Nossa primeira parada nesse rolê de inverno, foi a cidade de Ibaté, que fica às margens da Washington Luiz, logo após São Carlos.
O nome significa “no cume” em Tupi e remete ao fato da cidade estar no alto de uma colina.
Com pouco mais de 33 mil habitantes, a cidade é bastante arborizada e ainda mantém o aspecto interiorano de tranquilidade, com ruas largas e ainda pouco movimentadas. Para maiores informações, clique aqui e acesse o site da Prefeitura.
Não podíamos deixar de fotografar a praça central da cidade, onde encontra-se a igreja local e um pessoal que colocava o papo em dia embaixo das frondosas árvores.
A cidade possui vários monumentos, esse é uma obra de Adélio Sarro.
O futebol ainda tem importância no dia a dia da cidade. Para se ter noção, entre os dias 11 e 18 de julho,teremos a Copa Pan-Americana de Futebol 2015, com delegações de 5 países: Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai. Nossa missão em Ibaté era chegar até a antiga Usina da Serra e logo encontramos algumas placas indicando o caminho. A Usina manteve um time que em 1986 chegou a disputar a terceira divisão. Falamos do G.R.E. Usina Açucareira Serra, ou simplesmente “Grêmio da Serra”, do distintivo abaixo:O Grêmio mandava seus jogos no estádio da própria usina, ou seja, para chegar até lá, tínhamos que chegar até a sede, e assim fizemos, porém, agora a Usina pertence à Raizen e eles não permitem fotografar a sede, então, segue essa foto da estrada onde pode se ver um pouco da usina…
Ao chegar lá, fomos informados que, para nossa sorte, poderíamos fotografar o estádio porque ele se localiza no lado externo da Usina, e para chegar lá, basta pegar aquela estradinha de terra ali. Detalhe, havia chovido bastante nos dias anteriores…
Chegando no posto de gasolina, vire à esquerda e pronto…
Lá vamos nós para o primeiro estádio desse rolê!
O Estádio atualmente serve aos funcionários da Usina, e embora mantenha a arquibancada ao fundo, o gramado já não é mais o mesmo de outrora.
O grande momento do estádio foi em 1986, quando o Grêmio disputou a terceira divisão do Campeonato Paulista, ao lado de equipes como Palmeiras (Santa Cruz das Palmeiras), Vargeana (Vargem Grande do Sul), Sanjoanense (São João da Boa Vista), União (Tambaú), Santa-Ritense (Santa Rita do Passa Quatro), Descalvadense (Descalvado), Estrela da Bela Vista (São Carlos), Botafogo (Barra Bonita) e Pirassununguense.
Ao lado do campo é possível ver um pedaço da mata que outrora deve ter sido maior e que atualmente ocupa uma área pequena, dando espaço cada vez maior à cana.
Os vestiários e demais espaços também seguem muito bem cuidados.
Sem dúvida, ficamos muito contentes em poder registrar imagens de um estádio que está na história do futebol paulista e que provavelmente jamais verá uma disputa profissional novamente.
No caminho para o estádio, paramos em um posto para perguntar o caminho da usina e ouvimos uma história muito doida de um senhor que trabalhou lá.
Ele disse que várias vezes, quando passou a noite ali por perto, ouviu ruídos como se alguém estivesse assistindo o jogo e gritando com os jogadores. Segundo ele conta, seriam gritos de um ex treinador que trabalhava na usina e morreu em um acidente. Confesso que de noite deve dar muito medo estar por ali…
Com a missão concluída, e com sucesso, fizemos uma foto que mostra uma visão mais completa do Estádio, a arquibancada, que fica à esquerda da imagem abaixo, comporta cerca de 2 mil pessoas:
Um gol em dose dupla! Um campo que nunca estivemos antes e além disso, de um time que surgiu e desapareceu como mágica…
Ao mesmo tempo em que ficamos contentes e orgulhosos por mais esse registro histórico, fica certa tristeza ao imaginar que estádios como esse e times como esse dificilmente voltarão a enfrentar clubes por uma competição oficial, enchendo de orgulho sua cidade e população, ou no caso, os trabalhadores da Usina.