Pessoal, a 193ª camisa de futebol da nossa coleção vem do interior de São Paulo e pertence à Associação Athlética Avareense.
Como o próprio distintivo demonstra, a AA Avareense acaba de completar seu centenário (fundação em 5 de junho de 1920) em meio à pandemia do Coronavirus.
A camisa foi um presente da própria diretoria de futebol, quando estivemos em Avaré visitando o Estádio da Avareense. Veja aqui como foi essa visita!
O time nasceu da fusão do Avaré Atlético Clube e do Atlético Clube Avareense e passou a ser figura importante no futebol amador da região.
Aqui, o time dos anos 40, que foram bem animados pro time:
Em 1942, jogou a 5a região ao lado do Cerqueira César FC, Piramboia FC (Anhembi), AA Sãomanuelense e o EC Bandeirantes de São Manuel, além da AA Botucatuense, do Bandeirante FC (Botucatu) e da Ferroviária de Botucatu que se classificou para a sequência do Campeonato.
Em 1943, jogou a 5a região ao lado do Cerqueira César FC, CA Lençoense, AA Sãomanuelense e o EC Bandeirantes de São Manuel, AE Laranjalense, além da AA Botucatuense e da Ferroviária de Botucatu que se classificou para a sequência do Campeonato.
Em 1944, jogou a 5a região ao lado do Cerqueira César FC, CA Lençoense, AA Sãomanuelense e o EC Bandeirantes de São Manuel, além da Ferroviária de Botucatu, que se classificaria para a sequência do Campeonato.
Em 1945, disputou a 5a região, ao lado do CA Lençoense, AA Sãomanuelense e o EC Bandeirantes de São Manuel, além da Ferroviária de Botucatu e a AA Botucatuense, que se classificaria para a sequência do Campeonato.
Em 1946, disputou a 4a zona ao lado dos times de Botucatu: Bandeirantes, Ferroviária e a AA Botucatuense, que se classificaria para a sequência do Campeonato.
E se os anos 40 foram animados, os anos 50 viram a AA Avareense passar a disputar o futebol profissional pela primeira vez em 1954, quando jogou a série A3.
Os anos 60 ainda viriam outras cinco edições do Campeonato Paulista da Série A3 (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965).
Atualmente, o departamento de futebol do clube se dedica apenas a competições amadoras.
Aqui, um vídeo com algumas entrevistas com figuras históricas do time:
A 59ª Camisa de Futebol do nosso blog é a camisa do Coritiba Football Club. É uma réplica, comprada num calçadão em Curitiba por R$16. Adoro réplicas bem feitas a preços camaradas… Por que não se pode ter camisas oficiais mais baratas?? Pô, de R$16 pra R$116 é demais…. (daqui de 2025 eu te digo, R$ 116 hoje em dia é uma pechincha!!) Esse modelo de Camisa do Coritiba me lembra muito a do Celtic, ou do Sporting de Portugal, e eu acho uma combinação de cores ótima para listras horizontais. O detalhe é para o número dourado, que também acho bonito:
Bom, mas falemos sobre o Coritiba FC, dono da camisa, e sem dúvida um dos maiores clubes brasileiros. Antes de mais nada, se quiser ver o que eles mesmos falam, o site do time é www.coritiba.com.br . O Coritiba FC foi fundado em 12 de outubro de 1909, ou seja, festejou, esse ano seu primeiro centenário.
O clube nasceu graças a Frederico Fritz Essenfelder, um dos membro de um grupo de atletas que praticavam ginástica, que apareceu com uma bola e apresentou o jogo aos colegas.
Logo, todos estavam completamente apaixonados pelo esporte e decidiram fundar um clube só de futebol. Nascia o Coritibano Football Club, que em 23 de outubro de 1909, teve seu primeiro jogo contra um time de funcionários da estrada de ferro de Ponta Grossa. Abaixo, a foto do time que jogou sob o nome Coritibano:
Até 1916, usou a área do Jóquei Clube Paranaense como campo.
Em 1910, o nome do clube foi alterado para Coritiba, grafia européia, utilizada na época para designar a cidade. As cores, verde e branco, são uma referência às da bandeira do estado. Em 1915 o clube participa de sua primeira competição oficial, e no ano seguinte, conquistou seu primeiro título, no campeonato estadual.
O time é popularmente chamado de “Coxa Branca”, devido aos seus primeiros times serem formados basicamente por descendentes de alemães. Um dos possíveis criadores do apelido seria Jofre Cabral e Silva (torcedor e anos mais tarde, presidente do rival Atlético Paranaense) que tentava irritar o zagueiro Hans Breyer, chamando-o de “Coxa Branca”. As décadas de 20 e 30, trouxeram muitas novas conquistas ao clube, mas sem dúvida, o maior presente foi a inauguração do Estádio Belfort Duarte, em 1932.
Não dá pra resumir em um único post tanta história, então só para citar, os anos 40, 50 e 60 foram repletos de títulos e conquistas. Em 1969 o Coritiba faz a primeira excursão para o exterior. No ano seguinte, montou um time cheio de estrelas, visando aumentar o público e assim conseguir recursos para ampliação do Estádio Belfort Duarte. A década de 70 é chamada de década de ouro, graças a hegemonia conquistada no futebol paranaense. Conquista um hexacampeonato estadual, maior seqüência de vitórias na história do profissionalismo no futebol paranaense, e chega em quinto lugar na primeira edição do campeonato brasileiro, de 1971.
Em 1977, o nome do estádio é alterado para Major Antônio Couto Pereira, em homenagem ao falecido presidente do clube.
A década de 80 inicia-se em alto estilo, e o Coxa fica em terceiro no campeonato brasileiro de 1980. Mas o grande ano do time é 1985. Com um elenco modesto (do qual fazia parte o goleirão Rafael, e seu bigodão, que dizem terperdido a orelha num jogo, ao enroscar-se com a rede do gol…), e comandados por Ênio Andrade o Coritiba chega a final contra o não menos desacreditado Bangu.
A final, em pleno Maracanã é decidida nos penaltys. Veja como foi:
Campeão nacional, o Coxa participa da Libertadores da América de 1986, mas faz uma campanha discreta. Em 1987, lembro bastante do Coritiba porque ele foi um dos times a disputar a Copa União (e consequentemente estar em um dos melhores álbuns de figurinhas de futebol).
Em 1988 o Coritiba quase cai para a segunda divisão paranaense. Em 1989, após perder o mando de campo, o time foi obrigado a enfrentar o Santos em Juiz de Fora, um dia antes de jogar contra o Vasco. O time compra a briga e ganha na justiça comum o direito de adiar a partida. Assim, não enfrenta o Santos e como punição é rebaixado pela CBF para a Série B. O time só retornaria à primeira divisão em 1995, no último jogo sendo disputado contra nada menos que o rival Atlético Paranaense, e veja como foi:
Em 1997, o Coxa é campeão do Festival Brasileiro de Futebol. Em 1998, foi eliminado pela Portuguesa nas quartas-de-final do brasileirão, na época do “melhor de 3”. Em 2002, brilha como uma das melhores equipes do campeonato brasileiro e lança o projeto de clube-empresa. Em 2003 chega em quinto no Campeonato Brasileiro e conquista o direito de disputar a segunda Libertadores da América de sua história. Mas no ano seguinte é novamente eliminado precocemente da competição sulamericana. Em 2005, o time foi rebaixado para a Série B da competição, assim como Atlético Mineiro, Paysandu e Brasiliense. Em 2007, conquista o acesso à Serie A do Campeonato Brasileiro, sagrando-se campeão da Série B .
Em 2009, o time está lutando para não cair novamente.
Como estivemos por Curitiba no fim do ano passado, eu e a Mari não resistimos em fazer um tour pelo Estádio..
A Mari se encantou com o estilo old school do Estádio do Coxa.
A arquibancada é mesmo muito grande, principalmente quando você está sozinho no estádio…
Fomos muito bem recebidos pelo assessor de imprensa do clube, mesmo sendo no mesmo dia em que ele iria apresentar o novo técnico do time (na época Ivo Wortmann)
Essa foto abaixo é um poster que está na parte interna do estádio. Maravilhoso não?
O estádio Major Antônio Couto Pereira é o maior do Paraná, e hoje tem capacidade para 37.182 pessoas. Vale lembrar que alguns torcedores o chamam de Alto da Glória (nome do bairro). O mascote do Coritiba é um velhinho, o Vovô Coxa, em alusão ao time ser o mais antigo do Paraná:
Fica nossa homenagem e respeito aos 100 anos de existência do Coritiba FC.