204 – Camisa da Espanha

A 204ª camisa do site veio de uma de nossas viagens pela Espanha.
Além de visitar a capital Madrid, visitamos Barcelona, Bilbao, Zaragoça, Valência e Toledo.
Enquanto não temos uma seleção oficial da Catalunha, do País Basco ou mesmo de outras regiões que lutam por sua independência, a seleção da Espanha acaba sendo a representante do país no futebol, organizada pela Real Federação Espanhola de Futebol.

A RFEF é uma das confederações fundadoras da FIFA e um dos países com mais participações em Copas do Mundo, tendo como grandes destaques o time masculino campeão de 2010:

E o feminino, campeão de 2023:

A Espanha conquistou 3 medalhas de prata nas Olimpíadas (1920, 2000 e 2020), mas também conquistou uma de ouro nas Olimpíadas de 1992. Foto: FIFA/Arte: O Futebólogo

Tivemos a oportunidade de visitar a Espanha algumas vezes e assim pudemos conhecer alguns times locais, como o CE Europa (clique aqui e veja mais):

O gigante Santiago Bernabeu também recebeu nossa visita, mas acabo de perceber que até hoje não fiz um post sobre esse estádio…

Pegamos um jogo do Rayo Valecano, no Estádio de Vallecas!

Também fomos conhecer o Camp Nou, a casa do Barça (veja aqui como foi!):

Em Barcelona, ainda fomos conhecer a casa do Sant Andreu (veja aqui como foi)!

Estivemos também em Zaragoça, e foi demais! Veja aqui como foi nosso rolê por lá!

E como tudo está conectado via trem, ainda passamos por Bilbao (veja aqui como foi).

E fechamos nossa lista, ao menos até agora, com a cidade de Valência (veja aqui como foi):

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Buscando um lado bom para a Copa…

Como disse no post anterior, fico indignado com as sacanagens relacionadas à Copa do Mundo. Além disso, escrevo esse texto atrasado. Os 7×1 já passaram por cima da euforia da torcida brasileiro aniquilando a até então fervorosa paixão pela seleção. Mas, não posso negar o quanto me agradou a possibilidade de vivenciar essa “salada multicultural” proporcionada pela Copa.

Por isso, decidi dividir com vocês, mais algumas aventuras que vivi graças à Copa.

Pode parecer bobo, mas a começar pelo simples, mas alternativo outdoor que aproximou Guarulhos e sua população da seleção do Irã.

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E por que estou comentando sobre um outdoor de Guarulhos se vivo em Santo André? É que no feriado de Corpus Christi tivemos a oportunidade de ir até Maceió pra curtir algumas das mais belas praias do mundo!

E se Guarulhos já estava no clima, dentro do Aeroporto pudemos vivenciar um pouco mais dessa mistura e assistimos em meio a muitos chilenos a eliminação da Espanha, ainda na primeira fase.

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O Aeroporto de Guarulhos criou um espaço só para se assistir aos jogos. Aí, já viu né… Virou point de encontro de torcedores do mundo todo.

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Desse jeito, o tempo passou rápido e em pouco mais de 2 horas de vôo, já estávamos baixando em terras alagoanas, no Aeroporto Zumbi dos Palmares!

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Se esse fosse um blog dedicado ao turismo e às praias, gastaria um bom tempo falando sobre as praias de Maceió. São lindas e mesmo no inverno, pegamos temperaturas acima dos 30 graus.

Essa era a vista do nosso hotel, da praia do Pajuçara:

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Mas, para colaborar com a divulgação das belezas naturais do nosso país, vou destacar algumas praias, a começar pela bela São Miguel dos Milagres, pra mim, um dos lugares mais loucos que já vi… Olha a cor da água…

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E aí estou,com a camisa que ganhei dos amigos Juventinos Veganos!

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Outra praia que merece destaque é Paripuera. Além dos tradicionais passeios até às piscinas naturais, também tem um belo encontro entre mar e rio (as chamadas barras).

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Uma última dica (não que não existam muitas outras, mas só pra resumir o rolê praieiro) é a incrível Praia do Gunga. Você pode chegar de carro ou atravessando um pequeno rio de barco (sai da barra de São Miguel).

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A praia é cercada de coqueiros e recebe visitantes de vários locais.

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A população local de lagartos escondida nas casinhas de barro é incrível!

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E a água, uma delícia!

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Dá pra passar o dia inteiro no mar ou na água doce que também desemboca ali, do outro lado desse mar de guarda sol.DSC00149

Bom, chega de mergulhos e praias lindas, vamos falar um pouco do lado boleiro da cidade. Lembrando que já falamos bastante do futebol local, graças ‘a visita que fizemos anos atrás, quando no nosso último dia perdemos a câmera.

Você pode relembrar esse rolê lendo o post que fizemos sobre ele, na verdade foram dois, então se você clicar aqui, vai ver um pouco mais, ou ainda pode ler os posts sobre as camisas do CRB e do CSA.

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A primeira coisa para se falar sobre o futebol em Maceió é que a cidade não foi sede da Copa, mas pude sentir o gostinho da competição graças à seleção de Gana, que se hospedou na cidade.

DSC00258 A torcida local abraçou o time e tinha até bandeira da seleção passeando pela orla. Difícil era chegar perto do hotel… Nada menos que o BOPE estava de plantão…

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Por sorte, alguns integrantes da comissão técnica sairam pra um role e deu pra trocar umas ideias…

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Mas, se a Copa tentou dar uma força ao futebol local, a realidade dos clubes de Maceió não está em sua melhor fase.

Infelizmente, mais uma vez acompanhamos um processo que me parte o coração: a morte de um estádio, e dessa vez, a vítima foi o Estádio Severiano Ribeiro, ali na Pajuçara mesmo, onde o CRB treinava e chegou a mandar alguns jogos.

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Quando estivemos ali, anos atrás, pudemos até assistir uma partida do CRB, mas dessa vez, infelizmente o Estádio já não pertencia mais ao clube, mas sim a uma rede de supermercados que construirá ali mais uma obra prima do capitalismo. E venderá muito mais do que a antiga “Boutique do CRB”…

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Pra piorar, o estádio parecia estar todo fechado, mas… quando pensávamos em nos limitar a registrar o entorno do estádio, encontramos um portão aberto…

DSC00088 Ao adentrar em mais um templo do futebol, a surpresa… Onde está o estádio?

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Opa, ali a placa que confirma, não estou no lugar errado, estou mesmo no lugar que foi o Estádio…

A arquibancada que tantas emoções recebeu já se prepara para seu triste fim, provavelmente demolida… DSC00092 Do lado oposto, a arquibancada descoberta começa a ser coberta pelo mato…

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  O gol, símbolo mor do nosso futebol, já não resiste. Caiu.

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O mato, em áreas que costumavam ser o gramado, em alguns lugares chega a ter quase 30cm de altura…

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Claro, não se pode negar as questões econômicas, que guiam não só o futebol. Por conta das dívidas e as dificuldades financeiras, o CRB teve que se desfazer do estádio. Mas também não dá pra negar a tristeza no Brasil que se auto proclama o “País do futebol” ter um estádio derrubado para dar lugar a um supermercado…

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DSC00102 Por outro lado, ao hospedar a seleção de Gana, a cidade de Maceió viu o Estádio Rei Pelé em alta.

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Pena que no dia em que passamos por lá, os treinos estavam fechado para o público.

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Só o que pudemos fazer foi passear pelo entorno do estádio, admirando sua beleza!

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145- Camisa do Paraguay

A 145a camisa de futebol do blog é da seleção do Paraguay!! Essas vieram direto das ruas de Ciudad Del Este, numa época em que camisas piratas vendidas no Paraguay eram de péssima qualidade, mas muito baratas hehehehe! Ambas foram presentes do meu irmão, Murilo. Já mostramos um pouco sobre o futebol paraguaio por meio das camisas do Cerro Portenho, do Nacional, do Olímpia e do 3 de Febrero, cujo estádio, também visitamos pessoalmente (veja aqui como foi).

O futebol no Paraguay teve início em 1906, mas o primeiro time a representar o país surgiu apenas em 1910 para um amistoso contra o Hércules de Corrientes (da Argentina) que acabaria num 0x0. Logo apareceram diversos convites para enfrentar o selecionado paraguaio novamente. Por isso, a Federação de Futebol local começou a desenvolver sua seleção, e em 1919, veio o primeiro jogo contra outra seleção, ao enfrentar, em Assunção, a Argentina. Em 1921, o Paraguay disputou o Campeonato Sulamericano e surpreendeu ao vencer o Uruguai, terminando na 4a colocação. Em 1922, outra vez disputou essa competição, agora no Brasil. Aqui um lance do jogo contra a Argentina:

Em 1930, ocorre a primeira Copa do Mundo, no Uruguai e o Paraguay não se classificou para a segunda fase, após perder para os EUA por 3×0 e vencer a Bélgica por 1×0.

A seleção paraguaia não disputaria os mundiais de 1934 nem de 1938. Vale destacar sua participação no Campeonato Sulamericano de 1947, quando chegou a ter 6 vitórias consecutivas, terminando em segundo lugar, mesma colocação que chegaria em 1949. Esses resultados animaram a seleção para a disputa do mundial de 1950, no Brasil, mas o time não passaria da primeira fase, disputada o lado de Suécia e Itália. O primeiro grande momento da seleção paraguaya viria em 1953, na conquista invicta do Campeonato Sulamericano, em Lima. Em 1958, nova participação na Copa do Mundo, dessa vez na Suécia, onde não passou da fase de grupo, ao lado de França, Iugoslávia e Escócia. A seleção ficaria de fora dos Mundiais até a Copa de 70. Em 1979, a agora Copa América tem novamente o Paraguay como campeão.

Em 1986, o Paraguay volta à Copa Mundial, do México, onde venceu o Iraque, empatou com o Méxicoe com a Bélgica, passando da fase de grupos pela primeira vez, na história. Nas oitavas de final, perdeu para a Inglaterra. Em 1992, o Paraguay sagrou-se campeão do torneio Pré-olímpico, com o time: Esses “meninos” formaram a chamada  “Geração de Ouro” que iria disputar 3 Copas do Mundo consecutivas, a começar pela de 1998, na França, onde Paulo César Carpegiani foi o treinador da equipe que empatou com Bulgária e Espanha e venceu a Nigéria, pela primeira fase. Porém, os deuses do futebol reservaram um grande embate contra os donos da casa, pelas oitavas de final…

Me lembro que me emocionei muito nesse jogo, como há tempos não acontecia numa partida de Copa do Mundo, o time marcou pra sempre ídolos como Gamarra, Celso Ayala e principalmente o goleiro Chilavert. Em 1999, o Paraguay sediou a Copa América e foi eliminado pelo Uruguay, nos penaltis após empate por 1×1, no tempo normal. 2002 novamente marcou a presença do Paraguay na Copa do Mundo, do Japão. Mais uma vez, o time classificou-se para a segunda fase, porém, de novo enfrentou um adversário forte, a Alemanha, que eliminaria o país latino vencendo por 1×0. Em 2004, conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atenas. Em 2006, mais uma participação em Copa do Mundo. A Alemanha viu a seleção paraguaia perder para Inglaterra e Suecia e vencer Trinidad e Tobago, sendo eliminado ainda na primeira fase.

O Paraguay teve sua melhor campanha na Copa do Mundo de 2010, caindo no grupo de Itália, Eslováquia e Nova Zelanda, classificando se para a segunda fase, onde finalmente se classificou para as quarta de final, ao vencer o Japão. A eliminação se daria no jogo contra a Espanha, para a tristeza do povo latino americano. Em 2011, o Paraguay disputou a Copa América, na Argentina e alcançou o vicecampeonato, porém a sequência da seleção foi fraca, estando ameaçado de não disputarem a Copa do Mundo, no Brasil.

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Ou o Chilavert vai te pegar…

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Pra quem (assim como eu) critica a seleção brasileira

Antes de mais nada, situe-se que este é um texto escrito em 2008 e é um dos dois posts que já fiz sobre a seleção. Veja aqui o outro: http://asmilcamisas.br/com/2009/06/25/selecao-brasileira/

A seleção brasileira nunca enfrentou tantas críticas de seus torcedores quanto nos tempos atuais. Um pouco devido à campanha pífia nas eliminatórias, ou pelo jeito “Dunga” de trabalhar, e pelo recente “jejum” de mundiais que enfrenta.

Mas na verdade a identificação do brasileiro com a seleção começou a desandar há tempos. Em 82 e 86 o time jogava bonito, dava show. Mas não ganhou nenhuma Copa do Mundo, e não adianta que torcedor de seleção não se contenta com Copa América.

Em 90, com Sebastião Lazaroni, iniciamos a era Dunga, e além de não ganharmos, ainda exibimos um futebol pouco convincente.

O que justificou a formação da seleção de 94, com Parreira no comando e um time metódico, sem graça e jogando pro gasto, que só não recebeu mais críticas porque acabou campeão.

Veio 1998 e novo fracasso, mas pior que isso a era dos “novos deuses” chegava ao seu auge. Representados principalmente pelo “fenômeno” Ronaldinho, a seleção brasileira exibia atletas que cada vez mais dominavam o mercado do futebol europeu, transformando-se em astros. Bom, quando a coisa ameaçava ficar realmente feia, veio 2002 e um pouco da volta da emoção do futebol. Mesmo com um time cheio de estrelinhas, Felipão soube colocar as coisas no lugar e foi uma das últimas vezes que eu vi dedicação dos atletas.

2006 trouxe um novo fiasco. Dava impressão que a maioria dos jogadores foi à Copa somente para aumentar sua visibilidade no mercado e garantir novos contratos publicitários. E pra piorar, 2010 está por vir e não parece transmitir muita esperança. Mas o que mudou? O que aconteceu? Será que foi sempre assim? Buscando no passado, pude encontrar algumas provas de que jogar pela seleção brasileira já foi levado bem mais a sério. A primeira partida da seleção brasileira ocorreu em 21 de julho de 1914. O adversário foi o Exeter City, equipe inglesa que estava pelo Brasil. O time brasileiro jogou com Robinson. Marcos, Píndaro e Nery; Lagreca, Rubens Salles e Rolando; Abelardo, Oswaldo Gomes, Friendereich, Osman e Formiga, e venceu por 2×0. Buscando pela net, achei o distintivo da então Federação Brasileira de Sports.

Segundo dizem, Arthur Friedenreich saiu sem 2 dentes com a camisa (branca na época) coberta de sangue, mas jogou o tempo todo  e ajudou a seleção a conquistar seu primeiro resultado. Aliás, existe um livro sobre ele. Em breve posto algo aqui, por hora dê uma olhada na cara do Tigre:

Quem da seleção atual faria isso? Eu não sei responder. Infelizmente, pra mim, esses atuais atletas encaram a seleção como um emprego, e ao que me parece eles sequer gostam do que fazem.

Se o futebol é profissional, acredito que falta profissionalismo de muitos desses atletas. Se o futebol é questão de paixão, então falta-lhes amor ao uniforme que vestem.

O futebol moderno está perdendo cada vez mais a graça… Vamos nos mexer pra evitar essa tragédia anunciada.

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