Embora Osasco seja uma cidade da grande São Paulo, até 2018 eu ainda não havia assistido nenhum jogo no tradicional Estádio Municipal Prefeito José Liberatti.
Graças à Copa Paulista de 2019, finalmente estive lá para assistir um jogo do meu Ramalhão contra os donos da casa, o Grêmio Osasco Audax.
Ou seja, lá vamos nós a mais uma bilheteria destinada aos visitantes…
Ele fica há 5 minutos da Castelo Branco.
O Estádio é gerido pela Prefeitura, e embora tenha alguns detalhes que deixem a desejar (como a pintura) me surpreendeu pela estrutura.
Atualmente, o “Rochdalão” tem capacidade para cerca de 12 mil torcedores, sendo o principal estádio da cidade.
Mas nem só de Grêmio Audax vive Osasco.
O futebol profissional teve seu início quando a Associação Atlética Floresta (que nascera em 1916 por meio de um grupo de descendentes de italianos, quando Osasco ainda era um bairro paulistano) disputou a terceira divisão em 1960.
Olha que bela imagem do time recebendo faixas celebrativas…
Na sequência, a AA Osasquense disputou a quarta divisão em 1965 e 1966, e a terceira divisão de 1967.
Na década seguinte, em 1975, surge o Independência Esporte Clube que disputou a terceira divisão de 1975 e a A2 de 1976.
Olha como era bonita a camisa (eles fizeram imagens com as camisas de todos os clubes de Osasaco, vale conferir em: https://deskgram.net/explore/tags/camisasclássicas):
Dando sequência à história da cidade de Osasco no futebol profissional, em 1977 e 1978 o Grêmio Água Branca FC (que nascera como um time de futsal) disputou a terceira divisão do Campeonato Paulista.
Em 1979, após a saída do Água Branca do futebol profissional, foi a vez do Monte Negro Futebol Clube da Vila Yolanda disputar a terceira divisão, entre 1979 e 1992, tornando-se o time da cidade com maior número de disputas profissionais.
Porém, entre 1981 e 1982, houve um segundo time da cidade medindo forças com o Monte Negro. Tratava-se do União Esportiva Rochdale, fundado nos anos 50, mas até então limitando-se às disputas amadoras.
Em 1992, surge mais um time na cidade, criado por parte da diretoria do Monte Negro que abandonava o profissionalismo por problemas financeiros: o Osasco FC, que manteria viva a águia, símbolo do Monte Negro, agora com as cores da cidade em seu distintivo.
O Osasco FC jogou a quinta divisão em 1997, a sexta divisão de 2002 (a série B2B) e a quarta divisão de 2005 até 2008, e depois de 2011 até 2013, e de 2016 a 2017.
Aqui, o time de 2017, jogando com uniforme alvinegro bem parecido com o da Ponte Preta, clube pelo qual Mário Teixeira é fanático. Mário era um dos homens por traz da gestão do Banco Bradesco, onde ainda atua como conselheiro. Ele acabou comprando o Osasco FC (e outros times mais, como veremos):
Entre as idas e vindas do Osasco FC no profissioanlismo, surge o Esporte Clube Osasco, fundado em 1984, mas disputando apenas em 2000 seu primeiro campeonato oficial e, contando com a chamada “sorte de principiante”, sagrando-se campeão da então existente quinta divisão (B-2).
Em 2001, mais um título garantindo o acesso para a terceira divisão, onde permaneceu até 2007 quando foi rebaixado para a segunda divisão, abandonando o profissionalismo.
Era a vez de um novo time representar a cidade e assim, em 2007, Mário Teixeira (aquele mesmo do Bradesco) cria o Grêmio Esportivo Osasco aproveitando as últimas forças e estrutura do Osasco FC.
Assim como o ECO, o time acumulou dois acessos nos dois primeiros anos, chegando à série A2 em 2009, porém acabou retornando à A3 em seu primeiro ano.
Em 2012, garantiu novamente o acesso para a Série A2 e como “presente”, recebeu um significativo investimento de Mario Teixeira (aquele do Bradesco), que comprou o Audax (até então um time que dava sequência ao projeto do Grupo Pão de Açúcar no futebol) e praticamente uniu os clubes, tornando o GE Osasco um time B do Grêmio Osasco Audax (o time que viemos ver no jogo de hoje).
A consequência de ser o “segundo filho”: rebaixamento para a Série A3, onde permanece até hoje.
Mas, como fica claro, nasce aí o atual “caçula” da cidade: o Grêmio Osasco Audax.
Oficialmente, o time foi fundado em 8 de dezembro de 1985, e até 2011 era denominado Pão de Açúcar Esporte Clube (PAEC).
De 2011 até 2013, passou a e denominar Audax SP Esporte Clube.
Como disse, em setembro de 2013, o clube foi comprado e unido ao Grêmio Osasco dando origem ao time atual.
Toda essa história teve como principal palco o Estádio José Liberatti, que passou por várias obras até chegar ao atual formato.
Vale ressaltar que existe um segundo Estádio na cidade (atualmente usado como CT) que é o Estádio municipal Elzo Piteri, que chegou a receber jogos oficiais também.
Mas voltemos à nossa visita… Era uma tarde de sábado, dia 13 de outubro de 2018 e fomos até o Estádio José Liberatti para acompanhar a partida entre EC Santo André x Grêmio Audax.
Chegamos embaixo de uma forte chuva e sabe o que o pessoal de Osasco fez? Liberou as arquibancadas laterais (cobertas) para a torcida visitante (que pelo que soube, normalmente fica atrás do gol).
E fica aí o nosso registro oficial de mais um estádio paulista, ao lado dos amigos torcedores.
Aqui dá pra ter uma ideia do campo como um todo, começando pelo gol ao lado direito:





















