24/03/2012 Fim de tarde de sábado. Lá vamos nós para a estrada, mais uma vez. Saindo de Cosmópolis, com direito à parada no Graal, nosso destino é a cidade de Araras, mais especificamente o Estádio Hermínio Ometto, a casa do União São João. A chegada ao estádio não é muito animadora. O Estádio, embora tenha um valor histórico incrível, está muito mal cuidado… Não sei o que poderia ser feito, mas é bom tomarem uma atitude antes que aconteça o mesmo que aqui, em Santo André e mandem tudo pro chão… De qualquer modo, lá estávamos nós para acompanhar a primeira das duas batalhas finais do Santo André contra a queda para a série A-3. E não estávamos sós. Vários torcedores, além das organizadas também enfrentaram a viagem para apoiar o time. Do lado verde, a torcida compareceu em pequeno número, até pela confirmação matemática do rebaixamento do União São João, desde a última rodada. Uma pena… O jogo começou feio. E foi ficando ainda pior. Os dois times se comportaram como se jogar fosse um saco… Ninguém se mostrava muito interessado em correr, chutar ao gol ou mesmo obedecer qualquer aplicação técnica. Nas bancadas, a torcida, inclusive eu , ia se irritando, ao mesmo tempo em que ficava triste. Não dá pra entender como o Santo André, que até 2009 estava na série A-1 do paulista e na A do Brasileiro conseguiu cair tanto de produção. Em campo e fora dele. O jogo parecia demorar horas. Só após muito tempo, sem nenhuma grande emoção, o primeiro tempo acaba, para a raiva e vergonha dos presentes. O único jogador a demonstrar um pouco de brio é o goleiro Gustavo, que está há anos aguardando uma chance e veio tê-la no pior momento do time. Vem o segundo tempo e não parece que o técnico Ruy Scarpino tenha tido sucesso em mexer com o time. Voltamos ao marasmo da primeira etapa, como se o empate fosse um bom resultado. A Fúria se esforça e canta. Anima mais a torcida do que o próprio time. Chegamos ao fundo do poço. (Assim espero). Os torcedores gritam contra a SAGED (empresa que gerencia o futebol do Santo André).
Nem a pipoca desce direito…
Com direito a pedaços de queijo que mais parecem ter saído de uma ratoeira…
Em campo, o time não demonstra qualquer reação. A torcida volta a protestar. Desta vez gritam contra o presidente Ronan. Contra o treinador Ruy Scarpino. Sobra ainda para boa parte do elenco e até para o supervisor de futebol Sérgio do Prado, que chegou como esperança de mudança, mas que não conseguiu reverter o quadro que encontrou.O reflexo nas arquibancadas é direto. A média de público do Santo André este ano beirou 300 pessoas..
Mas… As amizades prevalecem. A dor torna os pouco ramalhinos mais fortes e mais unidos.
Quando parecia tudo já bastante ruim, vem o pior. Festa na arquibancada local. União São João 1×0.Queria ir embora.
Queremos acordar desse pesadelo.
Sabe, o problema nem é a eminente queda para a série A3, o problema é o total abandono que o Santo André está sofrendo…
E digo isso com o dedo em riste em direção à prefeitura, à SAGED, aos próprios torcedores que desistiram de continuar na luta e abandonaram as arquibancadas, aos atletas, péssimos profissionais e à cidade como um todo, que quer mesmo é declarar-se parte da cidade de São Paulo, esquecendo nossas origens, nossa história.
Com o coração destroçado ainda fiz uma foto para quem não conhece o estádio.
Aos que ainda nos escutam… “SOCORRO, ESTÃO ACABANDO COM MEU TIME!!!!!”
Aqui no RS o Pelotas tava quase falido. A mídia sempre apoiou muito mais o Brasil e o Pelotas sempre era o clube esquecido da cidade, atras de Brasil, Inter, Gremio… A auto-estima estava baixa.
Daí uns jovens montaram uma nova torcida no clube, no estilo ‘barra-brava’. O clube rejuvenesceu. Não se tornou a maior torcida de Pelotas, não se tornou maior que o Brasil, mas reergueu o clube. Claro que isso coincidiu com uma boa administração dos dirigentes, mas foi uma ‘buena onda’ que contagiou e o clube hoje está na serie A do Gaúcho.
Talvez o que Santo André precise é algum tipo de ‘impacto’ na sua história. Algo que dê vida nova ao clube. Que a juventude da cidade passe a apoiar o clube.
Aqui no RS o Pelotas tava quase falido. A mídia sempre apoiou muito mais o Brasil e o Pelotas sempre era o clube esquecido da cidade, atras de Brasil, Inter, Gremio… A auto-estima estava baixa.
Daí uns jovens montaram uma nova torcida no clube, no estilo ‘barra-brava’. O clube rejuvenesceu. Não se tornou a maior torcida de Pelotas, não se tornou maior que o Brasil, mas reergueu o clube. Claro que isso coincidiu com uma boa administração dos dirigentes, mas foi uma ‘buena onda’ que contagiou e o clube hoje está na serie A do Gaúcho.
Já que a administração do clube não ajuda… Talvez o que Santo André precise é algum tipo de ‘impacto’ na sua história. Algo que dê vida nova ao clube. Que a juventude da cidade passe a apoiar o clube.
Não acompanho tanto o time assim, mas nasci em Santo André e sempre que vejo as publicações com os resultados do final de semana fico impressionado negativamente. Como o time conseguiu declinar em tão pouco tempo? Vergonhoso demais.
Amanhã é ganhar de MEIO A ZERO do Barbarense e, segunda-feira tem que mandar esse Ronan Maria Pinto e cia.limitada direto pra cadeia, porque o que estão fazendo com o time não tem outro nome senão crime contra o patrimônio histórico.
Tô meio “sumidão” mas tô voltando à bater ponto aqui… Mau! Eu concordo com o comentário das “Cores do Jogo” mais acima. Porém, existem clubes que a diretoria e situação interna complicam mesmo qualquer tipo de ação apaixonada da torcida. Eu, depois que resolvi “abraçar” o hobby de colecionar camisas, afastei-me do campo, e tornei-me uma pessoa mais eclética e fã do futebol como um todo. As pesquisas para montar os posts das camisas lá no blog me tronaram um apaixonado convicto pelas histórias e raízes dos clubes num geral. Aprendi á ser mais tolerante, e à respeitar as Instituições e torcidas. Mas, como sempre, má administrações podem sim, acabar com um clube. Espero que o Ramalhão dê a volta por cima, e passe por cima desta fase. grande abraço!