Novas aventuras em Curitiba – A Vila Olímpica do Paraná

Em um desses feriados frios e chuvosos que passamos em 2021, aproveitamos a folga no trampo para dar um pulo em Curitiba. Vale lembrar que já estivemos lá para registrar o Eco Estádio Janguito Malucelli (veja aqui como foi) e também para registrar os estádios dos grandes times da capital e também do Rio Branco de Paranaguá (veja aqui como foi).

Curitiba é uma cidade muito bacana e que tem uma história de futebol giganteeee. Sem contar na própria história do Estado… Pra quem se interessa pelo tema, eu peguei um livro bacana lá, do Ruy Wachowicz, se liga:

Dessa vez, eu pra dar mais um rolê pela cidade, um pulinho no museu:

Um rolê pelo centro e pelas áreas tradicionais, como a Rua Riachuelo:

Todos sabem o quão louco eu sou por um sebo…

E como também admiro a cultura árabe, fomos conhecer o Monumento a imigração árabe no Paraná, homenagem aos imigrantes sírio-libaneses.

A noite que estivemos lá foi muito importante, era a volta do público aos estádios e o Coritiba receberia o Cruzeiro. Infelizmente além de estar caro (R$ 200) era necessário fazer o teste rápido de COVID e eu preferi não arriscar.

Como odeio estar em partidas e o time que “me recebe” perder, fiquei menos triste de não ir ao jogo, já que o Cruzeiro meteu logo um 3×0 em pleno Couto Pereira…

Mas, como dissemos anteriormente, já havíamos visitado o Couto Pereira e a meta dessa visita à Curitiba era conhecer e registrar o Estádio Érton Coelho Queiroz, mais conhecido como Vila Olímpica do Boqueirão, o antigo estádio do Esporte Clube Pinheiros.

Vale lembrar que o Paraná Clube nasceu em 1989, da fusão do Esporte Clube Pinheiros ao Colorado Esporte Clube:

Infelizmente, atualmente o estádio não só está desativado como depois de muitas idas e vindas, acabou vendido e provavelmente será demolido.

Em 2013, surgiu um boato de que o Paraná iria reformar a Vila Olímpica e transformá-la na Arena Boqueirão, mas o projeto acabou não se tornando realidade.

O amigo André Martins lembrou que houve um time nascido no próprio estádio e que disputou uma edição da Segunda Divisão do futebol paranaense, trata-se do Pavoc (Parque Aquático Vila Olímpica Clube).

Esse foi o time de 1979 que jogou a segundona do Paraná (foto do site História do futebol):

O site História do futebol trouxe a campanha do time:

22.07.1979 Pavoc 1x1 Tabu (Clevelândia), em Curitiba 
29.07.1979 Pavoc 1x0 Comercial (Terra Roxa), em Terra Roxa 05.08.1979 Pavoc 0x0 Cascavel (Cascavel), em Curitiba
12.08.1979 Pavoc 0x2 União (Francisco Beltrão), em Francisco Beltrão
19.08.1979 Pavoc 2x2 União (Francisco Beltrão), em Curitiba
2.09.1979 Pavoc 1x2 Cascavel (Cascavel), em Cascavel
9.09.1979 Pavoc 1x1 Tabu (Clevelândia), em Clevelândia
15.09.1979 Pavoc 4x1 Comercial (Terra Roxa), em Curitiba
30.09.1979 Pavoc 0x2 União (Francisco Beltrão), em Francisco Beltrão 06.10.1979 Pavoc 2x0 Tabu (Clevelândia), em Curitiba
13.10.1979 Pavoc 1x1 Cascavel (Cascavel), em Curitiba
21.10.1979 Pavoc 3x2 Tabu (Clevelândia), em Clevelândia
03.11.1979 Pavoc 1x1 União (Francisco Beltrão), em Curitiba
18.11.1979 Pavoc 0x2 Cascavel (Cascavel), em Cascavel

O time terminou em 3º lugar e embora sediado em São José dos Pinhais, mandou suas partidas no Estádio Joaquim Américo, em Curitiba.

O estádio foi construído na área da antiga fazenda do Boqueirão pelo então presidente do clube Érton Coelho, daí o nome do estádio.

Pra quem quer usar a foto, mas não quer minha cara feia:

O Estádio foi inaugurado em 7 de setembro de 1983 com a partida Pinheiros 1×0 Coritiba e apesar da chuva, mais de 5 mil torcedores se fizeram presentes.

O Estádio possui capacidade para 10 mil torcedores. Como não pudemos entrar, segue a foto do site do Globo Esporte

O “Érton” chegou a receber as finais do Paranaense de 1984, 86, 87, 94 e 97 (quando a torcida do Paraná estabeleceu o recorde de público com 17.926 torcedores, no jogo Paraná 3×0 União Bandeirante.

Olha quanta história pintada em seu muro…

As bilheterias ainda seguem por lá… Até quando? Não sei… Uma pena a gente perder esse espaço tão lindo e tão importante para a história do futebol paranaense… Enquanto ainda está de pé… há chance..

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113- Camisa do Atlético Paranaense

A 113ª camisa da coleção vem de Curitiba, uma cidade que aprendemos a gostar muito, nos últimos anos, principalmente graças aos amigos que lá residem.

O time dono da camisa é o Atlético Paranaense, fundado em 1912, por Joaquim Américo Guimarães, que hoje dá nome ao estádio.

O Atlético na verdade nasceu da união de dois times: 0 International Foot-Ball Club cujo uniforme era alvinegro e o América Futebol Clube, cujas cores eram vermelho e branco.

A primeira partida do Atlético foi uma vitória por 4×0 contra o Universal FC, em 1924.

No ano seguinte, vem o primeiro título paranaense, com a equipe abaixo:

Nos três anos seguintes, o time foi vice-campeão, somente levantando o caneco novamente em 1929, com o time abaixo:

Durante os anos 30, o Atlético conquistou os campeonatos de 1930, 1934 e 1936, tornando-se “Penta campeão”, em apenas 12 anos de existência. O time campeão invicto de 1936:

E o sucesso do time persistiu e adécada de 40 assistiu a conquista de mais 4 títulos: 1940 (numa polêmica decisão, resolvida apenas nos tribunais esportivos), 1943 (onde um Atletiba decidiu o título), 1945 (outra decisão em Atletiba) e 1949 (onde nasce o apelido “Furacão”, após onze goleadas seguidas, frente seus adversários).

O primeiro “Furacão”, time de 1949:

Entretanto o “Furacão” parece não ter sido um apelido de muita sorte inicialmente.

Depois de assustar seus adversários por tantos anos, o Atlético Paranaense viveu um período de vacas magras.

Em 1958, pode comemorar a conquista de um estadual, com o time abaixo:

A década de 60 foi marcada por campanhas irregulares, e vale como destaque o time de 1968 que participou do Torneio Roberto Gomes Pedrosa:

Entretanto, um ano antes, em 1967, o clube teve seu pior momento e acabou rebaixado para a segunda divisão do paranaense.

Mas, o time não só conseguiu se reerguer e voltar à primeira divisão, como conquistou o título estadual de 1970, com a equipe:

A década de 70 ficaria marcada pela participação do Furacão no Brasileiro, como em 1974, quando o time deixou de participar do quadrangular final por um ponto.

Já os anos 80, começaram com a conquista do título do Torneio da Morte que garantia o clube na primeira divisão estadual, o time responsável:

Em 1982, chegou a vez de gritar “Campeão” novamente, e o time que conquistou o estadual:

1983 trouxe a emoção no Brasileiro. O time perdeu a semifinal para o Flamengo e por pouco não disputa a final!

Em 1985, mais um título estadual, para ajudar a suportar a festa do rival Coritiba, campeão nacional…

E pra fechar a década,mais um título, em 1988.

Entretanto, em 1989, o Furacão foi rebaixado paraasérie B do Campeonato Brasileiro.

Mas, os anos 90 começaram bem e o vice campeonato na série B trouxe de volta o Furacão à Série A do Brasileiro. Além disso, veio mais um título estadual, veja como foi:

Em 1993, novo rebaixamento à série B nacional, mas o retorno não demoraria e graças ao título dasérioe B em 1995, o time não só disputou a série A, como terminou na sexta colocação de 1996.

A conquista de títulos estaduais se tornou quase uma obrigação, entretanto o fortalecimento do Paraná Clube, fez com que os títulos fossem mais escassos nos anos 90, assim, apenas em 1998, houve uma nova taça sendo levantada pelo time abaixo:

Os anos que trariam o novo século viram o Furacão sair campeão em estadual de 2000, 2001, 2005 e 2009, esse último com o time abaixo:

Mas, a grande conquista do clube se deu em 2001, quando o Atlético Paranaense vence seu primeiro Campeonato Brasileiro (final contra o São Caetano, onde ganhou por 4-2 e 1-0)

Relembre como foi a festa:

Outro fato bacana que ocorreu em 2001 foi a inclusão de uma camisa do Atlético Paranaense na Cápsula do Tempo (lembra disso? Era um baú com objetos que representavam o que existia no planeta no ano de 2000 e que só será ser aberto no ano 3.000).

Em 2004, o clube terminou o Brasileiro em segundo lugar, após liderar por 11 rodadas. Destaque para a artilharia conquistada por Washington “Coração de Leão”.

Em 2005, foi a vez de chegar à final da Libertadores, mas teve que mandar o jogo no Estádio Beira-Rio, pelo fato da Arena não ter a capacidade mínima exigida para as finais.

Assim, apenas empatou o jogo de ida e perdeu o jogo de volta para o São Paulo, no Morumbi, perdendo o título da Copa Libertadores da América.

Na Copa Sul-americana de 2006, chegou à semifinal do torneio, sendo eliminado pelo Pachuca, do México.

O mascote do time é o Furacão, em referência ao apelido do time.

O Atlético manda seus jogos no Estádio Joaquim Américo Guimarães, a  Arena da Baixada.

Nós estivemos por lá, algumasvezes!

Entre 2005 e 2008, o estádio recebeu o nome de seu patrocinador e transformou-se em Kyocera Arena.

Atualmente, o estádio está para ser ampliado para passar a ter 42.000 lugares e assim receber partidas da Copa do mundo 2014.

É considerado como um dos estádios mais modernos do país.

Uma lenda curiosa é que parte do estádio (do lado da Rua Brasílio Itiberê) ficou por muitos anos ocupada por uma escola cujo dono era Coxa Branca, o que retardou até 2009 a finalização do projeto.

Embora a questão da modernidade relacionadaao futebol sempre tenha um lado negativo (e no caso do Atlético isso se refletiu no aumento do preço dos ingressos), não há como negar que a Arena da Baixada é uma referência.

E assim, finalizamos mais uma história de uma camisa e de um clube desse maravilhoso mundo do futebol.

Pra comemorar, vamos ouvir a torcida do Furacão cantando e se manifestando contra o Racismo!

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Rolê da virada de ano (2009 – 2010)!

ferias-fim-de-2008-009

Como váriItanhaém. De Itanhaém, fomos seguindo sentido Peruíbe até pegarmos a BR para Curitiba, uma cidade muito legal, cheia de cultura e de lambuja, com 3 grandes times. Começamos pelo Atlético Paranaense, já atualizando em 2019 seu novo escudo: Fizemos um visitação monitorada do Estádio Joaquim Américo, considerado exemplo no Brasil, a Arena da Baixada.

Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo
Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo
Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR
Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR
Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR
Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR

O que mais me chamou a atenção, além da imponência e da beleza de suas arquibancadas é que o estádio é praticamente um Shopping. Embaixo das arquibancadas há dezenas de lojas (e não estou falando somente de lanchonetes). Tudo muito limpo e muito bem feito. O Atlético Paranaense realmente desponta como uma administração bastante diferenciada, caminhando para o conceito do sócio torcedor, e estádio cheio. Uma vez visitado a moderna Arena da Baixada, fomos à casa do rival, Coritiba FC!

Distitntivo do Coritiba FC

Bem vindo ao tradicional Estádio Couto Pereira, o maior estádio do estado.

Coritiba FC - Estádio Couto Pereira - Curitiba - PR
Coritiba FC - Estádio Couto Pereira - Curitiba - PR
Coritiba FC - Estádio Couto Pereira - Curitiba - PR

Confesso que me surpreendeu o quão bem recebidos nós fomos. Nos permitiram entrar nas arquibancadas pra fotografar, o Assessor de Imprensa me entregou um material informativo do clube, bem legal e encontramos aberta a excelente loja do torcedor. O estádio é aquele modelo antigo, enorme, com muito cimento, mas muita energia. Por fim, para fechar a trinca de ouro da cidade, fomos conhecer a casa do Paraná Clube Brasil.

Distitntivo do Paraná Clube

E aí está o Estádio Durival Britto e Silva, conhecido como Vila Capanema.

Paraná Clube Brasil - Estádio Durival Britto e Silva - Vila Capanema - Curitiba-PR

Infelizmente, fomos impedidos de entrar ou mesmo de fotografar por um tiozão, com jeito de zelador… Mais um exemplo de como alguns clubes não enxegram o potencial turístico do futebol.

Paraná Clube Brasil - Estádio Durival Britto e Silva - Vila Capanema - Curitiba-PR
Cópia de ferias fim de 2008 Paraná Clube Brasil - Estádio Durival Britto e Silva - Vila Capanema - Curitiba-PR

Como a idéia era de se divertir, e não somente pensar em futebol (será mesmo possível?) decidimos descer a serra e ir conhecer a histórica Morretes. Fomos pela Estrada da Graciosa. Um passeio muito legal, e com uma vista muito bonita.

ferias-fim-de-2008-190

Chegando lá, o tempo esfriou e como a cidade é muito mais histórica que turística, fomos pra Paranaguá, onde alguns amigos iriam passar a virada, na praia. A cidade tem dois estádios. Um é o Fernando Charbub Farah, o “Gigante do Itiberê“:

ferias fim de 2008 204

O outro, é o estádio do Rio Branco, que fica pro lado do Porto.

Após uns 40 minutos chegamos lá e ainda pudemos encontrar alguns jogadores que disputaram este ano o Campeonato Paranaense. Trata-se do EstádioNelson Medrado Dias, mais conhecido como Estradinha.

O estádio é bem old school, mas muito legal, tem até uma lojinha embaixo da arquibancada, mas achei cara a camisa.

Rio Branco - Estádio da estradinha - Estádio Nelson Medrado Dias - Paranaguá - PR
Rio Branco - Estádio da estradinha - Estádio Nelson Medrado Dias - Paranaguá - PR
Rio Branco - Estádio da estradinha - Estádio Nelson Medrado Dias - Paranaguá - PR

Bom, feito nossa visita futebolística, decidimos ir pra praia. Mas…. após 1 hora parados, na estrada que daria acesso às praias,  o trânsito caótico nos fez desistir. Voltamos para Curitiba. Dali, liguei pra minha família que ainda estava em Itanhaém e voltamos pra lá, pra ver a queima de fogos do Satélite E.C. . Ufa…. Enfim acabamos 2008…

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