
Diz uma lenda irlandesa que o arco íris é um sinal mágico que indica um lugar onde os duendes guardam seus potes de ouro…
Assim, nem questionamos quando fomos guiados por este, direto até Bragança Paulista…

E o nosso pote de ouro não foi o carnaval local, que sofreu com as chuvas na noite dos desfiles…

O nosso tesouro foi finalmente conhecer o Estádio Professor Dedé Muniz, conhecido como o “Verde Gigante”.

A entrada mostra que o dono do estádio é o Legionário Esporte Clube.


O Legionário Esporte Clube foi fundado em dezembro de 1948 e possui muita história no futebol amador e também no profissional, como pode se ver nas paredes do escritório, lá no estádio mesmo.

O Estádio Dedé Muniz fica na região central da cidade, na Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, 174, vamos dar uma olhada na parte interna:
Ainda mantém sua bela arquibancada coberta:




O treinamento do dia era pra equipe júnior, por isso as traves principais estavam dando uma relaxada.

Olhando da arquibancada coberta, esse é o lado esquerdo do campo:

Aqui, o meio campo, com a igreja ao fundo:

E o gol direito:

O Legionário E.C. também fez história ao disputar as competições profissionais da Federação Paulista, jogando a Terceira Divisão em 1957, chegando a se classificar para a segunda fase.

Mas na segunda fase…

Em 1958, novamente classifica-se apenas para a segunda fase da Terceira Divisão, licenciando-se do profissionalismo.

Em 1976, fez sua última campanha no profissional e decidiu licenciar-se e ficar apenas nas competições amadoras.

Esse registro ia terminar sem fotos do Legionário, mas… Foi aí que apareceu o Joel, um historiador do futebol de Bragança e o maior colecionador de fotos e posteres que eu já conheci….
Ele me mandou algumas imagens do time e do estádio, na sua configuração original, vamos lá, começando pela antiga entrada do Estádio:

O time e a torcida, em 1957, assim como as demais, são fotos raríssimas de uma época que haviam poucos registros:

Mais uma vista da torcida, em 1957:

O time de 1957, que disputou a terceira divisão do Paulista:

Aqui, o time em uma partida que foi disputada no Parque Antártica:

Outra foto, do time ainda na terceira divisão de 1957:

E aqui, o time em sua segunda disputa da terceira divisão, em 1958. Só me resta agradecer muito ao amigo Joel por ceder essas imagens que registram para a eternidade o Legionário EC:

Mas o “Gigante verde” segue de pé!

Tendo a cidade de Bragança ao seu redor. Vendo o tempo passar, como o campo também o fez…

Tem até patrocinador no banco de reservas!

Olha aí a camisa do pessoal da escolinha:

Um último olhar, antes de nos dirigirmos ao outro estádio da cidade.

Falamos do estádio que abriga a equipe do Clube Atlético Bragantino.

O Bragantino vive dias de imensa discussão, pelo anúncio recente de sua fusão com o Red Bull para, inicialmente disputarem juntos a série B do Brasileiro de 2019, e quem sabe manter essa parceria para o futuro. Será que o leão morederá ou será mordido? Guardo para um segundo momento uma análise sobre este movimento.

Neste momento, vamos nos ater a dividir o nosso registro do Estádio do Bragantino, cujo nome também gera uma série de discussões…

O estádio foi reformado em 1949.

O estádio ocupa todo um quarteirão e mesmo com várias reformas, ainda mantém muito do original, de mais de 50 anos atrás…

O Bragantino foi fundado em janeiro de 1928, e desde sempre mandou seus jogos no mesmo lugar, que originalmente era conhecido como Campo das Pedras.


Na década de 30 passou a ser chamado de Marcelo Stéfani e atualmente, leva o nome emhomenagem a Nabi Abi Chedid, pai do presidente do clube, Marquinho Chedid. Aparentemente ele não é unanimidade…

Eu sempre me refiro ao estádio pelo seu nome original: Marcelo Stéfani, uma homenagem ao ex jogador e ex presidente do clube, mas… quem sou eu pra criticar uma ação de um time que sequer é o que eu torço…

Vamos dar uma olhada na parte de dentro do estádio:

A capacidade atual do estádio é de pouco mais de 17 mil torcedores.

Pode parecer pouco, mas para uma cidade de pouco mais de 150 mil pessoas isso representa mais de 10% da população.

Sem contar que na final do Paulista de 1990, contra o Novorizontino, mais de 26 mil torcedores estiveram no estádio.
Olhando das arquibancadas cobertas, este é o gol do lado esquerdo do campo:


Uma visão do meio campo:

E aqui, o gol da direita:


E aqui, um pouco da vista da arquibancada central coberta:


Como percebe-se, uma das características marcantes do estádio que além de palco da final do paulistão de 1990, foi também a casa da final do brasileirão de 1991 (entre Bragantino e São Paulo) são as arquibancadas nos quatro lados do campo.

Um destaque atual do estádio é que ele possui um restaurante aberto para o público em geral. Assim, a cidade que já é conhecida pela “linguiça” ganha mais um aparato ligado à gastronomia:

Ali ao fundo pode se ver a imagem do técnico Marcelo Veiga, que mesmo tendo quebrado todos os números e dirigido o Bragantino por mais de 500 jogos, foi demitido após a fusão com o RedBull.


Não sabemos o que será o futuro do Bragantino pós RedBull….
Fica nosso respeito ao time, à torcida e ao estádio.
E aproveitamos para fazer uma menção honrosa ao Bragança Football Club, fundado em 1916 e que chegou a disputar algumas edições do Campeonato do Interior (em 1919 foi apenas um jogo, onde levou 7×0 do Atlético Santista e em 1921, 2 partidas, derrotas para o São João de Jundiaí por 2×0 e 7×0 para o Paulista também de Jundiaí. Distintivo do site História Futebol:

Também guardamos para uma outra viagem (veja aqui como foi) a visita ao Estádio Olympio Rodrigues, a casa do Ferroviários Atlético Clube, verdadeira potencia do futebol amador de Bragança!
