O futebol em Echaporã

No feriado de 15 de novembro de 2022, fizemos um incrível rolê até Bataguassu-MS. Veja os posts já feitos sobre essa viagem:
1) Estádio Municipal Tonico Lobeiro, na cidade de Óleo
2) Estádio Gilberto Moraes Lopes, em Piraju
3) Estádio Municipal Clube Ferroviário em Bernardino de Campos
4) Estádio Municipal Arnaldo Borba de Moraes, em Ipaussu
5) Estádio do Clube Atlético Ourinhense e o Estádio Djalma Baia, em Ourinhos
6) Estádio Romeirão, em Ribeirão do Sul
7) Estádio Manoel Leão Rego e Estádio Miguel Assad Taraia, em Palmital
8) Estádio Francisco Guímaro, “O Pirangueiro“, em Presidente Epitácio
9) Estádio Municipal “João Pereira de Souza”, em Bataguassu (MS)
10) Estádio Municipal José Francisco Abegão (antigo Estádio Antônio J. Andrade), em Presidente Venceslau
11) Estádio Municipal José Spaus da Silva, em Santo Anastácio
12) Estádio Dr Arthur Ramos e Silva Jr, em Presidente Bernardes
13) Estádio do Paulista FC em Álvares Machado
14) Estádio Municipal Amadeu Poleto e o Estádio Capitão Whitaker em Indiana
15) Estádio Coronel João Gomes Martins em Martinópolis
16) Estádio João Boim, em João Ramalho
17) Estádio Municipal Benedicto Dalla Pria, em Quatá

Agora é a hora do último estádio desse rolê, o Estádio Clemente Alberto de Sousa em Echaporã!

Com este relato me despeço não apenas do incrível rolê de 15 de novembro como também do ano de 2022. Que tenhamos novas aventuras boleiras em 2023 e que todos tenhamos muita saúde, trabalho, amor e grana pra poder estar nessa!

Antes de falarmos do futebol, é sempre importante ressaltar uma breve visão sobre o caminho trilhado até chegarmos a Echaporã dos dias de hoje.

Echaporã significa Bela Vista em Tupi Guarani, e este foi o nome da cidade por um bom tempo. A cidade se desenvolveu no mesmo modelo das que visitamos no oeste paulista: primeiro a chegada de alguns bandeirantes, depois a distribuição de terras ainda no papel para uns poucos poderosos e a partir daí uma verdadeira guerra com os habitantes originais indígenas, kaingangues em sua maioria.

No caso de Echaporã, além da expulsão e da matança, houve ainda um processo de catequização em pleno século XX, realizado pelos freis capuccinos, que teriam inclusive tentado ajudar na guerra contra os grupos que chegavam, mas… sem grandes resultados. Aqui, uma foto de 1910 dos indígenas com um padre da ordem dos Capuccinos (Fonte: Livro “As antigas fazendas Alta Sorocabana”):

Em 1922, Santiago Fernandes (que vivia na região ocupada pelos freis capuccinos) iniciou a construção da primeira igreja do local, dedicada a Nossa Senhora Aparecida. A região passa a se reunir no entorno da igreja e o Padre João di Longue batiza o nome do vilarejo como “Bela Vista” (o nome durou até 1944, quando mudou-o para Echaporã).

Em 1° de janeiro de 1939, o distrito passa à município de Bela Vista.

Em 1947, foi construída a igreja matriz da cidade:

E em homenagem à cidade, em 1935 foi fundado o time do Bela Vista Futebol Clube.

Em 1942, estreia no Campeonato do Interior disputando o grupo da 13a região, que teve a Ferroviária de Assis como campeã:

Em 1950, novamente jogou o Campeonato do Interior e ainda aplicou uma das maiores goleadas contra o time do Barra Funda de Assis:

A Gazeta Esportiva de 1957 trouxe uma citação sobre uma partida do time no Campeonato do Interior daquele ano:

Em 1966 faria sua estreia no Campeonato Paulista, mas pouco antes do início, desiste da participação que teria colocado o nome do time e da cidade ainda mais na história!

Esse era o time de 1968:

Aqui, uma foto do time jogando em Assis já nos anos 70:

Aqui, uma foto do atual time de veteranos:

Para viver um pouco dessa história, fomos até o Estádio Municipal Clemente Alberto de Souza:

O estádio fica num quarteirão bem aberto, sem muros em seu entorno, apenas alambrado, aqui o gol da esquerda:

O meio campo:

E o gol do lado direito:

Veja que linda a arquibancada coberta:

A visão por traz do gol:

Muitas árvores em seu entorno:

E uma área para atletismo em seu entorno:

Até uma pequena academia ao céu aberto:

FELIZ 2023!!!

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Role pelo oeste – Feriado de 15/11/22

A partir de hoje, começo a dividir os frutos do rolê que fizemos no feriado de 15 de novembro, em comemoração à proclamação da República. Mas antes disso, vale a pena lembrar como foi esse episódio da história brasileira, e nada melhor que o Peninha explicar para você:

Foram 4 dias de viagem, seguindo o seguinte roteiro:

Dia 1
Saímos de Santo André pela manhã e fomos até a cidade de Óleo, registrar o Estadio Municipal Tonico Lobeiro.
Depois, fomos para Pirajú, para finalmente registrar a parte interna do Estadio Municipal Giberto Moraes Lopes (veja aqui nossa última visita quando não conseguimos adentrar)
A próxima parada foi Bernardino de Campos para conhecer o Estádio Clube Ferroviário.
Sem desistir, rumamos a Ipaussu para fotografar o simpático Estádio Arnaldo Borba de Moraes e enfim, chegamos a Ourinhos.
Se quiser repetir o rolê, gastando uns 20 minutos em cada estádio e uma hora para almoçar, são necessárias umas 8 horas de viagem. Veja abaixo no mapa o percurso realizado:

Dia 2
Aproveitamos a manhã para curtir a cidade e registrar o Estádio Municipal Djalma Baia, vulgo “Monstrinho”. Com muita tristeza, fomos também conferir o abandono da parte social do Clube Atlético OurinhenseEstivemos por lá em 2010 e ainda tinha esperança da volta do time ao profissionalismo. Mas o campo segue funcionando e demos sorte de pegar um jogo do senior do CA Ourinhense.
Saímos de Ourinhos e fizemos uma parada em Ribeirão do sul para o registro do Estádio Romeirão.
A próxima parada também foi uma revisita gerada por um comentário no nosso vídeo feito em Palmital em 2010, que dizia que na verdade não havíamos visitado o Estádio Manoel Leão Rego e sim o Estádio Miguel Assad Taraia. Isso me tirou o sono por anos já que eu nunca consegui ter certeza se havíamos errado mesmo. E a visita aos dois estádios comprovou que sim, havíamos visitado o Estádio Manoel Leão Rego.
Saímos de Palmital e aproveitei para rever a minha família que mora em Assis. Assim como meu pai, a turma toda é super ligada ao futebol citadino, seja por terem visto nascer o VOCEM literalmente na frente de casa (minha vó morava frenta à igreja do bairro Operário, onde vivia o Padre Aloísio Bellini, fundador do time), seja por causa da Ferroviária ou do Diesel (forte equipe amadora). Não deu tempo pra ouvir nem parte das histórias que eles têm pra contar, mas valeu o lanche e o reencontro com tias, tio, primos e todos!
Saímos de Assis com planos para tentar registrar melhor o Estádio Municipal Dr. Mário Marcondes dos Reis em Regente Feijó, mas a chuva acabou nos obrigando a mudar de ideia, de qualquer forma, já estivemos lá no passado, confira aqui.
Assim, rumamos direto à Presidente Epitácio, onde passamos a segunda noite na beirinha do rio Paraná. Caso você queira fazer este rolê, parando uns 20 minutos por estádio, vai precisar de umas 6 horas:

Dia 3
Jantamos um hamburguer vegetariano incrível e fomos descansar. Por volta de uma da manhã, fomos acordados por uma tremenda tempestade que prometia acabar com o mundo, mas… na manhã seguinte, tudo estava normal e pudemos aproveitar para registrar, ainda em Presidente Epitácio o Estádio Municipal Pirangueiro e curtir a orla do rio Paraná para pegar umas rochas, já que agora estou estudando Geografia.
Cruzamos os quase 3 km de ponte sobre o rio Paraná e adentramos em Mato Grosso do Sul, pelo distrito do porto XV de Novembro até chegar em Bataguassu, para registrar o Estádio Municipal “João Pereira de Souza”. Voltamos para Presidente Epitácio, onde almoçamos e seguimos viagem para Presidente Venceslau, registrar o Estádio José Francisco Abegão.
Na sequência, passamos por Santo Anastácio (onde nasceu o meu pai), para registrar a casa do FADA FC, o Estádio Municipal José Spaus da Silva.
Seguimos pela estrada até Presidente Bernardes, para registrar o Estádio Municipal Arthur Ramos, a casa da AA Bernardense.
Como iríamos dormir em Presidente Prudente e alguns anos atrás (veja aqui) já registramos os estádio de lá, deu tempo de fazer uma última parada no distrito de Álvares Machado e registrar o Estádio do Paulista.
Pra refazer esse rolê e dedicar 20 minutos para cada estádio, você precisará de umas 5 horas de dedicação.

O último dia foi o mais difícil… Primeiro porque já era hora de despedir da estrada, segundo porque a distância era longa, terceiro porque ainda tínhamos 5 estádios para visitar e quarto porque em sendo volta de feriado, pegaríamos trânsito na chegada a São Paulo. Tentando nos precaver, saímos as 7h30 de Presidente Prudente rumo a Indiana para registrar o atual Estádio Municipal Amadeu Poleto e também o que resta do Estádio Capitão Whitaker, antiga casa do CA Indiana.
A cidade vizinha era Martinópolis, e fomos registrar o Estádio Coronel João Bento Martins.
Próxima parada: o lindo Estádio Municipal João Boim, em João Ramalho.
Na sequência, registramos o Estádio Municipal de Quatá, na cidade vizinha.
Nosso último estádio foi o Estádio Municipal Clemente Alberto de Sousa, em Echaporã e confesso que foi a primeira vez que senti cansaço… A cidade não chegava, o sinal de GPS era ruim e haviam 2 caminhos possíveis, sendo que um eram quase 10km de estrada de terra. Fomos parar para almoçar em Pardinho. Estávamos quase escapando do trânsito mas um acidente em Jandira nos tomou quase 40 minutos a mais… Mas, por fim, chegamos a Santo André! Exaustos, mas plenos! Pra repetir essa parte da viagem, em condições normais, você precisará de 10 horas de dedicação… Aqui, apenas a parte do mapa que mostra os estádios visitados e o caminho até Assis (dali ainda são quase 500 km até chegarmos em casa:

Em breve começam os posts sobre cada estádio.

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