Vélez e o Chacarita!
Era mais uma quente sexta feira. O Chacarita enfrentaria o Cólon, as 16h, e assim fizemos nosso rolê pela manhã, almoçamos e já estávamos caminhando pro ponto de ônibus quando percebemos uma verdadeira tormenta se aproximando.
Como já havíamos pego uma inundação na segunda feira, na volta do jogo do All Boys, decidimos voltar e esperar um pouco.
Fizemos bem. Dá uma olhada no resultado das chuvas:
Do hotel, ficamos sabendo que o jogo seria adiado e resolvemos aproveitar para descansar. Cerca de uma hora depois, ao ligar a tv, percebemos que o jogo não fora cancelado…
Pronto. Ficamos tristes, putos, chateados, nervosos, e tudo o que dava pra sentir…
O jeito foi deixar o derrotismo de lado e assistir ao jogo pela tv. O Chacarita ainda perdia por 1×0, quando o Gui propôs que desafiassemos o trânsito caótico (o jogo transcorria, mas a cidade estava alagada e parada, segundo a tv) e fossemos até o estádio do Vélez ver o jogo contra o Independiente.
Dei uma última olhada na tv, naquela cama confortável e no quarto quentinho, em pleno bairro de San Telmo e num momento de delírio boleiro, topamos atravessar quase a cidade toda até o Estádio Jose Almafitani… Era sem dúvida uma ideia estúpida, mas fantástica ao mesmo tempo.
Bom, a parte mais emocionante do relato não tem fotos. Vou contando enquanto mostro como é o Estádio do Velez (na minha opinião um dos mais bonitos Estádios que já estive).
Aí embaixo, a gente um pouco molhado, depois de quase 1 hora de taxi. Não se assuste, saiu R$ 25 a viagem e como estávamos em 4, deu menos de R$ 7 por pessoa.
Teria valido totalmente a pena se tivéssemos descido do lado da entrada do Vélez e não no meio da torcida do Independiente. Menos mal que não estávamos com camisa de time, mas de onde descemos até chegar a entrada foi uma longa caminhada.
O detalhe é que para chegarmos lá, tivemos que voltar uma quadra para longe do estádio, atravessar a linha do trem e andar mais umas 4 quadras, tudo isso com uma garoa forte e sem energia.
Tava um breu e não tinha ninguém na rua. Resultado…. Um nóia portenho veio intimar misturando uma tentativa de venda de drogas a uma pequena extorsão.
Por sorte estávamos quase no estádio e depois de algumas negociações pouco habilidosas conseguimos despistar o cara.
Embora ainda um pouco tensos, já estávamos dentro do Estádio e o negócio agora era aproveitar…
Eu e a Mari aproveitamos para oficializar nossa presença em mais um estádio!
A torcida do Vélez fez uma festa muito bonita! Cantaram o tempo todo, festejando o bom momento que o time vive tanto no campeonato nacional, quanto na Libertadores.
Se liga no penalty para o Velez:
A forte chuva colaborou para um número menor de torcedores na partida.
A torcida do Independiente compareceu em bom número!
Olha o que eu falo… Por que nos Estádios brasileiros as barraquinhas de venda de material do time tem que ficar do lado de fora?
Acho que já deu pra perceber que o estádio tem arquibancadas dos 4 lados.
Sendo que a da frente é beeeeeem alta…
A barra fica atrás do gol, do lado direito daquela arquibancadona alta.
A Mari assistia atentamente à partida… (até porque não tina muitas opções gastronômicas, que é uma das coisas que normalmente nos tira um pouco da atenção do jogo…)
O jogo foi bom, mas o Vélez soube aproveitar melhor as oportunidades criadas.
A gente ficou numa parte que é bem perto do campo, e tinha até uma parte coberta, mas como já estávamos molhados, preferimos ficar ali mais perto do jogo.
E dá lhe tirantes, e trapos!
Idem para a outra hinchada!
As cores originais do time (vermelho, branco e verde) são sempre relembradas nas arquibancadas.
Filma nóis, Galvão!
O placar tinha uma baita resolução…
E outro gol!! (Clica na foto que ela amplia e dá pra ver mais detalhes da comemoração).
Fim do primeiro tempo. Dá quase pra conversar com os jogadores de tão perto que eles passam.
O futebol tem se tornado algo inexplicável para mim. É incrível como me sinto bem num estádio, com mesu amigos ao lado e conhecendo novos torcedores e apaixonados por um esporte que luta não contra seus adversários, mas contra todo um sistema econômico cultural que nos sufoca a cada dia!
Como já disse em outros posts, as faixas são bem menos “institucionais” do que as que vemos aqui no Brasil, sendo feitas pelos próprios torcedores, muitas vezes à mão mesmo. Essas até que são bonitinhas demais para terem sido feitas assim…
O intervalo passa depressa quando se está tão entretido com cada pedaço do Estádio e de sua torcida…
Essa parte de traz até lembra as numeradas de estádios menores, como a Javari.
Esse a esquerda é o Gabriel, o cara que faz as fotos pro www.torcida.wordpress.com, aliás, ele postou mais fotos deste e de outros jogos que foi com a gente por lá!
Cara, que festa!
Tá na cara que o orgulho e admiração pelo time é um dos sentimentos que mais aflora por Buenos Aires, ainda que esteja passando pelo mesmo que acontece aqui no Brasil: Concentração de torcedores nas bancadas dos chamados “grandes times”…
Assim termina mais uma parte das nossas aventuras por Buenos Aires. Ainda falta relatar os jogos do All Boys e do Racing.
Fique ligado!
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Mais uma vez, excelente aventura! É de fazer inveja!
Abraços,
Rafael Rosa
P.S.: Aqui em São José, há uma barraquinha dentro do estádio, bem perto das arquibancadas, que vende produtos licenciados do São José.
MAU,eu encontrei no Brás num saldão em 2005 camisas do Chacaritas Jr acredite a 3 reais,comprei uma,me arrependi(de não ter comprado tudo). Abraços
Que sacanagem….
R$3???
E to quase pagando 50 em uma que um amigo trouxe de Bs As…
Oi. Não sei se o blog ainda está ativo, mas queria trocar umas ideias com você. Achei seu blog em minhas pesquisas. Vou a Buenos Aires daqui uns dias e li seus posts sobre suas visitas a estádios e idas a jogos lá. Se ler essa mensagem me dê um alô. (mensagem enviada em 04/9)