Agora é a hora de conhecer um pouco da história do futebol em João Ramalho e o Estádio João Boim!
A cidade nasceu de um “desmembramento” de Quatá.
Após a chegada dos bandeirantes na região e a expulsão dos indígenas, ainda no século XIX, a partir dos anos 1920, alguns grandes proprietários de terra construíram as primeiras casas. Com a chegada da Estação ferroviária à região, em 1916, ainda sob o nome de “Santo Ignácio” a cidade passou a receber muitos moradores.
Em 1935, foi elevado a distrito, e em 1959 a município, mas a oficialização só ocorreria em 1961, porque Quatá não aceitou a emancipação e entrou com um recurso, que demorou 2 anos para ser julgado.
O nome da cidade (João Ramalho) é uma homenagem a uma figura muito importante na história do Brasil e cheia de controvérsias. Ninguém sabe oficialmente como nem quando João Ramalho chegou ao Brasil, e embora tenha vivido com indígenas tupiniquim, acabou envolvido diretamente na escravização de tribos inimigas transformando São Vicente em um ponto de tráfico de escravizados conhecido mundialmente no século XVI.
Sabendo da proximidade dele com a nossa história, em 2020 fomos até sua cidade natal, Vouzela, registrar um pouco da história do futebol veja aqui como foi!
Atualmente, a cidade possui cerca de 5 mil habitantes e mantém as tradicionais casas feitas em madeira que tanto caracterizam as cidades que surgiram ao lado das ferrovias.
Não havíamos planejado passar pela cidade, porque nosso cronograma estava super apertado e já era o dia de retornar a Santo André, mas, o time que representa a cidade havia sido campeão regional de futebol amador da liga de Tupã e assim, classificou-se para o campeonato amador do estado, ou seja… Não podíamos perder a oportunidade…
Assim, lá fomos nós conhecer a casa do João Ramalho Futebol Clube! Esse era o distintivo antigo do time:
E este, com o brasão da cidade, é o que está sendo utilizado atualmente:
O João Ramalho FC ainda teve um outro distintivo antes, quando foi campeão do Amador Interestadual de Palmital-SP:
Nestas fotos, perceba que o time do João Ramalho usa o distintivo antigo e tem a camisa similar ao do tricolor paulista:
E este achado incrível: o cartão de identidade de atleta de Domingos Boim, que foi prefeito da cidade:
Além de uma série de partidas amistosas e campeonatos locais, o João Ramalho FC jogou o Campeonato do Interior. Aqui, imagem da Gazeta Esportiva de 1956 do setor 44:
O Quatá FC , grande rival do João Ramalho FC sagrou-se campeão do setor.
Jogou também o Campeonato Amador de 1958, disputando o setor 33, segundo a Gazeta Esportiva de 13 de junho de 1958:
Enquanto isso, vamos curtir as fotos dos times do passado.
Em 2022, o time do João Ramalho FC sagrou-se ainda campeão da Copa Intermunicipal 2022.
Aqui, o Campeonato Amador Regional, da liga de Tupã:
Walef Donegá (auxiliar técnico) e Maicon Ribeiro (Técnico) levantam a taça de campeão:
E aqui, o elenco que jogou o Campeonato amador do estado de 2022:
Aqui, no jogo contra o New Boys, de Piracicaba:
Outra formaç˜ão recente do time:
O João Ramalho Futebol Clube manda seus jogos no Estádio Municipal João Boim e com tanta história, não podíamos deixar de conhecer!
Em um primeiro momento, achei que só conseguiríamos registrar do lado de fora…
Pelo menos dava pra ver a sala de troféus do time!
O estádio possui até umas plantas decorativas. Lá ao fundo a arquibancada!
Mas, com os deuses do futebol ao nosso lado, acabamos conseguindo adentrar ao Estádio João Boim!
Aqui podemos ver o gol da esquerda, e um pouco do banco de reservas:
O gol da direita (onde está a entrada do estádio) e o banco de reservas correspondente:
O meio campo e as torres de iluminação:
Veja o detalhe do banco de reservas e também como é próximo para assistir aos jogos no Estádio João Boim:
A partir de hoje, começo a dividir os frutos do rolê que fizemos no feriado de 15 de novembro, em comemoração à proclamação da República. Mas antes disso, vale a pena lembrar como foi esse episódio da história brasileira, e nada melhor que o Peninha explicar para você:
Foram 4 dias de viagem, seguindo o seguinte roteiro:
Dia 1 Saímos de Santo André pela manhã e fomos até a cidade de Óleo, registrar o Estadio Municipal Tonico Lobeiro. Depois, fomos para Pirajú, para finalmente registrar a parte interna do Estadio Municipal Giberto Moraes Lopes (veja aqui nossa última visita quando não conseguimos adentrar) A próxima parada foi Bernardino de Campos para conhecer o Estádio Clube Ferroviário. Sem desistir, rumamos a Ipaussu para fotografar o simpático Estádio Arnaldo Borba de Moraes e enfim, chegamos a Ourinhos. Se quiser repetir o rolê, gastando uns 20 minutos em cada estádio e uma hora para almoçar, são necessárias umas 8 horas de viagem. Veja abaixo no mapa o percurso realizado:
Dia 2 Aproveitamos a manhã para curtir a cidade e registrar o Estádio Municipal Djalma Baia, vulgo “Monstrinho”. Com muita tristeza, fomos também conferir o abandono da parte social do Clube Atlético Ourinhense… Estivemos por lá em 2010 e ainda tinha esperança da volta do time ao profissionalismo. Mas o campo segue funcionando e demos sorte de pegar um jogo do senior do CA Ourinhense. Saímos de Ourinhos e fizemos uma parada em Ribeirão do sul para o registro do Estádio Romeirão. A próxima parada também foi uma revisita gerada por um comentário no nosso vídeo feito em Palmital em 2010, que dizia que na verdade não havíamos visitado o Estádio Manoel Leão Rego e sim o Estádio Miguel Assad Taraia. Isso me tirou o sono por anos já que eu nunca consegui ter certeza se havíamos errado mesmo. E a visita aos dois estádios comprovou que sim, havíamos visitado o Estádio Manoel Leão Rego. Saímos de Palmital e aproveitei para rever a minha família que mora em Assis. Assim como meu pai, a turma toda é super ligada ao futebol citadino, seja por terem visto nascer o VOCEM literalmente na frente de casa (minha vó morava frenta à igreja do bairro Operário, onde vivia o Padre Aloísio Bellini, fundador do time), seja por causa da Ferroviária ou do Diesel (forte equipe amadora). Não deu tempo pra ouvir nem parte das histórias que eles têm pra contar, mas valeu o lanche e o reencontro com tias, tio, primos e todos! Saímos de Assis com planos para tentar registrar melhor o Estádio Municipal Dr. Mário Marcondes dos Reis em Regente Feijó, mas a chuva acabou nos obrigando a mudar de ideia, de qualquer forma, já estivemos lá no passado, confira aqui. Assim, rumamos direto à Presidente Epitácio, onde passamos a segunda noite na beirinha do rio Paraná. Caso você queira fazer este rolê, parando uns 20 minutos por estádio, vai precisar de umas 6 horas:
Dia 3 Jantamos um hamburguer vegetariano incrível e fomos descansar. Por volta de uma da manhã, fomos acordados por uma tremenda tempestade que prometia acabar com o mundo, mas… na manhã seguinte, tudo estava normal e pudemos aproveitar para registrar, ainda em Presidente Epitácio o Estádio Municipal Pirangueiro e curtir a orla do rio Paraná para pegar umas rochas, já que agora estou estudando Geografia. Cruzamos os quase 3 km de ponte sobre o rio Paraná e adentramos em Mato Grosso do Sul, pelo distrito do porto XV de Novembro até chegar em Bataguassu, para registrar o Estádio Municipal “João Pereira de Souza”. Voltamos para Presidente Epitácio, onde almoçamos e seguimos viagem para Presidente Venceslau, registrar o Estádio José Francisco Abegão. Na sequência, passamos por Santo Anastácio (onde nasceu o meu pai), para registrar a casa do FADA FC, o Estádio Municipal José Spaus da Silva. Seguimos pela estrada até Presidente Bernardes, para registrar o Estádio Municipal Arthur Ramos, a casa da AA Bernardense. Como iríamos dormir em Presidente Prudente e alguns anos atrás (veja aqui) já registramos os estádio de lá, deu tempo de fazer uma última parada no distrito de Álvares Machado e registrar o Estádio do Paulista. Pra refazer esse rolê e dedicar 20 minutos para cada estádio, você precisará de umas 5 horas de dedicação.
O último dia foi o mais difícil… Primeiro porque já era hora de despedir da estrada, segundo porque a distância era longa, terceiro porque ainda tínhamos 5 estádios para visitar e quarto porque em sendo volta de feriado, pegaríamos trânsito na chegada a São Paulo. Tentando nos precaver, saímos as 7h30 de Presidente Prudente rumo a Indiana para registrar o atual Estádio Municipal Amadeu Poleto e também o que resta do Estádio Capitão Whitaker, antiga casa do CA Indiana. A cidade vizinha era Martinópolis, e fomos registrar o Estádio Coronel João Bento Martins. Próxima parada: o lindo Estádio Municipal João Boim, em João Ramalho. Na sequência, registramos o Estádio Municipal de Quatá, na cidade vizinha. Nosso último estádio foi o Estádio Municipal Clemente Alberto de Sousa, em Echaporã e confesso que foi a primeira vez que senti cansaço… A cidade não chegava, o sinal de GPS era ruim e haviam 2 caminhos possíveis, sendo que um eram quase 10km de estrada de terra. Fomos parar para almoçar em Pardinho. Estávamos quase escapando do trânsito mas um acidente em Jandira nos tomou quase 40 minutos a mais… Mas, por fim, chegamos a Santo André! Exaustos, mas plenos! Pra repetir essa parte da viagem, em condições normais, você precisará de 10 horas de dedicação… Aqui, apenas a parte do mapa que mostra os estádios visitados e o caminho até Assis (dali ainda são quase 500 km até chegarmos em casa:
Sempre tive uma relação especial com a cidade de Ribeirão Pires. Desde a época em que estudava na ETE Lauro Gomes, depois com o rolê punk e atualmente graças a essa figura chamada Nélson, um grande amigo de arquibancada e da vida que nos convidou para registrar o Estádio Felício Laurito , a casa do Ribeirão Pires FC!
Ribeirão Pires é mais um território que teve grande presença indígena e provável palco dos encontros dos portugueses com João Ramalho e os tupiniquins. Quando da fundação de São Paulo, a cidade de Santo André acabou abandonada e assim a região em geral acabou meio esquecida, limitando-se a ponto de passagem.
Somente no século XVII, a região do ABC volta a se desenvolver, Ribeirão era denominada de Caaguaçu (“mata alta” em tupi guarani). O futuro nome da cidade foi homenagem à família de Antonio Pires de Avila, que chegou à região no início do século XVIII, 2 anos depois da construção da Igreja de Nossa Senhora do Pilar.
Se pelo interior do estado, o café transformou as paisagens com suas grandes plantações, Ribeirão Pires teve uma influência indireta: no século XIX, para escoar o café para o porto de Santos, foi construída a ferrovia São Paulo Railway passando pela região dando origem a uma série de madeireiras e olarias. Em 1885 surge a pequena estação de Ribeirão Pires.
Somente em 1896, foi criado o distrito de Ribeirão Pires, aqui uma imagem de 1905:
Em 1953, Ribeirão Pires se emancipou tornando-se município autônomo. Atualmente é uma estância turística e tem se desenvolvido de modo diferente da história industrial que caracteriza a região.
Mas, como não poderia ser diferente, a cidade possui uma grande paixão futebolística: o Ribeirão Pires FC.
Na verdade, o primeiro time da cidade foi o CA Internacional fundado em 8 de julho de 1911, mas que acabou mudando de nome para Ribeirão Pires Futebol Clube, em 19 de maio de 1912.
Aqui, o time que defendeu a camisa do Ribeirão Pires FC em 1918:
Embora o trabalho inicial fosse focado na constituição do clube, em 1919, o Ribeirão Pires FC entra para a história ao disputar o primeiro campeonato da região, ao lado de: Serrano, Brasil, AA São Bernardo, São Caetano EC, Primeiro de Maio FC (que jogou como União Team por estar filiado à APEA naquele ano) e do Corinthians FC que sagrou-se campeão, recebendo Taça Senador Fláquer.
Esse foi o time que jogou o campeonato de 1919:
A partir daí, o RIbeirão Pires FC passou a disputar vários jogos e campeonatos importantes não só na região, como partidas na capital e em Santos e como o futebol ganhava visibilidade, em março de 1923 começa a ser construído um novo campo de futebol, nas proximidades da rua Major Cardim.
Esse era o time de 1923:
Em 1926 filia-se à Liga de Amadores de Futebol em 1927 debuta em competições oficiais jogando a Série Principal da Divisão Santista da LAF,mas abandonou a competição e acabou desclassificado.
Alguns dos resultados dessa competição:
10/4 – Palestra Itália de Santos 1×3 Ribeirão Pires FC
3/5 – A. Santista Extra 0x1 Ribeirão Pires FC
3/7 – Ribeirão Pires FC 0x2 Brasil FC
Em 1927, disputa um amistoso contra a A. Portuguesa, como registrou a página de “sports” do Correio Paulistano de 4 de junho daquele ano:
Em 5 de agosto de 1934 vai até Bragança Paulista enfrentar o EC Bragantino, com o time abaixo:
Em 1936, um levantamento feito neste ano mostra que o time jogou 556 partidas, com 352 vitórias e 136 empates. E esse foi o time:
Em 1940, o Ribeirão Pires FC mandava seus jogos no campo situado ao lado da Rua Capitão José Galo, ao lado do prédio do Fórum. É ali que, em 1943, disputa o Campeonato Paulista do Interior. O time que fez história é esse:
Aí está o grupo da 26a região, onde estava o Ribeirão Pires FC:
Aqui, alguns dos atacantes deste time histórico: Pinheiro, Caetano, Tuiti, João e Turelli:
Se até então as sedes se mostraram sempre provisórias, em imóveis emprestados, em 1947 foi comprado a área onde atualmente está o Ribeirão Pires FC e que só seria inaugurada em 1978:
Em 1949, sagra-se campeão invicto da Liga Santoandreense, mas o início dos anos 50 foram dedicado à construção do Estádio Felício Laurito, inaugurado em 15 de novembro de 1956 em um jogo contra o Palmeiras. A equipe paulistana venceu por 4 x 2, mas o dia foi de festas, como se vê na foto abaixo:
Aqui, uma imagem do dia do jogo:
Por um período, logo após a construção do Estádio Felício Laurito (na foto abaixo, do lado direito), os dois campos de futebol continuaram em atividade, enquanto o “campo velho” era usado pra treino e emprestado para outros clubes, o novo Estádio era reservado para os jogos do Ribeirão Pires FC.
Em 1960, o Ribeirão Pires FC sagrou-se campeão municipal invicto!
As fotos acima foram retiradas do incrível livro: “Sob a luz de um lampião nasceu o Ribeirão”, de Roberto Bottacin (aqui nesse link da estante virtual até hoje cedo, ainda havia um por meros R$ 9,90!!!)
Encontrei algumas imagens, que confesso ter perdido a fonte (se você for o dono, me avisa e eu dou o crédito) que registram outros esquadrões:
Enfim, depois de tanta teoria, vamos à prática! Um rolê pelo Estádio Felício Laurito ao lado dos amigos Gó e Nelsão!
Então é hora da nossa tradicional imagem do estádio, começando pelo meio campo:
O gol da direita:
E o gol da esquerda:
E um olhar geral sobre esse lindo Estádio!
O Estádio está literalmente dentro do clube, então tem uma série de cuidados que normalmente não veríamos em outros campos, como esses bancos de onde se pode assistir os jogos:
Junto ao campo há também uma pista de atletismo:
Lááá do outro lado, estão os bancos de reserva.
Esta é a arquibancada de onde tirei as fotos do campo.
Olhando lá do outro lado, as imagens “invertidas”, esse é o gol da direita (atrás dele está o ginásio do RPFC).
O meio campo, tendo as arquibancadas como destaque:
E o gol da esquerda com o salão social ao fundo.
E aí os 3 patetas…
O entorno do estádio possui vários detalhes e muitos cuidados dando um ar todo especial ao lugar…
Encontrei até uma versão antiga do distintivo antigo em uma das portas:
Olha aí um adesivo declarando o amor ao clube…
E o que dizer dessa sala de troféus? Quanta história está aí registrada?
Aproveitamos ainda para dar uma olhada na quadra de futsal.
O futsal é bastante valorizado no RPFC!
Arquibancadas em dia!
E assim, com mais um estádio registrado, voltamos para casa com a certeza da missão cumprida!
Lisboa, Leiria, Coimbra,Aveiro, Santarém e Fátima, além de um post sobre o jogo entre o Estoril e o Feirense vamos falar sobre um lugar mágico pra nós: Vouzela.
Uma cidade pequena, mas cheia de história…
Pra nós, a maior importância de Vouzela, é que ela é terra de João Ramalho, que fundou a vila de Santo André, além de ter casado com a índia Bartira e assim constituir uma importante união com o povo indígena da região, além de ser o mascote do EC Santo André.
Vouzela é uma vila portuguesa do distrito de Viseu, onde vivem cerca de 10 mil pessoas.
Surge da separação do Distrito de Lafões, em 1836 em duas cidades (Vouzela e São Pedro do Sul) e seu nome vem do encontro de dois rios: o Vouga e o Zela.
Vouzela é chamada de “o Coração do Centro”, e é uma cidade bem diferente. Pequena, mas com muita personalidade.
A origem da povoação do local remota ao século XI, embora tenham encontrado fragmentos de cerâmica romana que comprovaria uma povoação anterior.
Uma das mais antigas construções é a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, a Matriz de Vouzela, que teria funcionado como mosteiro anteriormente.
Ali do lado da igreja, ali, em cima do meu ombro direito, tem uma lojinha de doces…
E lá (e em outro lugares) vendem-se os deliciosos “Pasteis de Vouzela”:
Caminhar pela cidade é encontrar paisagens bucólicas, uma verdadeira volta ao passado…
Existia uma linha de ferro que levava o trem até a cidade, e embora esteja desativada ainda mantém a maria fumaça em exposição.
Ao fundo a ponte por onde a estrada de ferro chegava à cidade.
Ali dá pra ver como tudo é pertinho…
Outra igreja antiga é a da Misericórdia, que começou a ser construída em 1593.
Ali bem perto, está a Torre de Vilharigues, uma das torres medievais remanescentes na região.
A gente ficou num hotel chamado “Hospedaria Casa Museu“, bem legal!
E olha que lindo por do sol a gente pode curtit por lá…
Mas a nossa missão em Vouzela era mais do que registrar o futebol local. Estávamos munidos de bandeira, camisa e uma carta em nome do presidente do EC Santo André, homenageando a cidade e apresentando o clube, que tem João Ramalho como mascote.
Assim, lá fomos nós para a câmara municipal, entregar esse material para os representantes oficiais da cidade (o “prefeito” estava em férias, então combinamos de entregar para uma vereadora).
E, claro, registramos o momento da entrega para a Carla.
Acabamos ganhando uma carona até o Parque Desportivo Municipal das Chãs.
O Estádio Municipal das Chãs é a casa da “Associação Os Vouzelenses“.
A Associação Os Vouzelenses foi fundada em 1930, sendo o clube mais antigo da região.
O time nasceu como um “parceiro” do Sporting, de Lisboa, tanto que por muitos anos jogaram de verde e branco como o time da capital. Aqui, uma das primeiras formações:
O time atualmente joga a primeira divisão do Campeonato Distrital (na AF Viseu) e possui uma página ativa no Facebook, para quem quiser maiores informações. Mas, vamos conhecer a sua casa!
Demos um jeito de fazer umas fotos lá dentro, mesmo que a visão esteja um pouco restrita pela neblina.
O campo tem uma bela arquibancada coberta em uma das laterais.
Olha como tava o campo na hora da visita:
Mais um momento histórico, vendo o brasão de Santo André em campo lá em Vouzela!
Uma pena que a única época do ano que podemos viajar é o fim do ano, o inverno europeu… Em épocas mais quentes (e claras), aqui veríamos o gol da esquerda.
E aqui, o da direita!
Com a missão cumprida em Vouzela, decidimos dar um pulo na vizinha Viseu, mais uma linda cidade de Portugal. Ali no centro histórico, há uma estátuda de Dom Duarte I, o rei de Portugal que faleceu após uma tentativa frustrada de invadir Tânger, em Marrocos.
A cidade tem um grande centro comercial e bastante trânsito. Tanto que chegamos a nos perder pelas várias rotatórias que existem…
Passamos pela Igreja dos Terceiros de São Francisco, um templo da segunda metade do século XVIII.
Passamos ainda pela Diocese de Viseu, que data do século VI…
Ea Capela de Nossa Senhor dos Remédios. Sim, passear por Portugal envolve muitas visitas à Igrejas.
Também tem muita construção histórica em Viseu, como a “Porta do soar”, um trecho da antiga muralha da cidade.
E o futebol também se faz importante na cidade, por meio do Acadêmico de Viseu Futebol Clube.
O Académico de Viseu CC foi fundado em 1914, como Clube Académico Futebol Clube e já participou em 4 campeonatos da Primeira Divisão Nacional graças a um processo de integração com a “Associação Grupo Desportivo Farminhão“.
Depois de 2 temporadas no distrital o Académico de Viseu FC subiu à III Divisão Nacional em 2009, depois, em 2013 obteve o acesso à Segunda Liga. O time manda seus jogos no Estádio Municipal do Fontelo.
Mais uma bilheteria pra nossa coelção!
O Estádio Municipal do Fontelo fica no Parque Desportivo Municipal do Fontelo, na região central da cidade de Viseu.
O estádio foi inaugurado em 12 de junho de 1928, e em novembro daquele ano recebeu seu primeiro jogo oficial. É um estádio muito bonito, com uma cor laranja que dá a ele uma baita vida. Gostoso estar ali!
A arquibancada coberta e a área para a imprensa ficam em uma das laterais do campo.
O estádio chegou a ter capacidade para cerca de 30.000 torcedores, mas atualmente limita-se a 12.000. Vamos dar uma olhada no vídeo que fizemos lá dentro:
O estádio possui uma bela pista de atletismo com piso sintético.
A arquibancada circunda o campo todo.
Sem dúvidas, o estádio merece receber os jogos da primeira divisão! Todos os detalhes muito bem cuidados…
Olha aí o banco de reservas!
O nome da cidade defendido pelo time e presente na arquibancada!
Enfim… Mais uma honra pra nós em conhecer um estádio tão bacana!
Pelo youtube você pode conhecer um pouco da cultura da bancada local:
O time tem até uma loja oficial no Shopping do centro da cidade.
Dá até pra ver como é bonita a camisa do time (o Shopping é o patrocinador do time).
Pra quem gosta de ônibus de time de futebol (por onde andará o amigo Anderson, de Curitiba, que colecionava fotos assim), ta aí o do Acadêmico Viseu FC.
Sigamos pelas ruas de Viseu…
Mesmo não sendo ligado à religião, pela manhã fui até a igreja matriz de Santo André para ver a cara do santo que dá nome à minha cidade e ao time que torço. Lembra um pouco o próprio (e misterioso e polêmico) João Ramalho, que fundou a cidade, não?
Mais uma vez (e pelo que dizem, a última) fizemos de Araras a nossa casa. Assim, lá fomos nós ao Estádio Herminio Ometo para assistir Santo André x Oeste.
E lá foram também os heróis seguidores do Ramalhão, que fizeram questão de mostrar o descontentamento de todos com o atual prefeito Aidan, que parece ter esquecido do nosso Estádio.
E se é pra falar de faixas, aí está a nossa, que mostra a mistura que mais curtimos, futebol + punk rock!
O jogo prometia, afinal, o Santo André, embora invicto, vinha amargando uma sequência de empates, dando aquela incomoda sensação de que o time não anda.
O jogo começou e mostrou que infelizmente o time parece não andar mesmo, este ano…
Logo de cara, levamos um gol…
Terceiro jogo “em casa” e nenhum gol feito. Nenhuma vitória…
Os ânimos não estavam bons na torcida Ramalhina…
E se é pra ser difícil, que seja tudo de uma só vez… A polícia militar de Araras proibiu a entrada da bateria da Torcida Fúria Andreense. O jeito foi improvisar…
E foi assim que a percussão nasceu das cadeiras do Herminio Ometo…
Lá estavam as faixas e bandeiras para apoiar o time… Mas a verdade é que parecia que o time estava distante…
A rapaziada da Fúria Andreense também compareceu pra apoiar!
Em campo, o time esboçava uma reação e alcançou o empate de 1×1.
Mas nada que empolgasse os torcedores. Sei que é um post meio triste e chato, mas é que a situação do Santo André nos últimos anos não está muito animadora.
O jogo em si foi morno até o seu final… Por mais que o Santo André dominasse o jogo, o empate foi o resultado final.
A nós, torcedores, só restava gritar com o time…
E ao menos o orgulho em estar presente em mais um momento do nosso time…