Um último papo sobre o Chile

A gente sempre mostra muito dos jogos e estádios que fomos ver, mas esse rolê (que denominamos Futebol & Rock Rompendo Fronteiras) tem como objetivo uma troca de opiniões e cultura, por isso vou mostrar outras coisas que fizemos por lá, seja as fotos levando o nome do nosso time (Santo André) a novos espaços, seja conhecer lugares legais, como o “Cerro Santa Lúcia”, no centro de Santiago, onde se pode ter uma bela vista da cidade.

Nessa nossa última visita, encontramos nos muros da cidade alguns cartazes feitos pela torcida ou pela própria diretoria do time da Universidad do Chile, comemorando as conquistas de 2011.

Pra quem gosta de passear com a camisa do seu time por um bairro cheio de bares, restaurantes e gente pelas ruas até de madrugada, o negócio é descer no metro Universidad Católica se divertir pelas ruas do centro.

E o metro em Santiago do Chile é super de boa, lembra até um pouco o de São Paulo.

Ok! Várias bolas pelas ruas, mas… evite chutá-las…

Esse é um bar que está ali pelo centro também, chamado “The clinic”. É meio de boy, mas até que é legal.

Essa campanha contra as drogas é muito foda!!

“Quando sua cabeça está no que você quer, você não quer drogas”

O imponente rio Mapocho! E a banda “Visitantes” com cara de mau…

Os cães pela rua são comuns na região do centro velho. Eles são dóceis e companheiros.
Nos acompanharam em alguns roles por várias e várias quadras.

Na época, o show parecia longe, agora já passou e aqui no Brasil sequer soubemos da vinda do Gatillazo à América Latina…

Para quem ainda curte comprar cds e é do rolê punk/oi!/hc, a loja Hooligan é a parada ideal, ali na galeria do calçadão “Paseo Ahumada“, número 85.

Outra loja bacana, ali mesmo na galeria é a Mercado Futbol.
Camisas usadas e novas de times do Chile!

Falando em camisas, minha frustração foi ter voltado de lá sem uma do time La U… Devido ao sucesso do time, em 2011 estavam todas “agotadas”…

Bom, acho que deu pra ter uma idéia do que foi o rolê “urbano” né?
Ah, na hora de irmos embora, ainda encontramos um torcedor do Flamengo, que havia ido a Lanus ver Lanus x Flamengo…

Foto de despedida, em pleno aeroporto…

E seguimos nossa viagem pela América Latina…

Somos latinos!!

O Estádio Manduzão e o futebol em Pouso Alegre

O dia a dia é corrido. Estou aprendendo a ocupar o tempo, por menor que seja com as coisa que gosto.
Como diria o Camisa de Vênus… Correndo sem parar… Correndo sem parar!
E foi nessa correria, que ultrapassamos as fronteiras SP/MG e chegamos a Pouso Alegre.

Nossa missão, era conhecer a famosa “Cachoeira 15 quedas”, na cidade vizinha Congonhal e visitar o Estádio Municipal Irmão Gino Maria Rossi, o “Manduzão“.

Ele faz parte do Complexo Esportivo Municipal.

Por sorte, fomos muito bem recebidos pelos seguranças locais que nos permitiram entrar e tirar umas fotos, lá de dentro.

Uma vez lá dentro… É hora de conhecer mais um templo do futebol brasileiro.

O Manduzão é um estádio da Prefeitura Municipal de Pouso Alegre, bastante jovem, construído em 1996. Olhando de fora, tem um visual meio… “grego”, não tem?

Que tal uma olhada por dentro?

A capacidade inicial era de 26 mil pessoas, mas hoje está reduzida para 17 mil torcedores.

O Estádio já foi usado pelos diferentes times da cidade, como o Guarani FC, time de 1971, que entrou para o futebol profissional em 2002, na segunda divisão:

O Manduzão também foi casa do EC Sul Minas, time mais jovem, fundado em 2002 e que já disputou várias edições da terceira divisão mineira.

Mas, o Manduzão ficou mesmo marcado pelos jogos do Pouso Alegre FC, que tem sido o principal representante da cidade no futebol profissional disputando inclusive o Campeonato Brasileiro.

Na época da visita, o Pouso Alegre FC estava desativado atualmente, e o busto de Alberto Cobra Filho só vinha assistindo shows da prefeitura.

O lado de fora do estádio tem um bom espaço para estacionar e aquele velho olhar sobre arquibancadas de cimento.

A entrada é bastante tradicional, por baixo das arquibancadas.

Coisas engraçadas como esse aviso é o que fazem nossa busca por estádios render boas risadas…

A distância da arquibancada e do campo é pequena, deve ser legal ver um jogo aí!

Tem até uma parte coberta com espaço para a imprensa.

Mais um estádio em que eu e a Mari tivemos a honra de conhecer e visitar.

Quer ingressos? Aí está bilheteria!

Mas… Alguns pontos ainda precisam de um trato, da Prefeitura…

Depois do estádio, ainda demos um role pela cidade para conhecer um pouco mais. Ficamos por ali 2 dias, numa pousada bem legal chamada Maracanã.

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

129- Camisa do América – México

A 129ª camisa de futebol do nosso blog vem do México! Um lugar que sonho um dia conhecer…

Foi presente do amigo Ivan, torcedor do Santo André, que esteve por lá, visitando o país e que escreve o blog: www.ivansavioliferraz.blog.uol.com.br

O time dono da camisa é o Club América.

O Club América nasceu no ano de 1916, formado por um grupo de jovens estudantes que jogavam em campos próximos às escolas, ou mesmo nos pátios e que perceberam que podiam unir os times e montar um time mais forte. Já em 1917, o Club América conquistou seu primeiro título frente o Deportivo Español. Assim como no Brasil, no México também existem dois campeonatos nacionais. E o América conquistaria vários deles. A década de 20, por exemplo, trouxe mais 4 títulos e fez do time a base da seleção mexicana nos Jogos Olímpicos de Amsterdam de 28 e o mundial de 1930, no Uruguay. O time da temporada 1922-23: Os anos 30 trouxeram conquistas na temporada de 1935-36 e em 1938, com o time abaixo: Os anos 50 quase levaram o clube ao descenso, devido a uma crise. É nesse momento que o comediante Mario Moreno “Cantinflas” foi nomeado presidente de honra. Nessa época, a rivalidade com o time do Chivas Guadalajara já era alta. É o “Clássico dos Clássicos” mexicano.

Vieram dois títulos na metade da década, nas temporadas de 1953-54 e 1954-55. Em 1956, o clube foi vendido ao fabricante de refrigerantes Jarritos… Estranho né? Mas ia ficar ainda mais louco, em 1959, Emilio Azcárraga Milmo, proprietário da Telesistema Mexicano (Televisa), comprou o time… É como se a Globo comprasse um time no Brasil… Com a nova administração chegaram os títulos, nas temporadas 1963-64 e 1964-65. A temporada 1970-71 trouxe mais um título e o quinto campeonato de Copas, viria na temporada 1973-1974. E na temporada 1975-76, levam a Liga e o torneio “Campeão dos campeões”. Venceriam ainda o campeonato da Concacaf e a Copa Interamericana, frente ao Boca Juniores, em 1978: Mas se até esse momento, a história já se apresentava de forma gloriosa, os anos 80 consagraram o time como as “Águias da América”, com a conquista dos títulos das temporadas de 83-84, 84-85, 87-88 e 88-89. A década seguinte trouxe apenas dois títulos da Concacaf e uma Interamericana, em  1991. Além disso, em 1998, o clube debutou na Copa Libertadores de América, onde foi até as oitavas de final, sendo eliminado pelo River Plate. Em 2000, o time fez história na Libertadores de América, passando por várias potências até parar no Boca Juniores, na semifinal. Novos títulos em 2002 e 2005, além da Copa Concacaf de 2006, garantindo uma vaga para o Mundial de Clubes, no Japão, onde ficaria em 4o lugar. No ano seguinte (2007) disputa a Final da Copa Sulamericana da Conmebol, contra o Arsenal de Sarandi. Em 2008, mais uma semifinal de la Copa Libertadores, com destaque para a vitória sobre o Flamengo em pleno Maracanã. Com tantas conquistas, o time foi eleito a melhor equipe da década na CONCACAF. Porém, o ano passado foi difícil e a diretoria chegou a pedir desculpas publicamente à torcida e colocou o time inteiro à venda, devido aos péssimos resultados que o levaram a ser penúltimo colocado do Apertura. O maior idolo do time é o jogador Blanco, conhecido por seu gênio difícil.

O time manda seus jogos no Estadio Azteca, que tem capacidade para mais de 100 mil pessoas.

O site do clube é www.clubamerica.com.mx . E sobre o sentimento de torcer pelo Club America…

Apoie o time da sua cidade!!!!

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Vá ao cinema… Ou vá ler um livro… Ou… sei lá… divirta-se um pouco…

Quinta feira, pré feriado de Páscoa, eu e a Mari fomos ao cinema para enfim assistir ao filme “Heleno”, que conta a história de um dos primeiros jogadores da linha “polêmicos” do Brasil. O filme é mais uma prova desse novo momento do cinema brasileiro, com muita qualidade de produção e atuação. É interessante que o filme tem um olhar artístico sobre um tema bruto, na linha sexo, drogas e futebol. Soma-se a isso uma história incrível e temos a receita perfeita para um bom filme. Mas… Confesso que o resultado final como um todo não me fez chorar. Ou não me emocionou como eu esperava. E acho que o grande culpado chama-se Marcos Eduardo Neves, que lançou há alguns anos o livro “Nunca houve homem como Heleno” e que para mim é a melhor opção no estilo “Biografia”(Se é que pode se dizer que é uma biografia…). O livro é detalhado, fácil de ler e riquíssimo em detalhes, histórias e emoção. Por isso, vai a dica, não faça como eu. Primeiro assista ao filme e só depois leia o livro. Será uma experiência mais complementar. Ou… Não faça nada… Mas divirta-se…

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DRAMALHÃO

E no final das contas, o Drama do Ramalhão acabou em paz.

Em uma paz triste, mas ao menos paz.

Pra quem não acompanhou os últimos capítulos (ou os últimos anos) o Santo André, outrora campeão da Copa do Brasil, Vice Campeão Paulista, entre outros, jogava sua última partida da série A2, de 2012, lutando para fugir do rebaixamento para a A3.

Pra piorar, devido ao descaso da Prefeitura e á má gestão da SAGED, o jogo foi realizado num Estádio Municipal Bruno José Daniel, com as portas fechadas aos torcedores.

Do lado de dentro, apenas atletas, juízes e la policía, que parecia não acreditar no que acontecia do lado de fora…

É que do lado de fora, as ruas não tem donos, se não nós, o povo. Ali não tem como proibir faixa, música, atitude…

E foi assim que o torcedor Ramalhino sofreu até o fim.

Ainda que ao final do primeiro tempo o Santo André tenha feito 1×0, não houve quem ficasse tranquilo…

Assistir ao jogo era difícil. Víamos algumas partes do campo, comentávamos os demais resultados, tentávamos ver o escanteio, mas… os muros impediam.

Só uns ou outros arrumaram lugares com melhor visão, mas conforto duvidoso…

Por todo o entorno do Estádio houve gente se aglomerando para acompanhar o que poderia ser a pior tragédia da história do time.

No antigo portão das cobertas, havia a turma da geral…

E até o pessoal das “cadeiras especiais”, lá no alto…

Vem o segundo tempo e o desespero segue. Os resultados das demais partiam não permitiam que o Santo André empatasse o jogo para se manter na série A2.

Ou seja, um gol do União Barbarense levaria o Ramalhão à A3.

E dá lhe bateria para fazer os corações baterem com a força necessária para se aguentar esse sentimento…

Faltando poucos minutos para o fim, do jogo e da agonia, ninguém fala nada… Silêncio quebrado pelos cantos da Fúria Andreense…

Últimos segundos de apreensão…

Pronto… Chega de temer a A3. O Santo André vence o jogo e permanece na série A2.

Para muitos, não há o que comemorar, mas tirar das costas esse peso fez bem a todos que acompanham o time.

E comemorar a permanência na A2 não significou esquecer os problemas… OS torcedores fizeram questão de mostrar sua indignação, mesmo com a vitória. Seja pela reforma do Estádio…

Seja pelos problemas administrativos apresentados pela SAGED.

Só não avisaram a polícia local, que mais uma vez fez se presente de forma truculenta, fazendo questão de apresentar suas armas aos pouco mais de 50 torcedores que foram para a saída dos vestiários.

E foram pra festejar, pra cobrar e pra mostrar a cara.

Os jogadores e administradores do time tem que saber que somos nós os donos da festa. Ou da dor…

Apoie o time da sua cidade!!!

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Futebol e Punk Rock…

Desde quarta-feira (28/03/2012) até ontem, (sábado , 31/03/2012) aconteceu no SESC Pompéia o festival punk “O FIM DO MUNDO, ENFIM”, reunindo diversas bandas de São Paulo, além do Garotos Podres daqui do ABC, Attaque 77 da Argentina e Devotos de Pernambuco. A ideia do festival é dar sequência ao “COMEÇO DO FIM DO MUNDO”, realizado pela primeira vez em 1982 no mesmo local e que teve outra edição no Tendal da Lapa em 2001 (A UM PASSO DO FIM O MUNDO). Apesar da boa estrutura oferecida pelo SESC e de terem possibilitado a volta do ATAQUE 77 ao Brasil, após mais de dez anos de ausência, choveram críticas aos organizadores. A principal delas veio dos punks do ABC que mais uma vez se sentiram minimizados na participação. Bandas como DZK (que participou do Começo do Fim do Mundo), Subviventes, Hino Mortal, Ulster, Grinders, 88Não entre outras mais uma vez ficaram de fora dos shows. Segundo alguns devido a falta de “carteirinha de músico”… Estranho, não? Restou como consolo a presença dos veteranos “Garotos Podres”, que aos poucos tem perdido sua podridão substituindo a força política de suas letras por piadas infantis, mas que ainda sim… são os Garotos Podres e ouvir os acordes iniciais de “Garoto Podre” no começo do show ainda chega a arrepiar. Para um festival deste porte, também sentiu-se a falta de outras bandas. de outros estados ou mesmo de São Paulo que representam de modo mais real a cena punk dos últimos 30 anos. Na real, o que tem acontecido é que há muita gente de saco cheio de “alguns” monopolizarem a relação da cena com a sociedade em geral. Por mais que ele se esforce, ele está fora do role autêntico. É muito poser e paneleiro. Por fim, o show de domingo, que iria reunir bandas como Cólera, Olho Seco, entre outras e que seria GRATUITO acabou cancelado pelo medo do alto número de pessoas e de possíveis problemas. O rei do punk rock foi mesmo “inocente” ao achar que não iriam colar milhares de punks num som como este. Mas, falando dos shows, estivemos presentes na sexta-feira, dia em que os amigos argentinos do ATAQUE 77 tocaram ao lado dos nossos conterrâneos  Garotos Podres e dos amigos do Flicts, banda que abriu a noite. O show do Flicts foi intenso, cheio de novas canções que aos poucos vão ganhando a força dos seus já tradicionais hits como “Amigos”, “Despedido” e “Briga de Bar”. O Flicts se transformou na maior banda politizada atualmente, são anti-fascistas e estão diretamente ligados à cenas punk, rash, etc, além disso… fazem um puta som.

Depois do Flicts chegou a vez do ATTAQUE 77, pela primeira vez tocando no Brasil sem o ex-vocalista  Ciro. O show foi composto apenas de clássicos da banda levando ao delírio aqueles que como nós são fãs de punk rock latino.

 

Vale citar o grande número de camisetas de futebol argentino que estavam presentes, a começar pela Mari com a do All Boys:

 Mas tinha gente com a do Racing…

Do San Lorenzo… E dá-lhe rivais portenhos em pleno show! A77aque, All Boys e Chacaritas!!

O show foi daqueles pra ficar na memória dos brasileiros e também dos demais latino-americanos que ali estavam.

Na foto abaixo tem a gente do Brasil e mais amigos de Perú, México, Argentina e Chile! Somos ou não somos latinos? Depois do show do A77aque, assistimos apenas algumas canções do Garotos e fomos reencontrar os amigos argentinos. Mais do uma grande banda, os caras são gente muito boa, com quem mantemos contato desde a primeira vez em que o Ataque 77 veio ao Brasil. Pena que o Daniel (do 88não! desfocou a foto hehehehe):

Abraços ao Mariano, guitarrista e atual vocal a banda!

E pro Mundy, que alem de cuidar da banda ainda bate uma bola melhor que muito profissional!

Mais uma história com punk rock e futebol envolvidos. A vida não precisa ser tão complicada, né?

Por  fim, abraço ao amigo que andava sumido… Gabriel Uchida!!! Cidadão Cosmopolense!

Somos latinos! Punks, boleiros…

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Socorro, estão acabando com meu time…

24/03/2012 Fim de tarde de sábado. Lá vamos nós para a estrada, mais uma vez. Saindo de Cosmópolis, com direito à parada no Graal, nosso destino é a cidade de Araras, mais especificamente o Estádio Hermínio Ometto, a casa do União São João. A chegada ao estádio não é muito animadora. O Estádio, embora tenha um valor histórico incrível, está muito mal cuidado… Não sei o que poderia ser feito, mas é bom tomarem uma atitude antes que aconteça o mesmo que aqui, em Santo André e mandem tudo pro chão… De qualquer modo, lá estávamos nós para acompanhar a primeira das duas batalhas finais do Santo André contra a queda para a série A-3. E não estávamos sós. Vários torcedores, além das organizadas também enfrentaram a viagem para apoiar o time. Do lado verde, a torcida compareceu em pequeno número, até pela confirmação matemática do rebaixamento do União São João, desde a última rodada. Uma pena… O jogo começou feio. E foi ficando ainda pior. Os dois times se comportaram como se jogar fosse um saco… Ninguém se mostrava muito interessado em correr, chutar ao gol ou mesmo obedecer qualquer aplicação técnica. Nas bancadas, a torcida, inclusive eu , ia se irritando, ao mesmo tempo em que ficava triste. Não dá pra entender como o Santo André, que até 2009 estava na série A-1 do paulista e na A do Brasileiro conseguiu cair tanto de produção. Em campo e fora dele. O jogo parecia demorar horas. Só após muito tempo, sem nenhuma grande emoção, o primeiro tempo acaba, para a raiva e vergonha dos presentes. O único jogador a demonstrar um pouco de brio é o goleiro Gustavo, que está há anos aguardando uma chance e veio tê-la no pior momento do time. Vem o segundo tempo e não parece que o técnico Ruy Scarpino tenha tido sucesso em mexer com o time. Voltamos ao marasmo da primeira etapa, como se o empate fosse um bom resultado. A Fúria se esforça e canta. Anima mais a torcida do que o próprio time. Chegamos ao fundo do poço. (Assim espero). Os torcedores gritam contra a SAGED (empresa que gerencia o futebol do Santo André).

Nem a pipoca desce direito…

Com direito a pedaços de queijo que mais parecem ter saído de uma ratoeira…

Em campo, o time não demonstra qualquer reação. A torcida volta a protestar. Desta vez gritam contra o presidente Ronan. Contra o treinador Ruy Scarpino. Sobra ainda para boa parte do elenco e até para o supervisor de futebol Sérgio do Prado, que chegou como esperança de mudança, mas que não conseguiu reverter o quadro que encontrou.

O reflexo nas arquibancadas é direto. A média de público do Santo André este ano beirou 300 pessoas..

Mas… As amizades prevalecem. A dor torna os pouco ramalhinos mais fortes e mais unidos.

Quando parecia tudo já bastante ruim, vem o pior. Festa na arquibancada local. União São João 1×0.

Queria ir embora.

Queremos acordar desse pesadelo.

Sabe, o problema nem é a eminente queda para a série A3, o problema é o total abandono que o Santo André está sofrendo…

E digo isso com o dedo em riste em direção à prefeitura, à SAGED, aos próprios torcedores que desistiram de continuar na luta e abandonaram as arquibancadas, aos atletas, péssimos profissionais e à cidade como um todo, que quer mesmo é declarar-se parte da cidade de São Paulo, esquecendo nossas origens, nossa história.

Com o coração destroçado ainda fiz uma foto para quem não conhece o estádio.

Aos que ainda nos escutam… “SOCORRO, ESTÃO ACABANDO COM MEU TIME!!!!!”

APOIE O TIME DA SUA CIDADE…

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As mil camisas na Rádio Bandeirantes

O programa sempre traz um conteúdo bacana e diferenciado, seja por meio de entrevistas, testes e curiosidades sobre futebol do Brasil e do mundo.

A entrevista está na segunda metade do programa. Para ouvir, basta acessar o link: http://www.radiobandeirantes.com.br/audios_rb/12_03/120313_fan_podcast.mp3 .]]>

Santo André x Americana – O Basquete que um dia iremos sentir falta

Sexta feira, 23 de março de 2012. O verão chegou ao fim, essa semana. A noite começa a cair sem aquele calor que vinha nos castigando nos últimos meses.

Hoje não tem futebol, mas a presença do amigo inglês Steeve Punk exige um rolê especial para o reencontro. Vamos acompanhar mais uma vez o basquete feminino do Santo André, no Ginásio Pedro Dell´Antonia.

Além do Steeve, completam nosso “time” o Guilhermão, o Fabrício e a rapaziada da Fúria, além de outros torcedores do futebol, que se renderam ao basquete nesta sexta.

Mesmo assim, por se tratar de uma semifinal do campeonato brasileiro, acho que tinha pouca gente…

Mas… Como já falei diversas vezes aqui no blog, infelizmente a maior parte da população de Santo André, prefere renegar a cultura e esportes locais. Só o que funciona por aqui são as baladas na Rua Figueiras, onde a burguesia e a periferia se encontram para gastar (uns mais, outros menos) em torno do alcool, das drogas e outros prazeres momentaneos. É um processo difícil para mim aprender a conviver com essa nova cara da nossa região, menos politizada, mais endinheirada com a liberdade de fazer o que quiser com suas vidas e escolhendo não fazer nada.

Ainda bem que ainda existem meia dúzia de idiotas como eu que ainda gostam de se divertir com algo menos “glamouroso”, como o esporte.

Sem falar nas próprias atletas, que jogam, treinam e se dedicam graças a um apoio quase simbólico vindo da prefeitura, por conta da parceria com a SEMASA.

Aliás, acho que é aí que o time de Santo André ganhou o coração da torcida que normalmente acompanha o futebol.

O Basquete de hoje, ainda detém o romatismo do futebol de antigamente. Gente jogando e se envolvendo muito mais por amor do que por qulaquer projeção profissional.

Além disso, como a Mari fez questão de lembrar, o esporte feminino no Brasil ainda é muito pouco divulgado, apoiado e curtido.

Assim, não apenas o time de Santo André, mas também o de Americana é formado por guerreiras que estão construindo uma história para o basquete e esporte feminino nacional, dia após dia.

O pessoal da Fúria Andreense levou seus cantos e faixas para o ginásio, dando ao menos um ar de competição e colaborando no apoio ao time do Santo André. Abraço ao pessoal que compareceu e que ainda hoje deve viajar até Araras para assistir ao futebol (União São João x Santo André). Enquanto isso, em quadra, um jogo incrível, digno de final de campeonato. O Santo André permanecia atrás por 3, ou até 6 pontos mas sempre recuperava, empatava e até chegava a virar o placar. A técnica Lais disse que essa é sua última temporada no basquete, o que é uma pena não só para nossa região, mas para o basquete feminino, como um todo. É incrível como ela parece ter o time na mão. Mas, infelizmente o time apresentou algumas falhas individuais que impediram que chegasse a metade da partida com o jogo conquistado.

Se era ruim para o jogo em si, essa mudança constante no placar, conquistada com tanta raça, levou a torcida presente à loucura.

No intervalo, a técnica Laís Elena fez o que pode para acertar o time…

 

O resultado foi um jogo ainda melhor, mas verdade seja dita, o time de Americana era muito bom.

A torcida fazia sua parte tentando “incendiar o caldeirão”… Em quadra, uma verdadeira guerra de nervos. Faltando poucos segundos o jogo estava empatado e a posse de bola era do Santo André, mas… Não consegiram o arremesso…

Assim, fim de jogo e o placar… Empatado: 76 x 76.

E vamos à prorrogação… Já temos mais de duas horas de jogo…

O time do Santo André parece cansado e o Americana consegue abrir 6 pontos de vantagem, logo de cara.

Mas, quem achou que seria fácil, se enganou mais uma vez.

O Santo André se reencontrou e diminuiu a vantagem para 2 pontos.

Mas…

Não dava mais tempo…

Fim de jogo, Santo André 85 x 83 Americana…

Ficou difícil imaginar nossa bandeira mais uma vez hasteada, no Dell´Antonia…

Pra nós ficou a certeza de que se a cidade apoiasse um pouco mais, teríamos no esportee uma nova fonte de diversão, cultura, lazer e até emprego.

Parabéns aos torcedores que compareceram e às atletas que jogaram como guerreiras!

E um alo especial para o torcedor especial que compareceu ao jogo…

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

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