1934 por funcionários da Companhia Têxtil Brasileira, ainda sob o nome de Associação Atlética Cetebê. (O distintivo veio do site História do Futebol):
Além de fazer história no futebol amador da região e no Campeonato do Interior, jogando o setor 10 da zona 2, o time decide disputar as competições profisionais da Federação Paulista, na 4a divisão, a partir de 1963. A partir de 1964, o Cetebê mudou seu nome para Grêmio Esportivo Atibaiense. Jogou ainda as edições de 1964, 65 e 67.
Jogou também 4 edições da Série A3, em 1981, 82, 86 e 87. Aqui, a relação dos jogos de 1981:
Voltou à 4a divisão em 1988, jogando mais 4 edições até 1991, quando fez sua última participação no futebol profissional.
Uma das histórias mais bacanas do time é que ele foi o último time de Muricy Ramalho como atleta e sua primeira experiência como treinador:
Com o fim do futebol profissional, desenvolveu o seu clube social transformando-se em uma grande potência local.
Mas, o futebol nunca foi esquecido. E eis que por meio de uma parceria, o clube surpreendeu a todos e celebrou o seu aniversário realizando um Festival de futebol com equipes sub-11, sub-15, feminina e veteranos.
O festival foi realizado no tradicionalíssimo Estádio Luiz Passador, o que representou a “desculpa ideal” para dar um novo rolê por Atibaia!
O Estádio foi construído no mesmo ano em que o clube nasceu: 1934 e seu nome é uma homenagem a um entusiasta do futebol que trabalhava na Companhia Têxtil Brasileira.
Mais uma bilheteria para a nossa coleção!
O estádio ocupa uma área enorme, com muita possibilidade de se expadir, caso um dia isso seja necessário!
O convite para o evento foi feito pelo amigo Mário que ainda jogou o festival na partida dos veteranos!
O estádio possui uma arquibancada para cerca de 1.500 torcedores, como se pode ver nas fotos abaixo:
Aqui, olhando o estádio das arquibancadas, o meio campo:
Aqui, o gol da esquerda:
Ali, os bancos de reserva:
Vamos ouvir o Mário explicar a ideia do evento:
Pra nós, sempre uma honra pisar em solo futeboleiro sagrado!
Olha aí o pessoal do EC Votoran de Botucatu, adversário histórico da época do amador:
O time visitante saiu vitorioso no sub 15.
Foi emocionante acompanhar também o time dos veteranos do Grêmio Esportivo Atibaiense:
Alguém até levou uma foto de 25 anos atrás onde eles estavam reunidos jogando pelo mesmo Grêmio Atibaiense:
Vale lembrar que a cidade ainda teve o time do Boavista FC, fundado em 1961 e que participou da Quarta Divisão do Campeonato Paulista em 1962 e 1963.
Outro time que também jogou o futebol profissional do Campeonato Paulista foi o São João FC (distintivo disponibilizado no site História do futebol):
O São João FC foi fundado em 2 de fevereiro de 1930, em homenagem ao padroeiro da cidade e disputou o Campeonato Paulista do Interior e a Quarta Divisão do Campeonato Paulista em 1963 e 65.
Demos um pulo na sede do clube, onde antes ficava também o Estádio do time. Vale lembrar que desde 1971, o clube mudou seu nome para São João Tenis Clube:
Infelizmente pela quarentena, a gente não pode entrar no clube pra fazer umas fotos de onde ficava o Estádio, mas encostamos no portão lateral pra Mari fazer umas fotos do atual campo de futebol que atende os sócios.
E aí está o atual campo de futebol:
O clube é uma beleza! Mas o futebol profissional está definitivamente esquecido…
É isso aí… Futebol, história e amigos…
Fevereiro de 2019, 19hs e a luz do sol ainda se faz presente, decidi dar uma paradinha em Jundiaí para registrar um time que também representou a cidade nas disputas profissionais da Federação Paulista.
O São João FC foi fundado em 14 de Abril de 1913 e participou de 3 edições da competição equivalente à série A2, de 1948 a 1950.
A partir de 1967, passou a se chamar Clube Recreativo São João, desde 1989, apenas Clube São João.
Atualmente, o clube possui uma sede social e esportiva voltada para seus associados, na Rua Dr Oswaldo Cruz, 231, em Jundiaí.
Estive lá e pude conversar com alguns sócios que ainda se lembravam da época do futebol profissional.
Um deles disse que naquela época, o campo ficava onde estão atualmente as piscinas e o ginásio, ocupando boa parte do terreno.
O time teve como destaque o jogador Romeu Pellicari, eleito pela imprensa da cidade como o maior craque da história de Jundiaí e que chegou a jogar a Copa do Mundo de 1938.
Há tempos que o futebol profissional deixou de ser um sonho para o clube, mas mesmo assim é válido resgatar sua história principalmente para aqueles que pensam que o futebol em Jundiaí limita-se ao tradicionalíssimo Paulista de Jundiaí.
Já estivemos em diversas partidas do Santo André, no Estádio Jayme Cintra, mas alguns anos atrás também estivemos lá apenas para um registro do Estádio e aproveito pra postar essas fotos aqui.
O nome completo do estádio é “Doutor Jayme Pinheiro de Ulhôa Cintra” (um ex-presidente da antiga e extinta Companhia Paulista de Estradas de Ferro).
Ele fica localizado na Praça Doutor Sallim Gebran, e foi inaugurado em 30 de maio de 1957, com um amistoso entre Paulista e Palmeiras, no qual o Paulista venceu por 3 a 1.
O Estádio tem capacidade para cerca de 15 mil pessoas (ainda que já tenha recebido 29 mil torcedores no passado, num jogo entre Paulista de Jundiaí e Santos).
Essa sombra à esquerda sou eu.
Aqui, eu de novo, com cara de besta.
O Estádio Jayme Cintra é, sem dúvida um templo do futebol paulista. Aqui dá pra se ter ideia do campo:
Mas, houveram outros belos estádios além destes dois citados acima que também receberam partidas do profissionalismo.
É o caso do Corinthians Jundiaiense Foot-Ball Club, fundado em setembro de 1913.
O time foi campeão do Interior Paulista em 1920.
O Corinthians Jundiaiense usava o Estádio da Cia. Tecelagem Japy, que ficava localizado na área ocupada atualmente pelas indústrias Dubar, nos altos de Vila Arens, com capacidade para 10.000 torcedores. Em 1957 foi destaque na Gazeta Esportiva:
Foi lá que se realizou a primeira partida entre o time jundiaiense e o SC Corinthians Paulista, no dia 05/09/1915.
O Corinthians Jundiaiense chegou a iniciar a construção de seu estádio próprio, mas acabou abandonando a obra que se tranformou no Estádio da Associação Primavera de Esportes.
Tive a oportunidade de visitá-lo e pude conhecer um pouco da parte interna do Estádio. O clube atualmente tem se mantido dentro do futebol amador e conta com uma importante parte social (academia e uma piscina gigante!).
Mas, vale sempre lembrar, que já foi palco do futebol profissional, ainda que a Associação Primavera nunca tenha disputado.
Aqui, além do campo bem gramado, pode se ver que a área foi mesmo reservada par aum estádio, tendo grandes espaços para arquibancadas ao seu redor.
Aliás, dizem que originalmente, foram oferecidas duas áreas para a construção de um estádio em Jundiaí e por pouco o Estádio Jayme Cintra não ficou nesse local. Aqui, o gol do lado esquerdo:
Aqui, o do direito:
E mais uma vez, registramos nossa presença em um palo do futebol paulista.
Outro time da cidade a disputar o profissionalismo foi o Paulistano Futebol Clube, fundado em 23 de junho de 1978 e que jogou oito edições do campeonato paulista da terceira divisão, entre 1980 e 1987, três edições da quarta divisão, entre 1988 e 1990 e uma edição do paulista da quinta divisão, em 1979.
O amigo Ivan Gottardo (torcedor e pesquisador do Paulista e grande conhecedor do futebol jundiaiense) me disse que o Paulistano FC existiu até o começo dos anos 90 e que até chegou a mandar alguns jogos no Jayme Cintra, mas a grande maioria dos seus mandos foram no Estádio Francisco Dal Santo, atualmente um Centro Esportivo, bem na entrada da cidade. E lá fomos nós para registrar mais um estádio!
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E se alguém perguntar quem foi Francisco Dal Santo, ta aí!
Como disse, agora, o estádio recebeu uma série de outros equipamentos e se transformou em um Centro Esportivo.
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Mas o mais importante segue por ali: o campo de futebol. Em meio à cidade de Jundiaí que também segue em crescimento vertical, como se pode ver pelos novos prédios no seu entorno.
Durante nossa visita, pudemos assistir a um incrível embate entre times de categorias de base, os quais não sei identificar.
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Pelo menos dá pra se ter uma ideia do campo…
E lá vamos nós, em mais uma presença…
Aqui um olhar no meio campo.
Pelo que conversei com uma das pessoas que trabalha no atual Centro Esportivo, o antigo Estádio passou por uma série de trnasformações, inclusive no campo, mas a arquibancada permanecxe no mesmo local original.
Vamo, bandera!!!!
Além dos dois “similares” dos times da capital, vale relembrar a existência do Hydecroft Foot-Ball Club, time composto por alunos do Gimnásio Hydecroft, um colégio de Jundiaí.
O time foi fundado em 31 de dezembro de 1913, e merece lembrança por ter sido o primeiro time do interior do estado a disputar o Campeonato Paulista, em 1914 (o campeonato da APEA).
O Corinthians da capital foi campeão, enquanto o Hydecroft, que mandou seus jogos no Parque Antártica abandonou o torneio, e seus pontos acabaram não computados.
Ele lembrou ainda do Jundiaí FC, fundado em 1973 e que disputou a terceira divisão em 1975 e 1976.
Mandaram seus jogos no campo da Associação Primavera de Esportes, no Francisco Dal Santo e até na cidade vizinha de Louveira.
Ainda é necessário lembrar da Associação Atlética Ipiranga de Jundiaí!
A equipe conhecida como “Falcão Negro” foi fundanda em 09/11/1920 e disputou duas edições do Campeonato Paulista da Série A3: em 1961 e 1962, e mandou seus jogos no Estádio Nacional.
Por fim, e não menos importante, falemos da a Associação Esportiva Promeca!
Fundada em 21 de abril de 1955, a AE Promeca na verdade não é de Jundiaí, foi o único clube da cidade de Várzea Paulista que disputou o Campeonato Paulista de futebol profissional.
Vale lembrar que na época em que disputaram o profissionalismo, Várzea era um distrito de Jundiaí. Olha o time de 1962:
O time tem esse nome porque foi formado por funcionários da empresa Promeca.
A equipe mandava seus jogos no Estádio do Nacional e em breve iremos registrá-lo em fotos e complementar este post.
Assim, encerramos nosso breve relato sobre o futebol profissional jundiaiense.