Torcedores enfrentam 2700 km para acompanhar o Racing, em Cuiabá!

O que você dirá para os seus filhos e filhas que estava fazendo na terça feira dia 3 de maio de 2022? Um grupo de torcedores do Racing terá uma looooonga história a contar!

Se tem um pessoal que leva a sério seu papel como torcedor, são os argentinos. Assim que a Conmebol divulgou os grupos, o amigo Adrian me ligou perguntando como chegar a Cuiabá… O Adrian é um amigo de longa data que já esteve aqui no Brasil e que sempre nos recebe em Buenos Aires.

E mesmo ao descobrir que se tratava de mais de 2700 km, ele não só confirmou que iria como ainda me perguntou se eu não queria ir…

Infelizmente por problemas de tempo e grana, não pude o acompanhar nessa aventura pela Copa Sul Americana. Mas o Adrian topou fazer as fotos e registrar esse feito incrível! E lá vamos nós conhecer um pouco dessa desse rolê!

Pra quem não sabe, o Racing Club de Avellaneda é um dos times mais tradicionais da Argentina com uma das maiores torcidas do país e em março completou nada menos do que 119 anos (o time é de 1903!). Estivemos em Avellaneda em 2010 para conhecer o Estádio do Racing (veja aqui como foi):

Além disso, sua torcida já deu provas incríveis de amor, como em 1999, quando o clube abriu falência e se recuperou graças ao apoio dos hinchas. Veja aqui uma incrível reportagem do site Futebol Portenho sobre esse tema.

A viagem até Cuiabá, embora longa, rolou sem grandes problemas, assim como a chegada na cidade. Não houve nenhum tipo de provocação ou situação problemática entre as torcidas. E, ao fim da tarde, finalmente Adrian chegou à Arena Pantanal!

A Arena Pantanal é uma arena multiuso construída (por cerca de R$ 600 milhões…) para sediar a Copa do Mundo, no mesmo lugar do antigo Estádio Governador José Fragelli, o “Estádio Verdão”, que acabou demolido (fonte da foto: Site da Globo):

E aí vem os torcedores do Racing para conhecer esse novo templo do futebol moderno!

Confesso que só conheço a Arena Pantanal pelas fotos oficiais, e olhando essas feitas por torcedores mesmo, deu pra ter uma ideia de como é uma partida por lá!

O Adrian, assim como a gente faz aqui no Brasil, gosta de misturar futebol com música e literatura, para quem quiser conhecer mais, acesse a Fanpage da Fulbito Records.

A torcida do Racing ficou no setor de visitantes, a “Norte Superior“.

E essa é a vista do jogo que tiveram como visitantes.

Como puderam chegar cedo, deu tempo para conhecer bem o estádio e até acompanhar o aquecimento do time local.

O lado que deixou o espetáculo um pouco menor foi a baixa presença da torcida local. O pessoal da Argentina ainda não entende como os times e torcidas brasileiros não levam a sério a Copa Sul Americana.

Que tal ouvir o pessoal cantando?

Aqui, o pessoal da Raça Cuiabana, com quem eu cheguei a conversar, mas que não deu tempo de tentar uma aproximação entre as torcidas, mesmo assim eles foram super solícitos e a torcida visitante não teve nenhum problema por lá!

Trapos, cantos, faixas… Aí estão los hinchas de Racing, que já resgataram o time da falência, já passaram mais de 30 anos sem um título e nunca pensaram em abandonar o time… O que seriam meros 2.600 km entre eles e seu amor?

É realmente incrível que estejamos falando de uma organização coletiva entre os torcedores com muita ajuda mútua, colocando na hora do jogo quase 100 pessoas para apoiar seu time.

E o apoio deu resultado! Mesmo saindo perdendo (com um gol de Marllon Borges aos 29 do primeiro tempo), o Racing foi guerreiro e buscou a virada com gols de Anibal Moreno e Copetti no segundo tempo.

Após o jogo, a polícia fez com que a torcida esperasse mais 40 minutos até que a região do estádio estivesse vazia. Mais tempo para curtir a aventura e observar um pouco mais a Arena Pantanal.

Hora de ir embora…

Obrigado ao amigo Adrian, que em 2014 esteve aqui no Brasil para acompanhar a Copa do Mundo e andava sempre muito bem vestido com sua camisa do Ramalhão!

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Santo André 2×2 Ferroviária – A1 / 2022

Sábado, 12 de fevereiro de 2022. Um verão maluco, com temperaturas entre altos e baixos trouxe uma tarde até que agradável para acompanhar uma partida importante da série A1, entre duas equipes bastante parelhas:

Em campo, dois times que também jogarão a série D do Brasileiro na sequência do paulista.

Antes do jogo, quem roubou a cena foi esse figura aí que invadiu o campo e deu umas 3 voltas pelo gramado antes do jogo começar.

Nossa bancada está mais triste pela falta das faixas e uniformes da Fúria Andreense, que tem sido proibidas pela Polícia Militar de entrar no Estádio Bruno José Daniel.

Ainda assim, lá estão outras faixas e bandeiras tentando passar a nossa boa energia a um time que tem tudo pra engrenar nesse Paulistão!

Abraços ao amigo Richard, o “último torcedor do Paulínia FC“, que sempre aparece pelo Brunão para rever o Ramalhão e os amigos!

Mas, não posso deixar de assumir que o clima nas arquibancadas andreenses não era dos melhores. Muitos não aceitaram a atitude do treinador Carpini, que no meio de semana colocou um time 100% reserva (até mesmo sem o goleiro titular) para enfrentar o São Paulo.

Pra piorar, no jogo contra o São Paulo, o atacante Nescau perdeu um gol feito e nos acréscimos perdemos o jogo. Mas achei um pouco exagerada a reação de quase ódio que se sentia no ar. Pra diminuir essa sensação, o jeito é cercar-se de amigos que confiam no time e fazem o jogo ser mais do que uma partida.

Com os últimos resultados, a presença da torcida também se fez em menor número do que o esperado… Mas ainda assim, até que tinha bastante gente pra curtir o jogo.

Em campo, o Santo André começou bem! Todinho bateu de fora da área e fez 1×0 para festa da torcida local! Pena que o clima de alegria não chegou ao segundo tempo, já que Rafael empatou o jogo pra Ferroviária. Clima tenso…

A Fúria presente como sempre e mesmo sem uniforme e instrumentos, fez a festa na bancada!

Ainda no final do primeiro tempo, o VAR faria história atuando pela primeira vez a favor do Santo André e recomendando a expulsão de um jogador da Ferroviária. Voltaríamos para o segundo tempo com um jogador a mais! O nosso sempre querido “Ovídio” estava confiante!

Na volta pro jogo, um momento de silêncio até que a ficha caísse…. O técnico Carpini voltou com 2 atacantes no time e um deles era o até então criticado “Nescau“.

A Esquadrão Andreense ajudava a fortalecer nossas esperanças, cantando sem parar!

Aí eu te pergunto… Se fosse uma série de TV, qual seria o final mais legal ainda que óbvio? Claro, o criticado Nescau vai às redes e faz as pazes com a torcida. O Santo André vence o jogo e tudo acaba bem para essa torcida sofrida… E adivinha? Aos 22 do segundo tempo… GOL DO SANTO ANDRÉ!!!! De quem??? NESCAU!!!!

Mas… Quem não acompanha o Ramalhão, não sabe o que é o nosso sofrer… 45 minutos do segundo tempo e … após um escanteio cobrado no primeiro pau… gol da Ferroviária

Dor, tristeza, nervosismo… Não há o que dizer… A atmosfera do estádio se torna insuportável… Acaba o jogo em 2×2…

Indo embora, escuto lá do meio uma provocação de um amigo de arquibancada que aos gritos me dizia para continuar incentivando e defendendo nosso treinador, como se ele fosse o culpado pelos gols (o 3º já….) levados nos acréscimos. Assim farei, Astolpho. Sem a necessidade de seus gritos para me motivar a seguir fazê-lo.

Em meio a tanto ódio, pergunto se realmente estamos sabendo lidar com o futebol. Lembro da cena ocorridas há poucas horas: o assassinato de um torcedor do Palmeiras por outro palmeirense após a derrota para o Chelsea. Será que não tem algo de errado em levantar tanto ódio em meio ao que deveria ser uma festa? Enfim… seguimos e 3a feira temos o Novorizontino. E eu sigo acreditando neste time!

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Santo André x Corinthians (Série A1- 2022)

Quem diria… Foram quase 2 anos longe de casa… E depois do longo e tenebroso inverno (ou inferno?) finalmente aí estamos nós de volta ao Estádio Municipal Bruno José Daniel… Hora de reencontrar amigos de bancada que há tanto tempo não víamos!

Não vacile, use máscara pra proteger minimamente contra a nova variante do COVID 19, ainda não chegou ao fim, mas precisamos ao menos fazer nossa parte…

Nem todo mundo iria assistir o jogo dentro do Estádio, a galera que mora nos prédios próximos transformou a cobertura numa versão atualizada da TILMA (Torcida Independente Leões do Morro Andreense), que era uma torcida que assistia os jogos de cima do morro ao lado do estádio.

É emocionante ver o “marco oficial” do Campeonato Paulista em nosso campo! Aliás, o Brunão agora tem gramado artificial!

Todas as torcidas organizadas do Ramalhão estiveram presente, destaque para o bandeirão da Fúria, que mais uma vez se fez presente.

E dessa vez, ao baixar o bandeirão, surgiu um novo material da torcida: uma camisa gigante!

Além disso, a Fúria fez a festa e cantou o tempo todo, como sempre.

O pessoal da Máfia Azul, nova torcida do Ramalhão se fez presente e estreou sua faixa!

Olha que bacana ficou a faixa na transmissão:

Po, sobrou até pro Esquerdinha dar um alô para TV Federação:

Pra quem não sabe, o Santo André também conta com uma torcida no estilo “barra brava”, a Esquadrão Andreense, que fica ali na lateral da arquibancada comandando a festa pro pessoal daquele espaço!

O torcedor “autônomo” também fez a sua festa, ainda que a chuva tenha diminuído o entusiasmo da galera.

Teve outra estreia no jogo: a faixa do Joel (o responsável pelo museu do Ramalhão) em homenagem ao nosso ex treinador Ferreira, que faleceu em 2020.

Abraço pro amigo, mais um torcedor tradicional do nosso Ramalhão!

Quando falamos da torcida do Santo André, estamos falando de pessoas de diferentes classes e locais. O Estádio é um dos poucos espaços culturais que colocam lado a lado tanta gente diferente!

Em campo, o Corinthians começou apertando o que levou o Santo André a ficar na defensiva.

A nossa torcida ainda tentava apoiar para equilibrar o jogo…

Nossa turma devidamente “encapada” pra evitar a chuva que ia e vinha, mas que pelo menos não prejudicou nem pra quem foi ver nem pra quem foi jogar…

O jogo começou as 18h30 e logo a noite tomava conta do jogo…

O time do Corinthians seguia atacando, mas a dupla de zaga e nosso goleiro Jeferson Paulino estavam muito bem!

Mas… Depois de certa insistência, vieram más notícias… penalty pro Corinthians

1×0 pro Corinthians para a tristeza da torcida local.

O jogo melhorou para o Santo André depois do gol, mas mesmo assim não chegamos ao empate…

Nem por isso desistimos… Essa é a cultura da arquibancada.

Mais um jogo que entra para a nossa história, ainda que tenhamos perdido por 1×0… A ficha técnica do nosso time: Jeferson Paulino; Thiago Ennes, Carlão, Luiz Gustavo e Thallyson; Serginho (Lucas Lourenço), Dudu Vieira, Carlos Jatobá (Sabino); Giovanny Bariani (Kevin), Lucas Tocantins (Emerson Urso) e Gustavo Nescau (Lucas Cardoso). Técnico: Thiago Carpini.

Vale citar que a torcida do Corinthians deu uma resposta em “campo” para a polícia que havia proibido a entrada das faixas e camisas da torcida…. Foi um tempão de sinalizadores além de várias faixas com o nome da torcida.

Sobrou até uma mensagem pra diretoria do Santo André sobre o preço dos ingressos:

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E começou a Copa do Mundo 2014!!!

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Pois é… Vivemos um momento mágico para o futebol. A toda poderosa FIFA desembarcou no Brasil e vivemos de perto a Copa o mundo de seleções. Um evento que poderia ser a alegria de muitos, mas que infelizmente tornou-se privilégio de poucos, e pra variar, dos mais ricos.

Sem contar os desvios de verbas para as obras, em sua maioria superfaturadas e que tornaram-se prioridade frente a tantas necessidades que esse país ainda possui, como moradia, educação e saúde, entre tantas outras…

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Pra piorar, ao menos em meu ver, a seleção brasileira não tem a mesma ligação que outras seleções e seus países.

Tudo isso tirou de mim, a paixão que um fã do futebol poderia ter pela Copa do Mundo. E sem essa paixão, o que resta? Pra mim, restou a curiosidade de conhecer algumas das pessoas que viajaram para o Brasil para acompanhar o evento.

E lá fomos nós (eu e a Mari) pra São Paulo, pra tentar encontrar torcedores croatas, no dia do jogo do Brasil. E demos sorte, nem bem paramos o carro, próximo à Av. Paulista e encontramos um primeiro grupo de torcedores em frente um hotel.

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No nosso inglês latino, aproveitamos a oportunidade pra bater um papo com o pessoal. Particularmente minha curiosidade se deve ao meu avô, que nasceu na Croácia e nunca soube falar muito da cultura do país por ter vindo muito novo ao Brasil.

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Pra quem acha que só havia público masculino, ta aí o lado feminino croata! DSC00015 Do hotel, fomos para a Av Paulista e acabamos encontrando outros torcedores, como essa turma da Colômbia! DSC00012 E não eram só eles, haviam muitos colombianos passeando pela região!

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Mas, o dia era mesmo dos Croatas! Estavam por toda a parte!

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E se tinha alguém com medo de possíveis encontros violentos, entre grupos de diferentes países, o que nós vimos pela Av. Paulista não foi nada disso. O pessoal estava ali numa boa, trocando ideia e se divertindo.

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Claro, que temos que lembrar que a maior parte dos que vieram pro Brasil, são pessoas que tem uma condição econômica suficiente, não sei até que ponto refletem a realidade da sociedade croata, mas… A impressão que ficou foi muito boa.

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Aqui dá pra ter uma ideia de como estava o clima:

Nunca se viu tantas camisas quadriculadas andando por São Paulo…

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E dá-lhe festa!!!

Esse bar era outro ponto de concentração, bastante animado e lá fomos nós trocar ideia com os caras!

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Andando um pouco mais, olha quem encontramos: os Mexicanos!

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Hora de voltar para casa, mas olha quem atravessa em nossa frente…

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Pois é… A Copa chegou… Causou muitos problemas, gerou oportunidade e espaço para levarmos às ruas nossa indignação.

Por outro lado, trouxe ao Brasil uma movimentação estrangeira que eu nunca havia presenciado e que pode ajudar a desenvolver nossa visão global, como peça de um todo, principalmente em relação à América Latina.

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Pra terminar, já que estávamos por ali, fomos encontrar o time da Croácia …

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