A 58a Camisa de Futebol, do Radium Futebol Clube eu comprei dentro do próprio estádio, no intervalo da partida que ganhou de 3×0 contra o Sumaré, no dia 14 de junho, no mesmo rolê em que eu consegui a camisa da Guaxupé.
Como eu não tinha levado dinheiro, só tava com o cartão, o pessoal deixou eu fazer um depósito mais tarde. Confesso que demorei pra pagar porque não encontrava onde tinha anotado os dados da conta dos caras, mas já ta pago!! (R$ 50).
Mococa é uma cidade bem próxima do sul de Minas, e ainda consegue manter uma cara de cidade de interior, bem mais tranquila que a correria que estou acostumado aqui no ABC ou em São Paulo.
O Radium é bem conhecido, mas confesso que briga de igual para igual com os deliciosos doces de leite para saber qual o “bem” mais importante da cidade.
No meu caso, Mococa é também a terra de um pessoal punk que era bem gente fina, quem sabe esse post chega até eles. Eu nunca mais tive noticias. Só lembro do nome de um deles, o “Joey“. (E pensar que anos depois, em 2022 fui reencontrar o Joey num jogo do União São João, confira aqui!!)
Mas falando do time, por que um time com esse nome tão diferente? A resposta é simples, esse foi o jeito que os fundadores arrumaram para homenagear o elemento químico descoberto pela cientista francesa Marie Curie, que pressupunha força, potência e energia.
Foi fundado em 1º de maio de 1919, e times fundados nessa data (dia do trabalhador), sempre possuem forte ligação operária, e provavelmente anarquista.
Manda seus jogos no Estádio Olímpico São Sebastião, com capacidade para aproximadamente 7 mil torcedores.
Curta o clima do estádio em dia de jogo:
Destaque para a lojinha do time, dentro do estádio:
Em 2009 o clube comemora 90 anos de existência, por isso existe uma série de produtos comemorando o feito, de camisas à cervejas e tiveram direito até à cobertura da mídia:
O time é bem acompanhado pelos moradores da cidade, tem até uma organizada, a Fúria Verde, nascida em 2008, em uma roda de bar em Mococa.
Disputa torneios profissionais desde 1949, o time daquele ano:
Teve seu auge no início dos anos 50, quando conquistou o Campeonato Paulista do Interior e a Série A2 em 1950 e disputando em 1951 e 1952 a primeira divisão.
Olha aí o time de 1952:
Após ficar o ano de 1953 sem competir profissionalmente, voltou em 1954 no então Campeonato Paulista da Segunda Divisão (equivalente a atual Série A2), competição que disputou até 1957.
Aqui, matéria de uma goleada de 1955:
Veja o time de 1957:
Olha essas matérias da Gazeta de 1957:
No ano seguinte, mais um período longe dos torneios profissionais, com o retorno em 1961 na Terceira Divisão Estadual.
De 1962 até 1976 o clube esteve mais uma vez longe dos campeonatos profissionais, voltando na “Terceirona” de 1977, divisão que permaneceu até 1979, quando ao lado do Amparo e do Lemense conseguiu o acesso à Segunda Divisão de 1980.
Ainda neste ano, realizou o primeiro amistoso internacional da história contra a Seleção da Arábia Saudita. Venceram por 4 a 1 . Essa imagem é de 78:
Time de 1979:
Em 1988 o clube de Mococa foi rebaixado e disputou por dois anos o Campeonato Paulista da Segunda Divisão (equivalente a atual Série A3), quando em 1990 novamente obteve o direito de subir uma divisão e chegar à Série Intermediária, competição que disputou por quatro temporadas.
Em 1994 disputou o Campeonato Paulista B1A, equivalente à quarta divisão do futebol estadual, e continuou nesta competição até 1996. Nas temporadas de 1997 e 1998 esteve ausente do profissionalismo e no ano seguinte, em 1999, disputou a Série B1B.
Do ano 2000 até 2003 participou do Campeonato Paulista da Série B2 e neste meio tempo, entre 2001 e 2003, esteve presente em três edições da Copa São Paulo de Juniores, sendo eliminado na primeira fase de todas.
Em 2005 passou a competir na Segunda Divisão Estadual.
Seu mascote é o Periquito e é também chamado de “Verdão da Mogiana”.
Estivemos no Estádio São Sebastião acompanhando Radium x Sumaré, e o Radium venceu por 2×0.
Um momento histórico, vista que atualmente (2023), o Radium está licenciado e seu estádio completamente abandonado.
O placar não conseguiu acompanhar os gols…
Também, menos de um minuto e o Radium saiu na frente…
Para quem acha que rock e futebol não combinam, ainda mais no interior, se liga nas chamadas que os caras fizeram pros jogos desse ano, beeeeem roqueira!:
E a galera tem comparecido!
A vista das arquibancadas revela um horizonte ainda típico do interior, com muito verde, árvores e montanhas… Vendo isso eu me pergunto até quando eu aguento viver no meio de tanto prédio e poluição…
Logo, o Radium ampliou para 2×0 para a alegria da sua torcida!
E como sempre, eu e a Mari imortalizamos nossa presença no Estádio São Sebastião!!
Mas teve ataque do Sumaré também…
Curta mais um alguns lances de jogo, que recuperei somente em 2023 e que, sabendo da atual situação do estádio São Sebastião, vale a pena ser relembrado:
Estou tentando conseguir o livro “Radium, o verdão da Mogiana“, para conseguir mais informações, mas por hora, quem quiser saber mais, acesse o site oficial do time é www.radiumfc.com.br
Existe também um blog muito legal falando sobre o time:www.radiumfc.blogspot.com/
Pra finalizar, que tal um rolê embaixo do bandeirão da torcida??
1º de maio não é dia do trabalho, é dia do trabalhador.
Ou melhor, é dia da luta do trabalhador.
Olá Maurício, como vai ?
Achei que a reportagem ficou muito boa. Iniciamos a parceria com o Radium neste ano de 2009 e esperamos continuar por um bom tempo. A cidade é realmente apaixonada pelo clube e por isso estamos tentando juntar as forças da cidade para levantá-lo.
Grande abraço,
Fabio Donatelli – Freshcom / Radium FC
Fabio o Ueslei disse que vc mandou me passar este endereço, não entendi.
Celso
acelsomundial@gmail.com
dia do trabalho do trabalhador tudo a mesma coisa, quem tem trabalho..é trabalhador, quem é trabalhador tem…ahhhhhhhhhhhh uahhsuhauhsuhsh razinza hehehe
Quer dizer que vc esteve por aqui e nem para avisar?
É não se fazem mais punks como antigamente mesmo, aos quais enviava nem que fosse uma carta social de 00,1 centavo antes de vir.suhasuhasuhsuhaau
A cidade de Mococa localiza-se no nordeste do Estado de São Paulo, segundo consta em fontes históricas. No cerne do período Republicano: O povoado, até então conhecido como São Sebastião da Boa Vista, em meados de 1840, passa em 1857 a ser considerada Freguesia. Em 1871, Vila, e somente em 1875 veio a ser considerada cidade oficialmente.
O nome vem da seguinte designação: Mu – pequeno; Co – esteio e Oca – casa, resultando daí a expressão Mucoca – casa de pequeno esteio. Em 1842, foi implantada a primeira lavoura de café, vindo a gerar cidades e citadinos. O que impossibilita pensar em café sem escravos, estes advindos da África para suprirem a mão-de-obra nos cafezais. Após 1888, data da abolição da escravatura, se faz necessária a substituição de mão-de-obra escrava.
Eis que a cidade passa a receber uma massa de imigrantes, em sua esmagadora maioria de Italianos, cerca de 9.000 e em menor escala também de alemães, austríacos, espanhóis, portugueses e libaneses, para essa substituição da mão-de-obra. Como resultado, houve uma fusão cultural e cosmopolita em pleno “sertão do pardo”, período este conhecido como a Belle époque caipira, qualificando Mococa como uma das principais cidades produtoras do melhor café do Brasil.
A florada civilizadora do café passa a dar origem à última aristocracia (os fazendeiros de café), tornando-os a elite social brasileira.
Pois entre 1914 e 1918, período da Primeira Guerra Mundial, ocorre à desorganização do comércio internacional, desestruturando a economia cafeeira devido à retração dos mercados consumidores. A partir deste período os fazendeiros passam investir na criação de gado de leite. Em 1932, a cidade passa a ser Front da Revolução constitucionalista no conflito entre mineiros e paulistas.
Terra esta berço do escultor Bruno Giorgi, e do comediante Rogério Cardoso. Tendo com atrações turísticas o centro histórico, diversas igrejas, museus e casa de cultura, turismo rural e turismo de eventos: esportivos troféu Chico Piscina e Kim Mollo, de eventos como a Semana Universitária Mocoquense.
*Gustavo de Souza Pinto (Bacharel, licenciado e Pós-graduado em História. UNESP-Franca)
Contato: clioprojetosculturais@gmail.com
http://www.novamococa.com.br/
Fabio o Ueslei disse que vc mandou me passar este endereço, não entendi.
Celso
acelsomundial@gmail.com
Ele é da assessoria de imprensa do Radium e tem o site acima…dá uma olhada.
Regina Mococa
Olá,eu gostaria de saber se existe alguma foto do time de 1949,quando havia um goleiro de nome Ié…ele é meu avô, me lembro qdo pequena de ele me mostrar várias fotos e tal…sei lá, se conseguir por favor entre em contato, obrigada!
Ué, no post tem uma foto do time de 49, seu vô pode ser o primeiro da esquerda, da fila de baixo… confere???
eae mauricio nao tinha visto essa postagem.
Pois bem ficou muito boa mesmo sou um dos diretores da fúria verde e agradecemos por pessoas como voce mostra o noso prazer de ir ao estadio e torcer pelo radium !
Grande abraço e parabens
muito legal.Acho muito bom eles divulgarem Mococa assim!!!
Olá amigo, gostei muito desta pequena homenagem ao grandioso Radium de Mococa. Sou de lá e chamou a minha atenção você ter conhecido alguns punks de lá!! eheheh… não sou um, mas curto o som!! Já tive algum contato com o Joey, e também conheço o Budda que faz tatuagem, o Sapo, o Velho… que é uns caras que andavam juntos a uns 10 anos atrás. Meu tio tinha banda com o Joey, então acho que se vc quiser entrar em contato, consigo pra vc ok??? falow… abraço, t+
Olá, meu bisavô jogou no Radium durante o começo dos anos 50, jogava com o nome de Baía
Realmente, o pessoal de Mococa é muito fã do time. E todos ficam chateados pelo time ter caído e não ter voltado mais….