Sou um apaixonado pelo futebol em geral, mas sempre deixei claro que meu time é o Santo André. Mesmo assim, evito postar sobre o time aqui no www.asmilcamisas.com.br e uso o globoesporte.globo.com/mauriciopenessor para fazer isso. Mas, o ano passado merece um post especial por sua carga emocional, que fará sentido não só para torcedores andreenses, como para aqueles que amam o time de sua cidade. Após um primeiro semestre brilhante, que culminou no vice campeonato paulista, a diretoria do Santo André fez o que qualquer outra faria. Vendeu o maior número possível de jogadores para colocar dinheiro na “empresa”. Com dinheiro no caixa e sem 9 dos seus 11 titulares, a SAGED (Santo André Gestão Empresarial Desportiva Ltda) foi ao mercado e trouxe um novo time, da mesma maneira como montou o time do primeiro semestre, mas com menos tempo para o necessário entrosamento. O começou da série B, com uma vitória fora de casa, chegou a empolgar os mais inocentes. Mas o primeiro jogo em casa (disputado num Parque Antártcia quase vazio) mostrou a realidade do time. Um fraco empate por 1×1 contra o Brasiliense. Dali pra frente o time não teve forças para reagir e permaneceu na parte inferior da tabela até o rebaixamento oficial, ocupando a décima oitava posição. Com tudo isso, pude aprender algumas lições e gostaria de compartilhar com demais torcedores de equipes que tem um perfil similar ao do Santo André: 1- O modelo futebol profissional não é uma tendência. É a realidade que vai tomar conta de 100% dos times em pouquíssimo tempo. 2- Por modelo profissional entenda gestão que visa saúde financeira, o que é bom por um lado, pois evita os endividamentos absurdos que marcaram o futebol brasileiro nas últimas décadas. Mas por outro lado, põe uma pedra sobra uma visão mais romântica e cativante. Acostume-se a perder seus jogadores a cada ano. Os melhores, os piores e até aqueles “mais ou menos” mas que você se identificava. 3- Ou as torcidas se unem e tornam-se fortes para fazer frente à essas diretorias, ou vão ter que engolir atos como venda de mando, de ídolos, de estádios e até mesmo mudanças de cidades. 4- O verdadeiro apaixonado pelo futebol tem que entender que a relação mais importante é a dele com o time e não dele com as demais torcidas. E aí fica no ar a pergunta… O que será de nós, torcedores?
“O não ao futebol moderno” mais do que nunca se encaixa neste post, como bem colocado na frase final.
Quando grana e paixão se encontram, em quase 100% dos casos acaba dando m***!!! e com o futebol não é diferente. Ainda mais quando os administradores não fazem ( ou erram… ) e tudo desaba mesmo.
O verdadeiro apaixonado por futebol vai entender e assinar embaixo do seu post, com certeza.
Quando os torcedores finalmente perceberem que violência, vandalismo, richas e ódio em nada contribuem para a reversão de certas situações em determinados clubes, talvez, eu disse talves as coisas possam começar à mudar. Como você disse bem, o torcedor tem que se ater ao que acontece no clube, fazer e participar mais do que acontece no clube, se juntar, reclamar, reivindicar (de modo sadio), se unir, pois a união é tudo.
Aqui tivemos um ano de “cão”, por culpa de ações isoladas de torcedores nossos mesmos, mas que por uma misericórdia do destino, foi revertida ao final do ano e a justiça se fez em bem dos verdadeiros torcedores que acompanharam atônitos o que acontecia naquele fatídico domingo e só podiam chorar, prevendo que a desgraça que já era muita só tendia à piorar.
O que será de nós torcedores ? Só o futuro poderá nos dizer, meu grande amigo.
Aliás, estou na imensa torcida por aqui para o Ramalhão dar a volta por cima desta situação com brevidade…
Belíssimo post. Nos faz pensar e muito.
Abçs,
Anderson Vianna – CTBA