Rolê 2018 pelo interior paulista: Pacaembu (parte 13 de 27)

Chegamos ao post preferido do Zagallo: a 13! Já narramos nossas visitas aos estádios de Lençóis Paulista, Agudos, Gália, Garça, Vera Cruz, Oriente, Quintana, Osvaldo CruzRinópolis, Lucélia, Adamantina e Flórida Paulista, além de dois jogos da Bezinha (4a divisão paulista) em Andradina e em Tupã. Aliás, falando no velho lobo, que belo vídeo do Zagallo hein?

E nosso rolê nos levou à cidade de Pacaembu. Pacaembu Pacaembu Nesse momento, já estávamos há mais de 600 km de Santo André. A viagem começa a ficar ainda mais interessante. Dizem que o nome da cidade veio como homenagem ao estádio. Outros dizem que é uma mistura do animal “Paca” com a fruta “Embu”, ambos presentes na cidade. Pouco mais de 14 mil pessoas vivem na cidade de Pacaembu. Pacaembu Pacaembu Pacaembu O objetivo da nossa visita era conhecer e registrar o Estádio Municipal Ari Aparecido dos Santos Rodrigues. Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu Pra quem quer uma foto do estádio sem a gente na frente, ta aí: Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu O Estádio Ari Aparecido dos Santos Rodrigues foi a casa do Pacaembu EC nos três anos que ele disputou a terceira divisão em 1966 e 67. No incrível “Almanaque do Futebol Paulista” (obra de José Jorge Farah Neto e Rodolfo Kussarev Jr.), encontrei esse distintivo como sendo o original do Pacaembu EC : Nunca viu uma edição do almanaque? Olha uma aqui: Voltando ao estádio, embora existam duas placas, uma sobre a reforma e outra sobre a construção, não ficou clara a data de fundação do estádio. Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu Aqui, a placa é de 1980, mas como o time do Pacaembu EC jogou na década de 60, estimo que ele tenha sido inaugurado entre o fim dos anos 50 e início dos 60. Estádio Ari Aparecido dos Santos - Pacaembu EC Aqui, uma imagem do time do Pacaembu: Pacaembu EC O campo segue muito bem cuidado, e ainda mantém a arquibancada coberta ali ao fundo. Estádio Pacaembu-SP Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu As árvores oferecem um ar bucólico mas ao mesmo tempo garantem uma bela sombra pra quem assiste os jogos ali. Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu Vamos dar uma olhada no campo:

Aqui a imagem do gol, e as tradicionais casas de madeira, ao fundo:

Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu Esse é o outro gol! Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu Uma olhada especial na arquibancada coberta: Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu Os bancos de reserva: Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu Emocionante! Mais um registro histórico! Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu Tinha até uma galera batendo uma bola lá: Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu Hora de nos despedir de mais um templo do futebol do interior! Estádio Municipal Ari Ap dos Santos Rodrigues - Pacaembu

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Ramalhão na final…

Domingo, pude enfim vivenciar uma final de Campeonato Paulista, com o meu Santo André… Vários ônibus foram preparados para levar a “onda azul” até o Pacaembu, palco do primeiro jogo da grande final. Após sairmos de diferentes locais, todos os ônibus se concentraram ao lado da CRAISA para a tradicional revista policial. Em pouco tempo, estávamos na Avenida do Estado, em uma fila que parecia não ter fim, o sonho de todo torcedor Ramalhino… A chegada foi tranquila, houve respeito mútuo (dentro dos limites) a cada cruzamento com torcedores do Santos. Em poucos minutos, a frente do portão de entrada do tobogã foi tomada por torcedores do Santo André… As torcidas Fúria Andreense, TUDA e Esquadrão levaram as baterias para animar a festa. Mas nem só de organizadas se fez a presença do torcedor. Centenas de carros foram do ABC até o Pacaembu, acompanhar o time do coração. Não nego que novamente haviam muitos torcedores mistos, mas todos aqueles apaixonados pelo time estavam lá… Veja como foi a ida ao estádio, no vídeo de “El Pibe” Gui:

Ali ao lado, a galera da Fúria levava o bandeirão pra dentro do Estádio. Bandeirão que depois de aberto ficaria assim, às lentes de Gabriel Uchida (www.torcida.wordpress.com) E lá estávamos nós…

Era até engraçado ver tanta gente tirando foto como que pra dizer “Existiu e eu estive lá!!!” E eu e a Mari não podíamos deixar de registrar esse momento único até então em nossas vidas! O Esquerdinha (um dos torcedores mais tradicionais do time) fez um trapo especial para o jogo!! Não tenho dúvida que a emoção de ter participado da final contra o Santos, independente do resultado final, foi maior pro torcedor do Santo André do que um título paulista seria pra qualquer torcedor dos demais “grandes clubes”. Foi bonito ver o encontro de diferentes gerações de Ramalhinos, os mais velhos recordando a caravana de 1981, quando mais de 10 mil pessoas saíram de Santo André para o Parque Antártica! E o Pacaembu estava lindo! Dá pra se fazer cartão postal tirando foto de qualquer lugar, mas acho que o tobogã (embora tenha sacrificado a concha acústica do estádio) tem uma visão ímpar! A torcida do Santos também fez bonito e presenteou o belo esquadrão santista com sua presença em massa! Ali do nosso lado esquerdo estava muito engraçado. Os caras começaram a pegar no pé de algum “gordinho  andreense” e me fez lembrar o vídeo do gordo do Rosário. Até o pessoal do rolê psycho colou no jogo (aliás tinha de tudo na torcida domingo…) O Mike (primo do Gui) conseguiu entrar em campo com os atletas. Fiquei com leve inveja… E quanto mais lotava, mais bonito o palco ficava. E lá vem o bandeirão do Santo André… O tempo não passava, o jogo não começava, o sol queimava a beça e a gente ali… Esperando… De repente, lá vai o Mike e o time pra campo… O Santos demorou um pouco mais, aumentando a tensão, já extrema para os torcedores azuis… Quando veio a campo, foi a vez da Torcida Jovem dar seu show, que bela bandeira, hein? Bandeirão e várias bandeiras menores: Como diz o Gui (e o Dead Fish), Somos nós contra todos! E por isso, o time entrou em campo com cara de estar bem unido! Sabendo que nas arquibancadas, haviam alguns milhares de apaixonados pelo time de sua cidade…

Era tempo de começar o jogo… Por um momento todos se deram conta de quão longe havíamos ido e de quanta coisa o Santo André representava naquele momento. Cada escanteio, cada ataque do Santo André (e foram muitos no primeiro tempo) mostrava a força do futebol dos chamados T-4 (times Paulistas menos os quatro grandes): Me sentia como se representássemos um papel que merecia ser feito por torcedores do Inter de Limeira, do Xv de Piraciaba, do VOCEM, do Paulista de Jundiaí, da Ponte Preta, do Rio Branco, e de todos os clubes que marcaram suas presenças na história do Campeonato Paulista. Naquele momento não éramos apenas andreenses… Foi então que uma bola parada quase parou nossos corações… Bruno César fez Santo André 1×0. Foi mais que um grito de gol. Foi um grito de revolta a todos os jornalistas que durante a semana diziam que o Santo André não teria NENHUMA chance. Não conseguia deixar de olhar o placar e imaginar o quanto os jornalistas teriam que se explicar. Afinal, o Santos era (e ainda é) o favorito, mas campeão, só após os dois jogos da final! Fim do primeiro tempo, dá pra reunir a galera e fazer a foto histórica, do dia da final de 2010! Começa o segundo tempo e… E vc sabe o que. Em poucos minutos o Santos conseguiu virar o jogo, e ainda criar uma vantagem maior (3×1). A torcida olhava e não podia acreditar… Claro que sentimos o baque. Claro que o teto ruiu sob nossas cabeças. Não tem como não sofrer… Do outro lado… Só felicidade. O placar, agora triste, mostrava Santo André 1×3 Santos. Aos poucos, o Santo André se recuperou em campo, mas logo perdeu o zagueiro Toninho, pelo segundo amarelo e consequentemente o vermelho. O jogo seguiu truncado, e o Santo André, decidiu lançar-se ao ataque como um louco, o que abria as possibilidades do contra ataque santistas. E foi com esse brio, que o Santo André conseguiu o que ninguém esperava. Um gol. Os 3×2 para o Santos aumentou a vantagem do time do litoral, mas manteve viva a esperança do povo de Santo André. Fim de jogo. Hora de voltar pra casa. Felizes e orgulhosos pelo feito. Uma derrota que por incrível que pareça, teve gosto de vitória. Ao sair do Pacaembu, olhei pra traz e vi quanta gente havia ido ao jogo… Obrigado Santo André! Obrigado Santos! Nos vemos domingo!

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