E lá vamos nós para a 4a parte do nosso rolê, dessa vez na cidade de Uchoa, que fica também às margens da rodovia Washington Luiz, entre as cidades de Catanduva e Cedral, já na região de São José do Rio Preto.
O nome é uma homenagem ao engenheiro Ignácio Uchoa, da extinta Estrada de Ferro São Paulo – Norte.
A cidade possui cerca de 9.500 habitantes e seu nome é de origem basca e significa “lobo”.
Faltou fazer a foto da igreja, como fizemos nas demais cidades, então encontramos essa abaixo, no blog “Doramundo“:
Também encontramos neste site: www.estacoesferroviarias.com.br uma foto da estação de trem local:
E mais uma vez pudemos conhecer novas pessoas, criar novas amizades e, principalmente, ouvir boas histórias sobre um lugar onde o tempo parece ter parado…
Quem é nascido na cidade de Uchoa é o “Tupãzinho”, jogador que fez história no Corinthians ao marcar o gol do título do primeiro Campeonato Brasileiro, conquistado em 1990. Estivemos com ele num jogo do Tupã, em São Bernardo:
O principal contraste para nós que somos do ABC é o trânsito. As ruas praticamente desertas, sem aquela tradicional loucura tão comum (infelizmente) no nosso dia a dia.
Nossa meta na cidade era conhecer o Estádio Municipal Leonildo João Birolli, a casa do time local, o Uchoa FC, fundado em 3 de janeiro de 1940.
Suas cores, seu escudo e o modelo do uniforme principal são uma homenagem ao São Paulo, da capital:
O clube teve seis participações das divisões menores do Campeonato Paulista de Futebol, mas nunca esteve na primeira divisão.
Aqui, uma imagem rara, do time de 1947:
Em 1948, disputou a série branca da segunda divisão – a série A2 daquela época- e terminou em último lugar…
O incrível Blog História do futebol nos traz uma foto de 1948:
Aqui, um outro momento do time, com o estádio ao fundo:
Encontramos na Internet uma foto de meados das décadas de 40/50, de uma faixa, exposta em São José do rio Preto convidando para um jogo contra o América:
Em 1949, o time fez história ao vencer a série ouro da segunda divisão – a série A2 da época. Mas na fase final pegou só pedreira… Guarani, Linense e Batatais, e acabou fora da primeira divisão de 1950.
Em 1950, conseguiu uma quinta colocação…
Em 1951, o fim de um ciclo, com a sexta colocação na zona central:
Depois disso, o time ainda disputaria competições profissionais em 1980 (na terceira divisão) e em 1991 quando disputou um torneio qualificatório com AA Itararé, AA Ituveravense, Ranchariense, Beira-Rio de Presidente Epitácio, Embu-Guaçu, Operário de Tambaú, Flamengode Pirajuí, GE Atibaiense, GE Monte Aprazível, Guarani Saltense, Itaquaquecetuba, José Bonifácio e Auriflama.
Para aqueles que um dia pensam em ir ao estádio, ele fica no cruzamento da rua Ernesto Lainetti e da Av Eduardo Hidalgo:
E, novamente encontramos com facilidade o nosso destino: o Estádio Municipal Leonildo João Birolli!
Vamos conhecê-lo?
Olhando um pouco de dentro do estádio, podemos encontrar as arquibancadas que tem capacidade para cerca de 3 mil pessoas.
O gramado em ótimas condições, e árvores frondosas dispostas ao fundo do gol:
É sem dúvida um estádio que poderia estar recebendo jogos nos dias atuais…
Os bancos de reserva num visual old school, trazendo de volta na nossa memória uma época em que o futebol tinha uma outra atmosfera…
Imagina como foi celebrar a conquista de 1949…
Mais uma vez, fica o sentimento de orgulho em poder registrar um estádio que já foi utilizado por várias vezes em disputas oficiais da Federação Paulista.
As arquibancadas de cimento estão ali… Prontas para receber a torcida novamente!
Tantos times que passaram por aí… Linense, Rio Preto, Noroeste, Bauru, Internacional de Limeira, Prudentina, Ferroviária de Botucatu, São Paulo de Araçatuba, América de S. José do Rio Preto, Corinthians de Pres. Prudente, Bandeirante de Birigui, XV de Jaú, São Manuelense…
Além de toda a história, é uma vista linda…
Uma curiosidade bem diferente é que enquanto eu estava lé no alto da arquibancada fotografando, ouvi uns barulhos estranhos, parecia que tinha alguém morando nas cabines de imprensa e ….
Assim, chegamos ao fim de mais uma aventura futeboleira, que nos levou a esse lindo estádio!
Fica nossa torcida para que espaços como esse sejam cada dia mais valorizados pelas pessoas e quem sabe eternizados como lembrança de um tempo que não deve voltar mais…
Demos a volta no quarteirão do estádio e voltamos para a estrada, rumo a Mirassol.
Em companhia do Guaraná Jaboti, incrível sabor! (sei que parece, mas não, não é um merchandising, a menos que alguém do Jaboti queira nos patrocinar)