Retomando mais um rolê do ano passado, mais precisamente na virada do ano quando fomos até o Maranhão conhecer a linda São Luis, as praias, as pessoas, os lençóis maranhenses e…. o futebol local!
E o lugar mais importante quando falamos de futebol no Maranhão é o Estádio Governador João Castelo, popularmente conhecido como Castelão.
O Castelão é um estádio multiuso, no bairro Outeiro da Cruz, segundo as pessoas que conversamos, é um típico bairro da periferia do Nordeste, com as coisas boas e as más. Dentre as boas… a arte, cultura e o futebol!
O Castelão foi inaugurado no dia 1º de maio de 1982, com o jogo entre Maranhão e Sampaio Corrêa.
O recorde de público é de 98.720 pessoas em 1998, quando o Santos venceu o Sampaio Corrêa por 5×1, pela Copa Conmebol.
O recorde anterior era de 95.000 pessoas, de 1987, com o clássico Moto Club 3×1 Sampaio Corrêa.
Atualmente as arquibancadas do Castelão foram reduzidas para 40 mil torcedores, mas mantém-se lindas!
Vários bares disponíveis para atender aos torcedores.
O jogador que mais marcou gols no estádio Castelão foi o centroavante Bacabal, que anotou quase duzentas vezes no estádio.
O nome é uma homenagem a João Castelo Ribeiro Gonçalves, governador do Maranhão de 1979 a 1982. Uma pena que o futebol siga homenageando políticos…
Mas o Castelão passou por maus momentos… Em 2004, localizaram rachaduras que comprometiam a estrutura física do estádio, e por isso, o estádio ficou fechado até 2012, quando passou por uma reforma para atender os padrões FIFA.
2012 foi o ano do 400º aniversário de São Luis e a reinauguração do Castelão se deu com o jogo Sampaio Corrêa 4×1 Vilhena, pelas oitavas de final do Campeonato Brasileiro Série D, frente a 40 mil torcedores.
Como sempre fazemos questão de dizer, é uma grande honra poder conhecer mais um estádio tão importante para o futebol maranhense e nacional.
Falando em sua importância nacional, o Castelão foi palco da Seleção Brasileira por quatro vezes: frente a Portugal, em 1982, em 1986, contra o Peru, em 1998 contra a antiga Iugoslávia, e em 2001, contra a Venezuela. Ao lado, a antes paixão local GUARANÁ JESUS, agora, apenas mais um produto da multiglobal Coca-Cola…
Fica aí nosso obrigado ao pessoal de São Luís que nos recebeu tão bem, nessa tour!
O jogo de sábado entre Mauá x Itararé (15/4/2018) me animou pra postar mais algumas fotos de viagens recentes em busca de Estádios perdidos por esse mundão…
O Estádio dessa vez foi o Nhozinho Santos, lá no Maranhão, onde os times de São Luis mandam seus jogos.
Mais uma bilheteria pra nossa coleção!
Batemos um papo com o pessoal que cuida do estádio e que entende do futebol local.
O Estádio Nhozinho Santos foi inaugurado em 1 de outubro de 1950. Uma pena ter várias placas e não ter uma da inauguração 🙁
Uma pena não termos conseguido acompanhar uma partida aí… Ao menos fica o registro da nossa presença em mais um estádio incrível do Nordeste!
E lá vamos nós conhecer mais uma cancha!
O nome do estádio é uma homenagem a Joaquim Moreira Alves dos Santos, importante esportista do estado do Maranhão.
O recorde de público do estádio é de 24 865 pessoas em 26 de março de 1980, quando o MAC empatou com o Vasco da Gama em 0 a 0.
E olha que tem bastante arquibancada pra encher…
O nosso Santo André já realizou um jogo nesse estádio, pela Copa do Brasil, quando eliminamos a “Bolívia querida”, mesmo com a derrota de 3×2.
Naquele jogo, até onde eu sei não tivemos nenhum torcedor ramalhino. Então, alguns anos depois… Aqui estamos nós!
Um último olhar para as arquibancadas locais…
Fica nossa homenagem aos times do Maranhão, em especial de São Luis.
A 115ª camisa da nossa empreitada vem de mais um paraíso tropical do nosso país; o estado do Maranhão, mais precisamente da cidade de São Luís, sua capital.
Consegui essa camisa numa loja, lá em Natal (RN). Ela pertence a um time bastante tradicional e que defende o nome do seu estado.
Falamos do Maranhão Atlético Clube!
O time do MAC foi fundado em 1932, por torcedores do Sampaio Corrêa que discordavam da diretoria da época e criaram um novo clube para que suas vontades tivessem voz.
5 anos após sua criação, conseguiu conquistar o Torneio Estadual de 1937.
A conquista estadual aconteceria também em 1939, 1941 e 1943. O tetracampeonato fez com que o time começasse a ser notado.
Entretanto, a década de 50 trouxe apenas um título estadual, em 1951, desanimando a torcida que começava a se acostumar a rotina de ser campeão.
Somente em 1963, viria um novo título. Achei uma foto do time (a foto é do blog: http://www.flogao.com.br/jogadorneguinho ):
E se a década de 70 também seria escassa de títulos, ao menos trouxe uma grande alegria em 1979, quando o MAC participou do Campeonato Brasileiro, terminando na 26º posição à frente de clubes como Fluminense, Bahia e Botafogo.
Entretanto, em 1971, o time foi rebaixado para a segunda divisão.
O clube nunca mais participaria da elite do futebol brasileiro novamente.
O rebaixamento marcaria o início da má fase do time, que não conquistaria nenhum título estadual.
Time de 1985
Mas os anos 90 chegaram e o MAC voltou a brilhar.
Logo de cara um tricampeonato em 1993, 94 e 95, superando os rivais Sampaio Corrêae Moto Clube, além de vencer também o torneio de 1999.
Quase 10 anos depois, o Maranhão levou a taça o Campeonato Maranhense de 2007.
Vale citar a participação, no ano 2000, na Copa Norte, onde o MAC chegou até a final, perdendo o título para o São Raimundo.
Esse ano o time conquistou o vice campeonato estadual com o time:
O hino do time tem uma pegada no reggae, ouça aí:
O MAC manda os grandes jogos no Estádio Governador João Castelo, o “Castelão”, que pertence ao governo estadual do Maranhão.
Além disso, manda os jogos de menor porte no Estádio Municipal Nhozinho Santos.
O MAC tem como mascote um bode, mas não um bode qualquer, trata-se do bode Gregório (homenagem ao Gregório, dono do bar onde o time e torcida se reuniam no início).
O site oficial do time é www.maranhaoatleticoclube.com.br .
Chegamos à camisa de futebol número 45 e mais uma vez estreiamos um novo estado, desta vez, o Maranhão.
E isso, graças à camisa do Sampaio Corrêa Futebol Clube, time da cidade de São Luís, e maior vencedor de títulos do Campeonato Maranhense.
O time foi fundado no dia 25 de março de 1923, por um grupo de jovens peladeiros, sob o comando de Vital Freitas e Natalino Cruz.
Nasceu como Associação Sampaio Corrêa Futebol Clube, oriundos do antigo Remo F. Club (1920), time formado por operários e jovens de “pés descalços”.
O nome é uma homenagem ao hidroavião Sampaio Corrêa II, que aportou em São Luís no dia 12 de dezembro de 1922.
A roupa dos pilotos deu origem ao primeiro uniforme do clube, pois um deles usava camisa verde e amarela, em linhas verticais e outro nas cores verde e branca.
O maior rival do é o Moto Club, mas também compete com o Maranhão, o Bacabal e o Imperatriz.
Segundo a opinião pública, o Sampaio Corrêa tem a maior torcida do Estado do Maranhão. Seus torcedores são chamados de bolivianos, ou sampaínos.
Seu mascote é o tubarão.
Em 1972, conquistou a segunda divisão do brasileiro, na época, disputada apenas com times do Nordeste.
O Sampaio compunha o grupo A com Moto Clube (MA), Tiradentes e Flamengo (PI), Fortaleza e Guarany (CE).
Classificado para a fase seguinte, o Tubarão formou um novo grupo com o Tiradentes (PI), o Itabaiana (SE) e o Atlético (BA), de onde passou para a grande final, disputada em um jogo apenas, contra o Campinense – PB, melhor time da competição, até então.
A partida ocorreu em São Luís, numa verdadeira batalha campal, terminando em 1 x 1 no tempo normal e 0 x 0 na prorrogação. O Sampaio venceu na cobrança de pênaltis por 5 x 4, levantando o troféu de campeão.
Time básico do Sampaio Campeão da Série B de 1972: Jurandir; Célio Rodrigues, Neguinho, Nivaldo e Valdecir Lima; Gojoba, Djalma Campos e Edmilson Leite; Lima, Pelezinho e Jaldemir.
Em 1997, o time foi campeão invicto da série C, a Terceirona do nacional, com o time abaixo:
Veja algumas imagens da época:
A fase decisiva envolveu quatro times. O primeiro jogo foi um empate de 1×1 contra o Francana, em Franca (SP).
Depois, o Sampaio Corrêa venceu por 3 x 0 o Tupi e empatou em 1 x 1 com o Juventus.
Nos jogos de volta, empate com o Moleque Travesso, dessa vez por 2 x 2 e venceu, fora de casa, o Tupi por1x0.
O último jogo foi um 3 x 1 contra o Francana, com mais de 70 mil pessoas sagrando-se CAMPEÃO BRASILEIRO INVICTO DA SÉRIE C.
O Sampaio é o único clube do Maranhão a participar de um torneio internacional oficial: a Copa Conmebol de 1998, terminando como terceiro colocado atrás do Santos e do Rosário Central, da Argentina. Abaixo uma foto do time de 1998:
O hino do Sampaio foi composto por Agostinho Reis, e sua gravação original foi interpretada pelo cantor Alcides Gerardi.
Um de seus atletas, MASCOTE, bateu o recorde brasileiro de gols numa única partida, em 1934,quando o Tricolor venceu a representação do Santos Dumont por 20 x 0, e Mascote fez 13 gols.
Manda seus jogos no Estádio Municipal Nhozinho Santos, inaugurado em 1 de outubro de 1950 e com capacidade máxima de 21 mil pessoas.
Disputa grandes jogos no Estádio Governador João Castelo, o “Castelão”, inaugurado em 1982, sendo um dos maiores estádios da Região Nordeste, com capacidade para cerca de 46.200 pessoas (embora no ano de 1998 quase 98 mil pessoas assistiram ao jogo Sampaio e Santos pela Copa Conmebol).
O estádio é de propriedade do Governo Estadual do Maranhão, e é usado também pelo rival Moto. Seu nome é em homenagem a João Castelo Ribeiro Gonçalves, governador do Maranhão de 1979 a 1982.
O time possui várias organizadas:
Tubarões da Fiel
Mancha Tricolor
Democracia Tricolor
Coração Tricolor
Sampaixão
Sangue Jovem Tricolor
Uma coisa que eu adoro são livros sobre os primórdios do futebol no Brasil.
E caso você queira saber como foi o início do futebol no Maranhão, procure o livro “Terra, grama e paralelepípedos”, de Claunísio Amorim Carvalho, São Luís: Café & Lápis, 2009.
O site do clube é o www.sampaiocorreafc.com.br
Pra terminar, olha o penalty pro Tubarão…