No fim de semana de 16 de agosto, estivemos em Assis para ver o VOCEM e o Assisense na Bezinha (vejam aqui como foi). Mas além dos jogos, também aproveitamos a oportunidade para dar uma volta pela cidade e rever alguns estádios que já marcaram presença no www.asmilcamisas.com.br.
Um deles é o Estádio Dr. Adhemar de Barros, onde a Associação Atlética Ferroviária de Assis (AAFA) fundada por funcionários da antiga Estrada de Ferro Sorocabana em 1927, mandava seus jogos.
O Estádio segue seus dias entre o abandono do poder público e o uso pelos que ainda amam o futebol. Infelizmente é quase nula a chance de um retorno do time da Ferroviária ao profissionalismo…
Mas a emoção e a história seguem no mesmo lugar. Nos gols, na arquibancada que aos poucos perde sua cobertura e sua pintura…
Falando da Ferroviária, também conhecida como a “Veterana”, o time atuou de 1949 até 1952, até ser rebaixada graças à criação de uma lei que exigia que as cidades tivessem um mínimo de 50.000 habitantes. Retornou à Segunda Divisão (atual A2) em 1958 e permaneceu até o ano seguinte.
A partir de 1960, disputou a terceira divisão, até 1976, quando encerrou suas atividades.
Seu estádio na Rua Brasil, por isso o apelido de “Vermelhinha da Rua Brasil” tem capacidade para pouco mais de 1.000 pessoas. E ele foi nascendo aos poucos; primeiro o campo, depois as arquibancadas, os vestiários, e por fim a iluminação. Foi nele que o time mandou seus jogos na sua fase profissional.
Os gols seguem lá… A espera dos chutes…
E a Mari até arriscou alguns…
E eu, com meu eterno espírito de goleiro, o defendi!
Para aqueles que gostam de colecionar camisas de futebol, a do VOCEM estava a venda (não sei até quando fica) no Supermercado amigão, por R$ 69,00.
Ah, antes de sairmos de Assis ainda demos uma passada no Estádio Aristeu de Carvalho, a casa do DERAC local:
Pra quem teve preguiça de acessar o post sobre o jogo que fomos ver entre VOCEM e Pirassununguense, seguem algumas fotos do “Tonicão“:
Antes de irmos pra Assis, demos uma parada em um posto de gasolina em Santa Cruz do Rio Pardo. Olha que legal o visual do posto (sim é um posto, não é uma estação de trem).
E se estamos pelo oeste paulista, a cultura do trem tem que estar viva a todo momento…. Eles resgataram uma bela locomotiva que percorreu no passado os trilhos entre SP e interior.
Tinha até uma foto da Santacruzense, em frente ao trem, na década de 40…
E enfim, voltando para Santo André, passamos por Salto Grande!
A cidade está às margens do rio Paranapanema e rola até um visual praiano, muito bacana!
Mas não fomos até lá para nadar, mas para conhecer o Estádio Municipal dos Expedicionários.
É aqui que o Clube Náutico Salto Grande mandava seus jogos.
Atualmente, no muro do estádio, eles tem um novo distintivo:
O time foi fundado em 1964, e participou da série A3, de 1986.
Até hoje o “C.N.” de Clube Náutico está em seus portões.
O campo segue bem cuidado, ainda que meio desnivelado, a grama está verdinha…
Foi nesse estádio que o time venceu times como o Piraju, Palmital e Chavantense… Nessas arquibancadas, hoje vazias, já houve festa da torcida local…
Sei que não é fácil manter um time de futebol, mas ainda sonho em ver um time em cada cidade deste país… Defendendo as cores e a cultura local, tendo seu estádio como ponto chave, e até turístico…
E aí estamos nós, mais uma vez descendo na “estação Assis” para acompanhar o futebol há 500km da capital, onde ainda se podem ver as históricas casas de madeira construídas pelos ferroviários no século passado.
Os trilhos ainda estão pela cidade e para “forasteiros” como eu e a Mari, acordar as 5hs da manhã para ouvir o trem da manutenção passar por lá é um programão!
De volta a Assis! Cidade onde meu pai viveu e onde parte da minha família ainda vive.
Assis tem crescido bastante mas ainda mantém boa parte de áreas verdes, como o tradicional Parque “Buracão”.
Algumas avenidas da cidade estão repletas de mangueiras, pena que nessa época do ano, ainda não tem fruta nos pés…
Já estivemos em Assis para escrever sobre futebol por duas vezes. A primeira e mais marcante delas em 2011, quando viajamos mais de 500 km para ver um jogo do Assisense e o time visitante (o Ilha Solteira) deu W.O. (clique aqui e veja como foi).
Dessa vez, a visita ao Estádio Municipal Antonio Viana da Silva, o “Tonicão” foi mais rápida, só pra rever o local, que aliás estava fechado…
Meu pai também esteve nesse rolê e foi nosso guia, relembrando histórias do VOCEM, da Ferroviária, do São Paulo e demais times da cidade.
Bom, mas hoje não tem jeito de fotografar o Estádio. Ou tem?
Ah, pelo buraco deu pra ver que os mais de 10.000 lugares do estádio, construído no início dos anos 90, onde o Clube Atlético Assisense manda seus jogos.
Mais uma bilheteria pra nossa coleção!
A fachada do Estádio está bem arrumadinha, mas perdeu o distintivo do Assisense, que antes ilustrava o muro.
Falando no time do Assisense, que segue disputando a série B do Paulista, a cidade parece estar apoiando um pouco mais do que nos últimos anos (em 2012 o time nem participou da competição). Até dá pra comprar ingressos e camisas do time, nas lojas do centro.
Voltando ao estádio, uma outra olhada pelo buraco pra ver lá ao fundo um pouco mais da área verde do Parque do Buracão.
O Estádio fica ali na Vila Operária, na mesma avenida do Parque, num lugar bem tranquilo.
Quer ver um jogo por lá? Coloque aí no GPS o endereço:
Só toma cuidado com o gato louco.. Olha a cara dele, mano…
Fomos dar uma caminhada pela Vila operária, o local do VOCEM, e onde minha família viveu até a vó Luzia falecer, e olha quem nós encontramos… o Padre Aloísio Belini, patrono do VOCEM e agora símbolo da Escola de Samba Unidos da Vila Operária.
Ah, achei uma foto minha ao lado do Padre Aloísio, do meu avô Tonico e do meu primo (camisa do São Paulo) Marquinhos.
Essa é a Igreja da Paróquia da Vila Operária.
Outra coisa que marca a Vila Operária são os trilhos que limitam o bairro. Nessa altura, o mais engraçado é que o trem quando passava por ali, a caminho de São Paulo, ao invés de seguir no sentido da capital, ele ia no sentido contrário, até Cândido Mota. Só lá, ele fazia a volta e começava a dirigir-se para São Paulo.
Ao redor dos trilhos a história da cidade foi se construindo. De galpões (de onde saiam os grão produzidos na terra vermelha) a bairros, como a Vila Operária.
Ainda está de pé o local da estação de Assis.
Ainda está ali na parede o nome da parada. “Assis”.
Hoje, a cidade cresceu, vivem ali mais de 100 mi pessoas.
O centro da cidade está repleto de lojas tradicionais e muito movimento.
Mas, essa viagem para Assis tinha uma outra meta especial, que era visitar o terceiro estádio da cidade, o único que ainda não havíamos fotografado: o Estádio Marcelino de Souza, onde o Clube São Paulo de Assis e o próprio VOCEM mandavam seus jogos. E lá fomos nós!
O estádio fica junto do clube, e conseguimos entrar para fazer algumas fotos!
Mas antes de entrar, o jeito foi filmar de cima do muro mesmo…
Bela arquibancada para um estádio que atualmente só recebe partidas do futebol amador, hein?
O gramado também está muito bem cuidado!
É aqui que o time do São Paulo de Assis, fundado em 1952, mandava seus jogos.
O time chegou a disputar 4 competições oficiais da Federação Paulista.
Olha aqui o time de 1962:
Aqui, outra época:
O campo fica pertinho da linha do trem!
Enfim… esse foi mais um rolê por Assis. Espero voltar ano que vem para acompanhar mais um jogo do Assisense.