Ainda na sequência do feriado de Corpus Christi, em junho de 2012, esticamos nossa viagem que já tinha chegado até Jaú (veja aqui como foi a visita ao campo do XV) para a bela cidade de Bauru, terra do Noroeste, e do Bauru Atlético Clube, clube onde Pelé iniciou sua carreira.
Antes que você pense que fomos fotografar o Estádio Lusitana, onde o BAC mandava seus jogos, saiba que trata-se de um “estádio extinto”. Isso mesmo, em 2006, o Estádio foi demolido e deu lugar a um supermercado (de uma rede da cidade vizinha pra piorar… ). Só restaram estes belos murais relembrando o BAC, time que foi fundado em 1º de maio de 1919, ainda sob o nome de Luzitana Futebol Clube (somente em 1946, mudou seu nome para Bauru Atlético Clube).Aqui, uma imagem do time de 1975, para os mais saudosos, com o Pelé defendendo o time em um jogo festivo. O BAC teve 13 participações no Campeonato Paulista de Futebol:
E aqui, uma imagem antiga do estádio. Eu sei que se analisada friamente, a realidade atual não permite, ou não justifica, ou não banca dois times em uma cidade, com dois estádios e tal.
Mas… Que dá muita dó ver um estádio dar lugar a um mercado, isso dá…
Bom, mas se o BAC deu muito orgulho no passado, o E.C. Noroeste é quem defende as cores da cidade, atualmente, e lá fomos nós conhecer o fantástico Estádio Aldredo de Castilho. Como sempre, antes de entrar, uma volta pra ver as bilheterias! Quanto mais roots mais legal! Ainda do lado de fora, um fantástico recado aos jogadores e motoboys entregadores de pizza: Nosso guia foi o assessor de imprensa, Thiago, e ao centro o amigo que trabalha na portaria do estádio e que se mostrou grande conhecedor das histórias do clube. O local, mais do que um estádio, abriga um complexo esportivo com campos de treinamentos, piscinas e até um ginásio. O Estádio Alfredo de Castilho foi inaugurado em agosto de 1935, seu nome é homenagem a Alfredo de Castilho, diretor da E.F. Noroeste do Brasil. Além de tudo, existe a loja do clube anexada ao estádio:O Estádio tem atualmente, capacidade para mais de 16 mil torcedores.
A tribuna de honra, próxima do banco, afinal, presidente pode cornetar hehehe… O Estádio carrega uma história triste. Em 1958, em uma partida contra o São Paulo, um incêndio consumiu as arquibancadas populares e gerou pânico nos presentes. Cinco pessoas ficaram feridas. Acidentes a parte, lá estamos nós em mais um histórico estádio do interior de São Paulo. O time só voltou a mandar seus jogos em sua casa novamente, em 1960, e em um estádio de novo nome: Ubaldo de Medeiros. O novo estádio só voltaria a se chamar Alfredo de Castilho em 1964, e assim segue até hoje.Saímos do Estádio e aproveitamos para dar um pulo na sede da Torcida Sangue Rubro, onde fomos muito bem recebidos pelo José Roberto Pavanello (e pelo pai dele, que estava almoçando).
E aí, mais uma vez eu posso dizer que quem faz os clubes são as pessoas, os torcedores, não os jogadores. Jogadores vem e vão, mas torcedores estão sempre ali.
Na pouco mais de meia hora que ficamos por ali, pudemos contar e ouvir histórias incríveis de gente que ama e entende a importância do futebol para a sociedade como um todo.
Poucas vezes eu ouvi de um dirigente de Organizada um discurso tão legal como o que ouvi do pessoal da Sangue Rubro.
Amizade, dedicação e respeito, mesmo aos mais tradicionais rivais, além da atenção e cuidado com o time e a torcida. Parabéns ao pessoal da Sangue! Aliás, o site deles: http://www.sanguerubro.com.br E lá vamos nós para a estrada… Em busca de mais estádios, torcedores, times, futebol…