135- Camisa do Madureira

A 135ª camisa de futebol do nosso site vem do Rio de Janeiro, de um bairro da zona norte, com mais de 50 mil moradores chamado Madureira. Além de ser berço das escolas de samba Portela e Império Serrano, o bairro também conta com seu time de futebol, dono da camisa de hoje, o Madureira Esporte Clube. A história do time tem muito a ver com a vocação comercial deste simpático bairro suburbano. O nascimento do time se deu graças a um grupo de comerciantes locais, entre eles Manuel Augusto Maia, Elísio Alves Ferreira e Joaquim Braia, que se reuniram para em 1933 fundar o Madureira Atlético Clube, aproveitando a estrutura de dois clubes locais, o Fidalgo e o Magno. Encontrei poucos registros do início do clube, sabe-se que em 1936, foi vice-campeão estadual, disputando a final numa melhor de 3 contra o Vasco vencendo a primeira por 1×0 e perdendo as seguintes por 2×1. Em 1939, o time despontou como principal adversário dos grandes, ao vencer o Torneio Início. Contava com craques como Lelé, Isaias e Jair da Rosa Pinto, mas acabou fazendo uma campanha pífia. Veja que bela imagem do time, na década de 40: Aqui, uma foto do time de 1953, que não passou da primeira fase do campeonato: Em 1961, tornou-se o time brasileiro que mais tempo permaneceu em excursão no exterior. Fez 36 jogos em 144 dias viajando pela Europa, Ásia e Estados Unidos, conquistando 23 vitórias, 3 empates e 10 derrotas. Em compensação, terminou o campeonato carioca em último lugar. Em 1963, foi a vez de visitar a Colômbia, Costa Rica, El Salvador, México e Cuba. Até Che Guevara compareceu para assistir às partidas. Mais uma vez terminou o estadual em último…

O forte laço do bairro com os movimentos de esquerda acabaram gerando outros frutos no time, em 1964, em plena ditadura militar o time fazia uma viagem à China Comunista. Terminou o estadual em… Penúltimo!!!

A partir de 1971, o time passou a se chamar Madureira Esporte Clube, e ganha o apelido de “Tricolor Suburbano“. Em 1975 e 1978 o time voltou a vencer o torneio início, mas passou adécadade  em baixa, chegando a não disputar a primeira divisão em alguns anos. Nessas idas e vindas, o clube acaba sagrando-se campeão Carioca da Segunda Divisão em 1993, de maneira invicta, garantindo a volta à primeira divisão, no ano seguinte. Em 1996, a Federação Carioca realizou a Taça Cidade Maravilhosa e o Madureira ficou com o vice campeonato. Veja aqui mais dados sobre essa competição . Em 1999 fez um bom campeonato estadual, terminando o segundo turno em terceiro lugar. Em 2006 foi vice campeão Carioca, após conquistar o segundo turno, a chamada Taça Rio. Perdeu a final para o Botafogo.

Em 2007, conquistou mais um vice-campeonato, desta vez do primeiro turno, a Taça Guanabara, contra o Flamengo. Veja o time daquele ano em uma foto feita pelo pessoal do Jogos Perdidos.

Porém, o grande momento do Madureira ainda estava pra chegar. Em 2010 o time conseguiu o acesso para a série C do Brasileiro, graças ao América-AM, que eliminou o Madureira nas semifinais, ter sido penalizado pela CBF. Com isso, o Madureira acabou como vice campeão.

Aqui a foto do time que conquistou o acesso! O Madureira manda seus jogos no Estádio Aniceto Moscoso (nome dado ao proprietário que cedeu o terreno para o clube), fica localizado na Rua Conselheiro Galvão, 130, tem capacidade para 10 mil torcedores. Foi inaugurado no dia 15 de junho de 1941, com uma vitória triunfal do Madureira sobre o Fluminense pelo placar de 4 x 2.

O time possui uma torcida apaixonada, que foi matéria de uma entrevista bem bacana:

 

O blog da torcida do Madureira é: http://jovemdomadureira.blogspot.com.br/ , além disso existe também o www.tricolorsuburbano.blogspot.com.br que oferece boas informações sobre o clube. Pra quem curte hinos, segue o hino do Madureira:

 

 Pra quem quer saber mais do futebol carioca, recomendo o livro abaixo, ótimo guia!

Site para maiores informações: www.madureiraec.com.br

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131- Camisa do Avaí

A 131ª camisa de futebol do blog vem da paradisíaca Florianópolis, onde vive meu irmão Marcel Noznica, onde cai fica…  Olha como a gente era magrinho quando tocávamos no Tercera Classe, ao lado do Lucas! O time dono da camisa é o Avaí F.C., clube que tem ganhado destaque nacional nos últimos anos pela participação na série A do Brasileiro, mas que também fez fama por ser o time do tenista Guga! Essa camisa foi trazida direta de uma incrível promoção da loja do Avaí, lá em Floripa, mesmo. A história do time remete a 1923, e sua origem se deve à paixão de um comerciante chamado Amadeu Horn pelo futebol. O sr. Amadeu era conhecido de um pessoal que costumava jogar no bairro Pedra Grande (atual Agronômica) e para incentivar o time deu de presente um jogo de camisas listradas em azul e branco, shorts e meiões azuis além de algumas bolas e chuteiras. O jogo de estreia dos uniformes foi contra o Humaitá, no Campo do Baú. Foram duas vitórias e uma certeza: “Vamos fundar um clube!” Nascia o Avahy Foot-ball Club.

O nome do time, inicialmente seria “Independência”, mas acabou preferindo-se um nome mais fácil a ser gritado nos campos: Avahy, em referência à Batalha do Avahy (vai no google pra você lembrar da Guerra do Paraguay). O Avaí foi o primeiro campeão catarinense, em 1924 e depois em 1926, 27 e 28. Essa é uma das equipes desta época: Em 1930, novo título. Mas a grande novidade da década veio em 1937 com a mudança da grafia do nome para o atual “Avaí Futebol Clube”. A década de 40 ficaria marcada pelo tetra campeonato de 1942, 1943, 1944, 1945 do “Esquadrão Azurra“. Destaque para a goleada de 21×3 contra o Paula Ramos, em 1945. Esse foi o time de 43: Em compensação as décadas de 50 e 60 passariam em branco. somente alguns títulos citadinos, como o de 1960, da equipe abaixo: Títulos estaduais mesmo só em 1973 e 1975. Esse é o time de 75: A década de 80 traria um título em 1988, com direito a um golaço na final!

Os anos 90, apresentaram à torcida, o fantasma do rebaixamento que em 1993, levou o time à segunda divisão do estadual. Em 1994, venceu a segundona do Catarinense e retornou à série A. Para terminar a década em paz, novo título, em 1997. No ano seguinte, o time sagrou-se campeão brasileiro da Série C, em 1998:

Vale a pena ver um pouquinho de como foi a final:

Os anos 2000 trouxeram dois títulos: 2009 e 2010. Mas a grande emoção da década foi o retorno do time à primeira divisão do Brasileiro.

No Campeonato Brasileiro de 2009 o Avaí ficou 11 partidas sem perder, conquistando a melhor colocação de um clube catarinense na Série A do Campeonato Brasileiro, um 6º lugar. O time campeão de 2010: O mascote do Avaí é um leão, pelo apelido “Leão da Ilha”. Durante muitos anos, o time mandou seus jogos no Estádio Adolfo Konder, conhecido como o Campo da Liga ou Pasto do Bode, adquirido pelo governo do estado e em 1973, doado ao Avaí. Porém, o crescimento do time fez necessário um novo estádio. Assim, em 1983, num jogo contra o Vasco da Gama inaugurava-se o Estádio Aderbal Ramos da Silva, o Estádio da Ressacada. Já estivemos lá, dê uma olhada no link: https://www.asmilcamisas.com.br/2011/07/13/estadio-perdido-em-florianopolis/

 Para finalizar, uma olhada na torcida do Avaí:

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124- Camisa do Londrina

A 124ª camisa da coleção, embora azul e branca, é de uma cidade marcada pelo vermelho de suas terras. A mesma terra vermelha que tenho na memória das minhas férias de criança em Assis, no oeste paulista. E não estamos muito longe de Assis, desta vez, falamos de uma cidade do Paraná, a bela Londrina!

O time dono da camisa é uma equipe que andou quieta, nos últimos anos, mas que parece estar acordando novamente, trata-se do Esporte Clube Londrina.

O time foi idealizado por dois irmãos, mas acabou sendo fundado em conjunto com diversas pessoas da cidade, loucas por futebol. Já existiam mais de 25 times na Liga Regional de Futebol. Em 1956 nascia o Londrina Esporte Clube, cujos primeiros elencos seriam formados por jogadores locais agregados a outros vindos de equipes cariocas e paulistas. O primeiro mascote do time foi um garoto grande, pelo apelido inicial de “Caçula Gigante”, mas logo a fama de “devorar” os adversários deu ao LEC um novo apelido: tubarão.

Há dois estádios na cidade à disposição do tubarão. Um é o Estádio Jaci Scaff, conhecido como Estádio do Café, construído para adisputa do brasileirão de 1976. Tem capacidade para aproximadamente 40.000 torcedores. Em 1978 teve seu recorde de público na vitória do Londrina sobre o Corinthians, com mais de 54 mil torcedores.

O outro Estádio é o Vitorino Gonçalves Dias, conhecido como VGD. Esse é mais acanhado, do jeito que a torcida gosta. Cabem cercade 12 mil torcedores e é utilizado em jogos de menor porte ou treinamentos.

O primeiro jogo “não oficial” foi contra a Portuguesa Londrinense, tradicional time da cidade, contra quem faz o “clássico pé vermelho”. O Londrina venceu por 4×1.

O primeiro jogo oficial foi um amistoso contra um time paulista, da região, o Corinthians de Presidente Prudente, e o resultado final foi um empate em 1×1.

A primeira grande conquista veio no Campeonato Paranaense de 1962, ao vencer a Série Norte do Campeonato, contra o Apucarana.

O time que venceu esta fase foi este:

Com essa conquista, o Londrina pode disputar a fase final do campeonato com o Coritiba (campeão da Série Sul) e Cambaraense (da Série Norte Velho).

E para a surpresa dos que não acreditavam no “Caçula Gigante”, o Londrina conquistou seu primeiro título estadual, com direito a duas vitórias sobre o já poderoso Coritiba. O time responsável pela conquista foi este:

De 1976 a 1979, disputou o campeonato brasileiro da primeira divisão, mas em 1980, foi obrigado pela CBF a disputar a Segunda Divisão do Brasileirão, na época chamada de Taça de Prata. O Londrina passou por adversários como Atlético-PR, Criciúma, Brasil de Pelotas, Juventude, Juventus e Sampaio Corrêa até chegar a final contra o CSA. Os 4×0 para o time paranaense, num lotado Estádio do Café (público oficial de 36.489 pessoas) deram o título nacional ao Tubarão.

A sequência positiva parecia não ter fim e em 1981, vem a conquista do Campeonato Paranaense, numa final, novamente no Estádio do Café, desta vez com um público oficial de 43.412 pagantes, frente ao Grêmio Maringá.

Aqui dá pra ouvir um pouco da narração do título:

Os anos seguintes viram o Londrina seguir como uma força no futebol paranaense, revelando diversos jogadores. Esse é o esquadrão de 1984:

Na década de 90, mais uma taça viria para o clube. Numa final “caipira”, o Londrina sagrou-se campeão Paranaense de 1992, contra o UniãoBandeirante. A final aconteceu numa série de três partidas em Londrina (o estádio do União não atendia à exigência mínima de 15 mil lugares). Foram  dois empates (0 x 0 e 2 x 2) e uma sofrida vitória de 1 x 0.

Veja algumas imagens do título:

O título levou o Tubarão à Copa do Brasil, onde eliminou o Operário de Campo Grande, e o Internacional-RS, com direito a uma vitória em pleno Beira Rio. O time acabou eliminado pelo Flamengo. Em 1993 e 1994, duas campanhas muito boas no estadual, deram o vice-campeonato ao time da terra vermelha. Aqui o esquadrão de 1994:

Um fato lendário, mas real, foi a passagem do ator Nuno Leal Maia como treinador do Londrina em 1995. Teve como auxiliar outro “global”: Romeu Evaristo, que interpretava o Saci Pererê no “Sïtio do Pica Pau Amarelo”. Que dupla, hein? E pra quem acha que era só brincadeira, a campanha a frente do Tubarão foi de 5 vitórias, 3 empates e apenas uma derrota para o Coritiba, terminando na quinta posição.

Outra ação diferente do clube, nos anos seguintes foi colocar modelos como gandulas nos jogos em casa. Mas, as inovações fora de campo não ajudaram tanto, e ainda nos anos 90, a equipe teve que disputar a segunda divisão do Paranaense, sagrando se campeã em 1997 e 1999.

Em 1998, teve que disputar o “Torneio da morte” para se manter no grupo de elite. De 1991 a 2004 o time se segurou na série B do Brasileirão, a partir daí, só a série C. Em 2009, vem uma dura realidade. Devido à dívidas trabalhistas, o Ministério Público do Trabalho destituiu toda a diretoria e o clube chegou próximo de ser extinto. O clube caia para a segunda divisão estadual. Quando tudo parecia caminhar para um triste fim, em 2011, o Londrina conquistou novamente a vaga para a primeira divisão do Campeonato Paranaense, com o título da segundona paranaense.

A boa campanha, coroada com o retorno à primeira divisão parece que era o que faltava para a cidade novamente se movimentar em torno do time! São vários os registros disponíveis no youtube para o acesso.

Sigo torcendo para que o amigo e jornalista Felipe Lessa só tenha boas notícias em relação ao futuro do time! Ah, e falando em jornalismo, para quem gosta de ler, uma ótima pedida é o livro em comemoração aos 40 anos do clube:

E o que seria dos times sem seus apaixonados torcedores. Além dos torcedores autônomos, o Londrina possui desde 1992, uma organizada chamada Torcida Falange Azul. Atualmente estão reunidos sob essa torcida outra organizada que fez história na cidade, a Mancha Azul. O site deles é: www.falangeazul.com.br . Vale o registro da Sangue Azul que também acompanhou o time por muitos anos. Para maiores informações sobre o time, enquanto o site oficial (www.londrinaesporteclube.com.br ) está sob manutenção, recomendo o www.lecmania.com.br .

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122- Camisa do Colo-Colo de Ilhéus (BA)

A 122ª camisa de futebol da coleção, vem da Bahia, aliás, a primeira camisa baiana a ser postada no blog!

O time acima defende as cores e a cultura da cidade de Ilhéus, município de maior extensão litorânea do Brasil.

Falamos do Colo-Colo de Futebol e Regatas!

O Colo-Colo foi fundado em 1948, por um pessoal que queria disputar a “semana inglesa”, uma competição realizada aos sábados no Estádio Mário Pessoa, pelo sindicato dos comerciantes.

Aliás, o Estádio Mário Pessoa, inaugurado em 1942, é onde o time manda seus jogos até hoje:

Se o nome do time é uma homenagem ao Colo-Colo Chileno, as cores (azul e amarelo) vieram de outro gigante latino: o Boca Juniors e dizem até que os primeiros uniformes realmente eram do Boca, comprados em Buenos Aires, incrível!

O mascote do Colo-Colo baiano é o tigre.

No início dos anos 50, o tigra conseguiu montar um forte esquadrão, que marcou época.

Esse foi um dos timesdesta época:

O primeiro título veio em 1953 como campeão ilheense, com o time:

Ainda disputando apenas partidas amadoras, o Colo-Colo começava a conquistar o amor da cidade. Este é o time de  1956:

Alguns anos depois, viria o tetracampeonato amador ilheense, de 1958 a 1961.

Tantas conquistas, animavam o time e a torcida para possíveis passos maiores, mas somente a partir de 1967, o Tigre passou a participar do campeonato baiano profissional.

A aventura profissional durou pouco e em 1969 o time voltou ao amadorismo.

A verdade é que o Colo-Colo poderia ter encerrado sua história alí, uma vez que os anos 70 foram marcados apenas por disputas amadoras, chegando a parar com o futebol, mesmo amador nos anos 80. Mas, a partir de 1992, quando tudo parecia perdido, José Maria Almeida de Santana assume o clube e começa uma verdadeira revolução. Aos poucos os problemas estruturais foram sendo corrigidos, e logo o time voltou a disputar o amador. Em 1994, o Colo-Colo retornou a Liga Ilheense de Futebol e 3 anos depois sagrava-se novamente campeão municipal. Em 1998, disputa a copa da Bahia e no ano seguinte, a segunda divisão do futebol profissional, de onde sai campeão, em cima do Fluminense de Feira de Santana, permitindo assim, voltar à elite do futebol baiano no ano 2000. Mas o grande momento ainda estava por vir. Em 2006, o sonho torna-se realidade e o time entra pra história sagrando-se campeão baiano da primeira divisão.

Aqui, algumas imagens da final contra o Vitória:

Atualmente o Colo-Colo passa por uma má fase, mas sua torcida segue na esperança dos bons dias de 2006.

E olha a torcida recebendo o time:

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113- Camisa do Atlético Paranaense

A 113ª camisa da coleção vem de Curitiba, uma cidade que aprendemos a gostar muito, nos últimos anos, principalmente graças aos amigos que lá residem.

O time dono da camisa é o Atlético Paranaense, fundado em 1912, por Joaquim Américo Guimarães, que hoje dá nome ao estádio.

O Atlético na verdade nasceu da união de dois times: 0 International Foot-Ball Club cujo uniforme era alvinegro e o América Futebol Clube, cujas cores eram vermelho e branco.

A primeira partida do Atlético foi uma vitória por 4×0 contra o Universal FC, em 1924.

No ano seguinte, vem o primeiro título paranaense, com a equipe abaixo:

Nos três anos seguintes, o time foi vice-campeão, somente levantando o caneco novamente em 1929, com o time abaixo:

Durante os anos 30, o Atlético conquistou os campeonatos de 1930, 1934 e 1936, tornando-se “Penta campeão”, em apenas 12 anos de existência. O time campeão invicto de 1936:

E o sucesso do time persistiu e adécada de 40 assistiu a conquista de mais 4 títulos: 1940 (numa polêmica decisão, resolvida apenas nos tribunais esportivos), 1943 (onde um Atletiba decidiu o título), 1945 (outra decisão em Atletiba) e 1949 (onde nasce o apelido “Furacão”, após onze goleadas seguidas, frente seus adversários).

O primeiro “Furacão”, time de 1949:

Entretanto o “Furacão” parece não ter sido um apelido de muita sorte inicialmente.

Depois de assustar seus adversários por tantos anos, o Atlético Paranaense viveu um período de vacas magras.

Em 1958, pode comemorar a conquista de um estadual, com o time abaixo:

A década de 60 foi marcada por campanhas irregulares, e vale como destaque o time de 1968 que participou do Torneio Roberto Gomes Pedrosa:

Entretanto, um ano antes, em 1967, o clube teve seu pior momento e acabou rebaixado para a segunda divisão do paranaense.

Mas, o time não só conseguiu se reerguer e voltar à primeira divisão, como conquistou o título estadual de 1970, com a equipe:

A década de 70 ficaria marcada pela participação do Furacão no Brasileiro, como em 1974, quando o time deixou de participar do quadrangular final por um ponto.

Já os anos 80, começaram com a conquista do título do Torneio da Morte que garantia o clube na primeira divisão estadual, o time responsável:

Em 1982, chegou a vez de gritar “Campeão” novamente, e o time que conquistou o estadual:

1983 trouxe a emoção no Brasileiro. O time perdeu a semifinal para o Flamengo e por pouco não disputa a final!

Em 1985, mais um título estadual, para ajudar a suportar a festa do rival Coritiba, campeão nacional…

E pra fechar a década,mais um título, em 1988.

Entretanto, em 1989, o Furacão foi rebaixado paraasérie B do Campeonato Brasileiro.

Mas, os anos 90 começaram bem e o vice campeonato na série B trouxe de volta o Furacão à Série A do Brasileiro. Além disso, veio mais um título estadual, veja como foi:

Em 1993, novo rebaixamento à série B nacional, mas o retorno não demoraria e graças ao título dasérioe B em 1995, o time não só disputou a série A, como terminou na sexta colocação de 1996.

A conquista de títulos estaduais se tornou quase uma obrigação, entretanto o fortalecimento do Paraná Clube, fez com que os títulos fossem mais escassos nos anos 90, assim, apenas em 1998, houve uma nova taça sendo levantada pelo time abaixo:

Os anos que trariam o novo século viram o Furacão sair campeão em estadual de 2000, 2001, 2005 e 2009, esse último com o time abaixo:

Mas, a grande conquista do clube se deu em 2001, quando o Atlético Paranaense vence seu primeiro Campeonato Brasileiro (final contra o São Caetano, onde ganhou por 4-2 e 1-0)

Relembre como foi a festa:

Outro fato bacana que ocorreu em 2001 foi a inclusão de uma camisa do Atlético Paranaense na Cápsula do Tempo (lembra disso? Era um baú com objetos que representavam o que existia no planeta no ano de 2000 e que só será ser aberto no ano 3.000).

Em 2004, o clube terminou o Brasileiro em segundo lugar, após liderar por 11 rodadas. Destaque para a artilharia conquistada por Washington “Coração de Leão”.

Em 2005, foi a vez de chegar à final da Libertadores, mas teve que mandar o jogo no Estádio Beira-Rio, pelo fato da Arena não ter a capacidade mínima exigida para as finais.

Assim, apenas empatou o jogo de ida e perdeu o jogo de volta para o São Paulo, no Morumbi, perdendo o título da Copa Libertadores da América.

Na Copa Sul-americana de 2006, chegou à semifinal do torneio, sendo eliminado pelo Pachuca, do México.

O mascote do time é o Furacão, em referência ao apelido do time.

O Atlético manda seus jogos no Estádio Joaquim Américo Guimarães, a  Arena da Baixada.

Nós estivemos por lá, algumasvezes!

Entre 2005 e 2008, o estádio recebeu o nome de seu patrocinador e transformou-se em Kyocera Arena.

Atualmente, o estádio está para ser ampliado para passar a ter 42.000 lugares e assim receber partidas da Copa do mundo 2014.

É considerado como um dos estádios mais modernos do país.

Uma lenda curiosa é que parte do estádio (do lado da Rua Brasílio Itiberê) ficou por muitos anos ocupada por uma escola cujo dono era Coxa Branca, o que retardou até 2009 a finalização do projeto.

Embora a questão da modernidade relacionadaao futebol sempre tenha um lado negativo (e no caso do Atlético isso se refletiu no aumento do preço dos ingressos), não há como negar que a Arena da Baixada é uma referência.

E assim, finalizamos mais uma história de uma camisa e de um clube desse maravilhoso mundo do futebol.

Pra comemorar, vamos ouvir a torcida do Furacão cantando e se manifestando contra o Racismo!

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110- Camisa do Rio Branco de Andradas

A 110ª camisa apresentada no blog vem de Minas Gerais e infelizmente é de mais uma equipe que não suportou sobreviver ao futebol moderno.

Trata-se do Rio Branco de Andradas!

E não estou falando de um time jovem, o Rio Branco foi fundado em 1948, por atletas do Esporte Clube Andradense que, insatisfeitos em não ter acesso à sede social do clube, decidiram criar um novo time.

Nascia o Rio Branco FC, o “Azulão da Mantiqueira“.

O primeiro uniforme, comprados pelos próprios atletas, era uma camisa branca, com uma faixa transversal, azul-escuro.

Ainda em 1948, no campo da Vila Caldas, o atual Estádio Municipal Juscelino Kubitschek, o “Parque do Azulão, estreia contra o time de Gramínea, vencendo por 4 x 2.

O time que disputou a histórica partida foi esse:

Rio Branco de Andradas

Desde muito cedo o time soube desenvolver não só o futebol, mas uma série de ações sociais, transformado-se em um clube com forte ligação com o público local.

A partir de 1986, começa sua vida no futebol profissional e já no seu primeiro ano, conquista o vice campeonato da segunda divisão do Campeonato Mineiro, garantindo vaga para a primeirona do ano seguinte, com a equipe abaixo:

Rio Branco de Andradas

Em 1990 o Rio Branco conquistou a quarta colocação, ficando com o título oficial de campeão do interior e assim disputando a série B do Brasileiro.

Encontrei algumas fotos do time, mas não sei as datas exatas de cada um, se você puder ajudar…

Rio Branco de Andradas
Rio Branco de Andradas
Rio Branco de Andradas

Em 1992, novamente ficou entre os quatro e graças à essa campanha, obteve o direito de disputar o Campeonato Brasileiro da Série C de 1993, como fez em 1989, 1990, 1998 e 2003.

Em 1994, com a divisão do Campeonato Mineiro da Primeira Divisão em dois módulos, o Rio Branco disputou o Módulo II, conquistando o título e voltando à divisão mais importante de Minas Gerais.

Ainda neste ano, realizou excursão pela Espanha, enfrentando como Atlético de Madrid B, Marbella, Gimnastic Tarragona, Rayo Vallecano e Linares entre outras.

Infelizmente, em 1997, acaba com o departamento de futebol, pondo fim aos sonhos da torcida, acostumada ao longo período de profissionalismo.

Em 1998, anda retornou ao profissionalismo, conquistando o bicampeonato do Módulo II, com o time:

Em 2000, disputou a Taça SP de Futebol Juniores.

O time que disputou o mineiro de 2003:

Rio Branco de Andradas

Em 2004, novamente cai para o módulo II, conquistando novamente o acesso, em 2006.

Em 2007, Neneca (atualmente no Santo André) era o goleiro, achei uma foto desse time no site jogos perdidos:

Rio Branco de Andradas

Em 2009, parecia ser mais um ano brilhante, o time chega até as semifinais, ficnado entre os 4 primeiros, e novamente levando o título de campeão do interior.

Essa foi a ultima participação do time, até então no profissionalismo. Uma pena…

O mascote do time é o Azulão.

O tima manda seus jogo no Estádio Parque do Azulão, com capacidade de nove mil torcedores e ótima estrutura.

A torcida do Rio Branco sempre compareceu em apoio ao time!

É triste saber, que sem um clube na cidade, provavelmente a população acabe optando por um dos chamados “grande clubes” contribuindo ainda mais para a manutenção da hegemonia de alguns poucos clubes no Brasil…

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109 – Camisa do Linense

Seguindo a correria, e tentando não deixar de focar nas camisas, a 109ª camisa do blog foi presente da diretoria de um time do interior de São Paulo pelo qual tenho grande simpatia; o Clube Atlético Linense.

O próprio nome já deixa claro que o time defende a cidade de Lins:

A história do time nos leva ao início do século, quando o futebol já era uma febre em todas as cidades do interior de São Paulo. Sua fundação foi em 1927 e durante um bom tempo dedicou-se a competições amadoras regionais. A partir de 1944, o Linense começou a disputar os campeonatos da Federação Paulista, na época, a grande competição para os times do interior era o Campeonato Amador do Interior. Em 1947, veio o primeiro título do Campeonato de Profissionais do Interior. A partir de 1948, o clube Campeão do Interior teria o direito de disputar a 1ª divisão paulista, por isso, o Campeonato passou a ser tratado como a 2ª Divisão de Profissionais. E já nesse ano, o Linense conseguiu chegar à final, contra o XV de Piracicaba, mas uma derrota por 5×1 fez com que o time se mantivesse na 2ª Divisão. Abaixo, foto de uma partida contra o Bandeirante, em Birigui, com vitória do time da casa por 3×2:

A boa fase perdurou nos anos seguintes, trazendo o título de “Campeão do setor”, em 1949 e 1950. Em 1952, finalmente sagrou-se Campeão da 2ª Divisão, contra a Ferroviária, chegando à 1ª Divisão, com o time:

Veja como foi:

E em 1953, na “primeirona” não fez feio, fazendo valer seu mando de campo contra os grandes, empatou contra com o Corinthians e venceu Palmeiras, Santos, Portuguesa e São Paulo. Esse era o time do Elefante:

Linense conseguiu permanecer na Primeira Divisão até 1957, quando voltou para a segunda divisão. Desta época, encontrei a foto do zagueiro “Frangão”, falecido em 2006:

E como os materiais esportivos eram mais bonitos, na década de 50… Das camisas às bolas de futebol chegando ao próprio amor pelo esporte e pela cidade. Coisas que não vão voltar.

Nos anos seguintes, o time disputaria a 2ª e a 3ª divisão, como fez o time de 1964:

Em 1976, o time teve um ótimo ano, perdendo a final da terceirona para o Rio Branco, por 3 a 2. Finalmente, em 1977, depois de muita luta, o Linense conseguiu alcançar o título da 3ª Divisão, derrotando a Votuporanguense por 1 a 0. Vale citar que existe quem defenda que o campeão deste ano foi o Grêmio Pinhalense.

Aqui, o time  de 1987, uma década pouco comentada no futebol, mas que, na minha opinião, marcou o início do fim do futebol romântico…

Em 1993, o time entrou em um recesso de 5 anos, e quando retornou (faça as contas… 1998) foi disputar a temida Segunda Divisão. Somente em 2006, o time conseguiu voltar à Série A3.

Em 2007, fez ótima campanha na Série A-3, mas acabou deixando escapar o acesso ao empatar em 2 a 2 com a Ferroviária de Araraquara. Ainda neste ano, disputou a Copa Federação Paulista  chegando à final contra o tradicional Juventus, perdendo o título em uma das partidas mais emocionantes da história da Rua Javari.

Assim, conseguiu uma vaga para a Série C do brasileiro de 2008. Já em 2010, outro momento mágico do time. Numa difícil disputa, o Linense sagrou-se campeão paulista da série A2, retornando para a série A1, em 2011.

Nem precisa dizer que a cidade parou….

O time que conquistou o acesso foi esse:

O mascote do time nasce de uma história no mínimo estranha. Após a conquista do campeonato paulista da segunda divisão de 1952, a diretoria e a torcida organizaram um desfile dos jogadores sobre elefantes de um circo local, daí…

O primeiro estádio onde o Linense jogou foi o Estádio Municipal dos Eucaliptos, localizado na atual região central da cidade. Em 1953, o estádio foi demolido e em seu lugar foi levantado o “Gigante de Madeira“, com o esforço e suor de muitos de seus torcedores. Assim, atendiam às exigências da Federação para a disputa da primeira divisão. Mas o Gigante teve vida curta e em 1960, já estava demolido. Desde então, a equipe manda seus jogos no Estádio Gilberto Siqueira Lopes, o “Gilbertão”.

Sua capacidade é de 15.000 torcedores e a torcida do Linense faz sua parte, colocando um ótimo público nos jogos locais. Pra terminar o post, minha sincera homenagem à torcida do Linense que é uma das maiores do país, levando em conta a proporção com o número de habitantes. O time conta com três torcidas organizadas: “Unidos do Elefante” (www.unidosdoelefante.com.br), “Tromba do Elefante” e ” Camisa 12″. Mas além das organizadas, o Linense tem em suas bancadas um outro xodó. Trata-se de Lolô. E aprenda, Lolô pode…

Para maiores informações, acesse o site do clube: www.calinense.com.br O exemplo da cidade e do povo de Lins me inspira a seguir gritando…

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Camisa 80- XV de Caraguatatuba

A 80ª Camisa da coleção vem da praia. E de uma praia paulista, Caraguatatuba, destino comum a quem mora no interior ou mesmo na capital do estado.

O time dono da camisa é o Esporte Clube XV de Novembro de Caraguatatuba, que infelizmente está licenciado do Campeonato Paulista (ao menos quando escrevo este post, em 2010).

O detalhe é o número da camisa… “16”, relembrando o meu irmão Murilo, que jogava com esse número.

Consegui a camisa no próprio Estádio e parecia ser uma das últimas!

O XV de Caraguatatuba foi fundado em 18 de fevereiro de 1934, pelo espanhol Prudêncio Baeta, para disputar jogos do futebol amador, na cidade.

De 1940 a 1947 as atividades do XV ficam suspensas devido à II Guerra Mundial.

Em 1947,  começa a segunda fase do XV.

O clube é reformado, ganha uma nova sede social, no local onde atualmente está a Galeria Santa Cruz.

O uniforme passa a ter as cores verde e branco, em homenagem ao Palmeiras.

Em 1953, o E.C. XV de Novembro passa a funcionar no bairro do Tatu, onde está até hoje.

O primeiro campo do time localizava-se onde é hoje o Banco do Brasil, no centro, em seguida mudaram para o local onde fica o Polo Cultural Adaly Coelho Passos, na Praça Cândido Motta.

Em 1967 ocorre a “catástrofe” em Caraguatatuba.

A cidade foi destruída por uma forte chuva que causou avalanche de pedras, árvores e lama dos morros Cruzeiro. Jaraguá, Jaraguazinho, próximos a cidade, sepultando vários habitantes.

O belo cenário da região se transformou em um grande cemitério. Falou-se em 500 mortos, oficialmente, mas as pessoas dizem que foram muitos mais…

Muitos corpos jamais foram encontrados, principalmente aqueles  que foram arratados para o mar e impelidos pelas ondas para pontos bem distantes.

O Rio Santo Antônio, que corta a cidade alargou-se de 40 para 200 metros.

O campo do XV foi totalmente destruído…

Somente vinte anos depois, em 1987, o então presidente do clube, Irineu Mendes de Souza, reestruturou e profissionalizou o XV, levando o a disputar a quarta divisão do Paulista.

Aqui, o time de 1991, com o goleiro Negaça:

XV de Caraguatatuba 1991

A partir daí, começou a disputar as divisões de acesso até que em 1993, devido a uma crise financeira, o clube deixou de disputar o Estadual.

Em 1994, o clube voltou a disputar o Campeonato Paulista da Série B-2 (na época a sexta divisão) e conquistou o acesso para a série B-1B.

No ano seguinte, mais um acesso, desta vez à série B1-A, vencendo o Palmeiras, de São João da Boa Vista, por 1 a 0.

Em 1996, o time surpreendeu ao perder a vaga para a Série A-3 nos minutos finais do jogo contra o Garça.

No ano seguinte, o XV de Caraguatatuba realizou uma grande campanha e chegou ao quadrangular final. Conquistou o vice-campeonato, subindo assim para a série A3 (terceira divisão).

Porém, o clube não conseguiu ampliar a capacidade de seu estádio para 10 mil lugares (como exige a Federação Paulista) e teve que voltar a disputar a Série B1-A.

Em 2005, o time ainda estava na sérieB1-A, e disputava os jogos com o elenco abaixo (retirado de um post do pessoal dos Jogos Perdidos):

Em 2006, a diretoria do XV mais uma vez licenciou o clube devido às dificuldades financeiras, fato que infelizmente persiste até os dias atuais.

Entretanto, a diretoria vem trabalhando em prol do clube, a começar pelas categorias menores, conforme conversamos na nossa visita ao Estádio, também conhecido como “Toca do Leão“.

Mesmo com tantas conquistas vimos poucos troféus, a explicação é que a sede do clube foi furtada 4 vezes, perdendo se troféus e arquivos .

Infelizmente, o time, assim como muitos outros times do interior paulista passa por uma situação bastante difícil e só conseguirá reabrir as portas para o profissionalismo com alguma parceria.

A população também promete se unir em prol do time, ao menos é o que comentam na comunidade do clube: www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=1241460

Uma pena, que o estádio dificilmente será usado profissionalmente outra vez…

A esperança pode estar também nas categorias menores… Quem sabe um desses garotos não pode ser um futuro craque.?

A parte interna do campo apresenta um bom gramado, e uma arquibancada um pouco esquecida…

Mas sem dúvida, num visual único, incrustado no morro.

E se tem estádio perdido, registremos nossa presença!

E a presença da molecada que prometeu defender a camisa do XV!

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

Sem você, não há cultura local…

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70- Camisa da Ferroviária de Araraquara

A 70a camisa tem o peso de uma das equipes mais tradicionais do interior paulista. Trata-se da Associação Ferroviária de Esportes, a Ferrinha!

Distintivo da ferroviária

E a camisa, não é uma qualquer, é a comemorativa à inauguração do Estádio Fonte Luminosa, após as reformas. Fundada em 1950, por um grupo de trabalhadores da Estrada de Ferro Araraquara (EFA), o distintivo do time é o mesmo da EFA, com as letras ao contrário. A cor Grená, segundo historiadores, foi adotada por ser a cor que distinguia as locomotivas da EFA. Logo, foi iniciada a construção do estádio de futebol, que mais tarde levaria o nome “Dr. Adhemar Pereira de Barros“, conhecido como “Fonte Luminosa”. Há inclusive um livro sobre o Estádio (compre-o aqui! se quiser) Em 1951, no ano seguinte à sua fundação, a Ferroviária disputou sua primeira competição oficial, o Campeonato Paulista da Série A2 não conseguindo a vaga para a próxima fase. [caption id="attachment_4586" align="aligncenter" width="330"] Time de 1951[/caption] Em 1952, perdeu o acesso para o Linense, que goleou a ferrinha por 3 a 0 na final disputada no Pacaembu. (aliás, fomos ver o Linense semana passada, confira aqui!). Em 1953, terminou em 2° lugar no hexagonal final conquistado pelo Noroeste. Em 1954 o time de Araraquara sequer passa da 1ª Fase. Somente em 1955, o sonho se torna realidade. Num campeonato que só foi terminar em abril do ano seguinte, a Ferroviária goleou seu maior rival, o Botafogo por 6 a 3, na Fonte Luminosa lotada e assim, garantiu o acesso à Série A1 do Paulista conquistando seu primeiro título na história.

Em 1959, a Ferroviária fez sua melhor campanha num Campeonato Paulista da Primeira Divisão, alcançando o terceiro lugar. No início dos anos 60, a Ferroviária consquitou destaque no cenário esportivo do país.

Foi a época de ouro do time, quando sua torcida criou raízes e suas cores começaram a ser temidas pelos adversários. Em 1960, vencera o famoso time do Santos de Dorval, Zito, Pagão, Pelé e Tite. Tomaram de quatro a zero com Pelé e tudo. Ainda em 1960, excursionou pela África e Europa e em 1963 e 1968, pelas Américas Central e do Sul. Nos anos 70 o time manteve as boas atuações pelo paulista, oscilando grandes times, como o de 1971, 77 e 78 e times fracos como o de 1972. [caption id="attachment_4598" align="aligncenter" width="356"] Time de 1971[/caption] Os anos 80 começam com tudo, e logo em 1980, na disputa da Taça de Prata (a série B da época), o time realizou uma boa campanha chegando às disputas de uma das semifinais contra o CSA. Disputou essa competição também em 81. Em 1983, o time disputou a série Ouro (o brasileirão), e ficou em 12o lugar, entre 40 equipes.

Os anos 90 trouxeram a realidade do futebol moderno para Araraquara. Enquanto o sistema de transporte extinguia as linhas ferroviárias, os custos do futebol quase acabaram com o time. Em 1994 foi vice campeã da série C, disputando a série B em 1995 e 1996, quando desistiu de disputar a série B. Ainda em 96, a Ferroviária venceu apenas uma partida np paulistão e foi rebaixada para a Série A2. Achei um vídeo de uma derota para o Palmeiras: [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=ZBF3pqd1MEI] Na Série A2, em 1997, a Ferrinha continuou em queda livre e foi rebaixada para a Série A3 em 1998, com o time: [caption id="attachment_4608" align="aligncenter" width="470"] Time de 1997[/caption] A pane na locomotiva não parou por aí, e por mais dificil que fosse acreditar, a Ferroviária alcançou a série B1 (quarta divisão). A virada  começou em 2001, com o acesso à A3. Mas empacou em 2003, com o retorno à B1. Os anos 2000 pareciam fulminar o futebol em Araraquara, e como resposta, em 2004, o clube se tornou empresa, denominada Ferroviária S.A. A primeira campanha sob a nova direção foi marcada por goleadas e assim, o time garantiu o acesso à Série A3. Em 2006 conquistou o título da Copa Federação Paulista, com acesso à Copa do Brasil no ano seguinte. [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=dpRno1O0G4I] Em 2007, conseguiu deixar a Série A3 do Campeonato Paulista e depois de 10 anos, voltou para a Série A2. Em 2009 foi novamente rebaixado, disputando a Série A3 atualmente (2010), com o time abaixo: O mascote da Ferroviária, como não poderia deixar de ser, é uma locomotiva:

O tradicional Hino da Ferroviária pode ser ouvido no vídeo abaixo: [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=g4HLQTOxXSQ&feature=related] O estádio Fonte Luminosa, onde a Ferroviária manda seus jogos agora é municipal. Recentemente passou por grandes reformas transformando-se numa arena multiuso. A nova capacidade é de mais de 20.000 torcedores, todos os lugares com cadeiras. Vale a pena ver a torcida apoiando o time: [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=oDHHnhHTsBU] [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=tepZu4HxYMQ] [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=lYO4NU9VwAo&feature=related]

Apóie o time da sua cidade

Antes que alguma grande rede de supermercados o compre!

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62- Camisa do Clube Atlético Assisense

A 62 Camisa de Futebol da minha coleção pertence a mais um clube da cidade de Assis, onde meu pai morou antes de vir para Santo André. Consequentemente, sempre estive por lá no natal ou férias. Desde que minha vó faleceu (2002) nunca mais estive lá, e estou planejando voltar em 2010.

O CA Assisense foi fundado em 27 de março de 1995, por pessoas ligadas a uma Escolinha de Futebol parceira do Cruzeiro (MG) (daí suas cores alvicelestes). Não confunda com o Assisense que nos anos 40 chegou a disputar o Campeonato do Interior, ainda que o mesmo distintivo da época seja usado hoje.

Esse mesmo time teve grande apoio popular:

O time nasceu em um tempo que o VOCEM havia abandonado as competições profissionais e acabou conquistando o apoio da cidade e empresários, amantes do futebol.

Seu mascote é o Falcão e como a cidade está situada no Vale do Paranapanema, o time ganhou o o apelido de “Falcão do Vale”,.

Manda seus jogos no Estádio Antônio Viana Silva (conhecido como Tonicão), com capacidade para 10.000 torcedores e que fica na Vila Operária, próximo ao parque Buracão (o parque é quase uma cratera, muito legal).

Esse estádio também era usado pelo VOCEM.

O clube profissionalizou-se em 2003, quando a equipe participou da Série B3 do Campeonato Paulista, mas foi eliminado ainda na primeira fase.

No ano seguinte, o CA Assisense obteve um forte patrocínio e montou um elenco mais competitivo, classificando-se como líder para a segunda fase.

Passou também de forma invicta a segunda fase.

Mas na última fase, quando todos davam como certo o acesso, o time sentiu a pressão e foi eliminado da série B 2004.

Assim, em 2005, boa parte dos empresários e torcedores abandonaram o time, que acabou eliminado na segunda fase. No fantástico blog do “Jogos Perdidos“, encontrei algumas fotos do time de 2005:

Nos Campeonatos de 2006 e 2007, o time não conseguiu passar da primeira fase na Segunda Divisão. Veja o time de 2007:

Novamente nos campeonatos de 2008 e 2009, o CA Assisensefez fraca campanha e não conseguiu chegar sequer à segunda fase da Segunda Divisão . Veja o time de 2008:

De positivo fica a marca de 100 jogos completados este ano como profissional, uma marca difícil de ser atingida por um clube que segue batalhando na série B do Paulista, sem se vender a nenhuma empresa.

Abaixo o retrospecto do time até 2009:

AnoJVEDGMGSSGAP.%
2003102351115-430
200426149339211865
20051896325151061
2006125161920-144
2007144192437-1331
2008102261226-1426
2009
1422101642-2619

Sim, 2009 foi o ano de pior aproveitamento e desde 2004 o time vem em decadência nesse critério… Esse foi o time responsável:

O time tem investido muito nas categorias de base, e já tem revelado (e vendido) bons jogadores para outras equipes, por isso, o elenco do time que disputará a série B do Paulista 2010 pretende utilizar muitos desses jogadores das categorias de base.

O time possuia uma organizada, a Torcida Comando Azul. Na época em que escrevi esse post, veja que interessante… eles tinham uma comunidade no… Orkut kkkk www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=8633253

A fonte para estes post foi a pesquisa de Nestário Luiz.

Só para atualizar, seguem as campanhas até 2022, começando por 2010:

2011, quando conseguiu terminar em último do grupo (ainda que tenha perdido 3 pontos na justiça**):

Após se licenciar do campeonato de 2012, o CA Assisense quase apronta uma surpresa, após classificar-se para a segunda fase da Segunda Divisão de 2013:

E não é que contando com bons resultados e também com a sorte, o time também passou à terceira fase.

Parecia que aquele seria o ano mágico do retorno da cidade de Assis para a série A3… A terceira fase veio e o time passou invicto por ela!

Mas, na fase que definia os finalistas (eram 3 grupos de 4 times), deu tudo errado..

Em 2014, o time passou da primeira fase (com destaque para o derbi Assisense contra o VOCEM!), mas não passou da segunda fase:

Chegamos a comparecer em uma fatídica partida da 2a fase de 2014 (clique aqui e veja como foi o atropelo de 8×0 pro Atibaia):

Em 2015, mais uma vez avançou da primeira fase, jogando no GRUPO 1 em um campeonato que teve uma fórmula diferente com três grandes grupos:

Mais uma vez o CA Assisense não alcança a final e o consequente acesso à A3.

Em 2016, não consegue passar da primeira fase.

Em 2017, também não…

2018 repete a má campanha:

Chega 2019 e você pode perguntar “Pra que vai disputar se não vai passar da primeira fase??” E vêm a primeira fase:

Opa, uma segunda fase chega e… Mesmo terminando em terceiro lugar obtém vaga para a terceira fase.

E na terceira fase, quando ninguém mais acreditava, o time se classifica para os mata-matas de quartas de final!

Infelizmente o mata-mata é com o Paulista de Jundiaí que vence ambas as partidas por 2×0 e segue sua campanha até o título.

Em 2020, voltamos à má fase…

Em 2021, com a pandemia, a fórmula do campeonato mudou e da fase de grupos as equipes passavam a um mata mata em oitavas de final, mas o CA Assisense não conseguiu se classificar, como um dos melhores “terceiros colocados” da fase inicial:

Em 2022 mais uma campanha fraca.

Infelizmente o time parece não estar se acertando e a cada ano fica mais difícil acreditar em um acesso.
Além disso, com a volta do VOCEM, a cidade parece estar abandonando o CA Assisense à sua própria sorte. Vejamos o que os deuses do futebol guardam para o futuro.

APOIE O TIME DE SUA CIDADE!