Em busca do Estádio perdido em Tatuí

Seguindo nossa missão de buscar estádios perdidos por este mundo, lutando contra a ideia de que o futebol pareça morrer a cada dia, chegamos a bela cidade de Tatuí

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Aproveitamos para registrar o Estádio do São Martinho, time fundado pelos operários da Fábrica Têxtil São Martinho, no final da década de 1930.

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E pra nossa surpresa, o Estádio Dr. Júnior do Amaral Lincoln não só está muito bem estruturado como mantém-se como sede do São Martinho nas disputas amadoras organizadas pela Federação Paulista.

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Belo gramado e uma localização privilegiada, em uma movimentada avenida.

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Não sei porque, mas adoro bilheterias…

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Mas, nossa busca era pelo Estádio Dr. Gualter Nunes, que abrigou o time local, em suas aventuras pelo campeonato paulista, entre as décadas de 50 e 70.

Estamos falando da Associação Atlética XI de Agosto!

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O Estádio mantém vivas as cores do time, que hoje ainda existe no futebol amador e como clube social.

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Vale lembrar que o XI de Agosto nasceu, a partir de uma simples pelada disputada entre moradores da cidade. O nome é uma homenagem ao dia do aniversário da cidade.

O campo ainda está lá em perfeitas condições. Aliás, a cidade de Tatuí tem uma representatividade bem importante nas competições amadoras do estado, ou seja, eles tem usado bastante o campo!

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A data oficial de fundação do time é 11 de agosto de 1929, apesar de ela já existir desde 14 de maio de 1916.

Mais uma bilheteria visitada pelo nosso blog!

O Estádio / Clube ocupa quase todo um quarteirão, essa é a rua lateral:

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O Estádio Dr. Gualter Nunes começou como um campo de várzea. No mês de junho de 1930 o campo foi fechado com tábuas, para ser construída uma arquibancada.

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O primeiro jogo ocorreu contra a Associação Atlética Pindorama, mas a inauguração oficial aconteceria em 1935 contra o Palestra Itália e teve como resultado um empate em 1X1

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O clube parece reconhecer aqueles que fizeram parte da sua história. Esse é um quadro exposto nas dependências internas:

E outro grande achado que está em exposição no clube é essa camisa, da década de 60:

O time de 1958 sagrou-se bi-campeão do setor:

Esse é o time de 1978, que disputou a terceira divisão:

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Dias depois da visita, encontrei essa foto pela Internet, do estádio nos anos 70:

Estadio XI de Agosto

Voltando ao momento atual, o último jogo parece ter sido uma boa goleada!

E lá fomos nós para dentro do campo, ver de perto mais esse templo do futebol do interior paulista.

Uma história bacana que contam por lá é que o time tem o apelido de Égua Vermelha, devido a uma égua avermelhada morta no centro da cidade, bem no dia de uma partida. Os torcedores adversários aproveitando a situação diziam: “A égua vermelha do XI vai morrer”.

Hora de ir embora…

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!

3 comentários em “Em busca do Estádio perdido em Tatuí”

  1. Olá Mau, parabéns pelo seu blog, é muito interessante e mostra que você é realmente apaixonado pelo futebol, pois visita cada estádio que a gente nem imagina que exista, pois, infelizmente, a mídia só mostra os times grandes e quais as baladas que os jogadores estão indo ou quem eles estão namorando.

    Gosto também de ver jogos dos times menores, porém só vou em jogos aqui do abc ou da capital, como jogos do Juventus, Ramalhão, Berno e São Caetano. Ainda quero ver um jogo do Nacional no Nicolau Alayon e um jogo do Mauaense no Pedro Benedetti.

    Sou corinthiano, mas por viver na região do abc, sempre tive por segundo time o ramalhão, comecei a torcer naquela época que o ramalhão estava na A2 e quase subiu em 2000, quando subiu o São Caetano.

    As vezes vou as jogos no Bruno e já te vi por lá com sua namorada.

    Enfim, o espaço era pra comentar sobre XI de Agosto, e não falei nada, na verdade só queria parabenizá-lo pelo ótimo blog e que acho legal o que vc faz ajudando a divulgar os times menores e esquecidos pela mídia.

  2. Olá grande conquistador de camisas. Esse é o blog que nos da vontade de conferir, ainda mais depois de ler aquele livro novo, que voce deve ter ouvido sobre, o almanaque de camisas do campeonato carioca. Ali tem desde algo sobre os grandes, além de lembrar dos tempos que os clubes jogavam com “faixa de Karate” e atemesmo do radar, primeira grande equipe de futebol feminino do país. Nem chapada (L) e nem monstrenga (J)…além do ácido úrico lantejolavel… pra nos fazer deixar de conferir essa, espero que voce consiga também. Quem não tem faculdade, tem motivação. É nóis!…e sem jornada voadora nas estrelas, chega de volei.

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