Mais uma camisa e uma história resgatada do nosso baú! É do fim de 2016, quando nos planejamos o ano todo para fazer um rolê que começaria pela Itália e acabou nos levando até a Eslovênia e à Croácia. Em terras italianas, pudemos conhecer a mágica cidade de Veneza. Chegamos lá de trem, numa viagem tranquila, vindo de Verona (veja aqui como foi o rolê por lá!). Aliás, transportar-se por Veneza é uma doidera… Mesmo sabendo que se trata de uma cidade em meio às águas, confesso que eu achava que ia andar de busão e trem por lá, mas a realidade era mesmo outra…
Bom, pra quem, como nós até então, nunca esteve em Veneza, posso dizer que andar pela cidade é no mínimo desconcertante…
São vielas, pontes, canais e um verdadeiro labirinto que transforma em aventura tentar chegar a qualquer lugar, até você se acostumar. Principalmente a noite. Como tínhamos poucos dias (como sempre) aproveitávamos todo o tempo possível andando pelas ruelas da cidade e registrando os lugares mais marcantes. É um lugar mágico que quebra o pensamento padrão que temos sobre as coisas, principalmente sobre a relação com a água. No dia seguinte, voltamos à praça da Igreja Basílica, principal praça da cidade. As pixações na cidade mostram que a questão política também está nas ruas de Veneza!Assim, entendemos que pra cruzar as distâncias maiores, é necessário usar o transporte coletivo, os barcos no caso…
As gôndolas que todo mundo sonha também estão lá, mas… É um rolê de turista que tem grana pra esbanjar… A gente ficou nos barcos “Vaporetto” mesmo (e ainda assim usamos poucas vezes, porque também não é tão barato). As águas dividem a ilha em várias partes, mas existem sim ruas e calçadas para se caminhar por Veneza. Mas… Não foi pra ver os canais nem as gôndolas que viemos a Veneza, e sim para obter a 186ª camisa da nossa coleção e aproveitar para conhecer o Estádio onde manda seus jogos. Ah, estamos falando do Venezia Football Club. O Venezia Foot Ball Club foi fundado em 1907 (completando no ano passado seu centenário). Conquistou a Copa da Itália na temporada 1940–41, esse foi o time da conquista: Na temporada 1990-91, passou a se chamar Associazione Calcio Venezia 1907, mas em decorrência de problemas financeiros, o Venezia, que havia caído para a Série B na temporada 2004/05, foi expulso da competição no mesmo ano. E esse foi o time rebaixado: Refundou-se como Società Sportiva Calcio Venezia, disputou a Série C2, sendo promovido à C1 em 2006. Ao final da Lega Pro Prima Divisione de 2008–09, os problemas financeiros do Venezia fizeram com que novamente fosse expulso da competição, remanejando para a Série D, sob o nome de Foot Ball Club Unione Venezia. Em 2011-12, voltou à Lega Pro Seconda Divisione, mas novamente por problemas financeiros, não se inscreveu para a edição 2015-16 e acabou rebaixado outra vez à Série D, adotando o nome atual. Ao menos, em 2016,garantiu o acesso à Série B nacional, com o 1º lugar no grupo 1 da Lega Pro (atual Serie C). Bom, e que tal conhecer o estádio onde o dono da nova camisa manda seus jogos? Vamos então ao Pierluigi Penzo! Nossa tradicional foto na bilheteria! Uma das características mais comuns do futebol europeu são os adesivos colados ao redor do estádio, e lá estão eles em Veneza. O Estádio Pierluigi Penzo é um dos mais antigos da Itália, inauguado em 1913, e atualmente tem capacidade para 7.450 torcedores. Estivemos lá em uma manhã beeeem gelada… Não havia absolutamente ninguém por lá… Então… decidimos entrar. Vamos lá?Chegou a receber 26 mil torcedores, em 1966 quando o Venezia enfrentou o Milan.
O Estádio Pierluigi Penzo tem esse nome graças a um aviador da época da primeira guerra mundial. Li em alguns sites algumas críticas à estrutura do estádio, chegando a dizer que o Venezia teria mandado alguns de seus jogos fora dele, mas confesso que não entendi o motivo. O estádio está muito bem organizado. Gramado muito bem cuidado, arquibancadas seguras, espaço para imprensa… Tá tudo aí! Até o banco de reservas nós testamos! É um cenário bem diferente. O mar está ali poucos metros depois do estádio (até pensei que os zagueiros já devem ter mandado várias bolas navegarem…). As arquibancadas não tem nada de modernas. Aliás essas atrás do gol são dessas que dá pra montar e remontar, mas ao invés de madeira são chapas de metal. Aqui dá pra ver o mar, mais ao fundo. Do outro lado, cenário bucólico de prédios baixos onde a população local mora. Homenagem ao amigo Jão e sua família “Borghetti” presente no estádio. Missão cumprida! Hora de voltar para a região central da cidade. Um último registro do cartaz indicando a partida do time local… E seguimos mundo a fora… (pagando as contas até hoje desse rolê kkkkk).