A 128ª camisa de futebol do nosso blog vem do Nordetse brasileiro e a conseguimos na nossa visita a João Pessoa, no final de 2011.
Aliás, pra quem não conhece, João Pessoa é uma cidade linda, vale a pena conhecer…
A camisa veio aos 46 do segundo tempo. Depois de muita procura sem sucesso, encontrei um torcedor do Auto que topou me vender a camisa que vestia.
Já falamos de um time da capital paraibana, o Botafogo, da raposa de Campina Grande, o Campinense e do Treze, desta vez fomos atrás da camisa do Auto Esporte Clube.
A história do time é legal por fugir dos padrões dos times do Brasil.
O Auto Esporte Clube foi fundado em 1936, por um grupo de taxistas que se concentravam na Praça do Relógio,o atual Ponto de Cém Reis, no centro da cidade.
Por esta origem mais popular, é conhecido como “o Clube do Povo”.
Seu mascote é o macaco.
A popularidade do time se deu porque eles treinavam mais ou menos como o Rocky Balboa, ali, nos campos do centro, em frente à população mesmo.
Em 1939 conquistou o seu primeiro campeonato paraibano, e pra ficar ainda mais inesquecível, foi de maneira invicta, atropelando adversários como o Treze e o Botafogo.
No ano de 1951, realizou sua primeira partida internacional, contra a tripulação do barco argentino Punta Del Loyola, que estava ancorado no porto de Cabedelo, e venceu por 5×1.
A década de 50 trouxe ainda 2 títulos estaduais, um em 1956, numa “melhor de três” contra o Botafogo e outro em 1958.
Em 1959, tornou-se o primeiro clube paraibano a disputar uma competição nacional, a Taça Brasil.
Em 1987, o Auto Esporte conseguiu o tetra campeonato estadual, ao empatar com o Botafogo, com o quadro abaixo:
E aqui, para recordar o título:
Chegam os anos 90 e logo em 1990, o Auto montou um forte time, que logo se apresentou como favorito ao título. O Botafogo bem que tentou impedir, mas o Auto Esporte. levantou mais um caneco!
No Estadual de 1992, os alvirrubros tiveram como rivais do título o Treze.
Em pleno Estádio “Amigão“, garantiu o título de forma inteligente, vencendo na prorrogação, após ter sido goleado no tempo regulamentar.
Esse foi o elenco responsável por mais esta conquista:
Ainda neste mesmo ano, o Auto Esporte terminou na terceira colocação do Campeonato Brasileiro da Série C.
Em 1993, tornou-se o primeiro time paraibano a vencer na Copa do Brasil, derrotando o Paysandu por 2×1, no Estádio Almeidão, em João Pessoa.
O Auto Esporte ainda se lançou numa ousada excursão à Europa, em 1999.
Em 2004, o Auto Esporte foi rebaixado para a Segunda Divisão paraibana, retornando à elite, no ano de 2006. Relembre como foi:
No ano passado (2011), o Auto Esporte sagrou-se campeão da Copa Paraíba em cima do Treze, conquistando novamente uma vaga para a Copa do Brasil.
Infelizmente foi eliminado na primeira fase, contra o Bahia.
Mandava seus jogos no Estádio Evandro Lélis, mais conhecido como “Mangabeirão”, por ser localizado no bairro de Mangabeira. A capacidade do estádio é de 2.000 pessoas e ele não vem mais sendo utilizado para jogos oficiais.
Em seu lugar está sendo utilizado o Estádio da Graça, veja como é a festa por lá!
O amor pelo time está expresso na pele de alguns torcedores.
E se você acha que a relação entre a torcida e o time é intensa, veja como o time celebrou a conquista da Copa da Paraíba, em 2011:
Em se falando de torcidas organizadas, a Força Jovem Alvirrubro deixou de existir há algum tempo, mas atualmente o time tem como destaque o pessoal da Ultras 1936, que atuam inspirados no modelo Ultras europeu.
E essa foto do time? Bota medo ou não?













A 115ª camisa da nossa empreitada vem de mais um paraíso tropical do nosso país; o estado do Maranhão, mais precisamente da cidade de São Luís, sua capital.







A 108ª camisa do blog vem do Nordeste, da cidade de Santa Cruz, no Rio Grande do Norte.









































Assim como no ano passado, a idéia foi visitar um lugar que ainda não conhecessemos, aproveitar sua cultura e aprender um pouco mais sobre o futebol local.
No ano passado, fomos para o interior de SP e Sul de Minas Gerais, lembra? 










Bom, a gente ainda procura manter uma atitude mais punk e ao invés de só fazer o rolê de turista, tentamos conhecer um pouco do verdadeiro dia a dia das pessoas.
Assim, ao invés de fazermos um últimos passeio, decidimos tirar o dia para conhecer os museus e também para conhecer o centro da cidade.
O primeiro destino: “A feira do Rato”, também conhecida como “Feira do trem” pois a mesma é montada em cima de um trilho e quando o trem passa… É aquele corre.
O lugar é legal, mas vc tem que estar ligado, porque é mais ou menos como uma 25, só que sem nenhum policiamento.
Ao lado da feira estão o mercado de artesanatos e o mercado municipal. Fomos nos dois, mas sofremos um pouco porque entramos pelo lado do açougue no mercadão e para dois vegetarianos não é assim o melhor dos passeios.


A camisa pertence ao Botafogo Futebol Clube que defende a cidade de João Pessoa, capital da Paraíba.
Eu conheci o Botafogo “pessoalmente” no ano de 2003, quando o time formou o quadrangular final da série C, contra o rival local
Na ocasião, no penúltimo jogo do campeonato, o Santo André perdeu em casa para o Botafogo, quando uma vitória colocaria o Ramalhão na série B. Mas mesmo com esse resultado, subiriam, após a última rodada, os dois times paulistas. Foi assim:
Mas lembremos um pouco da história do clube.
O Botafogo nasceu numa Assembléia, no dia 28 de setembro de 1931, onde participaram os fundadores Beraldo de Oliveira, Manoel Feitosa, Livonete Pessoa, José de Melo, Edson de Moura Machado e Enock.
[caption id="attachment_2641" align="aligncenter" width="114" caption="Beraldo de Oliveira"]
[/caption]
O início do time foi humilde, a verba para compra dos primeiros materiais esportivos veio de dona Sebastiana de Oliveira, mãe do então fundador e primeiro presidente do clube, Beraldo de Oliveira.
O time também é chamado de Belo, apelido que nasceu da vibração de um gol do então conselheiro do time Antônio de Abreu e Lima que gritou o adjetivo com tanta vontade e por tantas vezes, que levou os torcedores a se unirem e gritarem juntos.
O time é o maior vencedor de campeonatos estaduais da Paraíba, com 26 títulos, e essa história de conquistas começa pela extinta Liga Suburbana, quando em 1936 conquistou seu primeiro título decidindo contra o time do Sol Levante. Abaixo, uma lembrança do time campeão daquele ano:
Logo, o clube se filiou à Liga Desportiva Paraibana, também já extinta e aos poucos foi montando uma equipe forte, com reforços de grandes times como o Palmeiras e o Vasco. O goleiro Pagé era um dos destaques.
Abaixo uma foto da equipe que conquistou o Paraibano de 1957:
Até os anos 70, o Botafogo era alvinegro, mas graças a José Flávio Pinheiro Lima, um sãopaulino que assumiu a presidência do Botafogo, o vermelho foi acrescentado às cores do time em homenagem ao time tricolor.
Em 1982, o Botafogo-PB foi apelidado pela revista Placar, como o “Matador de Tricampeões”. Essa denominação surgiu devido as vitórias sobre o Flamengo e o Internacional no Brasileirão. Esses dois clubes chegaram à competição como tricampeões de seus estados e foram derrotados por um dos melhores elencos da história do Belo.
No ano de 1998, o Botafogo realizou uma de suas melhores campanhas no futebol estadual de todos os tempos. Campeão dos 3 turnos, disputou a final contra o Campinense, diante de um público de 44.268 pessoas. Sagrou-se campeão com um 2×0.
Mas o Campinense não é o maior dos rivais do Botafogo. Esse cargo fica para o Treze que possui uma boa torcida no estado. Juntos fazem o “Clássico Tradição“, disputado desde o início da década de 1940.


As duas últimas fotos do estádio eu peguei do excelente blog do pessoal do “


Estivemos por lá em 2022 para conhecer essa maravilha de perto!
A partida inaugural do Arruda ocorreu em 1972, contra o Flamengo (RJ), terminando em um empate sem gols diante de 47.688 pagantes.
Hoje, o Arruda é um grande aliado do time, com sua torcida marcando presença, independente da colocação do time, nas tabelas.
Em 1975, o Santa chegou a semifinal do Campeonato Brasileiro depois de ter eliminado o Palmeiras (na época a “Academia”) e o Flamengo, em etapas anteriores. Perdeu a vaga para a final para o Cruzeiro, em jogo marcado pelos erros de arbitragem do famoso Armando Marques. Abaixo a foto do time da época, retirada do excelente blog: 

Outro acesso memorável à série A, aconteceu em 2005, quando o time terminou como Vice-campeão da competição.
Entretanto, em 2006 começou um novo calvário para time e torcedores. Na série A do Brasileiro, o Santa acabou rebaixado para a Série B novamente.
Em 2007 , além de não ir bem no Campeonato Pernambucano e ser eliminado na primeira fase da Copa do Brasil, teve uma campanha pífia na série B, levando o clube para a Terceira Divisão do Brasileiro de 2008.
Em 2008, novamente foi eliminado da Copa do Brasil, na primeira fase, e teve de disputar o Hexagonal da Morte do Campeonato Pernambucano, para se livrar do rebaixamento estadual. Na Série C, sua última chance do ano para se recuperar, fez o impensável… Foi rebaixado para a então criada série D, que inauguraria-se em 2009.
