Choque entre a modernidade e a tradição!

Pô, somente hoje publico a história do nosso rolê boleiro de sábado e a culpa dessa demora é do Felipe (acima, com sua barba ruiva e blusa vermelha), que passou uns dias aqui com a gente e acabou tomando todo o nosso tempo hehehe.

Como o Felipe é do interior do Paraná (Londrina), fiz questão de levá-lo pro interior e conhecer pessoalmente a tradição do XV de Piracicaba!

O jogo era contra o AUDAX, a nova denominação do PAEC (Pão de Açúcar Esporte Clube), time da capital que vem com uma nova proposta para o futebol profissional.

E fomos em uma verdadeira caravana pro Estádio Barão de Serra Negra. Eu, a Mari, o Felipe, além do Gui e da Jéssica. No estádio ainda pudemos encontrar alguns amigos locais, como o Rui!

Em terras piracicabanas, encontramos o Guilherme local (na foto abaixo, de agasalho branco) e ainda tivemos a honra de conhecer o Rui Kleiner (na foto acima, de branco). Ambos muito gente fina e apaixonados pelo XV.

É dessa forma que a gente procura fazer nossa revolução pessoal e social.
Fazendo novos amigos e dividindo experiências.
Seguimos na nossa campanha “Apoie o time da sua cidade” e o Rui disse pra gente o que é torcer pro time da sua cidade…

Embora uma chuva chata caísse durante todo o tempo, mais de 1.000 torcedores compareceram ao jogo, apoiando o time do XV.

Claro que pra se proteger da chuva, teve quem preferisse a cobertura da marquise, mas teve quem levou chuva o tempo todo sem parar de cantar.

Curioso que encontramos vários “trapos” (bandeiras, faixas, etc) em homenagem ao time espalhados pelo estádio. Alguns, levados pelas organizadas, como se é mais comum…

Mas haviam outros, aparentemente dos torcedores locais também ali, registrando o amor do piracicabano pelo futebol local.

Aliás, se em grande parte dos times do interior, a paixão é alimentada quase que exclusivamente pelas organizadas, em Piracicaba pode se ver um grande número de torcedores comuns, o que é ótimo também! O amor pode ser organizado ou não.

Tem gente boa desenhando as faixas, olha a qualidade dos desenhos…

Tem até faixa pro pessoal do Orkut do XV!

Em campo, o primeiro tempo mostrava XV 0x1 Audax, o futebol moderno saia na frente…

Pra quem não conhece a história do XV, vale lembrar que já falamos sobre a história do time aqui no blog (clique no link para ver).

O segundo tempo veio e o empate do XV de Piracicaba, pra alegria da torcida local!

A gente também ficou contente, afinal, mesmo com respeito ao Audax, o XV representa a “velha escola”.

A Mari agora consegue fazer fotos panorâmicas!!!

E lá estamos nós… Apenas garotos e garotas da bairro, curtindo sua vida numa cidade parceira, ao lado de amigos que fizemos nesse rolê boleiro! As vezes a revolução parece tão simples…

E enquanto fazíamos mais uma foto e conversávamos com os amigos, o Audax fez o segundo gol…

Mas… Se não tivemos festa em campo o mesmo não podemos diz das arquibancadas! Até o pankeka, amigo dorolê, estava por lá, trabalhando em uma rádio local!

Hora de ir embora!
Ainda passaríamos em Cosmópolis para apresentar ao Felipe o Estádio da Usina, onde a Funilense mandou seus jogos na terceira divisão de 1978…

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

Desequilibraram o jogo…

Nem sempre consigo escrever as coisas sob o calor dos acontecimentos.
O que é bom, porque assim consigo ser um pouco mais racional, mesmo em assuntos mais delicados.
O mês de setembro (em setembro…) fechou de uma maneira muito triste.
O jogo da vida, ao menos da que eu vivo, sofreu uma influência bastante decisiva.
O time das pessoas que sonham em mudar o amanhã perdeu a presença de Rédson, vocal e guitarra do Cólera, entre outras bandas que ele teve durante a vida.

Pra quem ama futebol, mas não sabe o que é o Cólera, eu diria que eles são mais ou menos como o Juventus.
Paulistanos, mega importantes para a história do rock, em específico do punk rock independente da cidade, e deixados de lado pela grande mídia que prefere olhar para as mesmices do dia a dia.
Mas, mais do que influenciar musicalmente, os discos do Cólera colaboraram demais no processo de formação educacional e social de muitas pessoas, entre elas, eu.
De seus discos (Tente mudar o amanhã, Pela paz em todo mundo, Verde, não devaste, Mundo mecânico, mundo eletrônico, Caos mental geral e Deixe a Terra em paz) saíram ideias, pensamentos e atitudes que serviram de inspiração para meu comportamento desde a década de 80.
Mas só nos anos 90, quando já estava envolvido diretamente com o movimento punk, onde não existem fronteiras entre bandas, fanzineiros e punks em geral, entrei em contato pessoalmente com o Redson.
Na época organizamos um show inesquecível no Planeta Rock, em São Bernardo do Campo.
Mais de duas horas de som, que ficaram na memória do pessoal até hoje.
Anos mais tarde, devido ao meu trabalho, uma vez por semana eu tinha que ir do ABC até o Capão Redondo e por vezes passava na gráfica onde ele trabalhava pra batermos papo sobre punk rock, sobre a história do Cólera e claro, sobre política, ecologia e  a sociedade em geral.
Aos poucos a figura da referência musical (quase um ídolo, ainda que no meio punk sempre tenhamos repudiado essa denominação) dava espaço à pessoa Redson. Confesso que no fim dos anos 90, início dos anos 2000 meu posicionamento foi ficando bastante radical e por vezes fiquei chateado com o Cólera por coisas como eles cobrarem para tocar nos festivais que a gente armava, ou por exigirem um equipamento que na época eram quase inacessíveis para nós, punks do ABC.
Mas os anos passaram, eu amadureci e o som do Cólera sempre me acompanhou. Tornei-me vegetariano, passei a atuar com outros grupos de contra cultura, entre eles o Ativismo ABC, com o qual conseguimos por fim alugar uma casa para sediar eventos como palestras e debates.
Logo, quis levar atividades relacionadas ao punk para dentro da Casa da Lagartixa Preta Malagena Saleroza (sede do Ativismo ABC) e me peguei pensando em como levar uma atividade punk sem relacionar com um show, propriamente dito.
Nascia ali a ideia de comemorar os 30 anos do Cólera, não apenas com um show, mas uma palestra do Redson sobre a evolução da cultura underground.


Como complemento, organizamos ainda, junto do pessoal da COBAIN (Cooperativa de Bandas Independentes do ABC) um show, no Sonia Maria, bairro operário de forte tradição punk.

Foi tudo muito legal e o Redson tornou-se ainda mais presente no ABC, não só pra tocar, mas para visitar os amigos.
Tivemos a chance de acompanhar o Cólera com a banda Tercera Classe por algumas vezes, creio que a última delas no Outs, em SP.
Mas o tempo é arisco e quando vimos, mais 6 anos tinham se passado e embora nos encontrássemos em alguns shows, nunca mais tivemos a oportunidade de sentar e bater um papo.
Recentemente, ainda comentava com a Mari sobre a felicidade em termos assistido ao Cólera, no Kazebre.

Ver o Cólera já não era algo tão raro, como antigamente. Talvez por isso não tenha dado àquele show a devida importância.
O facebook passou boa parte do ano me lembrando que talvez eu conhecesse “Redson Pozzi”, graças aos vários amigos em comum.
Mas, sou teimoso. Não gosto da ideia de retomar uma amizade pela internet. Esperava um reencontro pessoal, pra aí sim voltar a papear pela internet.
O reencontro pessoal não veio.
Veio a notícia, pela manhã. A notícia não, o boato.
Não podia ser real.
Mas era.
Não houve oportunidade para um último papo, uma última história.
Fica a saudade e o sentimento de perda.
Vai-se uma grande referência.
O jogo da vida fica cada vez mais triste e difícil pra quem não quer jogar do jeito errado…
Segurem-se amigos. São tempos difíceis…
Redson, fique em paz…

122- Camisa do Colo-Colo de Ilhéus (BA)

A 122ª camisa de futebol da coleção, vem da Bahia, aliás, a primeira camisa baiana a ser postada no blog!

O time acima defende as cores e a cultura da cidade de Ilhéus, município de maior extensão litorânea do Brasil.

Falamos do Colo-Colo de Futebol e Regatas!

O Colo-Colo foi fundado em 1948, por um pessoal que queria disputar a “semana inglesa”, uma competição realizada aos sábados no Estádio Mário Pessoa, pelo sindicato dos comerciantes.

Aliás, o Estádio Mário Pessoa, inaugurado em 1942, é onde o time manda seus jogos até hoje:

Se o nome do time é uma homenagem ao Colo-Colo Chileno, as cores (azul e amarelo) vieram de outro gigante latino: o Boca Juniors e dizem até que os primeiros uniformes realmente eram do Boca, comprados em Buenos Aires, incrível!

O mascote do Colo-Colo baiano é o tigre.

No início dos anos 50, o tigra conseguiu montar um forte esquadrão, que marcou época.

Esse foi um dos timesdesta época:

O primeiro título veio em 1953 como campeão ilheense, com o time:

Ainda disputando apenas partidas amadoras, o Colo-Colo começava a conquistar o amor da cidade. Este é o time de  1956:

Alguns anos depois, viria o tetracampeonato amador ilheense, de 1958 a 1961.

Tantas conquistas, animavam o time e a torcida para possíveis passos maiores, mas somente a partir de 1967, o Tigre passou a participar do campeonato baiano profissional.

A aventura profissional durou pouco e em 1969 o time voltou ao amadorismo.

A verdade é que o Colo-Colo poderia ter encerrado sua história alí, uma vez que os anos 70 foram marcados apenas por disputas amadoras, chegando a parar com o futebol, mesmo amador nos anos 80. Mas, a partir de 1992, quando tudo parecia perdido, José Maria Almeida de Santana assume o clube e começa uma verdadeira revolução. Aos poucos os problemas estruturais foram sendo corrigidos, e logo o time voltou a disputar o amador. Em 1994, o Colo-Colo retornou a Liga Ilheense de Futebol e 3 anos depois sagrava-se novamente campeão municipal. Em 1998, disputa a copa da Bahia e no ano seguinte, a segunda divisão do futebol profissional, de onde sai campeão, em cima do Fluminense de Feira de Santana, permitindo assim, voltar à elite do futebol baiano no ano 2000. Mas o grande momento ainda estava por vir. Em 2006, o sonho torna-se realidade e o time entra pra história sagrando-se campeão baiano da primeira divisão.

Aqui, algumas imagens da final contra o Vitória:

Atualmente o Colo-Colo passa por uma má fase, mas sua torcida segue na esperança dos bons dias de 2006.

E olha a torcida recebendo o time:

Apoie o time da sua cidade!

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121- Camisa do E.C. São Bernardo

A 121ª camisa de futebol da coleção é de um time da nossa área, do ABC paulista e foi presente da persistente diretoria que luta para manter a tradição do futebol local viva!
O time é um dos três que, em 2011 quando escrevo este post, defende as cores da cidade de São Bernardo do Campo, trata-se do Esporte Clube São Bernardo, o vovô do ABC.

O futebol do ABC tem muita história e diversos times, caso queira conhecer outras equipes que defenderam as cidades do Grande ABC, veja aqui o Mapa do Futebol no ABC, desenhado pelo Victor Nadal.

O apelido “Vovô do ABC” deve se ao fato do time alvinegro ser o mais antigo em atividade: o EC São Bernardo foi fundado em 1928, num tempo que já virou história.
Este é um dos primeiros times registrados, em 1929:

Aliás, por falar em história, o futebol em São Bernardo iniciou-se na época em que a cidade abrangia o que é hoje a região do ABC, como um todo.
Os primeiros times da cidade, anteriores ao E.C. São Bernardo foram a Associação Athlética São Bernardo e o Internacional Football Club, ilustrando as notícias do Correio Paulistano de 1922:

Mas, o time que marcou o coração da população do início do século foi mesmo o E.C.São Bernardo.
Pra se ter uma ideia da sua popularidade, em 1931, o clube foi eleito o “Mais Simpático do Interior”.

É nos anos 30 que nasce a rivalidade com as equipes de Santo André.
Dessa época vêm os apelidos “batateiros” (já que São Bernardo tinha uma boa parte da sua área ainda como rural) e “ceboleiros” (resposta aos andreenses, deixando claro que ambos estavam em tempos ainda marcados pela presença da agricultura).
Nos anos 1940, o grande rival seria o Palestra, fundado por um ex jogador do próprio clube.
Em 1941, o clube começa a construir o que seria o Estádio Ítalo Setti, inaugurado neste mesmo ano com partida envolvendo o EC São Bernardo e os santistas do Brasiloid.

Existem poucos registros do estádio, essa foto quem passou foi o Thiago, torcedor do clube:

Em 1950, o clube inicia a sua vida no profissionalismo, disputando o Campeonato Paulista da Segunda Divisão de Profissionais.

O time disputou o profissional até 1954, depois ficou parado até 1957. Aqui algumas matérias sobre 1957:

E que tal o álbum de figurinhas dos times de São Bernardo com o EC São Bernardo presente!

A partir daí, o Cachorrão voltou a disputar as competições oficiais até 1961.
Mas nessa matéria da Tribuna de 1959, é retratado como forte equipe amadora:

Aqui, o time de 1958 em uma partida contra o Palmeiras:

O time de 1959:

Em 1963, o futebol moderno já dava mostras do que seria o futuro e o campo do E.C. São Bernardo dá lugar à Avenida Brigadeiro Faria Lima.
Era o fim do futebol…
Esse era o time dos anos 60:

Entretanto, para a surpresa de muitos, no início dos anos 1980, o E.C. São Bernardo se une ao Aliança Clube (na época um time amador do bairro Rudge Ramos, que havia inclusive disputado o místico “Desafio ao galo”) e retoma o futebol.
Aqui um clássico contra o Palestra, nos anos 80:

O time consegue boas atuações, com destaque para o 7º lugar de 1985 e o 3º lugar em 1986.
Com a fusão o E.C. São Bernardo acrescenta a cor azul em seu uniforme.
Veja como ficou (detalhe para o goleiro Tonho!!!):

Após uma série de más campanhas, o Esporte Clube São Bernardo retorna seu uniforme tradicional e põe fim à parceria.
Em 2002, o clube licenciou-se do do Campeonato Paulista de Futebol, retornando apenas em 2010 ao profissionalismo, na série B do Campeonato Paulista, utilizando o Estádio Humberto de Alencar Castello Branco, o “Baetão“.

Achei uma linda foto dele antigamente:

Em 2011, sagrou-se campeão da segunda divisão, do Campeonato Paulista Sub 20:

  Esse é o time de 2012:

Algumas fontes interessantesde informação: http://ecsaobernardo.blogspot.com/ e http://www.ecsaobernardo.com.br/
E aqui, a rapaziada que mantém o amor em dia pelo time da cidade!

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

Portuguesa Santista em busca da série A3!!!

Domingo, 25 de setembro de 2011.

Eram 4hs quando fomos dormir, após uma noite de festa comemorando o aniversário da Mari.

9hs da manhã. Garoa no ABC. Não há tempo para o cansaço.

Enfim, vamos ao Estádio Ulrico Mursa, para um jogo da Briosa!

Pouco mais de 40 minutos de Anchieta nos levam até o tradicional Estádio da Portuguesa Santista.

A garoa nos acompanhou e somada à brisa gelada do mar estava pronto o cenário de desafio para o torcedor acompanhar a partida.

Mas, é bom perceber que ainda existem esperança nas arquibancadas.

Centenas de torcedores não se importaram com o clima ou mesmo com a condição de pré classificada (graças à boa campanha nesta fase) e foram ao campo torcer pelo time da sua cidade.

Veja como define esse amor, um dos torcedores da Portuguesa Santista:

Mas se nas bancadas a galera se animava, em campo, o jogo estava como o tempo. Frio.

Jogando contra o ECUS, equipe já sem chance de classificação, a partida acabou encarada apenas para cumprir tabela.

Quer dizer, não que a torcida tenha deixado o time ficar na moleza.

Cantaram e cobraram garra e atitude, afinal, agora só falta uma fase para a Briosa voltar para a série A3.

Enfim, para nós, mais um estádio tradicional e histórico, e mais uma partida acompanhada de perto, guardando na memória cenas de um time que pode entrar para a história da Portuguesa Santista trazendo o título de campeã paulista!

Aproveitamos para bater um papo com a torcida.

A expectativa é de ver enfim esse ano terminar e sem dúvida alguma com a Portuguesa Santista de volta à série A3, para poder brigar pela A2, já no ano que vem.

Vale ressaltar que a equipe praiana tem feito uma campanha de destaque, mas, o jogo do ontem acabou não servindo de parâmetro, e o primeiro tempo virou um daqueles 0x0…

O segundo tempo voltou um pouco mais animado.

A Briosa foi pra cima em busca da vitória.

A garoa deu um alívio, mas a água que já tinha caído acabou deixando gramado do Ulrico Mursa bem castigado.

Melhor em campo, a Portuguesa Santista perdeu a chance de abrir o placar ao perder um penalty, defendido pelo goleiro do ECUS.

Pra quem não conhece o Estádio Ulrico Mursa, bem pertinho da vila Belmiro, vale lembrar que ele oferece uma proximidade bem legal entre torcida e a partida.

Abraço ao pessoa da Força Rubro Verde, sempre presente nos jogos!

É muito legal ver que o jogo da Briosa ainda traz ao campo torcedores de gerações passadas, muitas vezes acompanhados de seus filhos ou até netos, multiplicando a resistência ao futebol moderno.

Sobre a culinária do estádio, muitas opções, mas acabamos só na tradicional pipoca.

Só fiquei triste pela desclassificação do ECUS, que acompanhamos no jogo contra o Barretos.

O bom de fazer tantas fotos é que de vez em quando algumas saem bem legais, como esta:

Mas além de cenas bonitas, há curiosidades que valem a pena ser fotografadas, como o recado ao torcedor mais exaltado:

Por falar em torcedor exaltado, a Briosa fez 1×0 e conseguiu fechar a campanha nessa fase com mais uma vitória.

Assim, era hora de uma última olhada nas arquibancadas…

Última foto de recordação…

E pronto.

Atravessar a rua, ou melhor, o canal, pegar o carro e subir a serra!

Mas ainda deu tempo de comprar uma balinha de coco, vendida na saída da cidade…

Apoie o time da sua cidade!!!

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120- Camisa do San Miguel (Argentina)

A 120ª camisa de futebol do blog vem de um subúrbio argentino chamado de San Miguel, localizado há cerca de 30 km do centro de Buenos Aires, sendo parte da “Grande Buenos Aires”.

Existem 3 times em San Miguel (Club Deportivo Muñiz, Club Atlético San Miguel e Club Deportivo y Social Juventud Unida), mas hoje vamos falar apenas do Club Atlético San Miguel, cujo distintivo é esse aqui:

O time foi fundado em 1922, sob o nome de Clube Independiente San Miguel com uma combinação bem estranha… Camisas verde e branca, shorts azuis e meias pretas.

Em 1930, mudou o nome para Clube Atlético San Miguel.

Em 1978, construiu em Los Polvorines, o Complexo Olímpico do Clube San Miguel, também chamado de “Estádio Malvinas Argentinas“, inaugurado em um amistoso com o Deportivo Italiano.

Nesse mesmo ano, entrou para a Associação Argentina de Futebol participando do primeiro torneio D.

Já no ano seguinte, conseguiu o acesso paara a série C. Em 1984, chegou à Primera B, recebendo o apelido de “Trovão Verde“.  Até mesmo a camisa do San Miguel já foi usada em protesto contra a própria diretoria!

A rivalidade do San Miguel é com times como Deportivo Morón, Chacarita Juniors, All Boys, College, Chicago, e Estudantes.

E a torcida alvi verde não deixa de cantar…

Atualmente, o time está na “Primeira C”, e sofre como a maior parte dos clubes de bairro, com as questões econômicas, mas segue firme defendendo as cores do bairro!

Para maiores informações, os próprios torcedores mantém interessantes páginas na web: www.lasvocesdesanmiguel.blogspot.com e www.truenoverde.blogspot.com/, por exemplo.

Apoie o time da sua área!

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Em busca do estádio perdido em Registro

Pô, estamos há algum tempo sem postar, a vida anda corrida. E quando sobrou algum tempo, como nesse feriado, aproveitamos pra pegar a estrada e fomos até Floripa rever meu irmão.

No caminho, aproveitamos para dar uma passada no Estádio Municipal de Registro, para apresentar aos leitores mais um estádio que atualmente está fora das disputas profissionais.

O time que mandava seus jogos aí era o Comercial de Registro, que infelizmente está licenciado das disputas profissionais promovidas pela Federação Paulista.

O time foi fundado em março de 1978 e substituiu o Registro Atlético Clube.

O Comercial de Registro disputou a A2 em 1965, 1994, 1998 e 1999, a A3 em 1966, 1991, 1992 e 1993, a Quarta divisão em 1989, 1990, 2005 e 2008 e a Quinta divisão em 1995, 1996 e 2000.

Quantos gols aqui…

Assim, atualmente o estádio recebe apenas partidas amadoras de campeonatos municipais e jogos das equipes de base do Comercial.

Ali ao lado esquerdo, havia um outro lance de arquibancadas, que acabaram demolidas, diminuindo a capacidade do estádio que chegou a 5 mil lugares.

O gramado segue bem cuidado e o estádio conta com um sistema de iluminação.

Uma pena que o campo não receba mais partidas oficiais.

Apoie o time da sua cidade!

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Cock Sparrer em SP

O show foi fantástico, inesquecível para quem curte a banda.

Muitos lembram dos caras moleques, tipo na foto abaixo…

Mas esses são os atuais “garotos”:

O show foi fantástico, inesquecível para quem curte a banda!

Mas… assim como no futebol, a violência esteve presente e acabou levando a vida de uma pessoa, além de ferir gravemente outra num incidente ideológico.
É difícil conseguir guardar tantos sentimentos distintos que vem ao coração ensses momento.
Sem dúvida a alegria do show, ao menos pra mim, foi bastante contaminada pela tristeza da violência exagerada.

APOIE A CENA DA SUA CIDADE!!!

Cock Sparrer – Rock pra se ouvir nas arquibancadas!!!

Fora do Brasil a ligação do futebol com o Rock é muito forte.
Aqui, ainda somos uns poucos gatos pingados gritando pelas arquibancadas, mas como tem crescido o número de torcedores que curtem um som e está chegando a hora do primeiro show no Brasil, fizemos uma rápida entrevista com o pessoal do Cock Sparrer!

Pra quem nunca ouviu falar da banda, o Cock Sparrer nasceu em Londres, ainda no começo dos anos 70.
O que mais caracteriza a banda são as letras relacionadas ao cotidiano da classe trabalhadora e um som com uma pegada bem característica do Oi! (é um punk rock, menos gritado e mais cadenciado).
Em 1982, gravaram o clássico “Shock Troops“, se você quiser conhecer a banda, comece por aí.

Mas essas e outras informações você encontra fácil pela internet (o site deles é www.sparrer.fsworld.co.uk), vamos às nossas perguntas:

1 – Para que time o pessoal da banda torce?
Colin (vocal), Burge (baixista) e Will (roadie) são torcedores do West Ham, o baterista Steve Bruce é torcedor do rival Millwall, o guitarrista Micky Beaufoy torce pro Arsenal e o outro guitarra Daryl pro Watford.

2 – O que vocês sabem sobre a cena punk/Oi! brasileira?
É nossa primeira vez no Brasil. Nós esperamos fazer novos amigos, pegar alguns cds e assim conhecer um pouco mais sobre a cena brasileira.

3 – O que vocês sabem sobre o futebol brasileiro? Quais times vocês conhecem?
O futebol dos clubes brasileiros não tem uma boa cobertura pela mídia, no Reino Unido, infelizmente, não conseguimos ver a maior parte dos jogos, mas sabemos de alguns. Obviamente, o Corinthians por causa da relação com o Tevez, mas também ouvimos falar de Palmeiras, São Paulo, Santos e alguns outros. No Reino Unido nós associamos o futebol brasileiro mais com a seleção nacional, que todos nós admiramos nas Copas do Mundo. Nós não estaremos no Brasil por muito tempo, mas adoraríamos voltar e ir a um jogo.

4 – O que vocês achamda relação entre futebol e rock? São expressões culturais que deveriam estar mais próximas? (no Brasil, o futebol é mais ligado ao samba)
No Reino Unido, sempre houve uma conexão entre o Rock n Roll e o futebol. A maior parte da molecada cresceu nas ruas tentando entrar para a música, o futebol ou o crime. Ou seja, sempre houve uma conexão.

5- Vocês usam o futebol como tema das músicas?
Mesmo as nossas músicas que não são sobre futebol tem um “coro” que soa como eles são cantadas nas arquibancadas!
No passado, tivemos canções que têm temas de futebol.
Nós fizemos um cover de “BACK HOME” (ouça aqui), que foi tema da seleção da Inglaterra no Mundial de 1970.
Cantamos sobre a violência no futebol em Running Riot, Chip On My Shoulder e Trouble on the Terraces.
Mas para ser honesto, o problema com músicas sobre clubes de futebol é que causam problemas em shows.
Então, nós não fazemos mais isso.
Todos são bem vindos em um show Cock Sparrer, não importa o time de futebol ou de qual país você é. Estamos todos aqui a cantar em voz alta e festejar.

6 – Deixe uma mensagem para os punks, skins e demais fãs brasileiros:
Obrigado por nos convidarem a ir para o Brasil. Nós ouvimos de outras bandas que vocês gostam de se divertir e por isso estamos esperando uma grande festa!
Cheers!

APOIE A BANDA DA SUA ÁREA!

119- Camisa da SE Matonense

A 119ª camisa da nossa coleção é novamente do nosso rico interior paulista, mais precisamente da cidade de Matão.

O time que defende as cores da cidade é a Sociedade Esportiva Matonense, e este é seu distintivo:

A Matonense foi fundada em 1976, sendo a sequência da Sociedade Esportiva Bambozzi, time patrocinado pela indústria Bambozzi.
Como campeão amador do estado, de 1975, o time da Bambozzi conseguiu o direito de participar da Terceira Divisão do campeonato paulista, o que não era do interesse da empresa (aprenda desde já, empresas gostam de dinheiro, não de esportes).

Assim, uma série de esforços foram desenvolvidos entre a comunidade local para utilizar a vaga com um time que representasse a cidade.
Nascia em 1976, a Sociedade Esportiva Matonense, com as cores da cidade (azul e branco).

Aqui, o time de 1978, que começava a mostrar sua força para o interior:

Na década de 80, o time sagrou-se campeão do Grupo E da 3ª Divisão, em 1987:

Os anos 90 começaram bem. O time consegue logo em 1990, subir para a Segunda Divisão (atual A2), com o elenco abaixo:

Entretanto, o futebol paulista passou por uma reorganização das fórmulas de disputas e a equipe acaba voltando para a Quarta Divisão (atual Série B), tendo que passo a passo reconquistar seu lugar.
Em 1995, sagrou-se campeão da Série B-1, com o time abaixo:

Surgia nesse ano, sua Torcida Organizada, a Garra Azul.
No ano seguinte (1996), foi a vez de conquistar a Série A-3, em uma final frente a mais de 40 mil torcedores do Corinthians de Prudente.
Esse foi o time que levou a SE Matonense à série A2:

O time crescia, o público também, foram necessárias reformas e ampliação do Estádio Hudson Buck Ferreira. Aliás, estivemos por lá, veja aqui como foi.

Aqui temos um pequeno registro em filme, do Estádio:

Em 1997 veio o acesso à primeira divisão. O time entrava para a história e virava mania entre os moradores de Matão.

O fato inédito foi tão expressivo que, ao chegar na divisão de elite do futebol paulista, virou notícia em vários veículos da mídia nacional.

Acompanhei vários jogos da Matonense, em 1997, já que o meu Santo André estava na disputa do acesso. Vale lembrar que o técnico que garantiu esse acesso foi Ferreira!

Esse, o time de 1998:

Aqui o time de 1999:

O time de 2000, que ainda se segurava na primeira divisão.

Infelizmente, em 2002, o time sofreu o rebaixamento para a série A2. A torcida manteve o apoio e em 2003, o time quase voltou, mas em 2005, foi a vez de cair para a A3, com o time:

No ano seguinte, o time decepciona e vai para a última divisão do estado. Era o fim de um período mágico para o time da cidade de Matão. Atualmente, o clube encontra-se numa situação bastante dificil, sem a certeza da disputa da Série B (Quarta Divisão) de 2012. O mascote de um time que teve tantos vôos, só podia ser a águia!

O site oficial do time: www.matonense.esp.br

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!