Domingo, 14 de maio, dia das mães, mas elas sabem que podem esperar, afinal é dia de dar um rolê até Limeira, e registrar a partida entre o Independente de Limeira e o Mogi Mirim, no Estádio Comendador Agostinho Prada, o “Pradão”.
Peguei meu ingresso ali na secretaria mesmo, mas está aí a antiga bilheteria:
O Estádio é a casa do Independente FC, fundado em 19 de janeiro de 1944.
Antes de entrar, vamos dar uma olhada em dois troféus que estão ali na secretaria do clube.
Esse mais recente é do vice campeonato da série A3 de 2014:
O time começou sua história disputando amistosos e torneios regionais, mas em 1972, passou a jogar o profissional, estreando no Campeonato da Segunda Divisão (que equivale à terceira divisão). Em 1973, foi campeão deste campeonato, conquistando direito a disputar a Divisão Intermediária (o segundo nível do campeonato), porém não pôde jogar porque seu estádio tinha limite para 2 mil torcedores. Em 1975, houve uma mobilização da cidade para construir as arquibancadas do Estádio Municipal Agostinho Prada, o Pradão, aumentando sua capacidade para 10 mil lugares.
Então pra quem tem curiosidade de saber como é o estádio, vem comigo no caminho pra arquibancada do Pradão!
Quanto custou o ingresso? R$ 20 a inteira e R$ 10 a meia entrada.
Que bela manhã para uma partida!
Ideal para encontrar os amigos, familiares e até mesmo o companheiro de quatro patas!
Sinta um pouco o clima da arquibancada:
Quem deu o tom na bancada durante a partida foi o pessoal da Galo Beer!
Sempre que alguém critica as organizadas eu lembro que se não fosse por elas, os estádios atuais estariam muito desanimados.
A arquibancada estava bem bonita e com um ótimo clima! Ainda que o público não tenha sido dos maiores ( uma realidade do futebol brasileiro, principalmente no quarto nível do Campeonato Paulista), acompanhar o IndependenteFC em campo é um passeio que agrada diferentes perfis: da turma mais velha aos mais novos, meninos e meninas… As famílias de Limeira tem no Pradão a certeza de um rolê que permite momentos de interação cada dia menos comuns nesse mundo tão corrido…
Outro ponto curioso, é que o Estádio Comendador Agostinho Prada tem uma área bacana, e permite a presença na área lateral e também atrás do gol lá próximo ao bar. Foi de lá que eu fiz essa foto:
Na outra lateral, a área dedicada à imprensa, diretoria e demais convidados especiais.
Mais um estádio incrível com uma linda história e que merece mais apoio e maior presença do público.
O Independente é um time que mantém uma forte base de torcedores. Surpreende o número de pessoas com a camisa do time!
Aqui, o gol da direita:
O gol da esquerda:
O meio campo:
Muito bacana poder participar de um dia desses.
Olha os bancos de reservas:
O time do Independente começou o jogo nervoso e em uma falta da intermediária, o goleirão espalmou uma cabeçada para dentro da área e o atacante do Mogi Mirim não perdoou: Sapão 1×0. Com o gol eu encontrei a torcida do Mogi, não láááá atrás do gol, mas na lateral.
Fim do primeiro tempo e é hora de conhecer o bar do Estádio Pradão.
E nem as lindas faixas da torcida local, ajudaram… Mesmo enquanto o Independente jogava melhor, o Mogi fez 2×0 e praticamente matou o jogo…
A diretoria do time local (parece que eram eles) ficou louca lá naquela área do “predinho”.
A torcida deu uma desanimada, mas manteve o apoio até o fim.
Abril de 2023. Depois de 11 anos, voltamos à Mogi Mirim para rever o Estádio Vail Chaves, a casa do Mogi Mirim EC (essa foi a parte 1 deste post, confira aqui como foi).
Mas ainda havia mais futebol em Mogi! Talvez poucos se lembrem, mas a cidade teve um outro time que também se aventurou no futebol profissional, o Clube Atlético Mogiano, fundado em 4 de janeiro de 1978.
O time nasceu para disputar logo de cara a Terceira Divisão de 1978 (o quinto nível do Campeonato Paulista), o que permitiu o primeiro (e até então único) dérbi no Estádio Municipal Angelo Rotoli, o “Tucurão“.
O time terminou à frente do rival citadino Mogi Mirim EC, mas o time acabou extinto.
E é claro que fomos até lá para conhecer e registrar o Estádio Angelo Rotoli, o “Tucurão“!
Claro que o Tucurão não nasceu para apenas receber as partidas do CA Mogiano por um ano, ele é muito mais antigo, é a casa da tradicionalíssima Associação Atlética Tucurense, fundada em 1919.
Conhecida pelo apelido de “Veterana”, a AA Tucurense já foi chamada de Tucura Futebol Clube.
Logo na entrada do Estádio você já é apresentado ao Alvinegro da Zona Norte!
O estádio possui um belo lance de arquibancadas em uma de suas laterais.
Existem dois espaços para a transmissão das partidas, um na lateral da arquibancada…
E um segundo na outra lateral:
Aqui, o meio campo, com vista para a arquibancada e o sistema de iluminação:
O gol da esquerda, com o ginásio ao fundo:
E o da direita:
Opa! Vale registrar a presença em mais um templo sagrado do futebol!
Mas não há espaço para a torcida na outra lateral.
Gramado bem cuidado, o zelador tem feito um bom trabalho!
A arquibancada também parece bem cuidada!
Olha aí que legal a camisa retrô que a Aktion lançou:
Agradecemos aos deuses do futebol mais uma oportunidade!
Abril de 2023. Lá se vão 11 anos da final do Troféu do Interior Paulista de 2012 no Estádio Vail Chaves, a casa do Mogi Mirim EC. Vale relembrar algumas imagens..
Há séculos, Mogi Mirim foi o território de indígenas de diferentes etnias, principalmente da etnia Kayapó, (do grupo Jê, os “tapuias”) que segundo o livro Indígenas em São Paulo, de Benedito Prezia, chegaram a atacar a cidade de Jundiaí no início do século XVII. O próprio nome é de origem indígena (tupi) e significa Pequeno Rio das Cobras. Aqui, atuais Kaiapós do interior paulista (foto de uma matéria da Revide).
Mas, assim como várias cidades, a região foi invadida por portugueses e por seus filhos, muitos deles frutos das relações com as indígenas. No século XVIII ergue-se a Igreja Matriz de São José e logo a região se torna Freguesia de São José de Mogi Mirim, depois Vila até chegar a Município, em 1769, desmembrado da antiga vila de Jundiaí.
Mas, para nós, o verdadeiro templo sagrado da cidade é o Estádio Vail Chaves, a casa do Mogi Mirim EC.
Já falamos da camisa e da história do Mogi Mirim (veja aqui como foi).
Como disse no início do post, também estivemos lá vendo a conquista do Troféu do Interior em 2012 – veja aqui como foi.
A história do Mogi Mirim Esporte Clube é riquíssima! Fundado oficialmente em 1º de fevereiro de 1932, mas com uma grande polêmica que diz que esta data foi apenas uma “reorganização” do então Mogy-Mirim Sport Club, fundado em de outubro de 1903. Enfim… o Sapão tem muita história!
O time começou disputando partidas amistosas e em 1943, fez sua estreia no Campeonato Amador do Interior, na 6a região (uma das mais difíceis!).
Jogou ainda outras edições, como em 1944 e 45. Se profissionaliza em 1954, estreando na recém-criada Terceira Divisão. Estreou chamando a atenção, classificando-se para a segunda fase, tendo que vencer a Itapirense em um jogo desempate.
A segunda fase apresentou adversários ainda mais difíceis e acabou não chegando a final.
Em 1955, terminou em último lugar na primeira fase e em 1956, abandonou a competição antes mesmo do seu início. Em 1957 retorna ao Campeonato, mas termina em terceiro, sem se classificar, mesma posição de 1958, quando abandonou o profissionalismo. Retorna ao terceiro nível do futebol paulista em 1970, fazendo uma campanha incrível na primeira fase, com apenas uma derrota em 18 jogos!
Aí acontece aquelas coisas que a gente nunca entende… Ao invés de dois jogos semifinais, a sequência é uma semi final em jogo único, e campo neutro (Araraquara) contra o Sertãozinho, que bate o Mogi por 1×0.
Em 1971 e 72, campanhas pífias. Em 1973, novamente se classifica para a segunda fase.
A fase seguinte é um quadrangular, onde o time termina em terceiro.
Em 1974, mais uma campanha fraca, e em 1975, a Terceira Divisão não chega ao fim, desanimando o Mogi que só volta a jogar, agora o quarto nível do Campeonato, em 1977, mas ainda assim com mais uma campanha fraca.
Em 1978e 79 também fez campanhas fracas sem se classificar para a fase seguinte. Em 1980 faz uma campanha bacana, mas apenas um time dos 17 times do grupo se classificou para a fase final.
Em 1981, Wilson Fernandes de Barros passa a fazer parte do comando administrativo do clube, e com seus investimentos, a equipe se torna mais competitiva!
Já no mesmo ano, os resultados começaram a aparecer, o time foi campeão do primeiro turno:
O 2o turno fico com o Guaçuano, e na decisão o time de Mogi Guaçu levou a melhor e se classificou para a fase final de 81.
A boa campanha levou o Mogi Mirim à segunda divisão de 82, onde fez mais uma boa campanha, chegando até a fase final de grupos. Em 1983 e 84, a segunda divisão foi longa e confusa, o Mogi Mirim novamente teve boa campanha mas sem chegar à fase final. Até que chegamos em 1985.
Um primeiro turno inacreditável: 24 jogos e 2 derrotas apenas, fazendo com que o time se classificasse em 1º!
A segunda fase foi um quadrangular e dessa vez: nenhuma derrota! Vamos à fase final!
A última fase também se tornou inesquecível!! Com uma campanha irretocável o Mogi Mirim sagrou-se campeão da segunda divisão, classificando-se para a primeira divisão!
Sua estreia na Primeira Divisão em 1986foi mediana, mas o suficiente para manter-se na elite para mais um ano.
As campanhas de 1987 e 88 mantiveram esse perfil mediano, mas em 1989, disputou a primeira fase no Grupo 1 (sem os times da capital) e pela primeira vez classificou-se para o quadrangular final em 1ºlugar!
Mas a fase seguinte foi um triangular ao lado de Santos e Corinthians, e ele acabou desclassificado. Em 1990, fez uma campanha similar e em 1991 termina em último do seu grupo. Em 1992, mais uma vez terminou a primeira fase em primeiro lugar e termina eliminado no quadrangular final.
Mas este time entrou pra história com um esquema tática trabalhado pelo saudoso treinador Osvaldo Alvarez, o Vadão.
Esse time ficou conhecido como o “Carrossel Caipira”! Em 2010, este time foi tema do documentário “Carrossel Caipira: o fenômeno tático do interior“.
Ainda em 1992, conquistou a “Copa 90 Anos da Federação Paulista de Futebol”.
Em 1993, jogando no grupo dos times da capital, o Mogi não conseguiu obter a classificação para a segunda fase.
O Mogi Mirim EC foi onde o craque Rivaldo apareceu pro mundo do futebol. Se liga na torcida ao fundo, em especial às bandeiras da Mancha Vermelha!
Em 1994, termina em 14º e acaba rebaixado para a 2a divisão. Em 1995, conquista novamente o campeonato e volta à primeira divisão, onde faz campanhas medianas de 1996 a 98. Em 1999, classifica-se para a segunda fase, como líder do seu grupo.
Mas não conseguiu se classificar à fase final.
Em 2000, outra campanha mediana. Em 2001, volta a ser rebaixado para a série A2, mas a mudança na fórmula do campeonato mantém o time na A1 de 2002. Entre 2003 a 2005 segue com campanha frágeis, até que em 2006 acaba rebaixado para a A2. Em seu ano do retorno faz uma boa campanha, classificando-se em 3º na primeira fase…
E terminando em segundo na fase semifinal da A2 de 2008, conquistando o acesso à série A1!
De volta à série A1, as campanhas seguem medianas, entre 2009 e 2011, mas em 2012 conquista o Troféu do Interior. Estivemos em Mogi naquela noite, veja aqui como foi!
Em 2013, mais um momento histórico, o Mogi Mirim classifica-se às quartas de final em 2º lugar!
Nas quartas, bate o Botafogo-SP por 6 a 0 e acaba eliminado nos pênaltis pelo Santos, na semifinal!
Outra boa notícia em 2013, foi o título do campeonato paulista sub-20!
Em 2014 foi mal no Paulista, mas disputando a série C do brasileiro, conquista a vaga à Série B.
Em 2015, uma campanha sem grandes surpresas no paulista, mas na Série B, termina na última colocação e foi rebaixado à Série C.
E aí começa o tormento do torcedor do Mogi… Em 2016, o Mogi Mirim foi rebaixado mais uma vez para a Série A2. Em 2017, cai pra Série A3 e no Brasileiro acaba rebaixado para a Série D. Em 2018, o Estádio Vail Chaves foi interditado e o Mogi mandou seus jogos em Itapira. Assim, acaba caindo para a 4ª divisão do Paulistão. Em 2019, se licenciou de competições profissionais. Em 2021, retornou ao futebol profissional, na Quarta Divisão, mas termina na última colocação, levando o time a se licenciar novamente em 2022, e agora, em 2023, onde estreou com derrota.
Ufa… Tanta história faz por merecer uma nova visita ao Estádio Vail Chaves!
O Estádio Vail Chaves já teve momentos mais poderosos… Veja a quantidade de bilheterias:
Existe uma loja no próprio Estádio, o Shopping Mogi!
O espaço dedicado à lanchonete também está por lá:
E ali fica a secretaria:
Hora de dar um rolê pelo estádio, vamos lá?
Atualmente, o Estádio tem capacidade para 19.900 torcedores.
O nome homenageia Vail Chaves, que ajudou a adquirir o terreno do estádio, nos anos 30.
Mas o campo só foi inaugurado em 7 de julho de 1981, na vitória do Mogi por 4 a 2 sobre o Palmeiras.
O nome durou até 1999, quando o então presidente Wilson Fernandes de Barros achou justo uma homenagem rebatizando o estádio com seu nome, afinal ele havia investido muita grana no time e até mesmo construído novas arquibancadas de concreto, nos anos 80.
Se a auto homenagem já foi esdrúxula, a mudança seguinte foi ainda mais esquisita: Wilson teve mulher e filha sequestradas, e prometeu que, caso as duas fossem devolvidas, chamaria o estádio de Papa João Paulo II. E elas foram libertadas.
Estive lá também nessa época registrando uma foto do nome:
A última troca aconteceu assim que Rivaldo assumiu a presidência do Mogi Mirim, em 2011. O craque decidiu homenagear o pai e batizou o estádio de Romildo Vitor Gomes Ferreira. A mudança irritou torcedores e causou um distanciamento entre cidade e clube.
Em 2016, o estádio voltou ao seu nome original.
O título que acompanhamos em 2012, hoje está registrado no próprio estádio!
Graças à sua estrutura, o Estádio Vail Chaves foi utilizado várias vezes por outros times, como em 2005, com União São João de Araras 1×6 Corinthians e Santos 0x0 São Paulo. Em 2007, recebeu São Paulo 2×2 Marília e em 2011, o clássico San-São pela última rodada do Brasileirão (São Paulo 4×1 Santos):
Por fim, um abraço ao pessoal da Mancha Vermelha que segue no apoio incondicional ao time!
Sábado, 12 de maio de 2012. Tarde fria e escura pelo interior paulista.
Enquanto a maioria dos torcedores e da mídia esportiva aguardava a chegada do domingo para a final do Paulistão 2012, nós dirigíamos pela estrada vicinal que liga Arthur Nogueira a Mogi Mirim, empolgados para acompanhar a final do Troféu do Interior Paulista.
Chegar ao estádio num dia desses é emocionante. E a diretoria do Sapão ajudou, colocando os ingressos a preços honestos: R$ 20 e R$ 10 (a meia entrada).
É ótimo ver que ainda tem gente se empolgando com o time da cidade, mesmo que parte desses torcedores só apareçam na final.
O Estádio Romildo Vitor Gomes Ferreira (antigo Papa João Paulo II) não estava completamente cheio, mas pelo que eu conversei com alguns torcedores, foi o jogo de maior público local do ano.
E cada um buscou levar as cores e símbolos do Mogi Mirim, como possível. Camisas, faixas, bandeiras…
O clima de festa estava no ar. O placar do primeiro jogo, uma vitória por 4×2, em Bragança Paulista, deixou todo mundo pronto pra festa.
E lá estávamos nós acompanhando mais uma página histórica do futebol paulista.
A torcida Mancha Vermelha fez uma festa muito bonita. Lá ao fundo dá pra ver o bandeirão deles.
Mas não foi só o bandeirão que ajudou a fazer a festa. Olha o show que eles deram, nas arquibancadas:
E ta aí a faixa deles, presente em todos os jogos do Mogi!
Como eu gosto de frisar, além das organizadas, haviam muitos torcedores “comuns” ou como eu prefiro chamar “autônomos”, que moram na cidade e estavam ali para acompanhar a sua cultura local!
Ah, e tinha até uma banda que ficou tocando o tempo todo…
O mascote do Mogi fez a festa da criançada e até dos marmanjos que acham graça em ver o Sapão ali em carne, fantasia e ossos…
E para quem acha que não faz sentido torcer por um time que não seja São Paulo, Palmeiras, Santos ou Corinthians, fica aí mais uma opinião sobre o que é torcer para o time da sua cidade…
O time do Mogi começou com tudo e logo de cara fez 2×0, ainda no primeiro tempo, deixando claro que a noite seria de comemoração.
A festa só não foi maior, porque depois de dar um penalty para o Mogi, o juiz fez que não viu, pelo menos outros dois e o Bragantino ainda viria diminuir com um gol no final do primeiro tempo.
Mas a missão do Bragantino era muito difícil, já que havia sido derrotado em seus domínios no primeiro jogo. Mesmo assim, alguns torcedores de Bragança compareceram para defender, apoiar e cobrar seus jogadores.
E se a torcida foi exemplo de superação, o Bragantino tem ainda em seu banco de reservas, outro motivo de orgulho: o técnico Marcelo Veiga, atualmente o treinador há mais tempo comandando uma equipe, no Brasil, a frente do time desde 2007.
É sempre com muito respeito às duas equipes e torcidas que a gente procura mostrar esse lado do futebol, muitas vezes deixado de lado pela grande mídia. Sabemos que para nós e para os torcedores, são momentos mágicos, de eterna lembrança!
Outra figuraça que não podia deixar de ser citada é o Anderson, goleiro do Mogi Mirim, que após ter se machucado no jogo de ida, preferiu jogar com um capacete de proteção dando uma cara de de maluco pra ele hehehehe.
O jogo passou rápido. Estava bom e cheio de gols! A certa hora do jogo eu confesso que até perdi a conta..
O placar acabou em outro 4×2, para o delírio do pessoal de Mogi.
Parabéns pela festa!
Da série “Culinária de estádio”, destaque para a pipoca quentinha, servida atrás do gol…
Ah, a polícia estava presente, como sempre, para sua proteção…
Mogi Mirim dormiu contente. Como deveria ser. Assim como o pessoal do próprio Bragantino, que também representou bem a cidade.
Era o penúltimo jogo do interior paulista pela série A1 de 2012. Na tarde seguinte, o Guarani iria disputar o segundo jogo da final contra o Santos.
Ao final, mais do que festa, ficam os parabéns para a torcida, aplausos para quem realmente faz a festa do futebol no interior. O futebol ainda sobrevive nos estádios escondidos dos holofotes da grande imprensa…
Há 3 meses estou devendo contar um pouco das minhas duas últimas viagens de 2008 (natal e fim de ano), então tomo vergonha na cara pra contar sobre o lado boleiro da nossa viagem natalina de 2008.
Tínhamos pouco tempo, já que queríamos passar a noite de natal (24/12) com a família da Mari, em Cosmópolis, e o almoço do dia 25 com a minha, em Santo André. Assim, decidimos fazer um rolê curto, pelo interior de São Paulo até o sul de MG, parando em São João da Boa Vista.
Foi lá que entrevistei o Paulinho Mclaren, se não viu a entrevista, veja abaixo um trecho ou assista inteira aqui.
Fomos conhecer a sede da Sociedade Esportiva Sanjoanense. Se eu conseguir a camisa deles, mais tarde faço um post sobre o clube que em 1947, enfrentou o Flamengo em um amistoso, onde o time carioca goleou por 6 x 1.
O campo possui um belo gramado, e é um apena a Esportiva ter se desligado do futebol profissional.
As primeiras partidas de futebol, ainda nos anos 20, eram praticadas no Largo da Liberdade, atual Praça Rui Barbosa, em frente à Estação Ferroviária. O primeiro clube de futebol foi o Sport Club Sanjoanense, jogando em campos ora na Avenida Dona Gertrudes, ora na Praça Joaquim José e Rua Martins Cintra (atual Avenida João Osório), este o último palco para a prática do esporte antes do desaparecimento precoce da agremiação.
A partir daí, algumas equipes a sucederam, entre elas a Associação Atlética São João, que daria origem à Sociedade Esportiva Sanjoanense.
Em 1921, a Sociedade Esportiva Sanjoanense ganhou o título de “Campeã da Mogiana”, durante as disputas do Campeonato do Interior, certame este em que ficou, na classificação geral, com a segunda colocação.
Surgiu então o slogan “Tigres da Mogiana”, idéia do jornalista Nage. No ano seguinte, o bicampeonato da região da Mogiana e o segundo vice-campeonato do Estado de São Paulo, motivos mais que suficientes para a agremiação obter reconhecimento e respeito entre os grandes times interioranos.
De São João da Boa Vista, fomos para Águas da Prata, pequena e bela cidade, onde a água fala mais alto que o futebol.
Após beber um monte de águas com sabores, cheiros, temperaturas e recomendações diferentes, e tomar banho em umas duas cachoeiras, segui para Poços de Caldas.
Antes mesmo de buscar um hotel, fomos conhecer o Ronaldão, estádio onde a Caldense se sagrou campeã mineira em 2002. Assim como a maioria dos estádios brasileiros, o Ronaldão está mal conservado, mas mantém todo seu charme e valor.
Nem bem deixei as coisas no hotel fui conhecer o clube da Caldense, que fica ali no centro da cidade. Muito bonito, e aparentemente bem gerido, o clube apresenta o mesmo problema da maior parte dos clubes que misturam o lado social com o futebol.
O pessoal do social parece não entender que existe um time, com admiradores que não são necessariamente sócios, mas que gostariam de ver uma sala de troféus ou ao menos comprar uma camisa.
Passei por um pequeno calvário, mas consegui. Se quiser saber mais sobre o time, leia o post que fiz sobre a camisa aqui.
Ao menos, na saída do clube, fui informado que a cidade possuia desde 2007 um novo time, o Vulcão (leia sobre a camisa aqui). E pude perceber que se a Cadense representa aquele amor tradicional as origens do futebol em Poços, o Vulcão apresenta o lado da novidade, da gestão mais popular, mais midiática, mais planejada. REsumindo, agora a cidade conta com um belo derby.
Ah, vale lembrar que o bicampeão Mundial Mauro Ramos de Oliveira é nascido em Poços de Caldas, e tem uma estátua na cidade (ok, foto de turista hehehe):
Bom, claro que não foi só de futebol meu passeio. Aproveitei o clima, subi montes, entrei em cachoeiras, comi doces, aproveitei a última sessão do cinema da cidade, transformado em igreja no dia seguinte (ainda postarei essa história aqui) e pude comprovar algumas das maravilhas que fazem de Poços uma cidade turística tão legal.
Bom, mas o natal se aproximava e era hora de começar a voltar. Corri para dar tempo de conhecer um pouco mais das cidades entre Poços de Caldas e Cosmópolis, e assim, fomos tomar café da manhã em Espírito Santo do Pinhal.
Aproveitamos pra conhecer os estádios da cidade, onde jogou o Ginásio Pinhalense de Esportes Atléticos, cuja camisa eu não tenho e estou a procura.
Os estádios são o Estádio Dr. Fernando Costa e o Estádio Municipal Prefeito José Costa que surpreende pela capacidade e porte.
Achei uma pequena trilha atrás do estádio que por um instante parecia levar a alguma maravilha da natureza, mas que pra nossa tristeza, acabou nos levando a uma oficina mecânica, graças às pedras da estrada que conseguiram quebrar nosso carro.
Traumatizados pelo incidente, decidimos dormir em Mogi Guaçú, cidade que nasceu às margens do rio que lhe empresta o nome. Aliás, nome indígena, Tupi Guarani, que significa “Rio Grande das Cobras”. O time da cidade é o Clube Atlético Guaçuano.
Fomos conhecer o Estádio Alexandre Augusto Camacho, o campo do Guaçuano, um estádio pequeno (capacidade de 5 mil pessoas) e que tem tudo pra se transformar em um alçapão se a torcida comparecer.
Rodando por algumas lojas de material esportivo, consegui uma camisa do time, que em breve publico aqui. Fiquei triste em saber que o time está passando por muitas dificuldades pra seguir no profissionalismo, infelizmente uma coisa comum aos clubes do interior.
Só pra não deixar passar, o que eu achei mais curioso na cidade foi o número de anúncios de fogos der artifício espalhados via faixas, cartazes, lambe-lambe e até outdoors.
O fim do passeio era iminente, e aceleramos para poder passarmos por Mogi Mirim, antes de comemorar o natal.
Afinal, eu já havia até ganhado uma camisa do Gabriel, lá em São João da Boa Vista, e precisava no mínimo tirar uma foto do papa. O belíssimo Estádio Papa João Paulo. E assim fizemos.
Já era quase noite do dia 23, e ainda conseguimos avistar o Estádio Municipal de Artur Nogueira, o Balneário Guilherme Carlini, mas já não haviam pilhas na máquina pra fotografá-lo. Faremos isso em breve.
Bom, daí, foi só curtir o Natal em Cosmópolis com a família da Mariana e seguir pra Santo André, almoçar com a minha família. Mas… o ano ainda não havia acabado e eu continuava de férias, o que pedia uma segunda aventura…