Alguns dizem que a noite chega uma frente fria, com chuva e tudo mais… Mas, decidimos desafiar os prognósticos e acompanhar o Santos FC em sua estreia em casa pela Copa Sul-Americana!
Dia de casa cheia, pois mesmo com os resultados recentes não empolgando, o torcedor santista sabe a importância da sua presença para conquistar a primeira vitória na Copa Sul-Americana (o time da baixada perdeu a primeira rodada para o Banfield, em solo portenho).
E não é que conseguimos ótimos lugares ali nas arquibancadas térreas, literalmente ao lado dos jogadores!!
A ameaça de chuva até chegou a se tornar realidade no caminho para Santos, mas na hora da bola rolar, o clima estava muito gostoso, com aquele calor típico do fim das tardes do litoral.
A Vila Belmiro tem um aspecto único, se você nunca esteve lá, precisa guardar um dia para isso… A impressão é que tinha gente por todos os lados pra apoiar o Santos!
A missão da noite não seria fácil… O Club Deportivo Universidad Católica del Ecuador é um time da cidade de Quito, fundado em 1963 e manda seus jogos no Estádio Olímpico Atahualpa com capacidade total de 39.818 pessoas.
Por mais que aos 14 minutos, Jhojan tenha feito 1×0, o time visitante não se intimidou e aproveitando-se dos diversos erros de posicionamento e marcação empatou aos 25 minutos do primeiro tempo.
Se parte da torcida sentiu o golpe, a Torcida Jovem fez questão de não parar um minuto e manter o clima de apoio o tempo todo!
Muitas críticas aos jogadores, mas uma exceção era o goleiro João Paulo que tem um grande apoio da bancada.
É sempre uma honra estar presente em uma arquibancada com tanta história. Poucas pessoas lembram, mas a Vila Belmiro (ou o “Estádio Urbano Caldeiro“) já é um senhor de idade: 105 anos de idade (construção em outubro de 1916). Achei essa imagem na Wikipedia relativa à inauguração do sistema de iluminação, em 1931:
E aqui, o atual sistema de iluminação, bastante moderno!
O time do Equador não levou torcida à Vila, o que permitiu que a tradicional área atrás do gol ficasse toda liberada para a torcida santista.
Aliás, o estádio passou por muitas mudanças e embora tenha uma capacidade limitada a pouco mais de 16 mil pessoas, existem até camarotes especiais ali, acima de onde estávamos.
O jogo seguia mal para o Santos. A bola era facilmente perdida no ataque e a cada ataque do time equatoriano, era um sufoco lá atrás…
Pra piorar, em um contra ataque, aos 42 do primeiro tempo, o Universidad Católica marcou o segundo gol…
Mesmo quando chegava a ataque, como em uma falta no último do primeiro tempo… As chances do Santos eram facilmente desperdiçadas…
E assim, o primeiro tempo chegou ao fim…
Hora de registrar os amigos do Perú que me acompanharam nessa aventura! Dále Luis y Fiorella!
O clima pesou. Até algumas discussões mais acaloradas, reclamações para todo o lado. Mas o estádio estava vivo! Pulsante!
Quando menos percebi já era hora do jogo recomeçar…
Talvez se o futebol fosse minimamente mais lógico, o Santos teria perdido. Talvez tivesse levado o terceiro gol rapidamente no segundo tempo. Mas não tem muita lógica nesse esporte. E uma substituição em especial mexeu com o time: a saída de Ricardo Goulart para a entrada de Léo Baptistão. Tanto que o Peixe chegou a empatar aos 21 minutos com Ângulo, de cabeça, mas o juizão (que tava causando já…) invalidou o gol alegando impedimento. Porém, aos 32 minutos, Léo Baptistão é derrubado na área… E aí, meu amigo, minha amiga…
Fogo nas arquibancadas, enquanto o placar mostrava o empate em 2×2!!!
O jogo não ficou fácil, mas a atmosfera era única… 100% a favor do Peixe!
O placar indicava que quase 10 mil pessoas estiveram na vila mais famosa do mundo, e essa galera toda queria muito a vitória!
E a torcida queria que o time fosse pra cima, a todo custo.
Braços erguidos, vozes já gastas… 35 minutos e o fim do jogo se aproxima…
O Santos é só pressão. O Universidad Católica não tem o apoio nem do padre local…
São todos de pé (mesmo que no colo do pai) gritando pela vitória!
E aí cada um vai contar de um jeito… Eu já não consigo lembrar como foi, mas lembro que na hora percebi a coincidência de um equatoriano, Brayan Angulo ter feito o gol da virada…
O que mais havia pra fazer se não curtir a festa da torcida local? Fui lembrar da câmera já na hora de ir embora…
Um último resgitro em frente à Vila Belmiro e voltemos ao ABC!