Assim, sigo minha sina buscando os estádios por perdidos por este mundo, cada dia mais legal. Nossa missão desta vez nos leva a pequena cidade Mineira de Cabo Verde…
Ok, confesso que eu nunca tinha ouvido falar de Cabo Verde (a não ser do país homônimo), mas nunca duvidei que tivesse seu estádio, e após alguns minutos atravessando a cidade, que é bem pequena como pode se ver abaixo), chegamos ao Estádio.
O Estádio Municipal Dr. Antônio de Souza Melo, tem um apelido no mínimo curioso: “Brinco de Ouro da Praia Formosa“.
Isso porque já no início do século XX (1923) já se reuniam multidões em torno do campo da”Praia da formosa”, às margens do Rio Verde.
Essa era a seleção da cidade (foto do livro “A freguesia de Nossa Senhora de Assunção de Cabo Verde” de Adilson Carvalho):
Essa e outras fotos e muitas histórias sobre a cidade você encontra no site do Milton Neves, confira clicando aqui.
De qualquer modo, o Estádio é acolhedor e muito bonito, como podem ver:
O Estádio é guardado por um caseiro que mostrou-se muito orgulhoso em ser o guardião da fortaleza.
Além disso foi bem bacana em nos deixar entrar e bater umas fotos de dentro. Fui besta, devia ter tirado uma foto dele, o cara tinha várias histórias legais.
Segundo ele, o time local é muito bom, e ficou uma boa série de jogos sem perder em casa. Fiz questão de sair na foto para registrar minha aventura no histórico Estádio.
É um Estádio pequeno, mas merece todo respeito. Batalhas locais são tão importantes quanto grandes clássicos.
A Mari também fez questão de sair, afinal, sem ela eu não estaria fazendo essas viagens malucas em busca de Estádios que poucas pessoas conhecem
E é isso, pessoal. Essa semana devo postar mais uma nova camisa para tentar chegar às 1.000.
Bom, já que passamos por Poços de Caldas e falamos sobre o novo time da cidade, oVulcão, é hora de retratar o outro time, a tradicional AA Caldense!
Essa camisa eu consegui do jeito mais triste. Comprando.
É fogo, não que eu ache injusto, mas é que mais do que comprar, eu tive que pedir pro pessoal do clube abrir a lojinha pra mim, e sabe quando as pessoas não demonstram aquela boa vontade?
Foi assim. Fiquei chateado. Esperava que os colaboradores do clube ficassem contentes por uma pessoa de fora querer comprar uma camisa. Mas deu pra ver que pra eles, aquilo é só mais um emprego.
Bom, vamos às coisas boas. O detalhe mais legal da camisa é o número. 19. Na época que eu ainda jogava no Autônomos, mesmo quando zagueiro titular, eu adorava jogar com a 18, ou 19.
Bom, sobre o time, o site oficial é o www.caldense.com.br, se quiser escutar seu hino, ouça aqui. Seu mascote é o Periquitão:
Vale conferir a promoção que eles fizeram para escolher o nome do mascote:
A “pré história” do futebol de Poços de Caldas começa em 1904, com Paulino de Souza trazendo uma das primeiras bolas de futebol para a cidade.
Muitos times surgiram no princípio do século XX, mas desapareceram em seguida, como o Internacional F.C. Os remanescentes se uniram, formando a Associação Atlética Caldense.
No início, o clube não possuía sequer sede social ou campo, e jogava no campo do Internacional F.C., sem arquibancada ou gramado. Os torcedores ficavam em pé e os jogadores tinham que se contentar com um campo pelado.
Em 1926, a Caldense adquire um brejão, onde as crianças iam caçar rãs, que foi drenado e cercado de madeira, transformando-se em Campo. A partir dos anos 30 começou a ser construída uma arquibancada. Somente em 1947, conseguiu-se a seção de uso com o prazo de 20 anos.
A equipe teve grandes momentos como entre 1960 e 1961 quando fez uma campanha de 57 partidas invictas. E navegando pela net encontrei uma foto que diz ser de 1978, alguém confirma?
Em 1979, inaugura-se o Estádio Municipal Ronaldo Junqueira e o então campo da Associação Atlética Caldense foi desativado.
Em 1981, contou com Casagrande em seu elenco:
Após tantos anos de luta, em 2002, a AACaldense conseguiu sua maior façanha, o Campeonato Mineiro da primeira divisão. Veja como foi:
Pra finalizar, quer comemorar um gol com os caras? Vai lá!