Série C 2025: São Bernardo FC 1×3 CSA

Segunda feira, 2 de junho de 2025.
E quem disse que em plena segundona a gente não pode acompanhar uma partida de futebol?
Fomos até o Estádio 1º de Maio, em São Bernardo do Campo para enfim registrar um jogo da série C do Campeonato Brasileiro de 2025.

Seja bem vindo ao Estádio Primeiro de Maio!

Em campo, dois times que tem lutado para estar no G8 e assim disputar os mata-matas que vão levar 4 equipes à série B.
Apoiando o time da casa, o São Bernardo FC, estão os inabaláveis torcedores da Febre Amarela:

Ali no outro lado da bancada está ainda o pessoal da Guerreiros do Tigre e demais torcedores do time!

Do lado visitante, uma incrível presença dos torcedores de Alagoas, defendendo o time do CSA:

Uma noite fria de outono, mas que em campo se mostrou quente, principalmente para os torcedores visitantes, que logo aos 11 minutos viram o gol do São Bernardo ser anulado por impedimento e aos 19 minutos, Tiago Marques fazer 1×0 para o CSA!

A torcida do CSA fez bonito ao se fazer presente em uma partida em um estádio distante mais de 2 mil quilômetros de sua cidade natal!

Infelizmente, a torcida do São Bernardo vem passando por um momento difícil. Como disse um amigo, apenas os verdadeiros torcedores mantém-se fieis ao time, e diminuiu muito aquele clima de caldeirão que existia no Estádio e complicava a vida dos visitantes.

Talvez o clima gerado pela presença da torcida visitante tenha inspirado os jogadores do CSA e, em especial, Tiago Marques que fez a alegria da galera marcando o segundo gol dos alagoanos aos 27 minutos.

Como é que se explica o amor a um time?

Foi especial ver tantos azulinos nas arquibancadas, vindos de Maceió ou mesmo já radicados pela Grande São Paulo carregando em seus corações histórias e lembranças de desafios dessa nova realidade.

Foi mais do que futebol: a arquibancada deu lugar para reencontros, aventuras e saudade.
Muitos que migraram para cá em busca de uma vida melhor puderam, por 90 minutos, se sentir de volta à infância, à cidade natal, às lembranças boas de casa.
Aos que enfrentaram os 2 mil quilômetros de viagem… Foi como viver uma odisseia!

“Vai pra cima deles, Azulão”, cantavam os alagoanos:

O CSA em campo foi mais do que um time: foi o elo com as raízes, com a memória e com o coração.

Com os dois gols no placar, o CSA foi para o intervalo sabendo que o mais difícil já havia sido feito.
Aproveitamos para ouvir um pouco daqueles que decidiram apoiar o time alagoano no ABC paulista.

Também fomos ouvir o pessoal da Mancha Azul, a organizada do CSA, sempre vibrante e sempre presente, ainda que a polícia militar tenha dificultado ao máximo a presença dos caras, impedindo a entrada das faixas e demais materiais.

Por outro lado, a torcida local mantinha seu apoio e acompanhava com dor o difícil momento.

Aos 20 minutos do segundo tempo, penalty para o CSA e Enzo marcou o terceiro e derradeiro gol.

Aos 26 o São Bernardo diminuiu com Felipe Azevedo que veio do banco de reservas para honrar minimamente o manto do São Bernardo!

Um pouco de pressão no final do jogo, com direito a algumas boas defesas do goleiro Gabriel Félix, mas o placar terminou nos 3×1 para os visitantes.

A preocupação da torcida do CSA agora é pensar no confronto com o Vasco pela Copa do Brasil, e quem sabe viver mais um feito histórico do time alagoano!

Parabéns aos azulinos alagoanos pela presença! Espero revê-los em breve!

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A Vila Olímpica Elzir Cabral – a casa do Ferroviário AC

O fim de 2022 nos reservou uma ótima surpresa: uma inesperada possibilidade de viajar até Fortaleza!!!

Sabe o que isso significa? Tempo de praias!!!

Rios que se encontram com o mar…

Paisagens inesquecíveis…

Rolê de buggy…

E também tempo pra conhecer um novo lugar e sua história… Seja bem vindo a Fortaleza!

O local em que hoje está a cidade tem sido ocupado por seres humanos há mais de 2 mil anos: os primeiros a chegar foram os indígenas tapuias. Num segundo momento, os tapuias acabaram expulsos para o interior pelos tupis que chegavam da Amazônia, entre eles os potyguara, os “comedores de camarão”.

Fortaleza guarda ainda um mistério: será que foi ali que em janeiro de 1500, o espanhol Vicente Yáñez Pinzón teria desembarcado antes de Cabral?

A partir de 1603, os portugueses iniciaram a ocupação batizando o povoado de Nova Lisboa. Tempos depois, sofrem uma tentativa de ocupação holandesa que é duramente combatida. Vitoriosos, os lusos passam a se fazer cada vez mais presentes, invadindo os sertões, sendo enfrentados com muita luta e resistência pelos indígenas.

Em 1726, o povoado do forte foi elevado à vila. Em 1799, Fortaleza foi escolhida capital e em 1823 a vila se tornou a cidade. A partir do século XX cresce rapidamente, tornando-se uma verdadeira metrópole, mas que ainda mantém uma alma própria bastante simpática!

Vale reforçar que Fortaleza teve um posicionamento abolicionista muito forte que terminou em um levante popular em 1881, protagonizado pelos jangadeiros liderados por Dragão do Mar, que findou o tráfico de escravos na capital.

Foi lá que demos oficialmente início a este ano de 2023!

E como o ano não poderia começar sem um grande Estádio, fomos conhecer a Vila Olimpica Elzir Cabral, a casa do Ferroviário Atlético Clube!

Já escrevemos sobre as camisas do Ferroviário AC (confira aqui como foi), mas vale a pena ressaltar a origem operária do time, fundado em 9 de maio de 1933 (naquele momento com o nome Ferroviário Football Clube) por trabalhadores do Setor de Locomoção da Rede de Viação Cearense (RVC),

Mas tive que abrir espaço nos armários porque tem uma nova (e linda!!) camisa do Ferrão chegando!!!

Comecemos então a dividir o visual do Estádio, pelo seu pórtico de entrada:

Como podemos ver, o Estádio Elzir Cabral é todo decorado nas cores tricolores.

Veja como era a entrada na época da inauguração do estádio, em 1967:

Em frente o estádio está a praça dos Ferroviários, com uma estátua sem identificação… Quem seria?

Adentrando ao estádio, chegamos nas arquibancadas que ficam atrás do gol:

E antes de adentrar ao campo de jogo fui conhecer a incrível sala de troféus do Ferroviário AC.

Po, no meio de tantas taças eu fui encontrar uma que eu desejo demais… a da série D!

Também passamos pelo painel da imprensa e pude entrevistar a nova contratação do Ferrão!

Mas acho que chegou a hora de adentrar ao campo…

Há arquibancadas também na lateral do campo, onde pode se ver quatro cabines (3 pra imprensa e uma pra PM)…

Além de reforçar que você está na casa do primeiro campeão brasileiro da capital cearense!

O estádio não costuma receber grandes jogos, porque tem uma capacidade de público pequena, mas é um verdadeiro alçapão!!

Aí está o banco de reservas do FAC:

Como sempre fazemos, segue o registro do meio campo (aqui, olhando do lado da arquibancada):

O gol da esquerda, onde pode se ver um pequeno prédio que serve de apoio:

Aqui dá pra se ter ideia da estrutura:

Aqui, o gol da direita (foi por ali que entramos!):

Atrás do gol também temos a arquibancada tricolor!

O gramado estava pronto pra receber o treinamento daquela tarde, que serviria de preparação para o jogo da “Pré-Copa do Nordeste” que rolaria no dia depois de nossa volta 🙁

Aqui, a visão estando do outro lado, o meio campo:

O gol da esquerda:

E o gol da direita:

O estádio tem vários espaços diferentes com muito cuidado com a imagem do time.

Po, e que tal esse momento com o craque e agora treinador Paulinho Kobayashi?

Um último olhar estando nas arquibancadas atrás do gol por onde entramos:

Um grande abraço ao amigo Lenílson, que fez possível esse nosso registro. Ele é o assessor de imprensa do Ferroviário e tem feito um belo trbaalho de resgate de memória e valorização do clube!

E um abraço especial também pro pessoal da torcida Resistência Coral!

Só nos restava fazer parte “teoricamente” do jogo da noite seguinte…

O rolê por Fortaleza foi mágico. O Nordeste brasileiro tem algo de apaixonante… O povo, a natureza, o clima… Espero poder voltar.
E boa sorte ao Ferroviário AC nas disputas de 2023!

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Em busca do Estádio perdido em Natal – parte 2

Finalizando nosso rolê boleiro por Natal, fomos para o outro lado da cidade, conhecer o Estádio Municipal João Machado, onde o América manda seus jogos e que também recebe partidas do Alecrim.

Ah, e para quem quiser saber um pouco sobre o rolê tradicional turístico em Natal, veja o post que a Mari fez no blog dela.

A vista de um local próximo do estádio mostra que tem uma cara mais artística do que estamos acostumados.

Chamado popularmente de “Machadão“, o Estádio João Cláudio de Vasconcelos Machado é o maior estádio do Rio Grande do Norte.

O endereço (eu sempre procuro endereços nos sites e nunca acho hehe) é: Avenida Prudente de Morais, 5121 – Lagoa Nova.

O torcedor americano Gustavo (do memorialdodragao.blogspot.com) lembrou me num comentário sobre o Frasqueirão, que o América tem outros bons “pontos turísticos” a serem visitados, da sede social ao CT do clube, sem contar o tradicional Estádio Juvenal Lamartine.

Nessa viagem tive que me contentar com a visita aos dois maiores estádios da cidade!

O Machadão é considerado um dos mais belos do Brasil, pelo formato diferenciado. Foi carinhosamente comparado a um “poema de concreto” e até 1989 era chamado de Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco, o “Castelão”.

 Seção placas históricas do Estádio:

Infelizmente esse belo estádio deve ir ao chão ainda esse ano (2011) para ser construído o Estádio das dunas, para a disputa da Copa2014.

Por isso é bom registrarmos nossa presença para a eternidade…

Faz muito sol em Natal, tive que sentar para esriar um pouco (eu costumo ficar ansioso na primeira visita a um estádio).

A Mari, como sempre, acompanhando mais um rolê boleiro!

A capacidade atual é de 42 mil pessoas.

Ao fundo a bela cidade já mostrando sua verticalização…

É… As fotos não ficaram tão boas com esse monte de equipamento de som em campo…

Mas… Era o único momento de poder retratar o estádio.

Já era hora de voltarmos para a praia!

Taxi e caminhada nos levam de volta ao hotel e a mais um paraíso desse país…

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Em busca do Estádio perdido em Natal

Oi! pessoal! Feliz ano novo a todos!

Nem bem começou o ano e já temos um monte de estádios e camisas a serem postados. Decidi começar pelos estádios visitados durante nosso rolê por Natal, no Rio Grande do Norte!

O primeiro deles foi o Estádio Maria Lamas Farache, popularmente conhecido como “Frasqueirão“, onde o ABC manda seus jogos.

O Frasqueirão foi inaugurado em 2006, no jogo ABC 1 x 1 Alecrim. Sua capacidade atual é estimada em 20.000 torcedores. Vamos dar uma olhada:

 O estádio é no estilo old school, muito cimento e arquibancadas, mas com vários cuidados como banners e faixas.

Existe um projeto para aumentar a capacidade do estádio para 30 mil lugares, além disso, existe uma área onde será construído um estacionamento para mais de 10 mil veículos.

Mas o nosso negócio é ver o campo, e aí está ele…

A arquibancada permite uma boa proximidade com o campo e atletas!

E o Brasão do ABC está estampado por todo lado…

Ainda bem que a Mari também curte o rolê boleiro, caso contrário não seria fácil trocar uma manhã na praia, por uma manhã num estádio. 

Mas a vista é quase tão bonita quanto à do mar, não é mesmo?

E o Frasqueirão é uma obra quenão pode deixar de ser conhecida pelos amantes do futebol…

Mais um palácio do futebol para ficar guardado na memória…

E graças aos amigos baianos Paulo e Zica, que nos acompanharam, pudemos fazer uma foto juntos!

 O principal adversário da torcida rival é o sol… Em dias de jogos, chega fácil a 40 graus….

E com o acesso de volta à série B, o campo merece ser ainda mais “paparicado”, por isso lá estavam os jardineiros acertando os últimos detalhes do gramado.

 Se eu conseguir assistir um jogo no Frasqueirão, esse é o lugar que quero ficar!!!

E se o estádio é bom, o que dizer da loja do clube?

Se não pudemos comprar mais do que alguns adesivos e um livro do clube, a foto registra ós vários modelos de camisa a venda…

E assim, finalizo o primeiro post sobre um estádio do ano. Só para aquecer, ainda teremos mais um estádio de Natal, um de Curitiba e 2 de Santa Catarina. Espero postar tudo em janeiro, se a Copinha deixar (são muitos jogos…)!

Abraços e ótimo 2011!!!

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Encare os estádios como monumentos culturais!

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72- Camisa do CSA

A 72ª Camisa de Futebol pertence ao tradicional CSA, o Centro Sportivo Alagoano. Essa camisa eu trouxe, na minha viagem de fim de ano para a magnífica Maceió (veja aqui como foi).

O CSA foi fundado em 7 de setembro de 1913, na Sociedade Perseverança e Auxiliar dos Empregados no Comércio, por um grupo de desportistas e devido à data, o primeiro nomeadotado foi Centro Sportivo Sete de Setembro. O primeiro jogo do time azulino foi uma vitória de 3×0 contra uma equipe formada por alagoanos que estudavam em Recife. Antes de se tornar definitivamente “CSA” (em 1918), ainda viria a se chamar “Centro Sportivo Floriano Peixoto“.

Existe um excelente site sobre a história do futebol alagoano, o Museu dos esportes, onde se pode encontrar imagens históricas, como a do time de 1923:

O time possui desde seu início, enorme rivalidade com o outro time da cidade, o CRB, mas houve um jogo em que essa rivalidade foi vencida, em 1931, quando 2 jogadores do CRB foram convidados pelo treinador e jogador Tininho para reforçar o time do CSA num amistoso contra o América de Recife. Zequito Porto e Fonseca eram os convidados. Diretores do CSA chegaram a dizer que não concordavam com a presença dos jogadores do CRB, mas  Tininho peitou a diretoria e escalou os dois na partida em que venceram o América por 4×2 (Dois dos gols marcado por Fonseca). Coisa rara pra se existir entre dois rivais, não?

O time coleciona uma série de eventos memoráveis, por exemplo, achei uma foto de um dia em que o Garrincha disputou uma partida com a camisa do próprio CSA.

Outro grande momento foi o vice campeonato da Taça de Prata de 1980. De 1975 a 1979 disputou o Brasileirão (que chegou a ser jogado por 94 times), até então organizado pela CBD (Conferderação Brasileira de Desportos), com a criação da CBF, o time teve de disputar a Taça de Prata (equivalente à segunda divisão, ou série B, atual).

Mesmo perdendo a final para o Londrina, o CSA conquistou o acesso à divisão de elite do futebol brasileiro, do ano seguinte, com o time :

Em 1981, no seu retorno à elite… o time foi rebaixado, com o plantel abaixo:

Em 1982, o jeito foi disputar novamente a Taça de prata, e mais um vice campeonato, desta vez contra o Campo Grande, do Rio de Janeiro.

A final foi em 3 jogos, e o primeiro deles, o CSA venceu por 4 x 3, numa partida que ficou conhecida como o “jogo da virada”, mas perdeu os dois seguintes, no Rio de Janeiro, com o time:

No Brasileiro de 1983 teve grandes momentos, como nas vitórias por 4×0 diante do Tiradentes e os 2×1 contra o Fluminense, em pleno Rio de Janeiro, com o time:

O time conquistou o campeonto estadual 37 vezes, mas também chegou a ser rebaixado para a segunda divisão do alagoano duas vezes, em 2003 e a mais recente, em 2009.

O auge do time veio em 1999, na disputa da Copa Conmebol, quando pela primeira vez, um clube de Alagoas participou de uma competição internacional.

Logo na estréia, eliminou o Vila Nova de Goiás nos pênaltis.

O segundo adversário foi o venezuelano Estudiantes de Mérida, eliminado com um empate sem gols, na Venezuela e uma vitória do CSA, por 3 x 1, em Maceió, num jogo que teve seis jogadores expulsos.

Na semifinal, embate histórico contra o São Raimundo, também vencida na disputa por penaltys. O CSA era agora o primeiro clube do Nordeste a disputar uma decisão de competição sul-americana, contra o Talleres, da Argentina.

Na primeira partida o CSA fez 4 x 2, em casa, o título parecia certo, mas na Argentina, a catimba falou mais alto e o título foi perdido numa derrota por 3×0.

Existem muitos vídeos sobre toda a campanha, mas sobre a final, só achei o vídeo do gol, do título do Talleres. De qualquer forma, foi um momento inesquecível para o time do CSA.

O CSA costumava mandar seus jogos no Estádio Gustavo Paiva, o Mutange. Sua capacidade chegou a ser de 9.000 pessoas.  E tem como destaque ter sediado o jogo CSA 1 x 1 Velez Sársfield, em 1951.

Atualmente, o CSA disputa suas partidas no Estádio Rei Pelé, o Trapichão (do governo estadual), utilizando o Mutange apenas para treinamentos.

O mascote do CSA é o Azulão:

Ouça o hino no link abaixo:

Não encontrei o site site oficial do clube, mas há o www.azulcrinante.com feito por torcedores e também o blog www.csa-azulao.blogspot.com/

Estive recentemente em Maceió e um dos amigos que fiz no hotel era torcedor do CSA, esse post vai pra ele!

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Ainda que sua cidade tenha uma praia linda, é no Estádio que cantamos juntos!