Se você é daqueles que se pergunta quem e quando ocorreram fatos simples, mas que persistiram por muitos e muitos anos, essa matéria da Gazeta Esportiva é pra você!
Em 1958, a Portuguesa estreou uma grande novidade: redes de nylon azul em substituição aos antigos barbantes.
Um dos problemas que o goleiro Felix percebeu é que logo no primeiro dia um chute acabou furando a rede…
Antes de mais nada, vale lembrar que esse é um blog sobre futebol, sobre reunir camisas e histórias de mil times diferentes, mas espero que você não se importe de eu dividir um pouco dessa minha paixão pelo meu time, o Santo André
Para quem gostar e quiser ver mais fotos, vale lembrar que eu escrevo também, o blog do torcedor andreense na Globo.com, para ver mais fotos do jogo contra a Portuguesa, basta clicar aqui.
Além disso, esse jogo me fez matar saudades do Canindé e de ver jogos da Portuguesa.
Os jogos do Santo André não são marcados por levarem muitos torcedores ao campo, mas temos um número razoável de torcedores, que não deixam de acompanhar o time, entre eles as organizadas, como a Esquadrão Andreense.
A outra organizada, mais antiga é a Fúria Andreense.
Falando em organizada, lá do outro lado, a Leões da Fabulosa faziam a festa para a Lusa. Detalhe para a faixa que durante anos permaneceu de ponta cabeça, agora posicionada corretamente.
Mas a torcida ramalhina também é formada por torcedores autônomos, que não fazem parte das organizadas, mas que gostam de acompanhar o time, e muitos deles foram até o Canindé.
O Estádio do Canindé também fez a parte dele, o gramado está bom, e as arquibancadas mantém um ar romântico, dos anos 70.
Falando um pouco do jogo, o primeiro tempo foi bastante parelho, embora a Lusa tenha tomado a iniciativa a maior parte do tempo.
O Santo André também assustou e soube se portar bem na defesa.
Entretanto, a cara dos torcedores no segundo tempo já deixava mostras que o jogo não seria favorável ao time do ABC.
A mudança feita pelo técnico o Santo André deixou o time mais vulnerável no meio campo e num erro do jogador que entrou no segundo tempo saiu o primeiro gol. Lusa 1×0. O pouco perigo que o Santo André ofereceu no jogo foram nas bolas paradas.
Pra confirmar o mal dia do técnico, em cima do outro jogador que ele colocou (Bruno) saiu o segundo. Aí foi uma questão de tempo até o jogo acabar.
Lá se foram três pontos em uma manhã de domingo. Mas foi um rolê bacana e divertido, mesmo assim.
Destaque para o amigo peruano, hincha do Alianza Lima, que esteve no jogo torcendo pelo Santo André.
Do Canindé, fomos para São Caetano, onde o amigo argentino Tano (de boné, na foto abaixo) torcedor do San Lorenzo, iria se apresentar com sua banda Muerte Lenta!
Eu sou um daqueles que reclama muito das pessoas que não valorizam suas origens.
Acho que conhecer a história das coisas é o jeito mais fácil de entender o mundo e de se adaptar a ele.
No futebol, fico triste em ver que a maior parte dos torcedores não conhecem sequer a história do próprio clube, quiçá a dos seus adversários.
Eu tenho tentado ir atrás dos lugares que coletam e reúnem informações sobre a história do futebol.
Até já postei aqui no blog sobre o Museu do Futebol, mas hoje o papo é sobre um outro museu, muito bem equipado e que pouca gente conhece. O Museu da Lusa!
Ele fica dentro do próprio Canindé, e pra chegar lá, eu fui falando com porteiros, seguranças, secretárias até que encontrei…
O Museu fica no primeiro andar do ginásio de esportes do clube.
Segundo a placa indicativa, o nome oficial é Museu Histórico Dr. Eduardo de Campos Rosmaninho, médico que foi o fundador do museu, em 1999.
É tudo muito bem arrumado. As peças são organizadas cronologicamente pelas salas.
Essa é mais uma ótima opção para os apaixonados por futebol. Mas atenção, o Museu não abre todos os dias, somente aos sábados, das 10 às 14horas.
Vale o agradecimento ao sr. Vital que nos recebeu e explicou com detalhes cada ítem do museu, dos troféus, fotos e flâmulas, às belissimas camisas históricas do time da Lusa!
Fico contente de ver que a Portuguesa conseguiu reunir e catalogar tanto material precioso. Você torcedor Luso, ou apaixonado por futebol, não pode perder!
Fomos de carro, afinal, o Canindé é bem perto de Santo André, e poderia ficar livre pra comemorar, seja lá onde quisesse.
O jogo prometia um bom público, e cumpriu. A torcida da Lusa compareceu em bom número. O público total foi de 7054 torcedores.
Como precisávamos de um resultado dificil, apelei pra minha camisa mais rara, do Ramalhão (acho que de 1992, se não me engano) já caindo aos pedaços, e meu bandeirão cada vez mais costurado.
A tarde começou a dar sinais de que não seria meu dia quando antes mesmo do jogo começar a polícia militar arrancou e amassou minhas fantásticas faixas (A outra dizia “Yo te sigo a toda parteee…”) alegando que era um perigo eu ficar com aquele material inflamável. É, o papel. É inflamável, eu poderia queimar o Canindé, quando no máximo o que eu queria era inflamar nossa torcida..
Mesmo com toda a pressão da Lusa, no início do jogo, ainda estávamos confiantes. Isso durou até o time levar 2 gols. Caí em tristeza…
A chuva vem avisar que o primeiro tempo acabou e lava nossas feridas, abertas ali… em praça pública. E parece que ajuda a cicatrizar, porque o time volta para a segunda etapa bem mais ofensivo, e logo faz seu primeiro gol.
Alguns ainda acreditavam, mas o que parecia uma histórica virada ficou nisso mesmo, e a virada veio no jogo do Santos com a Ponte.
Valeu o passeio, valeu o bom campeonato que fizemos e valeu a Mari ter conhecido finalmente o Canindé, né ?