O museu do futebol

Bom, entre uma camisa e outra, vale a pena umas notícias de futebol né?

Estádio do Pacaembu - Museu do futebol

Ontem, finalmente consegui ir conhecer o Museu do Futebol, feito embaixo das arquibancadas do Pacaembú.

Confesso que me surpreendeu. Não pelo acervo, que achei até um pouco fraco, mas pela estrutura e tecnologia envolvidos. Quem gosta da história do futebol no Brasil não pode perder, há um acervo de fotos emocionante (tentei fotografar, mas ficou ruim, eu sei, é que mesmo sem usar o flash, o reflexo dos quadros atrapalha, tem que ir e ver ao vivo hehe).

Museu do futebol

Por enquanto está acontecendo no salão de Exposições temporárias uma mostra de artigos do Pelé chamada “As marcas do rei”, que rendeu belas camisas do jogador que estão expostas pelo Memorial, como as duas abaixo:

A dica é ir de quinta feira, pois o ingresso é gratuito. Além disso, vá com tempo, eu e minha namorada ficamos por lá por mais de 2 horas, e não deu tempo de ver e se divertir com tudo porque o Memorial fecha pontualmente as 18hs. E tem muita coisa pra ver e interagir: fotos, vídeos, jogos interativos, penalty em goleiro virtual, arquivos de som, fichas técnicas… enfim….é um passeio completo.

Dica 2: se for bater o penalty no goleiro virtual, fala pro cara tirar a bola do buraco, ou o chute vai sair uma droga e será chamado de perna-de-pau. Finalizo com a bela imagem da controversa seleção brasileira de 1934. Ah, e antes que me esqueça, o site do Memorial é www.museudofutebol.org.br/

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5- Camisa do País de Gales

A 5a camisa é a da Seleção Galesa de futebol, famosa no Brasil por ter levado o primeiro gol do Pelé, na Copa de 58. Na época o atacante santista tinha apenas 17 anos e seu gol ajudou o Brasil a eliminar os galeses nas quartas de final, ficando assim em 5o lugar. Parece a do Brasil não é? A principal diferença é a gola mais grossa, com um ar old school. Não sei porque, mas parece me que eles mudaram para uma camisa vermelha São conhecidos como os “Dragões” devido à sua bandeira.

Abaixo, seu belo hino, conhecido de poucas pessoas: Terra de meus Pais Tenho carinho pela antiga terra de meus pais, Terra de poetas e cantores, homens famosos de renome; Os seus bravos guerreiros, grandiosos patriotas, Deram o seu sangue pela liberdade.
Nação, Nação, Defendo a minha nação.
Enquanto o mar guarda a pura e muito amada região,
Possa a antiga língua perdurar.
Antiga Gales montanhosa, paraíso do Bardo, Cada vale, cada montanha é bela para mim. Pelo sentimento patriótico, são delícias os murmúrios Das suas torrentes e rios para mim. Se o inimigo subjuga a minha terra sob os seus pés, A antiga língua galesa está viva como nunca. A musa não foi calada pela repugante mão da traição, Nem a melodiosa harpa do meu país. Atualmente disputam uma das 13 vagas destinada à Europa para Copa do Mundo de 2010. Salvar]]>

4- Camisa da Tuna Luso

A 4a camisa do blog veio com o grande amigo “Guilhermão”, que foi até o Pará, visitar a terra natal de sua esposa e me trouxe de presente (tudo bem que tive que pagar… hehehe). Aliás, ele também me conseguiu a camisa do SER Juventude de Primavera do Leste-MS. Valeu, Gui!

O time dono da bela camisa é o Tuna Luso, considerado a terceira força do futebol paraense.

Já é um clube centenário, fundado em 1903, por caxeiros portugueses, com objetivo de divulgar e eternizar a cultura portuguesa, principalmente a música (Tuna era o nome que os agrupamentos estudantis recebiam, e estavam sempre ligados a produção artística, principalmente a música e poesia). O uniforme tem como característica marcante do uniforme a faixa que divide a camisa na diagonal (como a do Vasco, da Ponte, entre outros), e o uniforme for o branco, a faixa é verde, e vice-e-versa. Campeões da série B do brasileirão em 1985, numa inesquecível festa para sua torcida! Em 1992, novo título, desta vez da série C (onde o filho chora e a mãe não ouve). O Tuna Luso já levantou 10 vezes a taça estadual, mas segue sem ser campeã Paraense, desde 1988, sendo que em 2007, chegou ao vice campeonato. Seu estádio é o Francisco Vasques, conhecido como “Souza”, com capacidade para 5.000 cruz-maltinos (como são chamados seus torcedores). Entretanto é comum disputar partidas no Estádio Olímpico do Pará, onde cabem 46.000 pessoas.

Sua torcida exerce um apoio forte não só no campo, mas também fora dele, prova disso são os sites http://atat-pa.blogspot.com/ e http://www.tunaluso.net/ ambos desenvolvidos por torcedores para divulgar o clube, já que o site oficial segue em construção até o momento. Seu mascote é a águia, e uma de suas representações que vi, foi feita pelo grande ilustrador Juarez Corrêa, responsável por vários mascotes do Brasil.

Pra finalizar, que tal chorar um pouco com a torcida da Tuna Luso?

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2a e 3a: Camisa da Bolívia e Camisa do Oriente Petrolero

As camisas do 2o e 3o time, foram obtidas num mesmo lugar, a Feira Boliviana da Kantuta, que ocorre a todo domingo, no bairro do Pari.

Uma é a camisa da seleção Boliviana, time do eterno craque Marco Antonio “El Diablo” Etcheverry, que já pendurou as chuteiras. Para quem não lembra, a Bolívia foi campeã da Copa América em 1963, e vice em 1997 (quando perdeu para o Brasil). Atualmente luta pra não ficar de fora da Copa do Mundo da África de 2010, afinal, já está desde a Copa de 94, sem participar do mundial. Mais informações sobre a Federação Boliviana de Futebol acesse: www.pla.net.py/csf/asociaciones/fbf.html A outra camisa é do Oriente Petroleiro, que eu considero uma das mais belas camisetas de futebol. O time, que tem 53 anos de existência, nasceu no bairro homônimo, formado por trabalhadores da indústria petroleira local (YPFB – Yacimentos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), em Santa Cruz de La Sierra. Inicialmente seu unifromes eram amarelos, só a partir da década de 60 adotou o verde como cor oficial, tornando-se a equipe “Alviverde de Santa Cruz”. Em 71, o Santos de Pelé foi até a Bolívia enfrentar o Petrolero em um amistosos que acabou 4×3 para os santistas. Possui várias “barras” (torcidas), alguns links: www.mafiaverdepts.tk, www.lapesadapte.com, www.orienteblog.com. O site do Oriente Petrolero é www.orientepetrolero.com.bo e abaixo, seu mascote, um papagaio que lembra o Zé Carioca. Orientito, o mascote do Oriente Petrolero Vale dizer que na feira boliviana, além de conseguir as camisetas, ainda aproveitei pra experimentar vários pratos típicos, de tapiocas à bolos e tortas, passando por um creme que me esqueci o nome que mistura mandioca e queijo derretido. Diversão futebolística, cultural e gastronômica. Fica na praça Kanuta, próxima do metrô Bom Retiro, e vai das 11 às 19hs , todos os domingos.

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1- Camisa do Santo André

Distintivo do EC Santo André

Bom, começo este blog, do jeito mais natural possível, mostrando a camisa (no caso as camisas) do time do meu coração, o E.C. Santo André.

Essa é a de 2020:

Camisa do EC SAnto André 2020

A cidade de Santo André sempre teve excelentes equipes de futebol amador e também equipes profissionais como o Corinthians da Vila Alzira e o 1º de Maio, mas no final dos anos 60, existia espaço para um clube que representasse a cidade como um todo, e voltasse a disputar competições oficiais.

Corinthians de Santo André
Primeiro de Maio FC

É aí, em 18 de setembro de 1967 nasce o Santo André Futebol Clube (primeiro nome do clube), como clube profissional, candidato à disputa do Campeonato da Federação Paulista de Futebol.

Santo André FC

A ideia era disputar com outras fortes equipes das demais cidades do estado que vinham despontando como Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e outras cidades.
E tudo começou com conversas na Liga de Futebol da cidade, presidida então por Wigand Rodrigues dos Santos.

Wigand Rodrigues dos Santos

O uniforme era bem diferente dos atuais:

Santo André FC

Um importante site que tem levantado há décadas materiais sobre o Santo André é o Ramalhonautas. Essa verdadeira pérola, veio de lá:

Santo André FC

Em 72, o time jogaria com um outro uniforme, que foi inaugurado em 11/1971, num amistoso contra o Santos de Carlos Alberto Torres, que terminou 2×1 pro Santo André.
A imagem abaixo foi disponibilizada pelo torcedor Roberto Costa com a colaboração de Alexandre Bachega e do próprio presidente do clube Sidnei Riquetto.

Santo André FC 1972

A partir de 1974, o time passou a chamar-se Esporte Clube Santo André, numa manobra para se esquivar de dívidas adquiridas até então. Nessa época, o time chegou a jogar de vermelho!!!
Isso porque em uma partida amistosa, o distintivo do Ramalhão ainda não estava pronto, então ele jogou com os uniformes da Associação Atlética São Justo!

Santo André com uniforme da Associação Atlética S!ão Justo

Depois, já com um novo, mas também provisório, brasão, foi campeão da intermediária de 1975!

Distintivo Santo André

Esse foi o time campeão, e podemos ver que também foram trocadas as cores do uniforme. O verde e amarelo deu lugar ao azul e branco.

EC Santo André campeão 1975
EC Santo André campeão 1975

Olha a camisa daquele ano:

camisa do EC Santo André campeão 1975

Aqui, Marrom, Lincon Valêncio, Luiz Gaúcho e o Muró:

Santo André FC

E a festa da galera celebrando o título!

torcida do EC Santo André campeão 1975

E como era a torcida em campo? Já se podia ver duas organizadas: a “Ramachões e Ramalhetes” e a Torcida Jovem!

Ramachões e Ramalhetes
Torcida Jovem - Santo André

Em seguida, viria o novo distintivo, super polêmico, visto que o criador do brasão da cidade achava que o clube não poderia ter um símbolo tão similar:

Em 1981, o time sagrou-se campeão da Divisão Intermediária:

Olha só alguns dos craques que já vestiram a camisa ramalhina, a começar por Luís Pereira:

Luís Pereira - Santo André

Até o mestre Ademir da Guia já vestiu a camisa do Santo André, em uma partida amistosa:

Ademir da Guia no Santo André

Até o Marcelinho Carioca chegou a jogar no Ramalhão:

Marcelinho Carioca - Santo André

A torcida do Ramalhão, sempre se fez presente! Destaque para a TUDA, principal torcida dos anos 80:

Aqui, o time que marcou a memória da torcida, na década de 90:

Uma torcida que marcou presença nos anos 90 foi a Comando Azul (que por uma infeliz coincidência é nome da torcida do São Caetano, atualmente):

Torcida Comando Azul - Santo André

Em 2003, o Ramalhão foi campeão da copa Paulista de Futebol Jr:

EC SAnto André - Campeão da Copa SÃo Paulo de Futeol Jr 2003

O time teve seu maior momento com a conquista do campeonato da Copa do Brasil de 2004, que deu lhe acesso a libertadores de América do ano seguinte.

EC SAnto André 2004

A banda Visitantes fez uma música e clipe para eternizar o título:

E existe ainda um documentário em homenagem a este feito:

Com o título, o distintivo ganha uma estrela:

A partir daí viriam novos grandes momentos, como o título de campeão paulista da série A2 de 2008, a participação na série A de 2009.

EC Santo André - 2009

A maior torcida do Ramalhão atualmente é a Fúria Andreense:

Fúria Andreense
Fúria Andreense
Fúria Andreense

Esse, o esquadrão de 2019, pentacampeão da série A2:

EC Santo André 2019

O “Ramalhão” (como é chamado pela sua apaixonada torcida) manda seus jogos no Estádio Municipal Bruno José Daniel, em Santo André, com capacidade para 15.157 torcedores.

Veja um pouco do processo de construção:

Estádio Bruno José Daniel
Estádio Bruno José Daniel
Estádio Bruno José Daniel
Estádio Bruno José Daniel
Estádio Bruno José Daniel
Estádio Bruno José Daniel
Estádio Bruno José Daniel

Mas o estádio acabou sendo parcialmente destruído durante a gestão do Prefeito Aidan…

Estádio Bruno José Daniel destruído
Estádio Bruno José Daniel

Chegamos a ter jogos com o estádio parcialmente destruídos, vejam esse momento mágico narrado pelo já falecido amigo Marcelo Bellotti:

Tempos depois, ele pelo menos voltou a ter arquibancadas do outro lado, mas ainda descobertas.

Estádio Bruno José Daniel reconstruído

As cores do seu uniforme são azul e branco, com uma terceira opção em amarelo. O site do clube é www.ecsantoandre.com.br.

Pra ouvir o hino numa versão mais punk, basta clicar aqui e abrir o link:

Seu mascote, que rendeu o apelido ao time, é o Ramalhão, uma citação direta a João Ramalho, português misterioso que morou pela região e deu origem à cidade.

Ramalhão - O mascote

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A lenda das mil camisas

Mil clãs A maioria das pessoas acha que o futebol é apenas um esporte popular o suficiente para garantir às agremiações futebolísticas (os “times”) mais do que fãs, torcedores. Pessoas que por um motivo ou outro escolhem um time e o defenderão eternamente perante o mundo. Eu também vivencio isso, mas acredito numa visão um pouco diferente. Acho que o futebol tem uma complexidade maior, que envolve várias áreas da sociedade. Tem relação com a saúde e lazer? Tem. (Que legal!) Com política? Tem (xi…). E com amizade? Tem também. Assim como tem a ver com inimizade e violência. Ou seja, nem herói, nem vilão. O futebol está paralelo aos conceitos de certo ou errado. É uma espécie de divindade que explica o mundo por si só. Mas essa explicação não está explícita a qualquer mortal. Na verdade ninguém até hoje conseguiu chegar a ela. Para descobrir essa verdade máxima, iniciei uma missão, com base numa lenda antiga que nasceu na China do século 3 antes de nossa era, na época da dinastia de Han, quando o “pré futebol” era chamado de TSUH KUH.. Foi escrita em um livro militar secreto, de maneira subliminar, onde era descrito um exercício que daria origem ao futebol, e chegou ao Brasil somente na década de 40 junto de um mestre de Kung fu e dizia: A verdade sobre os poderes do Tsuh Kuh somente fará sentido quando não 11, ou 100, mas 1.000 mantos de clãs diferentes forem reunidos sem guerras e sem competição. Somente pelo amor ao Tsuh Kuh E é assim que inicio essa missão de reunir 1.000 camisetas de times de futebol em busca de tal conhecimento. Caso queira colaborar, deixe um comentário com seus dados que entro em contato. Abraços e boa sorte! Salvar Salvar]]>