Curitiba é uma cidade muito bacana e que tem uma história de futebol giganteeee. Sem contar na própria história do Estado… Pra quem se interessa pelo tema, eu peguei um livro bacana lá, do Ruy Wachowicz, se liga:
Dessa vez, eu pra dar mais um rolê pela cidade, um pulinho no museu:
Um rolê pelo centro e pelas áreas tradicionais, como a Rua Riachuelo:
Todos sabem o quão louco eu sou por um sebo…
E como também admiro a cultura árabe, fomos conhecer o Monumento a imigração árabe no Paraná, homenagem aos imigrantes sírio-libaneses.
A noite que estivemos lá foi muito importante, era a volta do público aos estádios e o Coritiba receberia o Cruzeiro. Infelizmente além de estar caro (R$ 200) era necessário fazer o teste rápido de COVID e eu preferi não arriscar.
Como odeio estar em partidas e o time que “me recebe” perder, fiquei menos triste de não ir ao jogo, já que o Cruzeiro meteu logo um 3×0 em pleno Couto Pereira…
Mas, como dissemos anteriormente, já havíamos visitado o Couto Pereira e a meta dessa visita à Curitiba era conhecer e registrar o Estádio Érton Coelho Queiroz, mais conhecido como Vila Olímpica do Boqueirão, o antigo estádio do Esporte Clube Pinheiros.
Vale lembrar que o Paraná Clube nasceu em 1989, da fusão do Esporte Clube Pinheiros ao Colorado Esporte Clube:
Infelizmente, atualmente o estádio não só está desativado como depois de muitas idas e vindas, acabou vendido e provavelmente será demolido.
Em 2013, surgiu um boato de que o Paraná iria reformar a Vila Olímpica e transformá-la na Arena Boqueirão, mas o projeto acabou não se tornando realidade.
O amigo André Martins lembrou que houve um time nascido no próprio estádio e que disputou uma edição da Segunda Divisão do futebol paranaense, trata-se do Pavoc (Parque Aquático Vila Olímpica Clube).
Esse foi o time de 1979 que jogou a segundona do Paraná (foto do site História do futebol):
O site História do futebol trouxe a campanha do time:
22.07.1979 Pavoc 1x1 Tabu (Clevelândia), em Curitiba
29.07.1979 Pavoc 1x0 Comercial (Terra Roxa), em Terra Roxa 05.08.1979 Pavoc 0x0 Cascavel (Cascavel), em Curitiba
12.08.1979 Pavoc 0x2 União (Francisco Beltrão), em Francisco Beltrão
19.08.1979 Pavoc 2x2 União (Francisco Beltrão), em Curitiba
2.09.1979 Pavoc 1x2 Cascavel (Cascavel), em Cascavel
9.09.1979 Pavoc 1x1 Tabu (Clevelândia), em Clevelândia
15.09.1979 Pavoc 4x1 Comercial (Terra Roxa), em Curitiba
30.09.1979 Pavoc 0x2 União (Francisco Beltrão), em Francisco Beltrão 06.10.1979 Pavoc 2x0 Tabu (Clevelândia), em Curitiba
13.10.1979 Pavoc 1x1 Cascavel (Cascavel), em Curitiba
21.10.1979 Pavoc 3x2 Tabu (Clevelândia), em Clevelândia
03.11.1979 Pavoc 1x1 União (Francisco Beltrão), em Curitiba
18.11.1979 Pavoc 0x2 Cascavel (Cascavel), em Cascavel
O time terminou em 3º lugar e embora sediado em São José dos Pinhais, mandou suas partidas no Estádio Joaquim Américo, em Curitiba.
O estádio foi construído na área da antiga fazenda do Boqueirão pelo então presidente do clube Érton Coelho, daí o nome do estádio.
Pra quem quer usar a foto, mas não quer minha cara feia:
O Estádio foi inaugurado em 7 de setembro de 1983 com a partida Pinheiros 1×0 Coritiba e apesar da chuva, mais de 5 mil torcedores se fizeram presentes.
O Estádio possui capacidade para 10 mil torcedores. Como não pudemos entrar, segue a foto do site do Globo Esporte
O “Érton” chegou a receber as finais do Paranaense de 1984, 86, 87, 94 e 97 (quando a torcida do Paraná estabeleceu o recorde de público com 17.926 torcedores, no jogo Paraná 3×0 União Bandeirante.
Olha quanta história pintada em seu muro…
As bilheterias ainda seguem por lá… Até quando? Não sei… Uma pena a gente perder esse espaço tão lindo e tão importante para a história do futebol paranaense… Enquanto ainda está de pé… há chance..