O dia em que o Easton Cowboys conheceu o Ramalhão

Essa é das antigas! Já que estou falando do role da Europa, vou recordar a passagem do time do Easton Cowboys and Cowgirls pelo Brasil em 2009. MAIO 043 O Easton é uma equipe de futebol (entre outros esportes) criada em 1992, em Bristol, Londres. O site deles é http://eastoncowboys.org.uk . Essas fotos são apenas um registro de quando eles foram assistir uma partida do Santo André. MAIO 039

Apoie o time da sua cidade!!

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Em busca do Estádio Perdido em Pederneiras

Pra quem gosta de estádios escondidos, taí um que a gente achou e que pouca gente conhece ou já ouviu falar. Fica na bonita e simpática cidade de Pederneiras, ali numa saída da estrada que liga Bauru a Jaú. Continuar lendo Em busca do Estádio Perdido em Pederneiras

170- Camisa do Wydad Athletic Club Casablanca

A 170camisa do blog é a primeira do blog a representar um clube da África, mais especificamente, de Casablanca, no Marrocos. Falamos do Wydad Athletic Club, que em árabe, significa “amor”.

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A volta do ´seo´ Antônio, patrimônio dos Juventinos

Domingo, 9 de setembro de 2012.

Comecemos do fim.

Em campo, o Juventus mandou mal e perdeu em casa, por 3×0 para a equipe do Audax. Pra piorar, saiu momentaneamente do G4 da Copa Paulista.

Mas confesso que o jogo estava em segundo plano, para nós. Nosso objetivo maior nesse domingo era  rever um dos maiores patrimônios do Juventus.

Em tempos de futebol moderno, onde jogadores, técnicos, diretores e patrocinadores vem e vão a cada semestre, é a torcida quem permanece como testemunha da história dos times. Aliás, justiça seja feita, a Setor 2 tem feito bonito na Javari há anos!

Além da Setor 2, deve se aplaudir o retorno do torcedor comum à Javari. Incentivado pelo amor ao bairro e pelas boas campanhas, as bancadas grenás tem estado cheias!

A Javari merece casa cheia independente da fase do Juventus. O Estádio é sem dúvida uma das jóias do Brasil. Aliás, um olhar ao redor do Estádio mostra o crescimento da cidade chegando até a Moóca…

E o Juventus ainda tem nessa temporada mais um detalhe para quem gosta do romantismo do futebol. Trata-se do único “Ferreira”, o treinador mais louco do Brasil. Figuraça, adorado por todo o estado de São Paulo.

Mas, para finalizar, e mostrar o nosso principal motivo de ter ido até a Javari, no intervalo do jogo houve uma homenagem a uma figura importantíssima, que embora esteja presente em quase todos os jogos, normalmente não fica nas arquibancadas. Trata-se do ´Seo´ Antonio, vendedor dos tradicionais Cannolis, engordando torcedores da Mooca há décadas.

Após algumas semanas afastado por problemas de saúde, o “Tio do Cannoli” está de volta à Moóca!

Ainda no estádio, uma passada na loja do Juventus. Aliás, para quem procura camisas ou souvenirs do Juventus, essa é a opção! Quem precisar, o email deles é grenaebranco@juventus..com.br

Antes de ir embora, um último registro. O jogo ainda não havia acabado. A torcida frustrada pelo resultado, mas orgulhosa em assistir ao time do seu bairro no seu estádio. Isso não tem preço.

Voltamos na companhia da nosa nova companheira… A caveira do St Pauli.

APOIE O TIME DO SEU BAIRRO!!!

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Garotos Podres – Maio Soçaite 2012

25 de maio de 2012. Sexta feira. O fim de semana anunciado como frio e chuvoso começa a se desenhar como dias de sol e calor. Há algum tempo, temos mostrado o futebol do lado da arquibancada, é hora de voltar a ocupar lugar em um time, o lugar mágico escolhido é Itanhaém, no litoral sul de São Paulo. Mais uma vez, vou jogar pelo Garotos Podres. Pra quem não conhece, vale ler o post que fizemos sobre o time pra entender um pouco sobre a história.

O Campeonato Maio Soçaite já é bastante tradicional. A edição de 2012 é a de número XVI e os Garotos Podres são o time com maior número de participações. Aliás, quem quiser lembrar como foi a edição de 2011, basta clicar aqui e ler o post.

Os que já conhecem o time, devem ter percebido logo de cara uma novidade. Os uniformes 2012 foram apresentados junto do campeonato e surpreenderam a todos que já estavam acostumados à predominância verde e preto.

Mais uma realização do diretor Bruno Milani, que fez questão de apresentar as mudanças, como os cordões no pescoço, dando um ar retrô às camisas. Igor foi o primeiro a receber a nova camisa.

Fiquei bastante contente em receber a camisa 4, que defendo desde o início do time!

Ao chegarmos ao Satélite Esporte Clube, em Itanhaém, onde ocorre o campeonato, soubemos que dois times não poderiam comparecer, o que na prática significava que teríamos apenas um jogo para tentar se classificar para a fase seguinte e o adversário, o segundo quadro da AABB de Três Pontas-MG.

Não é preciso teorizar para ver a relação entre os atletas do nosso time. Antes da bola rolar os já quase veteranos Rodrigo e Bruno se permitiam um abraço para celebrar a conquista de mais um ano jogando juntos.

Antes da bola rolar, um último papo, celebrando nossa amizade e a força do futebol como instrumento social de integração. Ah, e é claro, a foto oficial do Campeonato. As mãos formando as letras “L” e “O” são uma singela homenagem da nossa equipe ao “Lôlo”, salva vidas que trabalhou em Itanhaém sua vida toda, cuidando do pessoal e que infelizmente faleceu este ano. Obrigado Lôlo!!! E pra quem ficou curioso em saber o que foi o papo, a Mari deu um jeito de registrar este belo momento!

O jogo começou truncado, a gente foi sabendo que nossa fortaleza principal é montar uma retranca resistente, o que exige muita conversa entre o time todo.

Embora o time adversário seja conhecido e considerado mais amigo do que adversário, a torcida deles fez uma boa pressão no nosso goleiro.

Por mais que o jogo e o resultado não seja o mais importante, sempre que entramos em campo, estamos ali pra fazer o melhor, respeitando o adversário, mas transformando o jogo numa final de libertadores. E soçaite é um formato cada vez mais corrido, e sabendo que não estamos na melhor das formas físicas, foi mais superação que inspiração… Mas nosso time atacou também, olha aí’o Bruno arrancando pra cima do time adversário… Olha eu ali sozinho na esquerda… Toca, Brunão!!! heheehe.

O jogo corria bem até que um lance polêmico esquentou os ânimos. Num lance esquisito, onde o atacante adversário empurrou nosso goleiro, o juizão titubeou e deu o gol…. E pressionar é com a gente… Ainda que dê uma impressão negativa, nosso time dificilmente falta com a educação à arbitragem e aos adversários, mas a gente não deixa Acabei levando um amarelo e fui substituído para esfriar a cabeça e saí de campo acompanhado pela segurança, mesário e até o fotógrafo…

A pressão até ajudou a gente a ter mais vontade no segundo tempo, mas após um momento de abafa do nosso time, acabamos levando o segundo e derradeiro gol. Final: Garotos Podres 0x2 AABB Três Pontas-MG Após o jogo, os jogadores do time mostraram-se satisfeitos com mais uma participação. “Incrível, precisamos fazer isso mais vezes”, comentou o eterno camisa 6, Rodrigo, cheio de fôlego. “Foi um jogo só e estava em um momento de pós gripe”, tentou explicar Murilo, um dos melhores em campo. Ao final, mais um momento em que percebo como futebol e família tem tudo a ver. Eu, a Mari e meu irmão em uma foto para guardar para posteridade. Pra quem não conhece Itanhaém, a cidade é a segunda mais antiga do Brasil e segue o mesmo “andar” do nosso país: sua população cresce, acontecem diversas obras e melhorias e se por um lado perde o charme de ser uma pequena cidade litorânea, por outro apresenta uma série de benefícios. Mas ainda há muito a ser feito, para manter as pequenas coisas que a cidade tem do ponto de vista ecológico, das pequenas corujas que aparecem a noite para vislumbrar o mar…

Aproveitei para dar uma volta pela cidade, e vale dividir algumas fotos de lugares lindos e mágicos, como a praia dos pescadores.

Aqui, uma vista especial, lá do alto…

Aqui, um dos motivos pelo qual o time anda pesadinho… Esse foi o almoço de um dos jogadores.

Além da boa comida e das belas paisagens, o mar de Itanhaém deu ondas de mais de 2 metros no sábado, para a alegria do Murilo e do Rodrigo que caíram na água.

Enfim, mais um fim de semana de futebol com os amigos e familiares.

Sem grandes mudanças no mundo lá fora, mas fazendo, ou melhor, mantendo a revolução do nosso mundo, do nosso dia a dia.

Obrigado a todos os atletas, adversários, juízes, organizadores, amigos e parentes…

Apoie o time da sua área.

Mas nunca esqueça do seu time de Garoto!!!

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E.C. Santo André e os Xavantes

O texto abaixo é de autoria do amigo Guilherme Falleiros, Doutor em Antropologia Social pela USP. O email dele é gljf@usp.br

 Os Xavante vestem a camisa do Santo André

Muito já foi falado e escrito sobre o futebol jogado pelos índios Xavante, do Mato Grosso, pelo meu grande colega Fernando Vianna em “Os Boleiros do Serrado”. Mas, assim como o futebol em geral, o futebol xavante também é uma caixinha de surpresas. Em minha estadia antropológica nas aldeias Abelhinha e Belém aprendi muito sobre sua disciplina nos treinos de madrugada e seu gosto por jogar horas e horas sem parar, debaixo do sol, demonstrando sua força para a comunidade. Jogando até com duas bolas ao mesmo tempo! Eu estava na aldeia Belém no dia do fatídico jogo entre Santo André e Santos pela final do Paulistão de 2010, no qual nosso Ramalhão foi derrotado pela malícia e perfídia da péssima arbitragem, sendo para muitos o campeão de honra. Neste dia, a TV da aldeia estava ligada e todos torceram pelo Santo André, demonstrando sua amizade a mim e ao time da minha terra. Na Abelhinha, levei de presente para o time juvenil da aldeia, dos quais sou padrinho, 10 camisas amarelas do glorioso Ramalhão. Mas como os índios não são de acumular, as camisas acabaram sendo distribuídas e poucas restaram. Mesmo assim, eles gostaram tanto que agora me pedem um jogo completo de uniforme do Santo André. Será que vou conseguir? Se você puder ajudar de alguma forma, eu e os Xavante ficaremos muito gratos! Os Xavante gostam de vestir a camisa e jogar com garra, transformando seu espírito guerreiro em jogo de corpo. E ai de quem queira dar uma canelada nas suas pernas duras como toras! Eles não caem nem pedem falta – só se for por querer! E também  não temem os times grandes, mostrando que sua força vem das bases, das raízes guerreiras e da fome de bola, perseguindo-a como caçadores. É assim que o futebol e o Ramalhão rompem fronteiras, tornando-se símbolos do diálogo entre diferentes povos.]]>