O futebol profissional em Auriflama!
Quem diria que um dia eu poderia conhecer a casa de um time que sempre me chamou a atenção pelo seu nome (ou pela sigla), o SOREA! E eis que após registar o estádio de Monte Alto, Guariba, Bebedouro, Monte Azul Paulista, Severínia, Riolândia, Cardoso, Votuporanga, Fernandópolis, Palmeira d’Oeste, Aparecida d’Oeste, Ilha Solteira e Pereira Barreto, enfim chegamos à cidade de Auriflama!
Faltou a tradicional foto da entrada da cidade, mas não é problema, taí uma feita por outro pessoal (fonte: site Mapio):
Auriflama é mais um caso de cidade que se formou recentemente. Ainda nos anos 30, não passava de um aglomerado de casas no entorno de onde vivia João Pacheco de Lima, dando origem à Vila Pacheco. Aos poucos surge um novo vilarejo, denominado Vila Áurea (em homenagem à filha do Pacheco) e em 1944, a Vila se transformou na “chama de ouro”, ou simplesmente Auriflama, que seria emancipada em 1953.
E logo o futebol faria parte da vida social e esportiva da cidade. Segundo o amigo Ademir José Torchetti, o primeiro espaço importante do futebol em Auriflama foi o antigo “Campo Municipal“, que chegou a ter uma cerca de tábuas em torno dele (uma tradição antiga nos estádios brasileiros), mas que não tinha arquibancadas. Seu vestiário era de madeira e o chuveiro daqueles canos de agua fria.
Foi nesse campo que o futebol profissional teria chegado à cidade, com o SOREA, a Sociedade Recreativa Auriflama.
O SOREA foi fundado em 12 de outubro de 1955 e estreou na 4a divisão em 1962 e fez uma campanha bastante irregular, classificando-se para a próxima fase, mas abandonando a competição…
O SOREA voltou a disputar a 4a divis˜ão em 1965, na 3a série, numa campanha melhor, mas ainda na parte de baixo da tabela, com apenas uma vitória e dois empates.
Com as duas más campanhas, o time acabou se licenciando e só voltou a disputar o Campeonato Paulista na 3a divisão, em 1981, já no Estádio Municipal “Geraldo Secco”.
O SOREA permaneceu na terceira divisão até 1986, quando novamente se licenciou para retornar apenas em 1991 na disputa do seletivo para o Campeonato Paulista da Quarta Divisão. Depois dessa disputa, o SOREA encerrou sua participação no profissionalismo, limitando-se à competições amadoras.
Com o fim do time surgiu o Guarani que disputou apenas as competições amadoras da região.
Entretanto, em 2016 surge um novo SOREA para disputa da 1ª Taça Paulista, organizada pela Liga de Futebol Paulista.
Em nossa visita à cidade não pudemos registrar o antigo estádio que já não existe mais, mas tivemos a oportunidade de fazer umas fotos do Estádio Municipal “Geraldo Secco”.
O site da prefeitura apresenta uma linda foto aérea do estádio:
No começo, parecia que não seria possível adentrar ao Estádio Municipal “Geraldo Secco”…
Mas, com certo esforço a gente sempre dá um jeito de estar próximo do campo para conhecer seu detalhes. Aqui, uma foto feita da arquibancada atrás do gol:
Essa é a arquibancada atrás do gol.
Ao lado do campo, ainda temos uma arquibancada menor, coberta e muito charmosa!
Na outra lateral, ainda temos espaço para um eventual crescimento, quem sabe com mais uma arquibancada, quando o SOREA chegar à série A1. E o impossível não existe no futebol, antes que você pense qualquer coisa…
Aqui um vídeo feito já do lado de dentro do campo:
Auriflama também estava super seca no dia da nossa visita, mas o campo está sendo bem cuidado.
E olha que lindas as árvores ali ao fundo, dando um cuidado com o aspecto de sustentabilidade, que muitas vezes é completamente esquecido pelos times. Dá até a impressão de que seja feio ter árvores dentro de um estádio…
Até palmeiras embelezam o Estádio Municipal “Geraldo Secco”:
Esse marco dentro do campo mostra que o estádio foi construído em 1980, e foi daí que eu percebi que para a disputa dos campeonatos dos anos 60 o SOREA usou outro estádio, o tal antigo Campo Municipal.
Com nossa missão cumprida, dá tempo de um último olhar no campo e me voltar à estrada.
A caminho de Araçatuba, cruzamos com um rio Tietê lindo, limpo e inspirador…