Rolê (não muito) boleiro pelas Cidades Históricas de Minas Gerais – Parte 1

E lá fomos nós para mais um rolê pelo Brasil adentro… Feriado de 3 de junho e fomos visitar o chamado “Circuito Histórico”, de Minas Gerais. Subimos no ônibus, aqui em Santo André na quarta a noite e descemos em Belo Horizonte, na quinta de manhã.   

Já na própria quinta feira, fomos conhecer a cidade de Congonhas do Campo, conhecida por ter várias obras do artista Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

Na foto abaixo, estamos em frente ao Santuário Bom Senhor de Matosinhos.

As esculturas em frente a Igreja são os “12 profetas”.

Ao fundo pode se ver um campo de futebol, pode se ver um campo de futebol, provavelmente o Estádio Pedro Arges, do Esportivo, time amador da cidade.

Descobrimos que existe a “Seleção de Congonhas” que costuma dispoutar amistosos com equipes amadoras e até profissionais.

Ah, e demos a sorte de encontrar e conhecer o Frederico, editor do www.camisariafutebolclube.blogspot.com , um excelente blog sobre camisas de futebol. Mundo pequeno para quem coleciona camisas, né??

Como estávamos fazendo o passeio de ônibus, acabamos voltando pra BH, sem passar pelo Estádio, ou mesmo conhecer melhor o Esportivo ou a Seleção local.

Em BH, fizemos uma rápida tour pelo centor da cidade, conhecendo um pouco da história e arquitetura da capítal mineira.

Ah, claro, e da gastronomia local também…

Antes de seguir viagem, uma parada para conferir o belo horizonte de Belo Horizonte… Piadinha manjada né??

Enquanto nossa excursão seguiu para a Igreja da Pampulha, demos uma corrida e fomos bater umas fotos do Mineirão, que dias depois seria fechado para o início das reformas para a Copa do Mundo.

E se tem estádio, a gente tem que marcar presença!

O turismo futebolístico ainda é pouco explorado no Brasil, e BH se inclui nesse aspecto, mesmo contando com um belo Museu no Mineirão, ainda são poucos os turistas que se interessam em conhecê-lo.

O Museu tem uns páinéis bem legais, do Estádio!

Parece mesmo que a gente tá lá dentro, né?

E são fotos, troféus, objetos… O Futebol merece esse carinho e essa história!

Eu sou vidrado nessas bolas antigas…

Indo até as arquibancadas, pudemos conferir um rachão bem a vontade… 

Confesso que nunca assisti um jogo no Mineirão. Só de estar nas suas arquibancadas, com meu blusão do San Lorenzo já fiquei emocionado…

Pra quem nunca foi a BH, o Mineirão deve ser incluído como parada!

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Sandro Gaúcho e o Vulcão (Poços de Caldas FC)

Páscoa de 2010!! Data de chocolate, diversão e … Rolê Boleiro, pra quem não vive sem FUTEBOL!

Aproveitamos o feriado e fomos até Poços de Caldas, para assistir ao jogo do Vulcão, pelo Módulo II do Campeonato Mineiro.
Vulcão é o apelido do time Poços de Caldas Futebol Clube, já escrevemos sobre o time, clique aqui e relembre como foi!.

Antes de chegar lá, demos uma parada em Cosmópolis (terra natal da Mari) e depois, em Águas da Prata (também já escrevemos sobre o Estádio da cidade, clique aqui para lembrar!).

O detalhe é que na volta passamos lá de novo e deu pra vermos os macacos que habitam a região, bem próximo das barracas de alimentos.

Já em Poços de Caldas, antes de mais nada fomos até a tradicional fonte de água sulfurosa pra relembrar o quão fétida ela é…

Apesar do cheiro e da temperatura (ela é quente mesmo com o frio que estava), como dizem que ela tem diversas propriedades terapêuticas, encaramos o desafio e até tomamos um pouco…

Antes de irmos ao Estádio Ronaldo Junqueira, o Ronaldão, passamos ali pela praça e encaramos um belo lanche em um dos diversos traillers ali no centro.

Claro que escolhemos um trailler que tivesse uma cara mais boleira… Se liga no nome dos lanches:

A Mari preparou até um esmalte especial pra torcer pro Vulcão, cujas cores são laranja e preto (aliás, ela acabou de escrever sobre esmaltes, no blog dela, leia aqui).

Infelizmente, chegamos à cidade, junto do frio e da garoa, e pelo número de carros estacionados em frente ao Estádio, o público parecia não ser muito grande, mesmo sabendo que o Vulcão dependia do resultado para passar de fase e lutar pelo acesso à primeira divisão.

Nas bilheterias, descobrimos que o preço dos ingressos variava de R$2,5 (meia entrada da arquibancada descoberta) a R$ 15 (entrada integral para a coberta – que não é toda coberta).

Logo na entrada a primeira diferença dos estádios mineiros para os paulistas: O uniforme da polícia militar (sei que não dá pra ver muito bem, mas os policiais estão ali no fundo…)

Como já esperávamos, devido à chuva, o público era pequeno…

Fica registrada nossa presença em mais um estádio!

Ali, o pessoal da KuatiLoko, esperando o jogo começar!

E ali, próximo ao gramado, a famosa “Galera do alambrado“, infernizando o técnico adversário com sua poderosa buzina!

O mascote do time fica ali, atrás do gol, protegendo o time do Vulcão.

O tempo era frio, mas o jogo começou quente. Várias faltas e lances mais “pegados” caracterizaram a partida.

O técnico do Vulcão é Sandro Gaúcho, emprestado , assim como boa parte do time, pelo Santo André, para a disputa da segunda divisão Mineira.

Imagem retirada de blogdovulcao.blogspot.com

Ah, dê uma olhada você mesmo em como é o campo:

A galera que ficou na arquibancada do outro lado, pagou menos, mas deve ter sofrido com o frio e a garoa que caia.

Do outro lado, uma parte do estádio coberta, assegurava ao menos lugares secos pra se sentar.

Fiquei com medo de ser visto como pé frio, porque após um contra ataque do Araxá, não é que os visitantes fizeram 1×0, tentando escapar do rebaixamento? 

O Vulcão, que já esteve isolado na liderança vinha em queda, após uma sequência de 4 jogos sem vitória (1 empate e 3 derrotas).
A própria torcida já começava a perder a paciência, quando o treinador Sandro Gaúcho colocou em campo o jogador Evandro.

E não é que o cara resolveu os problemas do treinador?
Além de arriscar chutes de longa distância ele cadenciou o jogo no meio campo e ainda bateu o penalty sofrido ainda no primeiro tempo, igualando o placar.

Mas ainda era pouco para um time que iniciou tão bem o campeonato.
Mais uma vez, jogada de Evandro, que recebeu no meio campo, avançou e cruzou na área para o cabeceio de Luciano, alterar o placar!

Ufa, pensei que a camisa que eu ganhara ano passado iria dar azar…

No segundo tempo, a chuva apertou. Nem a bateria da torcida resistiu ao frio e à água…

Ah, mas em campo, o tempo esquentou. Faltas violentas, reclamações constantes e até um princípio de desentendimento entre os atletas.

E ali, em frente à área, mas sem deixar de atacar junto do time, o herói da torcida Andreense e agora também, do pessoal do VulcãoSandro Gaúcho!

Os 2×1 praticamente classificaram o time com uma rodada de antecedência. Vamos ver se além disso, Sandro consegue dar o acesso tão sonhado ao time de Poços de Caldas. Leia mais notícias em: http://blogdovulcao.blogspot.com/

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Valorize sua gente e sua história, antes que você não tenha mais memória…

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57- Camisa da Esportiva Guaxupé

Camisa do Guaxupé

A 57ª camisa de futebol pertence à Sociedade Esportiva Guaxupé e essa eu consegui do pior jeito possível: pagando.
Ao menos, mais uma vez consegui achar por um bom preço bem razoável: R$ 29,90, numa loja no centro da cidade, mesmo.
Guaxupé é uma pequena e muito agradável cidade do sul de Minas Gerais. Estivemos lá em junho de 2009 e pudemos aproveitar a ótima festa junina no centro da cidade.
A Mari pirou num restaurante que infelizmente não lembramos o nome, mas que fica ali no centro mesmo:

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Achei um vídeo “vendendo” o lado turístico da cidade e posso dizer que recomendo um final de semana por lá, foi uma ótima estadia!

Eu e a Mari fomos pra lá dar um relax, mas já que estávamos por lá, demos um pulo no estádio e por sorte conseguimos bater um papo com a diretoria e alguns integrantes da comissão técnica.
O segundo da esquerda para a direita é o polêmico “Lélio Borges“, que foi muito gente boa conosco e relembrou várias histórias.

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A S.E. Guaxupé foi fundada em 12 de março de 1952,e é um ótimo exemplo do que o futebol moderno faz com times “fora dos grandes eixos”.
Depois de ter chegado a disputar a primeira divisão mineira,de 1975 até o início dos anos 80, disputa hoje o “módulo II” do Campeonato mineiro (existem ainda o módulo I e a primeira divisão).

SE Guaxupé

Manda seus jogos no Estádio Municipal Carlos Costa Monteiro, inaugurado no início da década de 50 e com capacidade para 6.000 pessoas. A entrada do estádio é muito loca! Parece que a gente estava entrando numa mistura de vila com parque ecológico.

Estádio Municipal Carlos Costa Monteiro

A bilheteria fechada é sempre triste, mas ainda assim dá pra ver um pouco do espírito do estádio.

Estádio Municipal Carlos Costa Monteiro

Do lado de dentro, pode se ver os holofotes e ao fundo uma arquibancada descoberta…

Estádio Municipal Carlos Costa Monteiro

A estrutura que separa o campo da torcida não é lá muuuuuuuuito resistente…

Estádio Municipal Carlos Costa Monteiro

O gramado apresentava condições muito boas, mesmo numa época de frio (era inverno, lembre):

Estádio Municipal Carlos Costa Monteiro

Ali ao lado direito, pode se ver a arquibancada coberta:

viagem estadios 213

No dia em que estivemos por lá, havia um jogador do continente africano que acabara de chegar para fazer uns teste no clube. Os demais jogadores disseram se assustar ao vê-lo rezar, já que seus costumes não são lá muito próximos aos dos cristãos…

viagem estadios 217

É muito difícil encontrar dados sobre a história do clube, que hoje sofre do mesmo mal que muitas equipes tradicionais: perde seus torcedores para os “grandes clubes”, e pela sua localização ainda sofre perdendo torcedores para times de MG e SP. Assim, o único jeito que encontrei de retratar sua história é por meio de imagens. Abaixo, o time do fim dos anos 50 e início dos 60, que enfrentou lá em Guaxupé o Santos de Pepe e Orlando Peçanha:

Guaxupé anos 50

Daquela época, um dos destaques era o atacante PACHÁ:

pachá

Segundo os dados do site do Milton Neves, Palimércio Nasser, Pachá, nasceu em São José do Rio Pardo, em 19 de outubro de 1934 e logo cedo se mudou para Guaxupé-MG. Ficou famoso como o camisa nove da Esportiva Guaxupé. Chegou a marcar 6 gols numa só partida (em 1959, contra a Paraisense de São Sebastião do Paraíso). Hoje, o ginásio poliesportivo de cidade de Guaxupé (MG) tem o nome do ex-atacante. Abaixo, outras fotos da década de 60, com Pachá no time:

guaxupé anos 60
guaxupé 1960

O time nos anos 70:

Guaxupé anos 70

Em 1975:

guaxupé 1975

Em 1980 conquistou o Campeonato Mineiro da Segunda Divisão. Abaixo, foto do time de 1998:

guaxupé 1998

Atualmente:

Esportiva

O vídeo abaixo mostra um pouco do triste caminho seguido pela Esportiva Guaxupé, mas que foi feito no final de 2006, antes de volta do time ao profissionalismo e do próprio Lélio Borges (conforme a foto que tiramos mostrou):

Num país tão machista, fica um exemplo interessante: em 2008 o clube foi dirigido por Terezinha de Jesus Vaz. Confira a entrevista dela no final do vídeo:

A Torcida Guaxupeana acompanha de perto o time e agora começa a tentar se organizar para apoiar os “Tigres de Minas”. Veja a rapaziada que está formando a “Avalanche Verde SEG“:

guaxupé2
Guaxupé

Pra finalizar, quer ver como é o momento antes do jogo? Vamos lá!

Boa sorte Guaxupé! E não se esqueça torcedor:

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Em busca do estádio perdido em Cabo Verde (MG)

Ontem eu estava relendo o blog e percebi como o futebol pode nos permitir andar por mundos tão diferente e falar a mesma língua, não é mesmo?

Bola mundo

De Aguaí para Paris, de Amsterdam para São Bernardo, de Londres para Paulínia… Diferentes línguas e costumes, mas a mesma paixão pela bola… É incontrolável.

Assim, sigo minha sina buscando os estádios por perdidos por este mundo, cada dia mais legal. Nossa missão desta vez nos leva a pequena cidade Mineira de Cabo Verde

Ok, confesso que eu nunca tinha ouvido falar de Cabo Verde (a não ser do país homônimo), mas nunca duvidei que tivesse seu estádio, e após alguns minutos atravessando a cidade, que é bem pequena como pode se ver abaixo), chegamos ao Estádio.

O Estádio Municipal Dr. Antônio de Souza Melo, tem um apelido no mínimo curioso: “Brinco de Ouro da Praia Formosa“.

Isso porque já no início do século XX (1923) já se reuniam multidões em torno do campo da”Praia da formosa”, às margens do Rio Verde.

Essa era a seleção da cidade (foto do livro “A freguesia de Nossa Senhora de Assunção de Cabo Verde” de Adilson Carvalho):

Essa e outras fotos e muitas histórias sobre a cidade você encontra no site do Milton Neves, confira clicando aqui.

De qualquer modo, o Estádio é acolhedor e muito bonito, como podem ver:

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O Estádio é guardado por um caseiro que mostrou-se muito orgulhoso em ser o guardião da fortaleza.

Além disso foi bem bacana em nos deixar entrar e bater umas fotos de dentro. Fui besta, devia ter tirado uma foto dele, o cara tinha várias histórias legais.

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Segundo ele, o time local é muito bom, e ficou uma boa série de jogos sem perder em casa. Fiz questão de sair na foto para registrar minha aventura no histórico Estádio.

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É um Estádio pequeno, mas merece todo respeito. Batalhas locais são tão importantes quanto grandes clássicos.

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A Mari também fez questão de sair, afinal, sem ela eu não estaria fazendo essas viagens malucas em busca de Estádios que poucas pessoas conhecem

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E é isso, pessoal. Essa semana devo postar mais uma nova camisa para tentar chegar às 1.000.

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