E no final das contas, o Drama do Ramalhão acabou em paz.
Em uma paz triste, mas ao menos paz.
Pra quem não acompanhou os últimos capítulos (ou os últimos anos) o Santo André, outrora campeão da Copa do Brasil, Vice Campeão Paulista, entre outros, jogava sua última partida da série A2, de 2012, lutando para fugir do rebaixamento para a A3.
Pra piorar, devido ao descaso da Prefeitura e á má gestão da SAGED, o jogo foi realizado num Estádio Municipal Bruno José Daniel, com as portas fechadas aos torcedores.
Do lado de dentro, apenas atletas, juízes e la policía, que parecia não acreditar no que acontecia do lado de fora…
É que do lado de fora, as ruas não tem donos, se não nós, o povo. Ali não tem como proibir faixa, música, atitude…
E foi assim que o torcedor Ramalhino sofreu até o fim.
Ainda que ao final do primeiro tempo o Santo André tenha feito 1×0, não houve quem ficasse tranquilo…
Assistir ao jogo era difícil. Víamos algumas partes do campo, comentávamos os demais resultados, tentávamos ver o escanteio, mas… os muros impediam.
Só uns ou outros arrumaram lugares com melhor visão, mas conforto duvidoso…
Por todo o entorno do Estádio houve gente se aglomerando para acompanhar o que poderia ser a pior tragédia da história do time.
No antigo portão das cobertas, havia a turma da geral…
E até o pessoal das “cadeiras especiais”, lá no alto…
Vem o segundo tempo e o desespero segue. Os resultados das demais partiam não permitiam que o Santo André empatasse o jogo para se manter na série A2.
Ou seja, um gol do União Barbarense levaria o Ramalhão à A3.
E dá lhe bateria para fazer os corações baterem com a força necessária para se aguentar esse sentimento…
Faltando poucos minutos para o fim, do jogo e da agonia, ninguém fala nada… Silêncio quebrado pelos cantos da Fúria Andreense…
Últimos segundos de apreensão…
Pronto… Chega de temer a A3. O Santo André vence o jogo e permanece na série A2.
Para muitos, não há o que comemorar, mas tirar das costas esse peso fez bem a todos que acompanham o time.
E comemorar a permanência na A2 não significou esquecer os problemas… OS torcedores fizeram questão de mostrar sua indignação, mesmo com a vitória. Seja pela reforma do Estádio…
Seja pelos problemas administrativos apresentados pela SAGED.
Só não avisaram a polícia local, que mais uma vez fez se presente de forma truculenta, fazendo questão de apresentar suas armas aos pouco mais de 50 torcedores que foram para a saída dos vestiários.
E foram pra festejar, pra cobrar e pra mostrar a cara.
Os jogadores e administradores do time tem que saber que somos nós os donos da festa. Ou da dor…
Ter um estádio pra se identificar é muito importante pra torcida. Não precisa ser propriedade do clube, mas simplesmente que a torcida se identifique, que ela possa ir a pé pro jogo, curtindo os bares do entorno e fazer disso uma tradição.
Uma pena essa situação do Santo André.
Mas se estão pressionando a prefeitura a situação vai se resolver, pode crer.
Valeu!Só pra lembrar que já estivemos por aí no estádio do figueira, mas ainda não postei as fotos.
Tem esse vídeo nosso:
http://www.youtube.com/watch?v=8Gdn8asjBPI
E tem a matéria sobre a camisa e história do time:
https://www.asmilcamisas.com.br/2010/04/30/camisa-do-figuerense/
Meninos e meninas, gaúchos e catarinenses, estou excluindo todos os comentários relacionados à ofensas mútuas.
O blog https://www.asmilcamisas.com.br tem uma postura bastante definida em relação a estes tipos de disputas.
Não cremos em fronteiras, barreiras, nem bandeiras impostas pelos governos.
Apoie o time da sua cidade (ou do seu bairro) tem muito mais a ver com a cultura próxima, local do que com a defesa (quase fascista) de um estado, uma cidade ou um país.
Obrigado por lerem o blog!
Abraços
MAU!