A 51ª Camisa de Futebol pertence ao Esporte Clube Novo Hamburgo, um clube que representa a tradicional cidade de Novo Hamburgo, destino de tantos imigrantes que rumaram para o Rio Grande do Sul, no passado.
As cores do time são o branco e o azul anil, por isso o time é chamado por muitos de Anilado.
As margens de completar 100 anos (escrevo em 2009), tendo passado por tantas lutas, o Novo Hamburgo orgulha-se de nunca ter fechado as portas do futebol, conquistando assim destaque e respeito entre torcedores e até rivais.
O times foi fundado em 1911, durante as comemorações do feriado de 1º de maio.
Funcionários da Fábrica de Calçados Sul-Riograndense montaram um time para a ocasão e lançaram ali a semente do Esporte Clube Novo Horizonte.
Cogitou-se chamar o time de “Adams Futebol Clube“, em homenagem a Pedro Adams Filho, dono da fábrica, mas preferiu-se um nome que mostrasse a força e a relação com a região onde surgia a equipe.
A memória dos primeiros anos do time se mistura com a lembrança de uma época de um futebol romântico, cheio de histórias sobre amor à camisa e à cidade acima de tudo.
O apelido do time é “Nóia!” e é tão antigo quanto o próprio time e sua explicação é que ele vem da abreviação de “Novo Hamburgo”, misturado ao sotaque alemão.
Seu maior rival na época era o Esperança EC.
Em 1937, venceu o Campeonato Metropolitano, derrotando entre outros adversários, o Nacional, Renner, São José, Cruzeiro, Força e Luz, entre outras equipes.
Devido à Segunda Guerra Mundial o clube mudou seu nome para Esporte Clube Floriano. O nome Novo Hamburgo só voltaria no ano de 1968.
A década de 40 trouxe dois vice camperonatos estaduais ao clube. Um, em 1942 e outro em 1947.
Aliás, em 1947, o Nóia fez história e chegou a final do Campeonato Gaúcho enfrentando uma das maiores equipes formadas pelo Internacional, conhecida como “Rolo Compressor”.
A decisão teve um lance curioso. Aos 43 minutos do segundo tempo, o árbitro Miguel Sallabery assinalou um pênalti para o Internacional que somente ele viu, mas a penalidade não pôde ser batida porque a torcida anilada não permitiu a cobrança. O penalty só foi batido na outra semana, garantindo a vitória do colorado por 0x1.
No jogo de volta, em Porto Alegre, o Novo Hamburgo venceu o tempo normal por 1 x 2, mas perdeu a prorrogação por 1×0.
Até a década de 50, o Novo Hamburgo mandou seus jogos no Estádio do Taquaral.
Em 1952 o time fez um excelente campéonato liderando um quadrangular histórico, formado por Grêmio, Inter e Pelotas .
O time mandou seus jogos no Estádio Santa Rosa, com capacidade para 13.000 pessoas. Esse estádio acabou vendido para o Centro Universitário Feevale:
Atualmente, manda seus jogois no Estádio do Vale, ainda em obras e com capacidade momentânea para 4.000 torcedores:
Para ver fotos atuais, leia o post que escrevi na visita ao estádio!
O time foi considerado por muito tempo como a terceira força do estado. A cidade prosperava graças a indústria dos calçados e por causa delas, o mascote do Novo Hamburgo é o… Sapato!!
Atualmente os maiores rivais são o Aimoré, com quem faz o “Clássico do Vale” e o 15 de Novembro de Campo Bom (cidade vizinha).
Infelizmente, assim como ocorreu em várias cidades do Brasil, Novo Hamburgo cresceu, o mundo mudou e para desespero dos apaixonados pelo futebol a proximidade com a capital gaúcha, roubou as atenções socias, culturais e esportivas, algo muito parecido com o que ocorreu na região onde vivo, o ABC.
Aos poucos, a cultura germânica, predominante da cidade deu lugar à cultura “moderna” da grande cidade e é cada vez maior o número de torcedores que moram em Novo Hamburgo e torcem para Inter ou Grêmio.
O principal jornal do estado gaúcho cobre os dois times da capital e exlcui de suas páginas os times de outras cidades. Sem o apoio da sua imprensa, os investimentos começam a diminuir.
E é nesse triste cenário que o sobrevive, com alma guerreira revertendo as adversidades que lhe são impostas dentro e fora de campo.
Heroicamente ainda existe gente que crê na volta do Novo Hamburgo, transformando a cidade em terra anilada novamente.
Ainda assim, existem muitas organizadas em torno do time, como a Fogo Anil (www.fogoanil.blogspot.com/), Mancha Anil, Geral do Nóia, Barra Anilada, entre outras.
O time conta com um canal no youtube divulgando seus vídeos, veja em: www.youtube.com/ECNovoHamburgo .
Das conquistas recentes, fica o sabor da Festa no jogo final da Copa Emídio Perondi2005, onde o Nóia venceu o Brasil por 3 a zero.
E a conquista da Copa RS com o empate em cima do Ulbra, confira o gol:
Para maiores informações, o site oficial do time é www.ecnh.com.br/, e o blog da torcida fogo anil é www.fogoanil.blogspot.com/
Para terminar, que tal curtir um pouco da arquibancada com o pessoal da Torcida Fogo Anil?
Quase um ano de blog e chego à camisa de futebol de número 50, o que me faz pensar que 5% da missão já foi cumprida. Se tudo continuar assim, é meu triste dever informar que em meados de 2029 eu devo finalizar este blog. Só nos resta torcer para até lá ainda existir o futebol a internet, o wordpress, eu e você… Enquanto esse dia não chega, vamos à Camisa de Futebol de número 50, que é do Rio Branco de Americana, uma camisa antiga, e que chegou a ser usada por um atleta. Ela é de algodão, daqueles modelos antigos.
Essa camisa foi presente do amigo Gabriel Uchida, editor do Foto Torcida com várias fotos legais das bancadas. A camisa é do começo dos anos 80 e foi do tio dele, chamado Henry, que jogou no clube no final dos anos 70. O tio teria começado jogando em MG, SP, RJ e Portugal. Em Minas, teria jogado no Atlético, no início dos anos 80, com Toninho Cerezo, Reinaldo, Palhinha, entre outros. Por coincidência, ele é o segundo Gabriel que me dá uma camisa de presente, veja qual foi o primeiro aqui.
Mas falando do time, o Rio Branco Esporte Clube defende o futebol da cidade de Americana (interior de São Paulo) desde o dia 4 de Agosto de 1913, quando foi fundado por João Truzzi e sua trupe.
O time nasceu com o nome de Sport Club Arromba (em referência às comemorações das vitórias), mas já em 1917 passou para Rio Branco Football Club (em homenagem ao Barão do Rio Branco), como se vê no uniforme abaixo:
Em 1961, adotou o nome atual: Rio Branco Esporte Clube.
Já nos anos 20 o clube conquistou os títulos de campeão da Região e campeão da Zona Paulista, além do bicampeonato do Interior, que permitiu a disputa do título estadual com o Corinthians, resultando em dois vice-campeonatos.
O final da década de 40 trouxe o desligamento do clube do profissionalismo, e só retornou em 1979, graças à fusão entre com o Americana Esporte Clube.
Desde então, o clube tem disputado os campeonatos profissionais, chegando à 1ª Divisão do Futebol Paulista em 1990, com o vice-campeonato da Divisão Intermediário.
O início da década de 90 foi de muita alegria para o clube e sua torcida, sendo que em 1993 a equipe chegou a disputar o octogonal final do Paulistão, terminando em sexto lugar.
O Rio Branco revelou vários jogadores como Marcelinho Paraíba, Flávio Conceição, Mineiro, Macedo, Marcos Senna, Sandro Hiroshi, Souza, entre outros.
Depois de vários anos disputando a série A1 do Paulistão, em 2007 o Rio Branco caiu para a série A2 do Campeonato Paulista, conquistando o acesso novamente este ano (2009).
O mascote do Rio Branco é o Tigre por causa dos instintos deste animal.
A idéia do estádio do Rio Branco nasceu em 1920, quando foram emitidas ações para juntar verba para a construção do projeto. Entretanto somente mais de 50 anos depois, em 1971 é que surgiu o “Riobrancão”, que a partir de 81 passou a ser chamado “Décio Vitta”, em homenagem ao ex-presidente da diretoria do clube.
O maior rival do Rio Branco é o União Agrícola Barbarense, da cidade vizinha de Santa Bárbara d’Oeste.
Mas o Rio Branco também já duelou com times internacionais, em 1993 num amistoso contra o Fenerbahce, onde venceu por 2×0, em 1997 e num jogo treino contra a seleçao da China, onde fez 5×1.
Após tantos posts sobre camisas da Europa, já estava com saudades de falar de um time bem brasileiro! E por isso, a 49a Camisa de Futebol pertence ao glorioso Santa Cruz Futebol Clube, clube da bela cidade de Recife (PE).
Fundado no dia 3 de fevereiro de 1914, por um grupo de jovens, o nome do time é uma homenagem à Igreja de Santa Cruz, em cujo pátio costumavam jogar, já que naquela época não existiam campos.
Possui enorme rivalidade com outros dois clubes que já passaram pelo nosso blog. São eles, o Sport , com quem faz o “Clássico das Multidões” e com o Náutico, com quem disputa o “Clássico das Emoções”.
Possui um grande número de conquistas estaduais. Até 2009 são 24 títulos.
Mas, assim como tantos times que já passaram aqui pelo blog, o Santa Cruz tem seus altos e baixos, desde o princípio. Aliás, para mim, o que faz um clube ser respeitado é exatamente sobreviver aos maus momentos.
O Santa sempre foi polêmico, contestador.
Desde cedo, possuía em seu elenco jogadores negros, o primeiro deles, ainda no início do século XX, foi Teófilo Batista de Carvalho, o “Lacraia”.
Hoje parece sem sentido, mas era uma coisa rara naquela época. Por esta e outras atitudes do clube, o Santa foi se tornando cada vez mais popular.
E para caber toda essa gente, na década de 1970 foi inaugurado o Estádio “José do Rego Maciel”, ou “Repúblicas Independentes do Arruda” e daí “Arrudão”.
Estivemos por lá em 2022 para conhecer essa maravilha de perto! Confira aqui o post.
A partida inaugural do Arruda ocorreu em 1972, contra o Flamengo (RJ), terminando em um empate sem gols diante de 47.688 pagantes.
Hoje, o Arruda é um grande aliado do time, com sua torcida marcando presença, independente da colocação do time, nas tabelas.
Em 1975, o Santa chegou a semifinal do Campeonato Brasileiro depois de ter eliminado o Palmeiras (na época a “Academia”) e o Flamengo, em etapas anteriores. Perdeu a vaga para a final para o Cruzeiro, em jogo marcado pelos erros de arbitragem do famoso Armando Marques. Abaixo a foto do time da época, retirada do excelente blog: www.blogdosantinha.com .
Seu mascote é a cobra coral, com as já imortais cores do time, mas vale lembrar, que o Santa Cruz nasceu alvi-negro, só adotando depois o vermelho para se diferenciar de seu rival local da época, o Flamengo.
Se por um lado o time está sempre na briga pelo título estadual, o mesmo não pode ser dito sobre o torneio nacional, prova de que também no futebol, existem reflexos da desigualdade social entre as regiões do nosso país.
Após uma boa participação nas décadas de 70 e 80, o Santa Cruz passou um tempo na Segundona e só em 1999 a torcida coral pode comemorar o retorno à Série A do Brasileirão, com o Vice-campeonato da Segundona.
Outro acesso memorável à série A, aconteceu em 2005, quando o time terminou como Vice-campeão da competição.
Entretanto, em 2006 começou um novo calvário para time e torcedores. Na série A do Brasileiro, o Santa acabou rebaixado para a Série B novamente.
Em 2007 , além de não ir bem no Campeonato Pernambucano e ser eliminado na primeira fase da Copa do Brasil, teve uma campanha pífia na série B, levando o clube para a Terceira Divisão do Brasileiro de 2008.
Em 2008, novamente foi eliminado da Copa do Brasil, na primeira fase, e teve de disputar o Hexagonal da Morte do Campeonato Pernambucano, para se livrar do rebaixamento estadual. Na Série C, sua última chance do ano para se recuperar, fez o impensável… Foi rebaixado para a então criada série D, que inauguraria-se em 2009.
O Santa Cruz disputou em 2009 a recém-criada Série D, mas não passou da primeira fase, ou seja, futebol agora, só em 2010 (e escrevo isso ainda em julho).
Veja um pouco da história do clube no vídeo feito em homenagem aos 95 anos do Santa Cruz.
É sem dúvida uma das fases mais complicadas do clube, que entretanto consegue contar com sua torcida apoiando não só nos estádios, como fora deles, criando associações e buscando métodos para ajudar o clube do coração.
Veja um pouco da torcida do Santa em ação:
O site do clube é: www.coralnet.com.br
Além disso existem vários blogs e outros sites que merecem destaque, como o www.loucospelosanta.com.br e o já citado www.blogdosantinha.com.
Boa sorte, Santa Cruz!
28 de agosto de 2009. Bom, eu sei que muitas pessoas têm a sexta feira como dia sagrado. Dia não, noite. É tempo de sair, encontrar os amigos num lugar legal, bater papo, rir das coisas que nos cercam e, enfim, esquecer de tantos problemas do dia a dia e se divertir. Eu também sou assim. Por isso, sexta feira às 19:30hs, lá estavam eu, Mari (que me faz cada dia mais apaixonado topando esses rolês) e o Gui, editor do Expulsos de Campo. Lá onde? Em pleno Estádio Humberto de Alencar Castelo Branco, popularmente conhecido como “Baetão“, em São Bernardo do Campo, para assistir Palestra SBC x Desportivo Brasil de Porto Feliz (time da Traffic).
O principal detalhe do Baetão é que a grama é artificial, não me lembro de outro campo com este detalhe. O time do Palestra voltou às atividades este ano, conforme mostramos aqui e conta com uma parceria com o time do Santo André, que emprestou boa parte do elenco, além do técnico, o grande Sandro Gaúcho.
Assistimos o primeiro tempo da arquibancada, onde fica a Barra “Loucos do Palestra”. Ainda estava frio, principalmente porque a aqruibancada é praticamente no morro do Baeta. Dali, víamos as cadeiras do outro lado.
E pra não dizer que não registramos tudo, fomos ver o segundo tempo nas cadeiras cobertas:
O jogo foi bom, os dois times eram rápidos e possuem armadores habilidosos. Chegou a surpreender a boa qualidade do jogo.
Vale lembrar que a Traffic investe uma boa grana nesse time, e o Palestra conta com a experiência do elenco dos jogadores do Santo André.
Abaixo a torcida em ação:
O jogo terminou 2×2, mantendo os times na liderança do grupo 15, pela terceira fase da Segunda Divisão do Campeonato Paulista. Para maiores detalhes sobre a partida, acesse o Blog do Ademar, que postou sobre o jogo, veja aqui.
A 47a camisa de futebol é a camisa do West Ham United Football Club, um dos clubes mais populares e tradicionais do Reino Unido.
Comprei a camisa no dia em que fui visitar o Estádio, e ainda consegui chegar até o campo…
Foi fundado em 1895 por trabalhadores da Thames Ironworks and Shipbuilding Co. Ltd, um estaleiro localizado no Rio Tâmisa (daí, um dos apelidos do time “The Irons”).
Nessa época, o time era denominado Thames Ironworks F.C., nome usado até 1899, quando após uma crise financeira fez o time “ressurgir” como West Ham (outro apelido do time é “The Hammers”).
Achei uma imagem bem antiga do estaleiro, mas é bem pequena:
Achei também uma foto do time daquele primeiro ano (1895):
Somente nove anos depois da fundação do time é que foi construído seu estádio, o Boleyn Ground, também chamado de Upton Park por se localizar no distrito londrino de mesmo nome. Sua capacidade é 35.303 torcedores.
Foi inaugurado em em 2 de setembro de 1904 num jogo em que bateram os eternos rivais do Millwall por 3×0.
Hoje, o estádio consegue mesclar aspectos modernos a tradicionais, parecendo um castelo em meio ao bairro:
O verde do gramado muito bem cuidado (nesse dia em que fomos estava sendo irrigado e havia no mínimo 4 pessoas trabalhando nele) contrasta com as belas e diferentes cores do clube.
Veja outras fotos e o vídeo que fizemos na viagem à Londes no post abaixo, anterior a este.
Vale lembrar que por pouco o estádio não foi abandonado. É que quando Eggert Magnússon, milionário presidente da Confederação de Futebol da Islândia, comprou o time (2006), ele tinha a ousada idéia de deixar de usar o Upton Park, e adquirir o estádio olímpico, que será construído para as Olimíadas de 2012.
O uniforme do West Ham é inspirado no do Aston Villa, que é caracterizado pelo calção e meiões na cor branca e pela camisa grená com mangas azuis.
Disputar a Liga Profissional desde 1919, e em 1923 chegaram à Premier League, e à final da FA Cup (Copa da Inglaterra), disputada no estádio Wembley, pela primeira vez. Perderam para o Bolton Wanderers, por 2×0.
Um fato curioso e triste do clube, é a história de Syd King, ex atleta que se tornou manager do clube por 32 anos e que após ser demitido, acabou suicidandfo-se.
Em 1964 o time conquistou sua primeira FA Cup, com uma vitória de 3×2 sobre o Preston North End. Um ano depois, o West Ham conquistou sua primeira competição européia, a Recopa, vencendo o 1860 Munich.
No ano seguinte, chegaram mais uma vez à final da FA Cup, mas perderam para o West Bromwich.
Durante Copa do Mundo de 1966, vários jogadores do clube entraram a história do futebol, conquistando o título para a Inglatera, entre eles Bobby Moore, Martin Peters e Geoff Hurst.
Em 1975 ganham mais uma FA Cup, vencendo na final o Fulham, e mais uma final da Recopa, em 1976, perdendo para o Anderlecht, da Bélgica.
Mesmo rebaixado para a Segunda Divisão em 1978, o West Ham venceu a FA Cup em 1980, uma das raras vezes que um time de fora da Primeira Divisão alcançou o feito.
Mesmo jogando mal durante toda a temporada 94/95, o West Ham trouxe orgulho aos seus torcedores, ao empatar, na última rodada com o Manchester United, evitando o terceiro título consecutivo dos Diabos Vermelhos.
Em 2005 chegaram novamente à final da FA Cup, perdendo para o favorito Liverpool na cobrança de pênaltis.
Em 2006, Tevez e Mascherano chegam ao clube, vindos do corinthians. Um ano depois o clube seria multado por problemas envolvendo as contratções (lembrem-se que era atletas da MSI).
Mesmo sendo criticado pela mídia, Carlito deu o maior exemplo do que é jogar com raça e fez a comemoração que sempre sonhei em ver aqui no Santo André, confira no vídeo (que merecia uma narração mais emocionante, como as que temos aqui no Brasil):
Os torcedores do West Ham United cantam uma música chamada “I’m Forever Blowing Bubbles” devido a um jogador da década de 1920, chamado Billy J. Murray que parecia um garoto de um quadro do artista Millais chamado “Bubbles”. Esse acabou sendo o apelido de Murray. A música é assim:
I’m forever blowing bubbles, pretty bubbles in the air They fly so high, nearly reach the sky And like my dreams they fade and die Fortune’s always hiding, I’ve looked everywhere I’m forever blowing bubbles, pretty bubbles in the air United! United!
A banda Oi! Cockney Rejects também gravou uma versão desta música, para alegria de punks e skins que gostam de futebol:
O principal rival do time é o Millwall.
Essa rivalidade e o próprio West Ham ficaram conhecidos pelo mundo todo depois do filme “Green Street Hooligans”. Veja o Trailer:
E antes que você ache que certas coisas do filme, só existem no cinema…
A 46ª camisa de futebol do blog é a daSeleção da Holanda, ou Seleção Nederlandesa. Só para esclarecer, a Holanda é parte do reino dos “países baixos”, a “Neederland”. Como disse posts atrás, comprei essa “réplica” numa lojinha de “chineses”, em plena Amsterdam. Escolhi a camisa de Huntelaar pelo número 19, nada usual aqui no Brasil.
Só pra você saber quem é o cara:
A Seleção Holandesa/Nederlandesa surgiu em 1900, em Amesterdam. Chamada de “Orange”, pelas cores de seu uniforme, veio a ser chamada de “A laranja mecânica”, graças ao incrível time formado em 1974, onde os jogadores não tinham posições fixas. Todos atacavam e defendiam. Cruyff era o craque da equipe e o homem que ficava mais à frente, porém deslocava-se por todo o campo, comandando o time e fazendo muitas jogadas de ataque.
Conta-se que Cruyff não aceitava utilizar símbolo comercial na camisa que vestia, sem receber por isso, assim foi criada uma camisa especial para ele. Uma com duas listras, em vez de três (a patrocinadora era a Adidas). Veja um pouco sobre esse time:
O goleiro Jan Jongbloed era outro destaque do time, não só pelo futebol, mas porque além de jogar num obscuro time, o Amsterdam Club, possuía uma tabacaria em Amsterdam e esperava uma contratação por um grande clube caso conquistasse o Mundial.
Os holandeses chegaram a duas finais de Copa do Mundo. Em 1974, perderam para a Alemanha, numa daquelas famosas injustiças do futebol, veja um pouco sobre como foi essa copa:
Em 1978, perderam para os Argentinos, anfitriões da Copa, numa Copa marcada pela influência do regime militar que comandava o país até então:
Em 1988, conquistou a Eurocopa com um time que marcou época, e trouxe à realidade de torcedores do mundo todo nomes como o de Van Basten, Ruud Gullit, Rijkaard, entre outros.
Vale a pena rever alguns momentos da final, entre eles, o golaço de Van Basten contra a URSS:
Entretanto, no mundial de 1990, onde esperava-se uma grande atuação da equipe, a Holanda não passou das oitavas-de-final sem ter apresentado um futebol empolgante.
A seleção atual está apostando na renovação do elenco e ainda não possui tanto nome quanto as gerações anteriores, mas parece que vem por aí mais um time bem armado… É esperar pra ver…
Vale ressaltar que a Seleção Holandesa foi uma das primeiras seleções europeias a recrutar negros em sua equipe. Esses jogadores, em sua maioria, eram nascidos em colônias holandesas como Suriname, Guiana Neerlandesa, Indonésia, ou outros locais dos Países Baixos.
Pra quem está cansado de ver vídeos de torcedores briguentos, vale assistir o vídeo abaixo, da galera mais “na boa” que vai torcer pela seleção Orange:
É um quadrinho de humor, mas sem muito conteúdo relevante, na minha opinião. É aquela linha pastelão, mas sequer usam nomes dos times de verdade. Gosto muito do traço do Francisco Ibáñez, mas acho que a linguagem dele é mais televisão que quadrinhos.
Pra quem ficou curioso, acesse o site deles: www.mortadeloyfilemon.com .
Confesso que não me animei muito. Mesmo sabendo que era um besteirol, esperava algo mais ácido e politizado. Tanto que demorei pra pegar o segundo livro que comprei, com medo de não gostar também e já me sentir meio derrotado em minhas primeiras compras em terras européias.
Ledo engano. Eric Castel, o personagem boleiro que já existe há muito tempo, principalmente na Espanha é um verdadeiro clássico do Futebol em quadrinhos.
O livro conta parte da história do próprio Eric Castel (não sei quem é a inspiração real pra ele), quando ele retorna ao Barcelona e tem que se firmar com jogador titular.
Além das dificuldades usuais, Eric tem que lidar com um Iuguslávo companheiro de time que não se dá muito bem com ele.
Pra buscar tranquilidade, Eric se refugia num bairro afastado de Barcelona, onde conhece “Los Juniores” um time de bairro que faz o atleta relembrar seu passado das ruas. Muito legal…
O quadrinho de Raymond Reding (falecido em 1999 e criador de outros heróis do futebol como ‘Vincent Larcher’, além do clássico Tintin) e Françoise Hugues é mais sério, mais quadradão e lembra um pouco os quadrinhos da marvel da década de 80.
Pra acabar, um bom vídeo mostrando outras ligações entre o futebol e os quadrinhos e universo comics:
Chegamos à camisa de futebol número 45 e mais uma vez estreiamos um novo estado, desta vez, o Maranhão.
E isso, graças à camisa do Sampaio Corrêa Futebol Clube, time da cidade de São Luís, e maior vencedor de títulos do Campeonato Maranhense.
O time foi fundado no dia 25 de março de 1923, por um grupo de jovens peladeiros, sob o comando de Vital Freitas e Natalino Cruz.
Nasceu como Associação Sampaio Corrêa Futebol Clube, oriundos do antigo Remo F. Club (1920), time formado por operários e jovens de “pés descalços”.
O nome é uma homenagem ao hidroavião Sampaio Corrêa II, que aportou em São Luís no dia 12 de dezembro de 1922.
A roupa dos pilotos deu origem ao primeiro uniforme do clube, pois um deles usava camisa verde e amarela, em linhas verticais e outro nas cores verde e branca.
O maior rival do é o Moto Club, mas também compete com o Maranhão, o Bacabal e o Imperatriz.
Segundo a opinião pública, o Sampaio Corrêa tem a maior torcida do Estado do Maranhão. Seus torcedores são chamados de bolivianos, ou sampaínos.
Seu mascote é o tubarão.
Em 1972, conquistou a segunda divisão do brasileiro, na época, disputada apenas com times do Nordeste.
O Sampaio compunha o grupo A com Moto Clube (MA), Tiradentes e Flamengo (PI), Fortaleza e Guarany (CE).
Classificado para a fase seguinte, o Tubarão formou um novo grupo com o Tiradentes (PI), o Itabaiana (SE) e o Atlético (BA), de onde passou para a grande final, disputada em um jogo apenas, contra o Campinense – PB, melhor time da competição, até então.
A partida ocorreu em São Luís, numa verdadeira batalha campal, terminando em 1 x 1 no tempo normal e 0 x 0 na prorrogação. O Sampaio venceu na cobrança de pênaltis por 5 x 4, levantando o troféu de campeão.
Time básico do Sampaio Campeão da Série B de 1972: Jurandir; Célio Rodrigues, Neguinho, Nivaldo e Valdecir Lima; Gojoba, Djalma Campos e Edmilson Leite; Lima, Pelezinho e Jaldemir.
Em 1997, o time foi campeão invicto da série C, a Terceirona do nacional, com o time abaixo:
Veja algumas imagens da época:
A fase decisiva envolveu quatro times. O primeiro jogo foi um empate de 1×1 contra o Francana, em Franca (SP).
Depois, o Sampaio Corrêa venceu por 3 x 0 o Tupi e empatou em 1 x 1 com o Juventus.
Nos jogos de volta, empate com o Moleque Travesso, dessa vez por 2 x 2 e venceu, fora de casa, o Tupi por1x0.
O último jogo foi um 3 x 1 contra o Francana, com mais de 70 mil pessoas sagrando-se CAMPEÃO BRASILEIRO INVICTO DA SÉRIE C.
O Sampaio é o único clube do Maranhão a participar de um torneio internacional oficial: a Copa Conmebol de 1998, terminando como terceiro colocado atrás do Santos e do Rosário Central, da Argentina. Abaixo uma foto do time de 1998:
O hino do Sampaio foi composto por Agostinho Reis, e sua gravação original foi interpretada pelo cantor Alcides Gerardi.
Um de seus atletas, MASCOTE, bateu o recorde brasileiro de gols numa única partida, em 1934,quando o Tricolor venceu a representação do Santos Dumont por 20 x 0, e Mascote fez 13 gols.
Manda seus jogos no Estádio Municipal Nhozinho Santos, inaugurado em 1 de outubro de 1950 e com capacidade máxima de 21 mil pessoas.
Disputa grandes jogos no Estádio Governador João Castelo, o “Castelão”, inaugurado em 1982, sendo um dos maiores estádios da Região Nordeste, com capacidade para cerca de 46.200 pessoas (embora no ano de 1998 quase 98 mil pessoas assistiram ao jogo Sampaio e Santos pela Copa Conmebol).
O estádio é de propriedade do Governo Estadual do Maranhão, e é usado também pelo rival Moto. Seu nome é em homenagem a João Castelo Ribeiro Gonçalves, governador do Maranhão de 1979 a 1982.
O time possui várias organizadas:
Tubarões da Fiel
Mancha Tricolor
Democracia Tricolor
Coração Tricolor
Sampaixão
Sangue Jovem Tricolor
Uma coisa que eu adoro são livros sobre os primórdios do futebol no Brasil.
E caso você queira saber como foi o início do futebol no Maranhão, procure o livro “Terra, grama e paralelepípedos”, de Claunísio Amorim Carvalho, São Luís: Café & Lápis, 2009.
O site do clube é o www.sampaiocorreafc.com.br
Pra terminar, olha o penalty pro Tubarão…
A Camisa de futebol número 44 é do Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas, e a comprei na mesma loja que peguei a do SC Ulbra, pela bagatela de R$29,90, ótimo preço por se tratar de material oficial. Como o cara da loja é gente boa e ainda acompanha os jogos do Ramalhão, vai aqui o fone dele, já que não tem site: (011) 4432-3063, sempre tem coisas boas a preços especiais por lá, fale com o Rubão!
Falando do Brasil de Pelotas, o time foi fundado em 7 de Setembro de 1911, ou seja no momento em que escrevo este post (2009) faltam apenas 2 anos para a grande festa do centenário. Assim como outros clubes que já retratamos aqui no blog, o Brasil de Pelotas nasceu de uma divergência dentro de outro time, no caso, o Sport Club Cruzeiro do Sul, formado por funcionários da Cervejaria Haertel. Diz a lenda que tudo foi por causa de um desentendimento de um pequeno grupo que estava colocando uma cerca no campo, enquanto outro permanecia em campo, jogando e negando-se a ajudá-los. Putos Chateados com isso, o grupo que estava trabalhando decidiu montar um novo time. Como a fundação do novo time se deu no dia da independência, as cores da camiseta seriam verde e amarela. Isso gerou o primeiro motivo de rivalidade com o E.C.Pelotas, que tinha seu uniforme azul e amarelo, muito parecido com o deles.
Pra evitar maiores problemas, o pessoal do Brasil decidiu adotar o vermelho e preto, alusão às cores do Clube Diamantinos. O Brasil de Pelotas é também chamado de Xavantes, graças a um jogo, de 1946, contra o Esporte Clube Pelotas. O E.C. Pelotas seria campeão em caso de vitória.
O primeiro tempo ia acabando e o placar indicava 3 x 1, em favor do E. C. Pelotas. Pra piorar, o Brasil teve o zagueiro “Chico Fuleiro” expulso. Indignados, os jogadores do Brasil interromperam o jogo, o técnico chegou a ameaçar tirar o time de campo. Mas, a própria torcida ficou nas arquibancadas, fazendo com que a partida recomeçasse.
Após tanta confusão, o jogo voltou a correr e o segundo tempo viu um Brasil com tamanha gana de justiça que conseguiu virar o placar para 5 x 3, transformando se na mais famosa vitória do time.
Ao fim do jogo, a torcida rubro-negra invadiu o gramado, atropelando o alambrado que ficava ao lado das arquibancadas.
O fato foi chamado de a INVASÃO DOS XAVANTES (esse era o ítulo de um filme em cartaz na época, em Pelotas).
A partir daí, a torcida adotou a figura do índio xavante, como símbolo do time.
Um ato curioso ocorrido no estádio foi a ameaça do Ministério Público de interdição do Bento Freitas porque a direção do time teria aprovado a venda de bebidas alcoólicas no interior do estádio, nos jogos da Série C, ato proibido por lei. Em se falando de títulos, vale lembrar que o time conquistou o Campeonato Gaúcho de 1919, e foi Vice em 1953, 1954, 1955 e 1983. Além disso, venceram o Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão em 1961 e 2004.
Em 1985, o time fez história com a Máquina Xavante, time que chegou às semi-finais do brasileiro da série A. Existe inclusive um site contando a história do time: http://www.maquinaxavante.com.br.
O ponto mais triste da história do clube, aconteceu no início de 2009, com o acidente do ônibus da delegação, ocorrido há cerca de 300 km de Porto Alegre (no km 150 da BR-392), e que provocou a morte de um dos maiores ídolos do time, o atacante uruguaio Claudio Milar, do zagueiro Régis Gouveia, e do preparador de goleiros Giovani Guimarães, além de ferir outras 20 pessoas. A equipe retornava de um jogo-treino na cidade de Vale do Sol, onde havia vencido o Santa Cruz do Sul por 2 a 1. A diretoria do clube até cogitou não disputar o Campeonato Gaúcho de Futebol de 2009, mas assim como na história que deu origem ao apelido “Xavante”, a equipe não desistiu e seguiu em frente. Abalado psicologicamente e com um time sem conjunto, conseguiu apenas uma vitória no campeonato e foi rebaixado para a Série B 2009.
O uruguaio Cláudio Milar era ídolo da torcida, com mais de cem gols marcados com a camiseta do Brasil. O atacante costumava comemorar os gols homenageando o símbolo do clube, atirando uma flecha para as arquibancadas.
Atualmente o G.E.Brasil possui várias torcidas organizadas como por exemplo Máfia Xavante, Garra Xavante, TOB, Comando Rubro-Negro , TODEX, Camisa 12, Paz Xavante, Mancha Rubro-Negra, Torcida Independente Rubro-Negra, Torcida Organizada Feminina, Índio Xavante, Torcida Raça Xavante, Gaviões da Baixada. Ainda em 2009, o time segue disputando a série C do nacional. Termino o post com uma breve matéria sobre a torcida Xavante, e deixo os meus sentimentos para que o clube consiga superar a dor do acidente de 2009 e em 2010, possa voltar à primeira divisão do Gaúcho, acredito que terá muita gente torcendo por isso, e eu serei uma dessas pessoas! Força Xavante!!!
Pra quem assim como eu curte camisas de futebol, vale a pena visitar (ou revisitar) o Museu do Futebol de São Paulo. É que tem uma nova mostra itinerante (naquele local onde antes estava a mostra do Pelé), e ela traz a público “objetos colecionáveis” relacionados ao futebol. São flâmulas, times de futebol de botão e camisas. O meu destaque fica por conta de uma camisa da década de 90, do Santo André, que nem é tão antiga, mas virou raridade!