De volta à Guaxupé-MG

No carnaval de 2024, tivemos a oportunidade de fazer mais um rolê misturando futebol, natureza, cultura e estrada.
Nossa primeira parada foi a cidade de Itobi, passamos também por Casa Branca, Mococa, Arceburgo (MG), Guaranésia (MG) e agora chegamos em Guaxupé.

Guaxupé é mais uma cidade que tem se desenvolvido tanto que logo não será possível perceber como esse lugar devia ser lindo e mágico séculos atrás… Montanhas, rios e riachos provavelmente possibilitavam uma fauna e flora riquíssima e consequentemente devia ser um território povoado e desejado pelos povos daqueles tempos.

Segundo o site Native Land, a região marcava um encontro entre Guaranis, Cayapós do Sul e Puris. No séc. XVIII, os Puris eram estimados em mais de 5.000, já o censo do IBGE 2010 registrou 675 pessoas no Brasil, das quais 335 em MG.
Aqui, alguns retratos de Puris feitos pelo pintor alemão Johann Moritz Rugendas no século XIX:

A atual ocupação só floresceu com o fim da mineração, por volta de 1864, ainda que antes disso, alguns ranchos serviram de pousada para os que se dirigiam às regiões auríferas.
Com o passar do tempo, as mesmas terras férteis que beneficiaram os povos originários, seduziram europeus e brasileiros a se estabelecerem por aqui.
Logo, o trinômio religião + agronegócio + ferrovia assumiu a responsabilidade pelo desenvolvimento da cidade.
O primeiro ícone que simboliza essa tríade, é a Capela de Nossa Senhora das Dores, de 1839, que acabou dando origem à Catedral:

O segundo ponto do trinômio se expressa na cultura cafeicultora, grande responsável pelo desenvolvimento econômico de Guaxupé.

O café é tão importante que os produtores locais criaram a COOXUPÉ, uma das maiores cooperativas do país e do mundo focada em café.

E o terceiro pilar, a estação de trem inaugurada em 15 de maio de 1904. Foto do site Estações Ferroviárias:

Aproveitamos nossa estadia da melhor maneira possível, entre trilhas…

Passeando pela cidade dá pra ver onde foi investido parte do dinheiro gerado pelo café. A arquitetura do início do século passado mostra que a cidade teve bons momentos, embora atualmente esse esplendor de uma minoria parece ter diminuído mas melhorado em termos de distribuição.

Este é o Palácio das Águias, construído em 1914 pelo imigrante italiano de origem austríaca, José Puntel, inicialmente para servir de residência para sua família. O cara era no mínimo esquisito, visto que batizou alguns de seus filhos com nomes bastante escrotos como Mussolini, Hitler entre outras idiotices.
Dizem os vizinhos que existem ali várias passagens secretas, além de certo ar sobrenatural com estátuas e intervenções beeem esquisitas para a época.
Em 2011, o Palácio das Águias foi utilizado como cenário nas filmagens do longa-metragem, “Quimera sobre Ópio e Pandora”.

Experimentamos algumas delícias locais…

E esse novo amigo que fizemos por lá?

Também demos um volta na cidade vizinha de Juruaia (cujo estádio municipal está em construção), a capital da lingerie!

Também ficamos simplesmente pelas ruas curtindo o anoitecer.

Olha uma foto “antes / depois” (2009 / 2024), feitos no mesmo lugar, o restaurante Fogão Caipira:

Mas o foco da nossa estadia em Guaxupé era rever o Estádio Municipal Carlos Costa Monteiro, inaugurado no início da década de 50 e com capacidade para 6.000 pessoas. Estivemos por lá em 2009, veja aqui como foi:

Mas, desta vez, a entrada do estádio estava trancada…

Olha que linda a fachada:

Assim, infelizmente não pudemos adentrar e ver como estão as arquibancadas do Estádio tendo que nos contentar com uma rápida pesquisa pelas páginas da prefeitura local:

Ou, se preferir, um olhar no vídeo que fizemos quando entramos da outra vez em que estivemos por aqui.

Ou seja… Dessa vez, esse será o máximo para nós:

Para não deixarmos de falar sobre o futebol local, podemos dividir a história boleira de Guaxupé em duas partes, uma inicial que contava com times como a Associação Atlética Guaxupé (escudo do site História do futebol):

Houve ainda um Guaxupé FC que também recebeu boa cobertura da mídia nos anos 40:

Segundo a anotação na foto abaixo, disputou contra o Penarol a primeira partida internacional de MG, mas muitos dizem que esse era a AA Guaxupé… Eae? O que você acha?

Outro bom time da época era o Esporte Clube Mogiana, fundado em 4 de janeiro de 1948:

Por fim, vale lembrar do Palmeiras Futebol Clube e do Vila Rica Futebol Clube:

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Rolê da virada de ano (2008 – 2009)!

No fim de ano de 2008, eu e a Mari fizemos um rolê bem bacana!
Pra não gastar muita grana decidimos seguir para o sul, onde não haviam pedágios (isso mudou exatamente no dia seguinte ao que fomos, acredita?).
Planejamos passar o fim de ano em alguma praia do Paraná.
Assim, pra aquecer e encurtar a distância, começamos descendo pro litoral de São Paulo, pra Itanhaém, onde passamos dois dias com os amigos e aproveitamos para comprovar minha má forma física fazendo uma trilha pelos morros junto à praia.

ferias-fim-de-2008-009

De Itanhaém, fomos seguindo sentido Peruíbe até pegarmos a BR para Curitiba, uma cidade muito legal, cheia de cultura e de lambuja, com 3 grandes times.
Começamos pelo Atlético Paranaense, já atualizando em 2019 seu novo escudo:

Fizemos um visitação monitorada do Estádio Joaquim Américo, considerado exemplo no Brasil, a Arena da Baixada.

Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo
Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo

O que mais me chamou a atenção, além da imponência e da beleza de suas arquibancadas é que o estádio é praticamente um Shopping. Embaixo das arquibancadas há dezenas de lojas (e não estou falando somente de lanchonetes).

Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR

Tudo muito limpo e muito bem feito. Realmente a Arena ditou a moda das arenas futuras (escrevo isso agora em 2025 quando decidi reler esse post).

Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR

O Atlético Paranaense realmente desponta como uma administração bastante diferenciada, caminhando para o conceito do sócio torcedor, e estádio cheio.

Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR
Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR

Uma vez visitado a moderna Arena da Baixada, fomos à casa do rival, Coritiba FC!

Distitntivo do Coritiba FC

Bem vindo ao tradicional Estádio Couto Pereira, o maior estádio do estado.

Coritiba FC - Estádio Couto Pereira - Curitiba - PR

Confesso que me surpreendeu o quão bem recebidos nós fomos.

ferias fim de 2008 002

Pudemos adentrar aos escritórios e nas arquibancadas pra fotografar.

Coritiba FC - Estádio Couto Pereira - Curitiba - PR

O Assessor de Imprensa me entregou um material informativo do clube, bem legal e encontramos aberta a excelente loja do torcedor.
O estádio é aquele modelo antigo, enorme, com muito cimento, mas muita energia.

Coritiba FC - Estádio Couto Pereira - Curitiba - PR

É um baita estádio!

Por fim, para fechar a trinca de ouro da cidade, fomos conhecer a casa do Paraná Clube Brasil.

Distitntivo do Paraná Clube

E aí está o Estádio Durival Britto e Silva, conhecido como Vila Capanema.

Paraná Clube Brasil - Estádio Durival Britto e Silva - Vila Capanema - Curitiba-PR

Infelizmente, fomos impedidos de entrar ou mesmo de fotografar por um tiozão, com jeito de zelador…
Mais um exemplo de como alguns clubes não enxergam o potencial turístico do futebol.

Paraná Clube Brasil - Estádio Durival Britto e Silva - Vila Capanema - Curitiba-PR
Cópia de ferias fim de 2008 Paraná Clube Brasil - Estádio Durival Britto e Silva - Vila Capanema - Curitiba-PR

Como a ideia era de se divertir, e não somente pensar em futebol (será mesmo possível?) decidimos descer a serra e ir conhecer a histórica Morretes.
Fomos pela Estrada da Graciosa.
Um passeio muito legal, e com uma vista muito bonita.

ferias-fim-de-2008-190

Chegando lá, o tempo esfriou e como a cidade é muito mais histórica que turística, fomos pra Paranaguá, onde alguns amigos iriam passar a virada, na praia.
A cidade tem dois estádios. Um é o Fernando Charbub Farah, o “Gigante do Itiberê“:

ferias fim de 2008 204

O outro, é o estádio do Rio Branco, que fica pro lado do Porto.

Após uns 40 minutos chegamos lá e ainda pudemos encontrar alguns jogadores que disputaram este ano o Campeonato Paranaense.
Trata-se do Estádio Nelson Medrado Dias, mais conhecido como Estradinha.

O estádio é bem old school, mas muito legal, tem até uma lojinha embaixo da arquibancada, mas achei cara a camisa.

Rio Branco - Estádio da estradinha - Estádio Nelson Medrado Dias - Paranaguá - PR

Mas pelo menos marcamos presença em mais um estádio menos conhecido porém super importante para a rica história do futebol paranaense.

Rio Branco - Estádio da estradinha - Estádio Nelson Medrado Dias - Paranaguá - PR
Rio Branco - Estádio da estradinha - Estádio Nelson Medrado Dias - Paranaguá - PR

Bom, feito nossa visita futebolística, decidimos ir pra praia.
Mas…. após 1 hora parados, na estrada que daria acesso às praias,  o trânsito caótico nos fez desistir.
Voltamos para Curitiba.
Dali, voltamos pra Itanhaém, pra ver a queima de fogos do Satélite E.C. .
Ufa…. Enfim acabamos 2008…

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