
Sexta feira, 18 de agosto de 2023.
Fazia algum tempo que não ia ao Estádio Municipal Giglio Portugal Pichinin, o tradicional “Baetão”. Assim, aproveitei a oportunidade de estar lá e ainda poder rever o VOCEM, time que tem papel importante na minha família!

É a penúltima rodada desta fase, e ambos os times tem chances de se classificar, portanto, o clima é bem legal e até que tem um público interessante para um jogo sub 20..

Lá vem os times…

Momento de concentração para esses garotos que sabem a importância dessa competição para a carreira deles…


E vai começar o jogo!

O time local começa mandando no jogo!
O EC São Bernardo cria várias chances e antes da parada técnica abriu o placar em uma jogada aérea.
O EC São Bernardo tem várias iniciativas legais, mas vale reforçar uma que eu acho muito foda: o time down!
Fica aqui os parabéns pelo 3º lugar na Copa do Brasil, o primeiro campeonato disputado.

Mas voltando à partida de hoje, o time soube se defender quando precisou!

Desde que o Cachorrão passou a usar mais o Baetão como casa, eles pintaram as arquibancadas de preto e branco e ficou animal! Aqui a visão do meio campo:

O gol da esquerda, onde está o portão principal do estádio:

E o gol da direita:

Aqui, a arquibancada coberta:

A camisa do VOCEM é muito bonita! Veja aqui o post que fizemos sobre ela!

Lá do outro lado estão os bancos de reserva e as comissões técnicas

Olha aí o goleiro visitante!

Após o gol, o jogo ficou mais parelho e o VOCEM decidiu atacar mais:
Mas o time do EC São Bernardo soube segurar a partida…


Os jogos nas categorias de base são sempre muito corridos.
O VOCEM ficou em cima até o fim do primeiro tempo!

Olha quantos prédios cercam o Estádio, algo que não existia 20 anos atrás…

O jogo se encaminhou para o final mantendo o placar inicial.

O próximo jogo do VOCEM é contra o Mogi Mirim, que está punido pela Federação, o que significa 3 pontos garantidos. Já o Cachorrão enfrenta o forte Mirassol(que amanhã ganha mais três pontos pois jogaria contra o Mogi). Só aí conheceremos os dois classificados!

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Série B do Campeonato Paulista 2023: Independente FC 0x2 Mogi Mirim EC

Domingo, 14 de maio, dia das mães, mas elas sabem que podem esperar, afinal é dia de dar um rolê até Limeira, e registrar a partida entre o Independente de Limeira e o Mogi Mirim, no Estádio Comendador Agostinho Prada, o “Pradão”.

Peguei meu ingresso ali na secretaria mesmo, mas está aí a antiga bilheteria:

O Estádio é a casa do Independente FC, fundado em 19 de janeiro de 1944.

Antes de entrar, vamos dar uma olhada em dois troféus que estão ali na secretaria do clube.

Esse mais recente é do vice campeonato da série A3 de 2014:

O time começou sua história disputando amistosos e torneios regionais, mas em 1972, passou a jogar o profissional, estreando no Campeonato da Segunda Divisão (que equivale à terceira divisão).
Em 1973, foi campeão deste campeonato, conquistando direito a disputar a Divisão Intermediária (o segundo nível do campeonato), porém não pôde jogar porque seu estádio tinha limite para 2 mil torcedores.
Em 1975, houve uma mobilização da cidade para construir as arquibancadas do Estádio Municipal Agostinho Prada, o Pradão, aumentando sua capacidade para 10 mil lugares.

Então pra quem tem curiosidade de saber como é o estádio, vem comigo no caminho pra arquibancada do Pradão!
Quanto custou o ingresso? R$ 20 a inteira e R$ 10 a meia entrada.

Que bela manhã para uma partida!

Ideal para encontrar os amigos, familiares e até mesmo o companheiro de quatro patas!


Sinta um pouco o clima da arquibancada:
Quem deu o tom na bancada durante a partida foi o pessoal da Galo Beer!

Sempre que alguém critica as organizadas eu lembro que se não fosse por elas, os estádios atuais estariam muito desanimados.

A arquibancada estava bem bonita e com um ótimo clima!
Ainda que o público não tenha sido dos maiores ( uma realidade do futebol brasileiro, principalmente no quarto nível do Campeonato Paulista), acompanhar o Independente FC em campo é um passeio que agrada diferentes perfis: da turma mais velha aos mais novos, meninos e meninas…
As famílias de Limeira tem no Pradão a certeza de um rolê que permite momentos de interação cada dia menos comuns nesse mundo tão corrido…

Outro ponto curioso, é que o Estádio Comendador Agostinho Prada tem uma área bacana, e permite a presença na área lateral e também atrás do gol lá próximo ao bar. Foi de lá que eu fiz essa foto:

Na outra lateral, a área dedicada à imprensa, diretoria e demais convidados especiais.

Mais um estádio incrível com uma linda história e que merece mais apoio e maior presença do público.

O Independente é um time que mantém uma forte base de torcedores. Surpreende o número de pessoas com a camisa do time!

Aqui, o gol da direita:

O gol da esquerda:

O meio campo:

Muito bacana poder participar de um dia desses.

Olha os bancos de reservas:


O time do Independente começou o jogo nervoso e em uma falta da intermediária, o goleirão espalmou uma cabeçada para dentro da área e o atacante do Mogi Mirim não perdoou: Sapão 1×0.
Com o gol eu encontrei a torcida do Mogi, não láááá atrás do gol, mas na lateral.

Fim do primeiro tempo e é hora de conhecer o bar do Estádio Pradão.

E nem as lindas faixas da torcida local, ajudaram… Mesmo enquanto o Independente jogava melhor, o Mogi fez 2×0 e praticamente matou o jogo…

A diretoria do time local (parece que eram eles) ficou louca lá naquela área do “predinho”.

A torcida deu uma desanimada, mas manteve o apoio até o fim.

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]]>O futebol em Mogi Mirim (SP) – Parte 2: o Estádio Municipal Angelo Rotoli, o "Tucurão".
Depois de 11 anos, voltamos à Mogi Mirim para rever o Estádio Vail Chaves, a casa do Mogi Mirim EC (essa foi a parte 1 deste post, confira aqui como foi).

Mas ainda havia mais futebol em Mogi! Talvez poucos se lembrem, mas a cidade teve um outro time que também se aventurou no futebol profissional, o Clube Atlético Mogiano, fundado em 4 de janeiro de 1978.


O time nasceu para disputar logo de cara a Terceira Divisão de 1978 (o quinto nível do Campeonato Paulista), o que permitiu o primeiro (e até então único) dérbi no Estádio Municipal Angelo Rotoli, o “Tucurão“.

O time terminou à frente do rival citadino Mogi Mirim EC, mas o time acabou extinto.

E é claro que fomos até lá para conhecer e registrar o Estádio Angelo Rotoli, o “Tucurão“!
Claro que o Tucurão não nasceu para apenas receber as partidas do CA Mogiano por um ano, ele é muito mais antigo, é a casa da tradicionalíssima Associação Atlética Tucurense, fundada em 1919.

Conhecida pelo apelido de “Veterana”, a AA Tucurense já foi chamada de Tucura Futebol Clube.
Logo na entrada do Estádio você já é apresentado ao Alvinegro da Zona Norte!

O estádio possui um belo lance de arquibancadas em uma de suas laterais.

Existem dois espaços para a transmissão das partidas, um na lateral da arquibancada…

E um segundo na outra lateral:

Aqui, o meio campo, com vista para a arquibancada e o sistema de iluminação:

O gol da esquerda, com o ginásio ao fundo:


E o da direita:


Opa! Vale registrar a presença em mais um templo sagrado do futebol!

Mas não há espaço para a torcida na outra lateral.


Gramado bem cuidado, o zelador tem feito um bom trabalho!


A arquibancada também parece bem cuidada!

Olha aí que legal a camisa retrô que a Aktion lançou:

Agradecemos aos deuses do futebol mais uma oportunidade!

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]]>O futebol em Mogi Mirim (SP) – Parte 1: o Estádio Vail Chaves

Este post se complementa com a sua parte 2 que fala do Estádio Municipal Angelo Rotoli, veja aqui.
Abril de 2023.
Lá se vão 11 anos da final do Troféu do Interior Paulista de 2012 no Estádio Vail Chaves, a casa do Mogi Mirim EC.
Vale relembrar algumas imagens..


Há séculos, Mogi Mirim foi o território de indígenas de diferentes etnias, principalmente da etnia Kayapó, (do grupo Jê, os “tapuias”) que segundo o livro Indígenas em São Paulo, de Benedito Prezia, chegaram a atacar a cidade de Jundiaí no início do século XVII.
O próprio nome é de origem indígena (tupi) e significa Pequeno Rio das Cobras.
Aqui, atuais Kaiapós do interior paulista (foto de uma matéria da Revide).

Mas, assim como várias cidades, a região foi invadida por portugueses e por seus filhos, muitos deles frutos das relações com as indígenas.
No século XVIII ergue-se a Igreja Matriz de São José e logo a região se torna Freguesia de São José de Mogi Mirim, depois Vila até chegar a Município, em 1769, desmembrado da antiga vila de Jundiaí.

Mas, para nós, o verdadeiro templo sagrado da cidade é o Estádio Vail Chaves, a casa do Mogi Mirim EC.

Já falamos da camisa e da história do Mogi Mirim (veja aqui como foi).

Como disse no início do post, também estivemos lá vendo a conquista do Troféu do Interior em 2012 – veja aqui como foi.

A história do Mogi Mirim Esporte Clube é riquíssima! Fundado oficialmente em 1º de fevereiro de 1932, mas com uma grande polêmica que diz que esta data foi apenas uma “reorganização” do então Mogy-Mirim Sport Club, fundado em de outubro de 1903.
Enfim… o Sapão tem muita história!

O time começou disputando partidas amistosas e em 1943, fez sua estreia no Campeonato Amador do Interior, na 6a região (uma das mais difíceis!).

Jogou ainda outras edições, como em 1944 e 45.
Se profissionaliza em 1954, estreando na recém-criada Terceira Divisão. Estreou chamando a atenção, classificando-se para a segunda fase, tendo que vencer a Itapirense em um jogo desempate.

A segunda fase apresentou adversários ainda mais difíceis e acabou não chegando a final.

Em 1955, terminou em último lugar na primeira fase e em 1956, abandonou a competição antes mesmo do seu início.
Em 1957 retorna ao Campeonato, mas termina em terceiro, sem se classificar, mesma posição de 1958, quando abandonou o profissionalismo.
Retorna ao terceiro nível do futebol paulista em 1970, fazendo uma campanha incrível na primeira fase, com apenas uma derrota em 18 jogos!

Aí acontece aquelas coisas que a gente nunca entende…
Ao invés de dois jogos semifinais, a sequência é uma semi final em jogo único, e campo neutro (Araraquara) contra o Sertãozinho, que bate o Mogi por 1×0.

Em 1971 e 72, campanhas pífias.
Em 1973, novamente se classifica para a segunda fase.

A fase seguinte é um quadrangular, onde o time termina em terceiro.


Em 1974, mais uma campanha fraca, e em 1975, a Terceira Divisão não chega ao fim, desanimando o Mogi que só volta a jogar, agora o quarto nível do Campeonato, em 1977, mas ainda assim com mais uma campanha fraca.

Em 1978e 79 também fez campanhas fracas sem se classificar para a fase seguinte.
Em 1980 faz uma campanha bacana, mas apenas um time dos 17 times do grupo se classificou para a fase final.

Em 1981, Wilson Fernandes de Barros passa a fazer parte do comando administrativo do clube, e com seus investimentos, a equipe se torna mais competitiva!

Já no mesmo ano, os resultados começaram a aparecer, o time foi campeão do primeiro turno:

O 2o turno fico com o Guaçuano, e na decisão o time de Mogi Guaçu levou a melhor e se classificou para a fase final de 81.

A boa campanha levou o Mogi Mirim à segunda divisão de 82, onde fez mais uma boa campanha, chegando até a fase final de grupos.
Em 1983 e 84, a segunda divisão foi longa e confusa, o Mogi Mirim novamente teve boa campanha mas sem chegar à fase final.
Até que chegamos em 1985.

Um primeiro turno inacreditável: 24 jogos e 2 derrotas apenas, fazendo com que o time se classificasse em 1º!

A segunda fase foi um quadrangular e dessa vez: nenhuma derrota! Vamos à fase final!

A última fase também se tornou inesquecível!! Com uma campanha irretocável o Mogi Mirim sagrou-se campeão da segunda divisão, classificando-se para a primeira divisão!

Sua estreia na Primeira Divisão em 1986foi mediana, mas o suficiente para manter-se na elite para mais um ano.


As campanhas de 1987 e 88 mantiveram esse perfil mediano, mas em 1989, disputou a primeira fase no Grupo 1 (sem os times da capital) e pela primeira vez classificou-se para o quadrangular final em 1ºlugar!

Mas a fase seguinte foi um triangular ao lado de Santos e Corinthians, e ele acabou desclassificado.
Em 1990, fez uma campanha similar e em 1991 termina em último do seu grupo.
Em 1992, mais uma vez terminou a primeira fase em primeiro lugar e termina eliminado no quadrangular final.

Mas este time entrou pra história com um esquema tática trabalhado pelo saudoso treinador Osvaldo Alvarez, o Vadão.

Esse time ficou conhecido como o “Carrossel Caipira”! Em 2010, este time foi tema do documentário “Carrossel Caipira: o fenômeno tático do interior“.
Ainda em 1992, conquistou a “Copa 90 Anos da Federação Paulista de Futebol”.

Em 1993, jogando no grupo dos times da capital, o Mogi não conseguiu obter a classificação para a segunda fase.
O Mogi Mirim EC foi onde o craque Rivaldo apareceu pro mundo do futebol. Se liga na torcida ao fundo, em especial às bandeiras da Mancha Vermelha!

Em 1994, termina em 14º e acaba rebaixado para a 2a divisão.
Em 1995, conquista novamente o campeonato e volta à primeira divisão, onde faz campanhas medianas de 1996 a 98.
Em 1999, classifica-se para a segunda fase, como líder do seu grupo.

Mas não conseguiu se classificar à fase final.

Em 2000, outra campanha mediana. Em 2001, volta a ser rebaixado para a série A2, mas a mudança na fórmula do campeonato mantém o time na A1 de 2002.
Entre 2003 a 2005 segue com campanha frágeis, até que em 2006 acaba rebaixado para a A2.
Em seu ano do retorno faz uma boa campanha, classificando-se em 3º na primeira fase…

E terminando em segundo na fase semifinal da A2 de 2008, conquistando o acesso à série A1!

De volta à série A1, as campanhas seguem medianas, entre 2009 e 2011, mas em 2012 conquista o Troféu do Interior. Estivemos em Mogi naquela noite, veja aqui como foi!

Em 2013, mais um momento histórico, o Mogi Mirim classifica-se às quartas de final em 2º lugar!


Nas quartas, bate o Botafogo-SP por 6 a 0 e acaba eliminado nos pênaltis pelo Santos, na semifinal!

A foto abaixo é do site Futebol de campo!

Outra boa notícia em 2013, foi o título do campeonato paulista sub-20!

Em 2014 foi mal no Paulista, mas disputando a série C do brasileiro, conquista a vaga à Série B.

Em 2015, uma campanha sem grandes surpresas no paulista, mas na Série B, termina na última colocação e foi rebaixado à Série C.

E aí começa o tormento do torcedor do Mogi…
Em 2016, o Mogi Mirim foi rebaixado mais uma vez para a Série A2.
Em 2017, cai pra Série A3 e no Brasileiro acaba rebaixado para a Série D.
Em 2018, o Estádio Vail Chaves foi interditado e o Mogi mandou seus jogos em Itapira. Assim, acaba caindo para a 4ª divisão do Paulistão.
Em 2019, se licenciou de competições profissionais.
Em 2021, retornou ao futebol profissional, na Quarta Divisão, mas termina na última colocação, levando o time a se licenciar novamente em 2022, e agora, em 2023, onde estreou com derrota.
Ufa… Tanta história faz por merecer uma nova visita ao Estádio Vail Chaves!


O Estádio Vail Chaves já teve momentos mais poderosos…
Veja a quantidade de bilheterias:

Existe uma loja no próprio Estádio, o Shopping Mogi!

O espaço dedicado à lanchonete também está por lá:

E ali fica a secretaria:

Hora de dar um rolê pelo estádio, vamos lá?
Atualmente, o Estádio tem capacidade para 19.900 torcedores.

O nome homenageia Vail Chaves, que ajudou a adquirir o terreno do estádio, nos anos 30.

Mas o campo só foi inaugurado em 7 de julho de 1981, na vitória do Mogi por 4 a 2 sobre o Palmeiras.

O nome durou até 1999, quando o então presidente Wilson Fernandes de Barros achou justo uma homenagem rebatizando o estádio com seu nome, afinal ele havia investido muita grana no time e até mesmo construído novas arquibancadas de concreto, nos anos 80.

Se a auto homenagem já foi esdrúxula, a mudança seguinte foi ainda mais esquisita: Wilson teve mulher e filha sequestradas, e prometeu que, caso as duas fossem devolvidas, chamaria o estádio de Papa João Paulo II. E elas foram libertadas.
Estive lá também nessa época registrando uma foto do nome:

A última troca aconteceu assim que Rivaldo assumiu a presidência do Mogi Mirim, em 2011. O craque decidiu homenagear o pai e batizou o estádio de Romildo Vitor Gomes Ferreira.
A mudança irritou torcedores e causou um distanciamento entre cidade e clube.

Em 2016, o estádio voltou ao seu nome original.

O título que acompanhamos em 2012, hoje está registrado no próprio estádio!

Graças à sua estrutura, o Estádio Vail Chaves foi utilizado várias vezes por outros times, como em 2005, com União São João de Araras 1×6 Corinthians e Santos 0x0 São Paulo.
Em 2007, recebeu São Paulo 2×2 Marília e em 2011, o clássico San-São pela última rodada do Brasileirão (São Paulo 4×1 Santos):

Por fim, um abraço ao pessoal da Mancha Vermelha que segue no apoio incondicional ao time!

