
Aproveitamos o feriado da consciência negra de 2025 para refletir sobre o quanto o racismo ainda atrapalha uma vida de qualidade para todos em nosso país.
E é fácil concluir que o racismo ainda é um grande problema social, e que por isso, não basta se dizer “não racista” é imprescindível que sejamos antirracistas em todos os ambientes.
Pra pensar um pouco mais sobre o tema, vale a pena entender o que é o racismo, e o GOG pode ajudar nessa ideia:
E já que você ouviu ele falar, ouve o que, pra mim, é um dos maiores cantores do nosso país e que devia ser ouvido nas escolas antes mesmo de lermos Machado de Assis.
Também aproveitamos o feriado para cair na estrada e fomos até Ribeirão Preto para finalmente registrar o Estádio Palma Travassos (veja aqui como foi).

No caminho para Ribeirão, aproveitei para fazer algumas paradas.
A primeira delas, em Santa Cruz das Palmeiras, só pra rever o EC Palmeirense, clube fundado em 7 de setembro de 1908 e que segue com forte vida social e um belo campo de futebol (veja aqui como foi o rolê que fizemos por lá em 2018).

Também demos uma parada em Tambaú para almoçar no Restaurante Sabor e Sede, uma ótima opção para quem estiver pela região.
Se você não conhece a cidade está perdendo 2 estádios incríveis!!!
Veja aqui como foi nosso rolê por lá em 2018!


A terceira parada foi em Cajuru, para “completarmos” a visita que iniciamos em 2018, quando fomos até o Estádio Dr Guião, mas não conseguimos registrar seu interior. Relembre aqui como foi!
E veja aqui, como foi o rolê este ano.
Finalmente em Ribeirão, além de registrar o Estádio do Comercial, também demos um rolê pela cidade, fomos conhecer o Mercadão.

Olha que lindo o prédio do Teatro Pedro II, ali no centro, pertinho, no mesmo quarteirão da famosa choperia Pinguim.

Também paramos na Sorveteria do Geraldo, um verdadeiro patrimônio de Ribeirão Preto!
Finalmente chegamos ao Estádio Santa Cruz…


O estádio foi inaugurado em 21 de janeiro de 1968, com um amistoso entre o Botafogo e a Seleção da Romênia, e o time da casa meteu logo um chocolate nos gringos: 6×2.

Animado em registrar um estádio com tantas histórias, fui correndo bater na porta para poder reencontrar a parte interna do Santa Cruz.

O Estádio é a casa do tradicional Botafogo de Ribeirão Preto!

Estive lá em 2014 acompanhando a final da Copa Paulista: Botafogo x Santo André.

Mesmo embaixo de forte chuva durante os 90 minutos, o público foi bem interessante.

E o Ramalhão ainda saiu campeão…

De lá pra cá algumas coisas mudaram…
O Botafogo virou SAF e o Estádio, uma arena com nome de empresa.
Na prática? Gente sem nenhuma conexão com o time trabalhando por lá, recebendo com muito mal humor quem, como eu, se interessa pelo Estádio.
Que diferença de como fomos tratados no estádio do rival…

Perguntei se existia alguma maneira de pelo menos ver o campo e a resposta foi “nenhuma chance”.
Me pergunto se a diretoria do Botafogo sabe quem cuida do estádio em dias “normais”.
Eu prefiro acreditar que sempre existe um jeito e fui caminhar dando a volta no estádio.

Olha que legal a loja (ou as lojas?) do time:

Enfim… Dando a volta cheguei em dois restaurantes que ficam junto do estádio e, adivinhe, têm vista pro campo.
Um deles é o Hard Rock Café, e, pô, rockeiros sempre se ajudam, mas… não hoje.
A moça foi quase tão chata quanto o funcionário do Estádio.
Sempre achei que por trás desse falso título de rock o tal Hard Rock Café fosse um nojo. A moça só comprovou.

E aí… Restava o Bar do Zeca Pagodinho…
E os caras foram muito gente boa e me deixaram entrar para registrar o campo ali da parte de dentro do bar…
Não só me deixaram entrar como ao verem que eu estava tirando foto do campo, atrás da janela de vidro, me convidaram a acessar a área das arquibancadas…
E assim, lá fomos nós…


Logo de cara já registrei o campo como tradicionalmente faço, aqui o gol da esquerda:

O gol da direita:

E o meio campo:

Claro que fiquei contente de poder registrar esse lindo estádio e acabei mais feliz do que chateado por achar que o funcionário do Botafogo que trabalha no estádio poderia no mínimo ter me dito “Tenta lá nos restaurantes”…

Mas fico me perguntando se esse cenário está mesmo correto…
Se o clube não poderia explorar melhor o estádio como ponto turístico ou mesmo para ampliar a relação com sua torcida.

Vivenciar um rolê assim, conhecendo o estádio em um dia sem jogo é uma maneira diferente de se relacionar com o espaço, com o local, com o time…

Eu n˜ão consigo deixar de pensar que se eu fosse dar ouvidos ao cara que oficialmente trabalha no clube e deveria ser o mais interessado nisso, eu teria ido embora sem ver o sol brilhando no Estádio Santa Cruz…

E olha que linda a arquibancada tricolor!
Foi muito bacana a experiência e agradeço demais o pessoal do Bar do Zeca Pagodinho, foram os mais boleiros do dia!
Estádio não é só concreto e ferro, é memória, afeto e deveria ter gente que carrega o clube no peito.

