44- Camisa do Brasil de Pelotas

A Camisa de futebol número 44 é do Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas, e a comprei na mesma loja que peguei a do SC Ulbra, pela bagatela de R$29,90, ótimo preço por se tratar de material oficial.
Como o cara da loja é gente boa e ainda acompanha os jogos do Ramalhão, vai aqui o fone dele, já que não tem site: (011) 4432-3063, sempre tem coisas boas a preços especiais por lá, fale com o Rubão!

Falando do Brasil de Pelotas, o time foi fundado em 7 de Setembro de 1911, ou seja no momento em que escrevo este post (2009) faltam apenas 2 anos para a grande festa do centenário.
Assim como outros clubes que já retratamos aqui no blog, o Brasil de Pelotas nasceu de uma divergência dentro de outro time, no caso, o Sport Club Cruzeiro do Sul, formado por funcionários da Cervejaria Haertel.
Diz a lenda que tudo foi por causa de um desentendimento de um pequeno grupo que estava colocando uma cerca no campo, enquanto outro permanecia em campo, jogando e negando-se a ajudá-los. Putos Chateados com isso, o grupo que estava trabalhando decidiu montar um novo time.
Como a fundação do novo time se deu no dia da independência, as cores da camiseta seriam verde e amarela. Isso gerou o primeiro motivo de rivalidade com o E.C.Pelotas, que tinha seu uniforme azul e amarelo, muito parecido com o deles.

Pra evitar maiores problemas, o pessoal do Brasil decidiu adotar o vermelho e preto, alusão às cores do Clube Diamantinos. O Brasil de Pelotas é também chamado de Xavantes, graças a um jogo, de 1946, contra o Esporte Clube Pelotas. O E.C. Pelotas seria campeão em caso de vitória.

O primeiro tempo ia acabando e o placar indicava 3 x 1, em favor do E. C. Pelotas. Pra piorar, o Brasil teve o zagueiro “Chico Fuleiro” expulso. Indignados, os jogadores do Brasil interromperam o jogo, o técnico chegou a ameaçar tirar o time de campo. Mas, a própria torcida ficou nas arquibancadas, fazendo com que a partida recomeçasse. Após tanta confusão, o jogo voltou a correr e o segundo tempo viu um Brasil com tamanha gana de justiça que conseguiu virar o placar para 5 x 3, transformando se na mais famosa vitória do time. Ao fim do jogo, a torcida rubro-negra invadiu o gramado, atropelando o alambrado que ficava ao lado das arquibancadas. O fato foi chamado de a INVASÃO DOS XAVANTES (esse era o ítulo de um  filme em cartaz na época, em Pelotas). A partir daí, a torcida adotou a figura do índio xavante, como símbolo do time.

O material sobre o time na internet é muito vasto. Destaque para o site do time: www.brasildepelotas.com , o blog: http://blogxavante.com e o site http://colecionadorxavante.brahmsoftware.com.
O time manda seus jogos no Estádio Bento Freitas, fundado em maio de 1943, e onde cabem hoje 18 mil Xavantes.

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Um ato curioso ocorrido no estádio foi a ameaça do Ministério Público de interdição do Bento Freitas porque a direção do time teria aprovado a venda de bebidas alcoólicas no interior do estádio, nos jogos da Série C, ato proibido por lei. Em se falando de títulos, vale lembrar que o time conquistou o Campeonato Gaúcho de 1919, e foi Vice em 1953, 1954, 1955 e 1983. Além disso, venceram o Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão em 1961 e 2004.

brasil 1983

Em 1985, o time fez história com a Máquina Xavante, time que chegou às semi-finais do brasileiro da série A. Existe inclusive um site contando a história do time: http://www.maquinaxavante.com.br.

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O ponto mais triste da história do clube, aconteceu no início de 2009, com o acidente do ônibus da delegação, ocorrido há cerca de 300 km de Porto Alegre (no km 150 da BR-392), e que provocou a morte de um dos maiores ídolos do time, o atacante uruguaio Claudio Milar, do zagueiro Régis Gouveia, e do preparador de goleiros Giovani Guimarães, além de ferir outras 20 pessoas. A equipe retornava de um jogo-treino na cidade de Vale do Sol, onde havia vencido o Santa Cruz do Sul por 2 a 1.
A diretoria do clube até cogitou não disputar o Campeonato Gaúcho de Futebol de 2009, mas assim como na história que deu origem ao apelido “Xavante”, a equipe não desistiu e seguiu em frente. Abalado psicologicamente e com um time sem conjunto, conseguiu apenas uma vitória no campeonato e foi rebaixado para a Série B 2009.

Já escrevemos sobre o livro que narra o acidente (veja aqui o post sobre o livro).

O uruguaio Cláudio Milar era ídolo da torcida, com mais de cem gols marcados com a camiseta do Brasil.
O atacante costumava comemorar os gols homenageando o símbolo do clube, atirando uma flecha para as arquibancadas.

Atualmente o G.E.Brasil possui várias torcidas organizadas como por exemplo Máfia Xavante, Garra Xavante, TOB, Comando Rubro-Negro , TODEX, Camisa 12, Paz Xavante, Mancha Rubro-Negra, Torcida Independente Rubro-Negra, Torcida Organizada Feminina, Índio Xavante, Torcida Raça Xavante, Gaviões da Baixada. Ainda em 2009, o time segue disputando a série C do nacional.
Termino o post com uma breve matéria sobre a torcida Xavante, e deixo os meus sentimentos para que o clube consiga superar a dor do acidente de 2009 e em 2010, possa voltar à primeira divisão do Gaúcho, acredito que terá muita gente torcendo por isso, e eu serei uma dessas pessoas! Força Xavante!!!

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38- Camisa do Ulbra

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A camisa do Ulbra eu consegui numa promoção numa loja aqui no centro de Santo André. Paguei R$ 29,90, em 2009, e é oficial. Se alguém se interessar e quiser saber de mais promoções (sempre rola coisas loucas lá), o fone da loja é (011) 4432-3063, e eles não tem site.
O detalhe mais engraçado da camisa está nas costas. Não sei se vai dar pra ler, mas como um dos patrocínios é um medicamento, existe quase que uma “bula” no fim da camisa, hehehe:

maio 187

O Sport Club Ulbra foi fundado em26 de janeiro de 1998, e pertence à Universidade Luterana do Brasil (descobriu o significado da sigla ULBRA?).
O site do time é www.ulbra.br/esporte Está sediado na cidade de Canoas, aliás, é o único clube da cidade que participa da Primeira Divisão do Campeonato Gaúcho e da Copa do Brasil.

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O Ulbra segue um modelo de gestão bastante incomum para o futebol no Brasil, e que estamos acostumados a ver nos Estados Unidos: esporte com a Faculdade.
O departamento de futebol do clube foi criado em 2001, e já no ano seguinte conseguiu o título da terceira divisão do Campeonato Gaúcho, ao vencer o RS Futebol nos pênaltis por 7 a 6.
Vale dizer que a Ulbra participou do campeonato em conjunto com o Canoas Futebol Clube, outro importante clube de Canoas.
Na Série C de 2002, conseguiu chegar à 5º colocação.
Em 2003, ingressou na elite do futebol gaúcho, junto com o Novo Hamburgo, após ter vencido o Grêmio Bagé por 3 a 2 e assim ganhar o Campeonato Gaúcho da Segunda Divisão.
O estádio da Ulbra foi o palco da final do Campeonato Gaúcho de 2004, quando disputou contra o Internacional o título do Gauchão.
O jogo decisivo ocorreu em 4 de junho, a Ulbra iniciou vencendo, mas acabou levando a virada por 2 a 1.

E falando em estádio a Ulbra manda seus jogos no Complexo Esportivo da Ulbra, um moderno complexo de esportes sediado na cidade de Canoas.
A capacidade é para 10 mil pessoas e a proprietária do Complexo é a Universidade Luterana do Brasil. 
O maior público do time foi de 7 mil pessoas, em 2004, na decisão do título do Campeonato Gaúcho.

EstadioUlbra2007

Estivemos no estádio do Ulbra alguns anos depois, em 2015, veja aqui como foi!

Embora represente a cidade de Canoas na elite do futebol gaúcho, sua imagem está muito ligada com a universidade, o que acaba limitando um pouco a presença da torcida.
Chegou a ter duas organizadas: a Império Jovem e a Povão Tricolor (extinta em 2007). A maioria dos torcedores são canoenses que torcem para o Grêmio e para o Internacional, mas que comparecem ao estádio para apoiar o time da cidade.
A Universidade, chegou a tentar algumas ações para trazer mais público, e enviou ônibus gratuitos para os bairros mais populosos da cidade de Canoas, fazendo assim que seu público aumentasse, principalmente em jogos decisivos. Entretanto, a estratégia não funcionou muito bem, já que começaram muitas reclamações de torcedores que pegavam esses ônibus e ao invés de assistir ao jogo ficavam no campus assediando as alunas da universidade, hehehe, é mole?
Assim, a Ulbra segue com recordes negativos de público, na série C de 2007, por exemplo, chegou a ter públicos como 13 pessoas (contra a Roma Apucarana), 25 pessoas (contra o Paranavaí) e 38 pessoas (contra o Villa Nova -MG), no Gaúchão 2009 o jogo entre Ulbra e Inter-SM teve 25 presentes.
Ao menos em 2009, o time mostrou que é bom de briga… ou … quase bom…

Segundo uma reportagem do jornal Zero Hora, a Ulbra tem apenas um torcedor que torce apenas pelo clube.
Trata-se de Lauro Paetzer. Vale a pena ler a matéria sobre ele aqui.
O mascote do time é o Leão “Jubão”:

mascote-perfil

Enfim, a Ulbra é mais um exemplo da diversidade de gestão e características do futebol brasileiro, que a tv não mostra. Boa sorte ao time!

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