Última rodada da primeira fase da Segunda Divisão do Campeonato Paulista de 2010. Fomos até Mogi Guaçu para assistir o jogo que definia um dos classificados para a próxima fase, em busca do acesso para a série A3.
Logo na chegada, um bom sinal. Muitos carros do lado de fora, mostrando que a população da cidadetopou apoiar o CA Guaçuano!
O jogo foi no Estádio Municipal Alexandre Augusto Camacho, que já conhecíamos de outras viagens.
O estádio, que comporta cerca de 5 mil pessoas recebeu mais de 1.000 torcedores. Entre eles, eu e a Mari!
A torcida apoiava, mas cobrava bastante. Houve inclusive a distribuição de um panfleto nas redondezas do estádio pedindo a saída da atual diretoria.
Além da arquibancada da foto acima, existe uma nova área, construída atrás do gol de entrada:
E tem também quem prefere torcer ali pertinho, encostado no alambrado…
Ah, e sem dúvida a parte mais divertida do estádio, é onde fica a galera do barranco, que promete um dia ter o nome de cada um de seus integrantes escrito ali no barranco também.
Tem até escada pra levar o pessoal até seus tradicionais lugares (eu só percebi depois de literalmente escalar o morro pra falar com o pessoal):
É deles a faixa que fica ali no alambrado, com a figura do “Barney”, dos Simpsons:
E todos torcendo para que ao final do jogo a bandeira da cidade e do clube refletisse a imagem da vitória…
Eu e a Mari já estávamos satisfeitos por acompanhar dois times que já conhecíamos mas que nunca tínhamos visto ao vivo!
Sobre o jogo, o Guaçuano era todo ataque e o Radium todo defesa.
O time do ataque dominava o jogo, mas não conseguia finalizar bem. As maiores chances vinham das bolas paradas.
O time da defesa se segurava como podia, valendo-se de muitas faltas e catimba para segurar o 0x0 que levaria o Radium à segunda fase.
A estratégia defensiva funcionou durante todo o primeiro tempo. O jogo virou 0x0.
Durante o intervalo, houve uma homenagem a equipe de Futebol de Campo sub-21 de Mogi Guaçu, que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Regionais de Americana.
O jovem time levantou o caneco com muita moral, vencendo a equipe do Aguaí por 2×1. A foto abaixo é do site www.guacuesporte.com.br :
O 2º tempo veio e o jogo ficou ainda mais truncado.
Mesmo com o time carregado de cartões amarelos, o Radium seguia heroicamente descendo a bota e tentando de tudo para esfriar o jogo.
Até os reservas pressionavam para segurar o 0x0.
A torcida apoiava, mas já começavam a criticar uma possível eliminação precoce.
Mas, quando a classificação parecia começar a ficar distante, o lateral Robson fez de penalty 1×0 para o Mandi!
Foi o suficiente para a festa na torcida e na cidade.
Mas havia tempo pra mais e o Guaçuano fez 2×0, assegurando de vez a classificação para a próxima fase.
Agora, a série B promete uma nova fase com um nível bem mais forte. O Guaçuano disputará suas fichas contra Olé Brasil, Votuporanguense e Mauaense.
Boa sorte, Mandi!
E torcedor Guaçuano, não se esqueça, mais do que nunca…
A 58a Camisa de Futebol, do Radium Futebol Clube eu comprei dentro do próprio estádio, no intervalo da partida que ganhou de 3×0 contra o Sumaré, no dia 14 de junho, no mesmo rolê em que eu consegui a camisa da Guaxupé.
Como eu não tinha levado dinheiro, só tava com o cartão, o pessoal deixou eu fazer um depósito mais tarde. Confesso que demorei pra pagar porque não encontrava onde tinha anotado os dados da conta dos caras, mas já ta pago!! (R$ 50).
Mococa é uma cidade bem próxima do sul de Minas, e ainda consegue manter uma cara de cidade de interior, bem mais tranquila que a correria que estou acostumado aqui no ABC ou em São Paulo.
O Radium é bem conhecido, mas confesso que briga de igual para igual com os deliciosos doces de leite para saber qual o “bem” mais importante da cidade.
Mas falando do time, por que um time com esse nome tão diferente? A resposta é simples, esse foi o jeito que os fundadores arrumaram para homenagear o elemento químico descoberto pela cientista francesa Marie Curie, que pressupunha força, potência e energia.
Foi fundado em 1º de maio de 1919, e times fundados nessa data (dia do trabalhador), sempre possuem forte ligação operária, e provavelmente anarquista.
Manda seus jogos no Estádio Olímpico São Sebastião, com capacidade para aproximadamente 7 mil torcedores.
Curta o clima do estádio em dia de jogo:
Destaque para a lojinha do time, dentro do estádio:
Em 2009 o clube comemora 90 anos de existência, por isso existe uma série de produtos comemorando o feito, de camisas à cervejas e tiveram direito até à cobertura da mídia:
O time é bem acompanhado pelos moradores da cidade, tem até uma organizada, a Fúria Verde, nascida em 2008, em uma roda de bar em Mococa.
Disputa torneios profissionais desde 1949, o time daquele ano:
Teve seu auge no início dos anos 50, quando conquistou o Campeonato Paulista do Interior e a Série A2 em 1950 e disputando em 1951 e 1952 a primeira divisão.
Olha aí o time de 1952:
Após ficar o ano de 1953 sem competir profissionalmente, voltou em 1954 no então Campeonato Paulista da Primeira Divisão (equivalente a atual Série A2), competição que disputou até 1957.
No ano seguinte, mais um período longe dos torneios profissionais, com o retorno em 1961 na Terceira Divisão Estadual.
De 1962 até 1976 o clube esteve mais uma vez longe dos campeonatos profissionais, voltando na “Terceirona” de 1977, divisão que permaneceu até 1979, quando ao lado do Amparo e do Lemense conseguiu o acesso à Segunda Divisão de 1980. Ainda neste ano, realizou o primeiro amistoso internacional da história contra a Seleção da Arábia Saudita. Venceram por 4 a 1 . Essa imagem é de 78:
Time de 1979:
Em 1988 o clube de Mococa foi rebaixado e disputou por dois anos o Campeonato Paulista da Segunda Divisão (equivalente a atual Série A3), quando em 1990 novamente obteve o direito de subir uma divisão e chegar à Série Intermediária, competição que disputou por quatro temporadas.
Em 1994 disputou o Campeonato Paulista B1A, equivalente à quarta divisão do futebol estadual, e continuou nesta competição até 1996. Nas temporadas de 1997 e 1998 esteve ausente do profissionalismo e no ano seguinte, em 1999, disputou a Série B1B.
Do ano 2000 até 2003 participou do Campeonato Paulista da Série B2 e neste meio tempo, entre 2001 e 2003, esteve presente em três edições da Copa São Paulo de Juniores, sendo eliminado na primeira fase de todas.
Em 2005 passou a competir na Segunda Divisão Estadual.
Seu mascote é o Periquito e é também chamado de “Verdão da Mogiana”.
Estivemos no Estádio São Sebastião acompanhando Radium x Sumaré, e o Radium venceu por 2×0.
Um momento histórico, vista que atualmente (2023), o Radium está licenciado e seu estádio completamente abandonado.
O placar não conseguiu acompanhar os gols…
Também, menos de um minuto e o Radium saiu na frente…
Para quem acha que rock e futebol não combinam, ainda mais no interior, se liga nas chamadas que os caras fizeram pros jogos desse ano, beeeeem roqueira!:
E a galera tem comparecido!
A vista das arquibancadas revela um horizonte ainda típico do interior, com muito verde, árvores e montanhas… Vendo isso eu me pergunto até quando eu aguento viver no meio de tanto prédio e poluição…
Logo, o Radium ampliou para 2×0 para a alegria da sua torcida!
E como sempre, eu e a Mari imortalizamos nossa presença no Estádio São Sebastião!!
Mas teve ataque do Sumaré também…
Curta mais um alguns lances de jogo, que recuperei somente em 2023 e que, sabendo da atual situação do estádio São Sebastião, vale a pena ser relembrado:
Estou tentando conseguir o livro “Radium, o verdão da Mogiana“, para conseguir mais informações, mas por hora, quem quiser saber mais, acesse o site oficial do time é www.radiumfc.com.br