A 51ª Camisa de Futebol pertence ao Esporte Clube Novo Hamburgo, um clube que representa a tradicional cidade de Novo Hamburgo, destino de tantos imigrantes que rumaram para o Rio Grande do Sul, no passado.
As cores do time são o branco e o azul anil, por isso o time é chamado por muitos de Anilado.
As margens de completar 100 anos (escrevo em 2009), tendo passado por tantas lutas, o Novo Hamburgo orgulha-se de nunca ter fechado as portas do futebol, conquistando assim destaque e respeito entre torcedores e até rivais.
O times foi fundado em 1911, durante as comemorações do feriado de 1º de maio.
Funcionários da Fábrica de Calçados Sul-Riograndense montaram um time para a ocasão e lançaram ali a semente do Esporte Clube Novo Horizonte.
Cogitou-se chamar o time de “Adams Futebol Clube“, em homenagem a Pedro Adams Filho, dono da fábrica, mas preferiu-se um nome que mostrasse a força e a relação com a região onde surgia a equipe.
A memória dos primeiros anos do time se mistura com a lembrança de uma época de um futebol romântico, cheio de histórias sobre amor à camisa e à cidade acima de tudo.
O apelido do time é “Nóia!” e é tão antigo quanto o próprio time e sua explicação é que ele vem da abreviação de “Novo Hamburgo”, misturado ao sotaque alemão.
Seu maior rival na época era o Esperança EC.
Em 1937, venceu o Campeonato Metropolitano, derrotando entre outros adversários, o Nacional, Renner, São José, Cruzeiro, Força e Luz, entre outras equipes.
Devido à Segunda Guerra Mundial o clube mudou seu nome para Esporte Clube Floriano. O nome Novo Hamburgo só voltaria no ano de 1968.
A década de 40 trouxe dois vice camperonatos estaduais ao clube. Um, em 1942 e outro em 1947.
Aliás, em 1947, o Nóia fez história e chegou a final do Campeonato Gaúcho enfrentando uma das maiores equipes formadas pelo Internacional, conhecida como “Rolo Compressor”.
A decisão teve um lance curioso. Aos 43 minutos do segundo tempo, o árbitro Miguel Sallabery assinalou um pênalti para o Internacional que somente ele viu, mas a penalidade não pôde ser batida porque a torcida anilada não permitiu a cobrança. O penalty só foi batido na outra semana, garantindo a vitória do colorado por 0x1.
No jogo de volta, em Porto Alegre, o Novo Hamburgo venceu o tempo normal por 1 x 2, mas perdeu a prorrogação por 1×0.
Até a década de 50, o Novo Hamburgo mandou seus jogos no Estádio do Taquaral.
Em 1952 o time fez um excelente campéonato liderando um quadrangular histórico, formado por Grêmio, Inter e Pelotas .
O time mandou seus jogos no Estádio Santa Rosa, com capacidade para 13.000 pessoas. Esse estádio acabou vendido para o Centro Universitário Feevale:
Atualmente, manda seus jogois no Estádio do Vale, ainda em obras e com capacidade momentânea para 4.000 torcedores:
Para ver fotos atuais, leia o post que escrevi na visita ao estádio!
O time foi considerado por muito tempo como a terceira força do estado. A cidade prosperava graças a indústria dos calçados e por causa delas, o mascote do Novo Hamburgo é o… Sapato!!
Atualmente os maiores rivais são o Aimoré, com quem faz o “Clássico do Vale” e o 15 de Novembro de Campo Bom (cidade vizinha).
Infelizmente, assim como ocorreu em várias cidades do Brasil, Novo Hamburgo cresceu, o mundo mudou e para desespero dos apaixonados pelo futebol a proximidade com a capital gaúcha, roubou as atenções socias, culturais e esportivas, algo muito parecido com o que ocorreu na região onde vivo, o ABC.
Aos poucos, a cultura germânica, predominante da cidade deu lugar à cultura “moderna” da grande cidade e é cada vez maior o número de torcedores que moram em Novo Hamburgo e torcem para Inter ou Grêmio.
O principal jornal do estado gaúcho cobre os dois times da capital e exlcui de suas páginas os times de outras cidades. Sem o apoio da sua imprensa, os investimentos começam a diminuir.
E é nesse triste cenário que o sobrevive, com alma guerreira revertendo as adversidades que lhe são impostas dentro e fora de campo.
Heroicamente ainda existe gente que crê na volta do Novo Hamburgo, transformando a cidade em terra anilada novamente.
Ainda assim, existem muitas organizadas em torno do time, como a Fogo Anil (www.fogoanil.blogspot.com/), Mancha Anil, Geral do Nóia, Barra Anilada, entre outras.
O time conta com um canal no youtube divulgando seus vídeos, veja em: www.youtube.com/ECNovoHamburgo .
Das conquistas recentes, fica o sabor da Festa no jogo final da Copa Emídio Perondi2005, onde o Nóia venceu o Brasil por 3 a zero.
E a conquista da Copa RS com o empate em cima do Ulbra, confira o gol:
Para maiores informações, o site oficial do time é www.ecnh.com.br/, e o blog da torcida fogo anil é www.fogoanil.blogspot.com/
Para terminar, que tal curtir um pouco da arquibancada com o pessoal da Torcida Fogo Anil?
Setembro de 2009. Com o sol nos animando, seguimos para o litoral sul buscando um pouco de descanso e um rolê tranquilo. Domingo (6 de setembro) o Santo André jogaria em casa contra o Atlético MG, ou seja, nossa viagem tinha data de volta já acertada. Sábado, tivemos um dia perfeito, com sol, praia, caminhada e corrida, trilhas, comida gostosa na beira do Rio Itanhaém, mas… Faltava algo… Já que estávamos ali, por quê não visitar um estádio ainda desconhecido? E lá fomos nós, para Mongaguá conhecer o Estádio Silvano Ribeiro Diroz.
Quem já foi para o litoral sul de São Paulo (Mongaguá, Itanhaém ou Peruíbe), com certeza já passou em frente ele, afinal o Estádio fica na beira da estrada Padre Manoel da Nóbrega.
Eu achei que o Estádio estivesse abandonado há alguns anos, mas para minha surpresa uma partida estava sendo disputada.
O time mandante era o tradicional o “Mongaguá Praia Clube“, fundado em 26 de março de 1946, na época com o nome de “Praia Grande FC” (até 1959, quando foi emancipado, Mongaguá, pertencia à Praia Grande), como mostra o Jornal de Santos, de 1969:
Somente em 1991, o time adotou o nome de Mongaguá Praia Clube.
O time é conhecido como “Praia” e já conquistou o campeonato municipal da 1ª Divisão por 10 vezes, além de ter levantado o título da Série Padre José de Anchieta (Litoral) do Campeonato Amador do Interior por 3 vezes (65/66/67), ainda com o nome de Praia Grande. Aqui, matéria do Jornal A Tribuna de 1965, falando da final daquele ano contra o São Paulo de Itanhaém:
E aqui, o time campeão daquele ano:
Por uma outra matéria, fica registrado que a torcida do time comparecia!
Matéria falando da final (que pelo visto teve encrenca hehehe):
O Jornal de Santos de 1968 cita uma homenagem aos campeões de 1967:
Ok, o campo tem seus buracos, falta grama aqui e acolá, mas lembre que se trata de um Estádio para o futebol amador, de uma cidade litorânea, que sequer possui um time profissional, ou seja… Excelente!
Eu e a Mari, como sempre, não resistimos a eternizar nossa passagem por mais um templo perdido do futebol nesse Brasil tão grande e tiramos uma foto nossa em frente à cancha…
A Mari me chamou a atenção para a faixa colocada na frente do estádio convocando os jovens para participar do time. Depois, já em casa, comentei com meu pai sobre como falta a essa região do litoral um clube disputando a série B do Paulista.
Ao fundo do campo, o belo morro que esconde índios, rios e muitas lendas que correm por Mongaguá e pelo litoral. O Estádio Silvano Ribeiro Diroz fica no bairro Pedreira, e tem capacidade para 3.300 torcedores e possui sistema de iluminação.
E já começando a dar o ar da graça a Neblina, anunciando o frio e a chuva que chegaria à região, no dia seguinte.
E seguindo os passos dos amigos fotógrafos, agora eu comecei a buscar ângulos diferentes de arquibancadas…E deu nisso:
Ah, o prazer de estar em um estádio pela primeira vez e ainda poder acompanhar ao fundo uma partida da equipe local… Não tem comparação, é quase que uma coleção de imagens e momentos que ficam em minha mente e que tento reproduzir e compartilhar com vocês aqui no blog.
Um último olhar no estádio, no campo, no jogo… E até uma próxima vez!
Aqui, o time de 2022 (da fanpage do Jornal Bola na Rede) que conquistou a 1ªdivisão do amador da cidade:
Voltei para Itanhaém, e depois para Santo André, onde acompanhei a derrota do Ramalhão para o Galo. Boa sorte ao Mongaguá Praia Clube, espero ver o time no profissionalismo um dia.
Quase um ano de blog e chego à camisa de futebol de número 50, o que me faz pensar que 5% da missão já foi cumprida. Se tudo continuar assim, é meu triste dever informar que em meados de 2029 eu devo finalizar este blog. Só nos resta torcer para até lá ainda existir o futebol a internet, o wordpress, eu e você… Enquanto esse dia não chega, vamos à Camisa de Futebol de número 50, que é do Rio Branco de Americana, uma camisa antiga, e que chegou a ser usada por um atleta. Ela é de algodão, daqueles modelos antigos.
Essa camisa foi presente do amigo Gabriel Uchida, editor do Foto Torcida com várias fotos legais das bancadas. A camisa é do começo dos anos 80 e foi do tio dele, chamado Henry, que jogou no clube no final dos anos 70. O tio teria começado jogando em MG, SP, RJ e Portugal. Em Minas, teria jogado no Atlético, no início dos anos 80, com Toninho Cerezo, Reinaldo, Palhinha, entre outros. Por coincidência, ele é o segundo Gabriel que me dá uma camisa de presente, veja qual foi o primeiro aqui.
Mas falando do time, o Rio Branco Esporte Clube defende o futebol da cidade de Americana (interior de São Paulo) desde o dia 4 de Agosto de 1913, quando foi fundado por João Truzzi e sua trupe.
O time nasceu com o nome de Sport Club Arromba (em referência às comemorações das vitórias), mas já em 1917 passou para Rio Branco Football Club (em homenagem ao Barão do Rio Branco), como se vê no uniforme abaixo:
Em 1961, adotou o nome atual: Rio Branco Esporte Clube.
Já nos anos 20 o clube conquistou os títulos de campeão da Região e campeão da Zona Paulista, além do bicampeonato do Interior, que permitiu a disputa do título estadual com o Corinthians, resultando em dois vice-campeonatos.
O final da década de 40 trouxe o desligamento do clube do profissionalismo, e só retornou em 1979, graças à fusão entre com o Americana Esporte Clube.
Desde então, o clube tem disputado os campeonatos profissionais, chegando à 1ª Divisão do Futebol Paulista em 1990, com o vice-campeonato da Divisão Intermediário.
O início da década de 90 foi de muita alegria para o clube e sua torcida, sendo que em 1993 a equipe chegou a disputar o octogonal final do Paulistão, terminando em sexto lugar.
O Rio Branco revelou vários jogadores como Marcelinho Paraíba, Flávio Conceição, Mineiro, Macedo, Marcos Senna, Sandro Hiroshi, Souza, entre outros.
Depois de vários anos disputando a série A1 do Paulistão, em 2007 o Rio Branco caiu para a série A2 do Campeonato Paulista, conquistando o acesso novamente este ano (2009).
O mascote do Rio Branco é o Tigre por causa dos instintos deste animal.
A idéia do estádio do Rio Branco nasceu em 1920, quando foram emitidas ações para juntar verba para a construção do projeto. Entretanto somente mais de 50 anos depois, em 1971 é que surgiu o “Riobrancão”, que a partir de 81 passou a ser chamado “Décio Vitta”, em homenagem ao ex-presidente da diretoria do clube.
O maior rival do Rio Branco é o União Agrícola Barbarense, da cidade vizinha de Santa Bárbara d’Oeste.
Mas o Rio Branco também já duelou com times internacionais, em 1993 num amistoso contra o Fenerbahce, onde venceu por 2×0, em 1997 e num jogo treino contra a seleçao da China, onde fez 5×1.
Assim, sigo minha sina buscando os estádios por perdidos por este mundo, cada dia mais legal. Nossa missão desta vez nos leva a pequena cidade Mineira de Cabo Verde…
Ok, confesso que eu nunca tinha ouvido falar de Cabo Verde (a não ser do país homônimo), mas nunca duvidei que tivesse seu estádio, e após alguns minutos atravessando a cidade, que é bem pequena como pode se ver abaixo), chegamos ao Estádio.
O Estádio Municipal Dr. Antônio de Souza Melo, tem um apelido no mínimo curioso: “Brinco de Ouro da Praia Formosa“.
Isso porque já no início do século XX (1923) já se reuniam multidões em torno do campo da”Praia da formosa”, às margens do Rio Verde.
Essa era a seleção da cidade (foto do livro “A freguesia de Nossa Senhora de Assunção de Cabo Verde” de Adilson Carvalho):
Essa e outras fotos e muitas histórias sobre a cidade você encontra no site do Milton Neves, confira clicando aqui.
De qualquer modo, o Estádio é acolhedor e muito bonito, como podem ver:
O Estádio é guardado por um caseiro que mostrou-se muito orgulhoso em ser o guardião da fortaleza.
Além disso foi bem bacana em nos deixar entrar e bater umas fotos de dentro. Fui besta, devia ter tirado uma foto dele, o cara tinha várias histórias legais.
Segundo ele, o time local é muito bom, e ficou uma boa série de jogos sem perder em casa. Fiz questão de sair na foto para registrar minha aventura no histórico Estádio.
É um Estádio pequeno, mas merece todo respeito. Batalhas locais são tão importantes quanto grandes clássicos.
A Mari também fez questão de sair, afinal, sem ela eu não estaria fazendo essas viagens malucas em busca de Estádios que poucas pessoas conhecem
E é isso, pessoal. Essa semana devo postar mais uma nova camisa para tentar chegar às 1.000.
Após tantos posts sobre camisas da Europa, já estava com saudades de falar de um time bem brasileiro! E por isso, a 49a Camisa de Futebol pertence ao glorioso Santa Cruz Futebol Clube, clube da bela cidade de Recife (PE).
Fundado no dia 3 de fevereiro de 1914, por um grupo de jovens, o nome do time é uma homenagem à Igreja de Santa Cruz, em cujo pátio costumavam jogar, já que naquela época não existiam campos.
Possui enorme rivalidade com outros dois clubes que já passaram pelo nosso blog. São eles, o Sport , com quem faz o “Clássico das Multidões” e com o Náutico, com quem disputa o “Clássico das Emoções”.
Possui um grande número de conquistas estaduais. Até 2009 são 24 títulos.
Mas, assim como tantos times que já passaram aqui pelo blog, o Santa Cruz tem seus altos e baixos, desde o princípio. Aliás, para mim, o que faz um clube ser respeitado é exatamente sobreviver aos maus momentos.
O Santa sempre foi polêmico, contestador.
Desde cedo, possuía em seu elenco jogadores negros, o primeiro deles, ainda no início do século XX, foi Teófilo Batista de Carvalho, o “Lacraia”.
Hoje parece sem sentido, mas era uma coisa rara naquela época. Por esta e outras atitudes do clube, o Santa foi se tornando cada vez mais popular.
E para caber toda essa gente, na década de 1970 foi inaugurado o Estádio “José do Rego Maciel”, ou “Repúblicas Independentes do Arruda” e daí “Arrudão”.
Estivemos por lá em 2022 para conhecer essa maravilha de perto! Confira aqui o post.
A partida inaugural do Arruda ocorreu em 1972, contra o Flamengo (RJ), terminando em um empate sem gols diante de 47.688 pagantes.
Hoje, o Arruda é um grande aliado do time, com sua torcida marcando presença, independente da colocação do time, nas tabelas.
Em 1975, o Santa chegou a semifinal do Campeonato Brasileiro depois de ter eliminado o Palmeiras (na época a “Academia”) e o Flamengo, em etapas anteriores. Perdeu a vaga para a final para o Cruzeiro, em jogo marcado pelos erros de arbitragem do famoso Armando Marques. Abaixo a foto do time da época, retirada do excelente blog: www.blogdosantinha.com .
Seu mascote é a cobra coral, com as já imortais cores do time, mas vale lembrar, que o Santa Cruz nasceu alvi-negro, só adotando depois o vermelho para se diferenciar de seu rival local da época, o Flamengo.
Se por um lado o time está sempre na briga pelo título estadual, o mesmo não pode ser dito sobre o torneio nacional, prova de que também no futebol, existem reflexos da desigualdade social entre as regiões do nosso país.
Após uma boa participação nas décadas de 70 e 80, o Santa Cruz passou um tempo na Segundona e só em 1999 a torcida coral pode comemorar o retorno à Série A do Brasileirão, com o Vice-campeonato da Segundona.
Outro acesso memorável à série A, aconteceu em 2005, quando o time terminou como Vice-campeão da competição.
Entretanto, em 2006 começou um novo calvário para time e torcedores. Na série A do Brasileiro, o Santa acabou rebaixado para a Série B novamente.
Em 2007 , além de não ir bem no Campeonato Pernambucano e ser eliminado na primeira fase da Copa do Brasil, teve uma campanha pífia na série B, levando o clube para a Terceira Divisão do Brasileiro de 2008.
Em 2008, novamente foi eliminado da Copa do Brasil, na primeira fase, e teve de disputar o Hexagonal da Morte do Campeonato Pernambucano, para se livrar do rebaixamento estadual. Na Série C, sua última chance do ano para se recuperar, fez o impensável… Foi rebaixado para a então criada série D, que inauguraria-se em 2009.
O Santa Cruz disputou em 2009 a recém-criada Série D, mas não passou da primeira fase, ou seja, futebol agora, só em 2010 (e escrevo isso ainda em julho).
Veja um pouco da história do clube no vídeo feito em homenagem aos 95 anos do Santa Cruz.
É sem dúvida uma das fases mais complicadas do clube, que entretanto consegue contar com sua torcida apoiando não só nos estádios, como fora deles, criando associações e buscando métodos para ajudar o clube do coração.
Veja um pouco da torcida do Santa em ação:
O site do clube é: www.coralnet.com.br
Além disso existem vários blogs e outros sites que merecem destaque, como o www.loucospelosanta.com.br e o já citado www.blogdosantinha.com.
Boa sorte, Santa Cruz!
29 de agosto de 2009. Já que na sexta feira tínhamos curtido um rolê na minha área, o ABC, assistindo ao jogo do PalestraSão Bernardo contra o Desportivo Brasil (veja aqui), nada mais justo que retribuir a gentileza e ir assistir a um jogo da Segundona na área da Mari, no sábado. O jogo escolhido foi Paulínia FC x CAL Bariri, no bonito Estádio Luís Perissinoto, a casa do Paulínia, com capacidade de 5 mil pessoas.
O Estádio possui 2 lances de arquibancadas e até uma modesta tribuna de honra. O gramado é muito bom, principalmente se levarmos em conta que o time ainda está disputando a 4ª divisão estadual, ótimo para quem escolheu assistir o embate entre o Paulínia FC e o CAL Bariri.
Este é o segundo ano do Paulínia como profissional no Campeonato Paulista e pelo que eu ouvi, o time conta com um bom apoio da prefeitura (vale lembrar que há uma grande refinadora de petróleo na cidade que gera grandes receitas ao prefeito). O site do time é www.pauliniafc.com.br .
Qualquer um que já tenha jogado futebol (ainda vou postar as camisas dos dois times por onde passei, “Garotos Podres” e “Autônomos”), imagina como devem ter sofrido os atletas que jogaram às 15hs da tarde com um sol escaldante. Na arquibancada da torcida local não havia uma sombra sequer… Tanto que no segundo tempo, por uma questão quase de saúde, foi liberado o acesso a arquibancada dos visitantes, pega sombra o tempo todo.
Só ao chegar em casa soube que o pessoal do “Jogos Perdidos“, de quem sou fã, também estiveram no jogo.
Destaque para a pastelaria embaixo da arquibancada. Pena que pra ver um jogo as 15 hs eu já tinha saído almoçado.
O Placar é um daqueles tradicionais, com os números trocados pelo plaqueiro.
Literalmente sol de rachar concreto, retratado na lente poética do fotógrafo boleiro…
Dava pra ver pela nossa cara que o calor estava insuportável né? Mas quem disse que a gente foi pro outro lado. Ficamos ali, com a arquibancada só pra nós enquanto o Paulínia sofria pra vencer o jogo.
Ah, outro detalhe interessante do estádio é a entrada escondida dentro de um estacionamento que te leva a um túnel que parece aqueles de acesso ao vestiário. Olha que legal é a visão, detalhe para os policiais no “fim do túnel”.
O jogo era contra o C.A.L. Bariri, time que joga de azul, e que vinha bem nas fases anteriores da competição.
Mas, jogando em casa, o Paulínia fez valer a força do mando e com um gol no final do jogo, venceu a partida por 3×2 e se recuperou na competição. Confira os comentários sobre o jogo em si no próprio site do time, neste link. Na hora de ir embora, pude comprovar exatamente o calor que sentíamos. 35º.
Mas acredite. Faça chuva ou sol, é sempre um enorme prazer conhecer um novo estádio e assistir a uma partida das divisões intermediárias do campeonato paulista.
28 de agosto de 2009. Bom, eu sei que muitas pessoas têm a sexta feira como dia sagrado. Dia não, noite. É tempo de sair, encontrar os amigos num lugar legal, bater papo, rir das coisas que nos cercam e, enfim, esquecer de tantos problemas do dia a dia e se divertir. Eu também sou assim. Por isso, sexta feira às 19:30hs, lá estavam eu, Mari (que me faz cada dia mais apaixonado topando esses rolês) e o Gui, editor do Expulsos de Campo. Lá onde? Em pleno Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco, popularmente conhecido como “Baetão“, em São Bernardo do Campo, para assistir Palestra SBC x Desportivo Brasil de Porto Feliz (time da Traffic).
O principal detalhe do Baetão é que a grama é artificial, não me lembro de outro campo com este detalhe. O time do Palestra voltou às atividades este ano, conforme mostramos aqui e conta com uma parceria com o time do Santo André, que emprestou boa parte do elenco, além do técnico, o grande Sandro Gaúcho.
Assistimos o primeiro tempo da arquibancada, onde fica a Barra “Loucos do Palestra”. Ainda estava frio, principalmente porque a aqruibancada é praticamente no morro do Baeta. Dali, víamos as cadeiras do outro lado.
E pra não dizer que não registramos tudo, fomos ver o segundo tempo nas cadeiras cobertas:
O jogo foi bom, os dois times eram rápidos e possuem armadores habilidosos. Chegou a surpreender a boa qualidade do jogo.
Vale lembrar que a Traffic investe uma boa grana nesse time, e o Palestra conta com a experiência do elenco dos jogadores do Santo André.
Abaixo a torcida em ação:
O jogo terminou 2×2, mantendo os times na liderança do grupo 15, pela terceira fase da Segunda Divisão do Campeonato Paulista. Para maiores detalhes sobre a partida, acesse o Blog do Ademar, que postou sobre o jogo, veja aqui.
Pra quem não teve a oportunidade de ir pessoalmente, ficam aí algumas fotos da Exposição de camisas de Futebol que rolou até domingo (30/agosto).
Estive lá, na semana passada, e pude conferir várias preciosidades do colecionador “Durval Lima”, que segundo me disseram, é daqui da nossa região mesmo.
Meu destaque principal vai para a camisa do Santo André da década de 80, ainda com patrocínio da Firestone.
O evento aconteceu no Mauá Plaza Shopping, e contou com cerca de 60 camisetas. Boa parte delas, autografadas, e pelo que deu pra ver, todas foram utilizadas em campo.
É bom resgatar o passado. Seja com histórias, seja com camisetas de futebol.
“Nós não temos história, é uma vida sem memória, e eu duvido que isso vai mudar…
Falta de Cultura pra cuspir nas estruturas.
Não fosse o Cabral…”
Raul Seixas]]>
Eu tenho uma característica que as vezes se torna um problema.
Quando gosto de algum livro ou personagem, fico louco se não conseguir ter acesso à coleção completa do mesmo. Foi o que aconteceu c0m Eric Castel.
Semanas atrás, mostrei aqui no blog dois quadrinhos que trouxe da Espanha. Um deles, era o primeiro volume do personagem Eric Castel, chamado “Eric Castel ey los Juniors”, de Raymond Reding e Françoise Hugues.
Eric Castel é um personagem fictício, criado na década de 80, e que jogou pelo Barcelona, Inter de Milão e pelo Paris Saint Germain (tudo na ficção, não se esequeça).
Assim que cheguei no Brasil procurei nos sebos e pela internet novas histórias de Castel.
Encontrei o terceiro volume “Tarjeta roja!”, que traz a história de um jogo na Alemanha onde Eric Castel é injustamente expulso.
Eric é aquele jogador que todo torcedor sonha para seu time.
Esforçado, dedicado, boa gente, não mercenário, enfim… Tudo o que a gente espera como torcedor de um atleta.
Mas para achar os demais livros de Eric Castel estou passando por um pesadelo.
Desde que voltei, busco os demais livros dele (acho que no total são uns 16) e … nada.
Pra piorar, eles só foram editados na França, Itália, Espanha e Catalunha.
Se você tiver algum e quiser me vender, escreva para mim!
Münster, cidade no estado federal de Renânia do Norte-Vestfália, considerada um centro cultural da região. Além das várias Faculdades presentes no local, pudemos ver que há coelhos por todos os jardins (e acredite, é impossível pegá-los):
Münster é também uma cidade vítima da 2a guerra, foi praticamente reconstruída, mas como era impossível refazê-la totalmente como era antes, foram levantadas fachadas idênticas aos prédios da época, como pode se ver abaixo: Além da arquitetura riquíssima, o lugar é cheio de histórias.
Ah, e Münster é uma das últimas cidades da Europa a ter um guardião de torre: o trabalho dele é vigiar a cidade à noite. Dizem que na época dos conflitos religiosos, três inimigos foram presosna torre da igreja da foto abaixo, e deixados ali para morrer as vistas da população.
Outro detalhe é que o lugar consegue misturar cultura milenar com várias lojas modernas, oferecendo as últimas tendências de moda e tecnologia.
A Universidade de Münster é a quarta maior e uma das mais antigas da Alemanha, e dá à cidade uma cara jovem já que boa parte da população consiste de estudantes.
Possui também fantásticos cafés e soreveterias…
Só pra ter uma idéia, o prédio abaixo tem quase 200 anos…
Mas vamos ao que esse blog se propõe a mostrar. Futebol! O time da cidade é o SC Preussen Münster1906, um dos membros fundadores da Bundesliga, mas que hoje disputa as divisões regionais intermediárias. O distintivo traz um pássaro negro com a letra “P” em seu peito:
O time usa uniformes verdes, conforme pode se ver na foto do time que disputou o equivalente a 4a divisão da Alemanha:
Fomos até o estádio do time, e infelizmente não consegui adentrar pra ver o gramado e parte de dentro, mas eu e a Mari tiramos algumas fotos em frente a sede do clube:
Nas bilheterias:
E algumas do lado de fora (por cima do muro…):
O estádio em dia de jogo:
Do lado de fora, deu pra encontrar alguns adesivos da torcida local. Aliás, deu pra ver que os “Ultras” também estão presentes em Münster.
E pra quem sabe, taí…
Assim terminam os posts sobre essa viagem para Europa, que me custou muita grana e me endividou por alguns meses, mas que valeu cada centavo não só pelo lado boleiro, mas pela diversão, cultura e tudo que vivi por lá!