27 de maio de 2011.
Uma sexta feira chuvosa, fria e ideal para ficar em casa assistindo um filme.
Mas, o desejo pelo futebol fala mais alto e após alguns minutos de carro estamos no Estádio Baetão, (atual nome: Estádio Municipal Giglio Portugal Pichinin) ali pertinho da pista de Skate de São Bernardo, onde outros malucos como a gente desafiavam o frio e faziam um rolê.
Mas valia a pena, afinal ainda não havíamos visto um jogo sequer do Palestra São Bernardo, que começa a montar uma estrutura legal, com direito a lojinha e tudo!
O frio e a má fase do time, somados ao fato de existirem 3 clubes profissionais na cidade colaboraram para um pequeno público.
Mas uma vez mais, estávamos ali para registrar e fazer parte da história. Tradição não tem preço.
Antes que me esqueça, como é bom namorar alguém que não só topa encarar esses rolês, mas também se diverte!!! Valeu Mari!
O Palestra até a rodada anterior tinha como treinador Lombardi, figura conhecida na várzea local e apresentador do programa Lente Esportiva, na TV NET local além de radialista esportivo na Rádio Capital.
Além dele, outra figurinha carimbada do time é o meia Tássio, ex jogador do Santo André que tinha um futebol diferenciado e que após se afastar do futebol tenta voltar à sua carreira.
A torcida que compareceu se dividiu entre o setor coberto e as arquibancadas.
Tivemos a oportunidade de encontrar o amigo Fernando, do “Jogos Perdidos“, site incrível, que frequenta as canchas menores há muito tempo. Ficamos filosofando sobre esse tal futebol moderno e acabei esquecendo de fazer uma foto com ele…
Enquanto conversávamos um fato nos chamou a atenção. Uma equipe da Globo estava ali presente fazendo uma matéria.
Sem faltar com o respeito às pessoas e até por isso, sem fotografá-los, fui perguntar se o teor da matéria era sério ou se estavam ali para fazer graça com a “alternatividade” do jogo a imagem dos clubes (até então últimos colocados sem nenhum ponto).
A resposta, pouco convincente, foi de que se tratava de uma matéria séria. Veremos…
Em campo, um jogo de muita pegada e pouca técnica.
O Nacional ignorou seu papel de visitante e fez 1×0 para o desespero de sua torcida.
Aliás, mesmo com a má fase, causou estranhamento a ausência da torcida do Nacional, que costuma seguir o time principalmente nos jogos próximos da capital…
Do lado descoberto do estádio a torcida local não sabia se reclamava do time ou do frio… Ambos estavam duros de aguentar.
Não sei o que houve no intervalo, mas o time do Palestra voltou determinado a mudar sua postura e mesmo antes do início da segunda etapa, já deu para ver uma nova atitude!
Infelizmente, o frio não dava descanso e pra piorar, agora tínhamos a companhia de uma fina garoa.
Mas, como o amigo Fernando disse, mais do que assistir ao jogo, estar numa partida destas e fotografar, escrever a respeito e postar no blog, representa transformar a história. Um jogo que seria apenas mais uma linha de resultados, ganha vida, cores e sentimentos.
Por isso, fizemos mais e mais fotos, e quase não percebemos que o Palestra empatava o jogo.
1×1 e festa em verde e branco, no Baetão.
O Palestra seguiu no ataque e a pequena, mas fiel torcida sentia o bom momento da equipe.
Era hora de pressionar o bandeira, de torcer, de gritar…
E dá lhe bola na área!
E dá lhe correria!
O segundo gol do Palestra foi consequência. E não teve bandeira, juiz, reporter ou adversário que atrapalhasse.
Parabéns Palestra, parabéns Nacional, mais do que contra os adversários em campo, vocês lutam contra um mundo moderno que os quer fora. Mantenham-se vivos!!
Veja também o post feito pelo Jogos Perdidos (é só clicar aqui!) . Adoro as fotos dos times posados que só eles fazem!
Mau, essa sua ultima frase representa tudo o que acreditamos!
Valeu!
O Lombardi Jr., ex-treinador do Palestra, é filho do saudoso locutor Lombardi, do Programa Silvio Santos.
Abraços e parabéns pelo blog!
Hamilton
http://mantojuventino.blogspot.com
OLá amigon !
Linda matéria quero apenas comentar que o fato de ter 3 times na cidade não altera o publico no estádio.Brasileiro não sabe torcer não é como o argentino,italiano e alemão que mesmo quando o time está na quinta ou sexta divisão eles lotam estádios. Todo mundo quer torcer por time que joga liberta, é a geração CHAMPIONS LEAGUE que nunca saberão a essência do futebol. Eu enquanto tiver saúde sempre estarei nos jogos do Ramalhão, Juventus, Palestra, Mauaense e Esporte S. Bernardo mesmo que todos eles virem AMADORES. MORTE AO FUTEBOL MODERNO !
Em tempo gostaria que em S. André tivesse mais um outro time, em S. Caetano, em Ribeirão Pires, em Mauá. Quero minha região forte e com rivalidade sadia, não quero ver time mais forte tentando varrer do mapa o time mais fraco.
TRADIÇÃO NÃO SE COMPRA EM SUPERMERCADO.