O Estádio Engenheiro Araripe, em Cariacica – ES

Mais um rolê em busca de estádios, histórias, amigos e memórias.
Dessa vez, embora frustrado por não poder acompanhar um jogo, fomos conhecer o Estádio da Desportiva Ferroviária de Cariacica, time que tenho ouvido muito falar, nos últimos anos, principalmente pelo amigo e torcedor Thiago Nunes Abikahir.

Cariacica é um município da “Grande Vitória”, mais ou menos como as cidades do ABC em relação a São Paulo.
Você nem percebe que saiu e já está lá.  
O nome da cidade vem da expressão “Cari-jaci-caá”, utilizada pelos índios para identificar o porto onde desembarcavam os imigrantes.
Sua tradução é “chegada do homem branco”.

E assim como no ABC, Cariacica também tem suas quebradas…

Estivemos lá no carnaval de 2013 e pudemos conhecer diversos Estádios da região de Vitória, e um deles foi o Estádio Engenheiro Alencar de Araripe, ou simplesmente Engenheiro Araripe, como é mais conhecido.

Atualmente este é o principal estádio do Espírito Santo, com capacidade para mais de 15 mil torcedores.

Enquanto não se termina o novo Estádio Estadual Kleber Andrade, o Engenheiro Araripe vai se consagrando como casa do futebol capixaba.

O Estádio também está passando por obras e melhorias nas arquibancadas atrás do gol.

Mas nada que interrompa a rotina de receber jogos.
Chegamos numa sexta feira de noite, quase sábado, e no final da tarde o campo já havia recebido mais um jogo da Desportiva Ferroviária.
Um estádio muito bacana, pra calar a boca de quem acha que o Espírito Santo não tem uma cultura futebolística interessante.

O Estádio foi fundado em 1966, e teve sua partida de estreia entre a Desportiva Ferroviária e o América do Rio de Janeiro, jogo vencido pelos cariocas por 3 a 0. Naqueles tempos a capacidade era de cerca de 28.000 torcedores.

O Estádio tem uma parte coberta bem grande e um anel de arquibancada descoberta que envolve todo o campo.

Encontramos uma relação dos jogadores que disputaram a partida da tarde anterior… Resquícios do futebol pré carnaval em terras capixabas…

Pra quem achava que o Espírito Santo não tinha uma cancha forte… Ta aí!

Ficamos satisfeitos pela oportunidade de conhecer esse Estádio e de poder apoiar um dos estados que, na minha opinião, teria que ser muito mais valorizado do que é.

Nesse momento em si, falamos da casa da Desportiva Ferroviária, mas esperamos, dentro da nossa humilde força e alcance, contribuir para o fortalecimento do futebol capixaba.

Vale contar que em 2011, a Desportiva Ferroviária conseguiu adiar o leilão do estádio para pagamento de dívidas acumuladas.

O Engenheiro Araripe recebeu o único jogo oficial da seleção brasileira, no estado do Espírito Santo, em 1996, na vitória contra a Polônia, por 3 a 1.

O estádio foi ainda o local de mando de jogo da Desportiva Ferroviária, no Brasileiro Série B de 1994.
Independente de resultados, a cultura da cidade e região merece seu valor!

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O Estádio Nelson Mendrado Dias, o ‘Estradinha”, a casa do Rio Branco de Paranaguá-PR

No fim de 2008, estivemos em um rolê por Curitiba e da capital paranaense decidimos descer até Paranaguá para conhecer a Estrada da Graciosa e também visitar a histórica cidade de Morretes, mas … Para não perder o costume, decidimos buscar os estádios locais e acabamos encontrando o “Complexo Esportivo Educacional Fernando Charbub Farah“, onde fica localizado o “Estádio Gigante do Itiberê”:

O apelido “Gigante do Itiberê” vem do rio Itiberê, que margeia a cidade e está bem próximo do Estádio.
A capacidade o Gigante é de pouco mais de 12 mil lugares, e foi inaugurado com o jogo entre o Paraná e o Vasco da Gama, uma vez que boa parte dos moradores da cidade são fãs do futebol carioca.

Com todo respeito ao Estádio Municipal, confesso que sempre fico um pouco frustrado quando o estádio não tem um time e por isso, fomos até o Estádio Nelson Mendrado Dias, o ‘Estradinha”, onde o Rio Branco manda seus jogos.

O Rio Branco foi fundado no dia 13 de outubro de 1913, sendo o terceiro clube mais antigo do estado em atividade, atrás apenas do Operário e do Coritiba.
Vi que as vezes, o time manda seus jogos no Gigante do Itiberê, mas tem no Estádio Estradinha, seu alçapão.

O Rio Branco foi campeão da segunda divisão de 1995.

Daqueles estádio com alambrado velho que a qualquer momento vai ceder e permitir à torcida local a invasão. Por isso, os bandeiras procuram não errar muito por ali…

A arquibancada de cimento, com pouca parte coberta marca com sua simples presença a história de tantos torcedores que estiveram ali gritando pelo Rio Branco.

E por um momento, eu faço parte dessa história!

A Mari também não resistiu e eternizou nossa presença em mais um lendário estádio desse Brasil…

O gramado estava bem cuidado, aproveitando as chuvas de verão para se recuperar para o ano que iniciaria. Enfim, mais uma aventura boleira registrada!

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