Em janeiro de 2025 estivemos de rolê pelo Chile e já falamos aqui sobre Viña del Mar, Valparaíso, Algarrobo, Curacaví, e em Santiago o Estádio do Palestino, o Estádio do CD Ferroviários e o Estádio La Florida, hoje é dia de falar do Estádio San Carlos de Apoquindo, a casa do Club Deportivo Universidad Católica!

A capital chilena vem se desenvolvendo bastante nas últimas décadas, tornando-se mais uma dessas metrópoles globais e a Grand Torre Santiago está aí para ilustrar esse progresso.

Mas você pode questionar o que é o progresso e se como ele se materializa no nosso dia a dia, e pra você não pensar sozinho, deixo abaixo um som da Plebe Rude que questiona a dualidade progresso x retrocesso nesse processo.
O fato é que esse mundo de guindastes, cimento e construção civil se mistura com o nosso rolê de hoje, porque o estádio da Universidade Católica está em obras.

O que se espera após esta faraônica obra é algo similar ao projeto abaixo:

A Universidad Católica foi fundada em 21 de abril de 1937 e seus torcedores são chamados de “Los Cruzados”e já adesivaram todos os postes e placas da região do estádio.


Até 2024, a Universidad Católica já conquistou dezesseis campeonatos chilenos, sendo o primeiro título em 1949, registrado abaixo em foto do site Memória Chilena!

Depois vieram títulos em 1954, 61, 66, 1984 e 1987, com o time abaixo:

A partir daí o Campeonato passou a ter dois títulos e em 1997 e 2022, a Católica vence o Torneo Abertura, com o time abaixo:

Em 2005 e 2010, ganha o Torneo Clausura.

Em 2016, ganha o dois, depois o campeonato volta a ser único e a Católica levanta o caneco em 2018, 2019, 2020 e em 2021, com o time:

Além disso foi vice campeã da libertadores em 1993.

No ano seguinte, como o São Paulo abre mão da disputa da Copa Interamericana, a Católica joga em seu lugar e levanta mais um título!
Voltando a falar do Estádio San Carlos de Apoquindo, sua inauguração foi em 4 de Setembro de 1988.

Sua capacidade é de 20.000 torcedores e ele fica dentro da Universidade, em Las Condes, na região metropolitana de Santiago do Chile quase no pé da cordilheira.
Demoramos quase uma hora pra chegar lá.


Ao chegar, esperávamos poder olhar alguma parte do lado de dentro, mas as obras estavam paradas e todas as portas de acesso fechadas…

Registrei um pouco das máquinas presentes no seu entorno:



Mas achei um vídeo da parte interna das obras:
O jeito foi registrar um pouco do entorno…


E fazer a foto em frente do que será um moderno estádio em alguns meses…

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O futebol em Zagreb, parte 3 de 3: o Estádio Gradski
Chegamos a terceira e última parte da nossa viagem pela Croácia, terra de onde Brunoslav Noznica (também conhecido como Peruca, ou simplesmente, meu avô) veio.

Pra quem gosta de turismo, viajar pela Croácia é mais fácil do que se parece e Zagreb, a capital, é uma cidade que oferece muita coisa legal para se fazer.


Mas prepare-se para o frio, se você for no inverno!


O terceiro estádio visitado foi o Stadion Radnik, que fica na cidade de Velika Gorica. É lá que a seleção Croata sub-20 manda seus jogos, assim como o time HNK Gorica.

HNK significa Hrvatski Nogometni Klub, ou Clube Croata de Futebol.
Na temporada 2010/11 foram campeões da “Croatian Second Football League” e assim subiram para a primeria divisão, mas sua licença foi revogada.

Esse ano, o time segue jogando a segunda divisão, mas é líder da competição, então pode ser que no ano que vem, o estádio vire palco da primeira divisão croata.

Mas falando do Estádio, ele também é conhecido como Gradski Velika Gorica.

O estádio foi construído para a Universíade de Verão de 1987, realizada em Zagreb.

Desde então, foi renovado duas vezes, em 1999, para os Jogos Mundiais Militares, realizados em Zagreb, e em 2010, para cumprir os requisitos para o Druga HNL, campeonato croata da segunda divisão.



O Stadion Velika Gorica tem uma capacidade de 8.000 torcedores.

Ele fica ali pertinho do aeroporto, então quem quiser conhecê-lo sugiro que seja o último passeio em Zagreb.

O time tem até uma estrutura de marketing própria (ou pelo menos um carro só deles hehehe).


Não sei se é uma impressão minha, mas ele lembra os grandes estádios do interior paulista, tipo o Serra Negra, o Jayme Cintra… não lembra?

Orgulho em levar a camisa do Ramalhão a mais um estádio mundo afora.

E sempre contente em ter a Mari curtindo e ajudando a registrar tudo, afinal, futebol não é só pro seu namorado

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O futebol em Zagreb parte 1 de 3: o Estádio Kranjčevićeva
Em busca do lugar onde parte da história da minha família viveu, fomos até a Croácia, no final de 2016.
Ficamos apenas alguns dias em Zagreb, e foi suficiente para curtir um pouco do inverno croata!

Muita gente comentou comigo que o leste europeu está cada dia mais ligado aos extremismos da direita, mas pude ver que ao menos em Zagreb tem gente enfrentando esse novo levantamento fascista que o mundo tem vivenciado.

O inverno em Zagreb é frio pra caramba, mesmo com dias em que o sol está no céu.

O por do sol era algo emocionante de se ver, principalmente quando você é um brasileiro que há décadas sonha e se pergunta como será a Croácia, e de uma hora pra outra percebe que está ali…

Claro que além de futebol e da história da minha família (os Noznicas), também fomos conhecer alguns pontos da cidade!

Essa é a igreja de São Marcos (sim, existe um São Marcos além do goleiro hehehehe).

Pudemos conhecer também um museu do futebol nacional: o Budi Ponosan.

O Budi Ponosan está localizado ao lado da praça principal de Ban Jelacic e entre várias coisas você encontrará o primeiro uniforme de futebol usado na Croácia e algumas pequenas exposições sobre as campanhas da Copa do Mundo.

Você sabe o quão único é o uniforme da seleção Croata…


Deu até pra bater um papo com um amigo que fizemos lá!

E dava até pra se divertir comendo um…. Germknedla, um tipo de bolinho recheado de geleia de ameixa, servido com manteiga derretida.

Além do rolê pela cidade, fomos visitar 3 estádios, começando com o Estádio Municipal Kranjčevićeva, que entre 1921 e 1945, ficou conhecido como Estádio Concordije.

O Estádio Kranjčevićeva é o segundo maior estádio de Zagreb. Começou a ser escrito na década de 1910, e só foi concluído em 1921.

O Estádio Kranjčevićeva fica próximo do centro da cidade e tem capacidade para 8.850 torcedores.

O Estádio foi bastante usado pelo NK Zagreb até 2018.

O NK Zagreb foi fundado em 1903, e é um dos times mais populares da Croácia, tendo como principal rival, o NK Dinamo Zagreb, clube sediado na mesma cidade.
O maior êxito do time foi a conquista do campeonato croata de 2002.

Desde 2017 foi usado pelo NK Rudes, fundado em 1957 no bairro de Rudeš:

De 2018 até os dias atuais tem sido utilizado pelo NK Lokomotiva Zagreb, fundado em 1914, e que mandou seus jogos no Estádio Maksimir, de propriedade do Dínamo, já que seu próprio campo, no bairro de Kajzerica é considerado inadequado para futebol de alto nível.

E olha que bonito o Estádio estava em 2016…


Como deve ser torcer aí…

Quando foi inaugurado, era o maior estádio de Zagreb e era onde o HŠK Concordia mandava seus jogos.

Em 1931, teve o primeiro jogo com iluminação, entre o Zagreb XI e o Real Madrid (2 a 1 para o time local).


Após a Segunda Guerra Mundial, o time do Concordia foi dissolvido por razões políticas e o estádio foi entregue ao Fiskulturno društvo Zagreb, que acabou se tornando o NK Zagreb, do qual falamos acima.
A terceira camisa do NK Zagreb é verde em homenagem a Concordia.



Em novembro de 1977, um grande incêndio destruiu parte do estádio, a reforma para corrigir esse problema também permitiu uma série de correções e melhorias.


Mas, o estádio ainda sofreria uma nova avaria, em 1977, quando um raio destruiu os holofotes durante o jogo entre o NK Zagreb e o NK Osijek.


O estádio ficou sem recursos durante 20 anos, até 2008, quando os novos foram reinstalados pela cidade de Zagreb.


Sem dúvida, um estádio para ficar na nossa memória e nos nossos corações…

Antes de ir embora ainda pudemos registrar um grafite feito no estádio pelos White Angels, um grupo antifascista local que costumava se reunir em torno do NK Zagreb, mas que desde 2014 fundou seu próprio time, o ZAGREB 041.

O Football Club NK Zagreb 041 foi criado em 01 de dezembro de 2014, é um time autogerido.
O número “041” no nome do clube representa o número da antiga rua que Zagreb tinha na República Socialista da Iuguslávia.
Maiores informações no site deles: www.nkzagreb041.hr .

Os White Angels Zagreb surgiram em 1989, e desde 2006 formado 100% por Antifascistas e Antiracistas.

Segundo eles, quando em 2002, o NK Zagreb ganhou a primeira liga, a máfia de futebol entrou no clube e começou a roubar e destruir o clube, fato que perdura até hoje.

Por volta de 2006, a terceira geração do grupo iniciou seu caminho, com muitos punks, skins e outros membros alternativos da cena e aí estão até hoje, apoiando o NK Zagreb 041 na 7ª divisão nacional (ou a 3ª divisão de Zagreb), e o primeiro e único clube antifascista e antiracista na Croácia e na ex-Iugoslávia.

Infelizmente, existem plano para que ele seja completamente modificado e transformado em uma arena.

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(ou crie o seu próprio time)
Rolê pelo velho continente 2014 – parte 3 (Varsóvia)
26/12/2013. 09h37 e lá estávamos nós na Berlin Hauptbahnhof (estação de trem), após algumas aventuras por Berlin (veja aqui como foi) agora a caminho de Varsóvia, na Polônia.
Ah, as comodidades dos trens rápidos… Até um café quentinho rolou durante a viagem!
Conforme as estações iam passando, ficava a certeza de que estávamos em um lugar mágico, apenas imaginado por mim até então… Nomes estranhos, onde milhares de vidas seguem seus destinos, tão longe do nosso dia a dia aqui no Brasil…
Horas depois, alguns sinais de que já estávamos em solo polonês… Placas incompreensíveis, chás estranhos e uma língua beeeeem difícil de entender…
Ao chegarmos em Varsóvia, uma constatação, o inverno deles definitivamente não combina com o sol… Amanhecia depois das 8hs e escurecia às 15h30…
Pouco mais de 7 horas de claridade natural… Essa foto abaixo foi tirada por volta das 17hs…
Mas se por um lado a escuridão atrapalha, porque desanima um pouquinho, por outro ela proporciona uma preocupação ainda maior com a iluminação de natal. A cidade tava cheia de interferências como essa:
E tinha umas aplicações diferentes das que estamos acostumados por aqui… Essa era como uma “bola de árvore de natal” que você podia atravessar (??? deu pra entender?).
A língua é outro ponto diferente e difícil de se adaptar. Mesmo as coisas mais óbvias, como na hora de comer são difíceis.

E se você achou que já entende polonês porque leu ali em cima salada e espaguete, traduz essa então:
Olha o que a gente encontrou por lá! Não que eu goste de refrigerantes, mas é engraçado rever a Cherry Coke, depois de anos que ela sumiu aqui do Brasil…
O centro velho de Varsóvia tem construções bacanas, muitas delas reconstruídas após as 2ª guerra mundial.
Varsóvia tem um visual muito bonito, vale conhecer…

Esse é o lugar que achei mais legal: a praça do mercado. A noite, várias barraquinhas de comida e lembranças natalinas funcionavam por ali.

Achamos um museu do exército ali perto do nosso hotel. Vários aviões, tanques e outras máquinas de matar gente.
Falando em morte, um local sombrio que visitamos por lá foi o Museu Pawiak, construído numa antiga prisão da SS, durante a ocupação nazista.

Aqui, algumas fotos de pessoas que sofreram nas mãos dos nazistas…

Mais ou menos perto dali, numa parte mais residencial e suburbana da cidade, a Mari achou mais uma dessas feirinhas de coisas usadas.
Mas essa era longe e bem diferente… Acho que éramos os únicos turistas presentes ali…
Foi meio difícil ficar a vontade porque logo percebemos que muitas pessoas estavam vendendo as próprias coisas, numa tentativa de fazer uma grana…
E pra piorar, muito material ligado ao nazismo…
Achei poucas opções de lojas de discos, mas deu pra se divertir… Comprei algumas coisas bacanas!

Um dos discos que comprei e que ouço direto é o “Soubor Kreténů” da banda checa “Tři Sestry“.

Mate a curiosidade e escute um som dos caras:
Uma coisa que me incomoda muito aqui no Brasil e que vi por lá também são essas coisas no céu.. Alguns dizem que é veneno, outros dizem que não é nada, pra mim, deve ter alguma teoria da conspiração…
Falando um pouco do futebol local, tivemos a oportunidade de conhecer dois estádios.
Um deles, a Pepsi Arena, casa do Klub Piłkarski Legia Warszawa, chamado também de “Estádio do Exército Polonês“.
O Legia Warzsawa é a única equipe polonesa que já chegou a uma semifinal da Recopa Europeia, na temporada 90/91.
O estádio passou por uma grande reforma entre 2008 e 2011, apenas uma parte da fachada foi preservada.
Tem capacidade para 31.103 espectadores, mas não pudemos adentrar às arquibancadas, o máximo que conseguimos foi tirar uma foro meio as escondidas do segurança que era bravo. Bem bravo.

O estádio pertenceu por décadas ao Exército polonês, e atualmente é de propriedade da cidade de Varsóvia.
Desde 2011 é oficialmente conhecido como Pepsi Arena, com base em um acordo de patrocínio com a PepsiCo. Esse é o bar da torcida, localizado na parte debaixo do estádio.
Os caras curtem adesivos…

Enfim, mais um estádio bacana, que faz parte da história do futebol mundial!
Provavelmente nunca mais voltaremos lá… Sabíamos disso e por isso ir embora sem ter entrado no campo foi triste…
Outro estádio que conseguimos visitar foi o Estádio Nacional de Varsóvia (Stadion Narodowy w Warszawie) onde a seleção Polonesa de Futebol manda seus jogos.
O estádio tem capacidade para 58.145 lugares, o que faz dele o maior estádio de futebol na Polónia.
O estádio possui um teto retrátil feito em PVC e que se desdobra a partir de um ninho numa agulha suspensa sobre o centro do gramado.
A inauguração oficial foi em janeiro de 2012, mas o primeiro jogo de futebol foi disputado em fevereiro, entre Polônia e Portugal, que acabou em 0x0.
Esse aí é o responsável pelo estádio.
A sua construção iniciou-se em 2008 e foi concluída em novembro de 2011. Encontra-se situado no local do antigo Stadion Dziesieciolecia, na Aleja Zieleniecka, no centro de Varsóvia.
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