London Calling…

Seguindo nossa aventura, saímos de Amsterdam no fim da tarde, e no início da noite chegávamos em Londres.

Chovia e fazia frio. Era o típico cenário que eu imaginava de Londres. Saímos do aeroporto e fomos buscar um taxi que nos levasse ao nosso hotel.

O Rodrigo escolheu um táxi bem louco, preto, enorme, a parte interior mas parecia uma pista de dança, era muito diferente de qualquer outro táxi que já tinha visto. Estávamos achando tudo muito engraçado.

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Ficamos contentes até mostrar o endereço ao motorista, que riu da nossa cara, e nos perguntou o que iríamos fazer naquele fim de mundo. Disse ainda que era melhor cancelar e pegar um hotel no centro, porque era muito caro ir até lá. Olha a cara do figura, que falava como se estivesse cantando um som do Cockney Rejects:

taxista louco

Bateu o desespero, e mesmo achando o valor uma fortuna, estávamos muito cansados de tanto andar por Amsterdam, ou seja… Decidimos encarar a grana e após mais de 90 minutos chegamos ao nosso hotel. A primeira vista, ele era estranho, ficava num bairro suburbano e sem nada perto, e a chuva continuava.

hotel londres

Nao queria estar na pele do atendente do hotel. Nem bem entramos e começamos a descarregar uma verdadeira metralhadora de reclamações, como se ele tivesse culpa do aeroporto ser longe, do taxi ser caro, oude trabalhar no hotel mais afastado, feio e desanimador de todo o Reino Unido.

Mas, para minha surpresa, o atendente, um Paquistanes calmo como ele só, foi pouco a pouco nos contagiando com sua tranquilidade, enquanto nos cativava com pequenos grandes favores.

Quando percebi, já tinhamos mapas, descobrimos que pegar um taxi preto é quase um pa$$eio turistíco, sabíamos como chegar no metro, já havíamos encomendado hamburgueres Vegetarianos para a janta, e principalmente… Sabíamos que havia no bairro o estádio de um time das divisões de acesso do futebol inglês chamado Leyton Orient F.C..

Isso sem contar que… Po, eu estava com a Mariana em Londres, Inglaterra, terra onde surgiu o futebol e o punk… Era só comer, dormir e esperar o dia seguinte. E assim o fizemos.

Londres - Leyton Orient F.C.

Confesso que acordei procurando aquele entusiasmo que havia embalado meu sono, e que parecia ter ido embora ao ver que nosso quarto mais parecia um quarto de hospital (ele era todo adaptado à necessidades especiais, inclusive).

Após o café da manhã, caminhamos umas 8 quadras até o estádio do Leyton Orient. As casas pelo bairro eram todas muito parecidas:

Londres - Leyton OrientFC

Confesso que ainda não entendi se ali é o estádio ou se é somente o campo de treino do time. É pequeno, com uma entrada de uns 4 metros de largura.

Leyton Orient FC

Uma pequena arquibancada dá o tom “bairrista” do estádio.

leyton

Para maiores informações sobre o time, o site deles é www.leytonorient.com

Leyton_Orient_FC

Dali, fomos enfim conhecer a realidade de Londres, e logo de saída, no caminho do ponto de ônibus, a Mari já se animou ao encontrar uma das tradicionais cabines telefônicas.

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Depois fomos conhecer os pontos turísticos da cidade. A começar pelo famoso ônibus de dois andares. Aliás, como eu disse no começo da história, pra gente ir pra qualquer lugar , precisávamos pegar um desses até a estação do metrô.

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É bom saber que vegetarianos em Londres tem ‘muitas opções, principalmente, os deliciosos Veggie Burger, que são tão comuns quanto os cachorros quentes aqui no Brasil.

vegie

Londres lembra muito São Paulo. Tem trânsito, bastante gente pelas ruas, várias lojas… Mas consegue acrescentar a isso tudo uma arquitetura bem legal e uma série de coisas interessantes pra se ver quando se passa pela rua, como por exemplo, o Museu de Sherlock Holmes:

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No metro, um painel informava sobre a “Wembley Cup”, torneio relâmpago que reunia o Barcelona, o Celtic, o Tottenham e o Al Ahly. Depois, vendo um pouco de tv, não só em Londres mas nas demais cidades que passamos, vi que a maior parte das equipes participa de torneios desse tipo durante a “janlea” do calendário. Foi por isso que conseguimos ver o time do Ajax na rua, enquanto estávamos em Amsterdam.

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O Big Ben é o lugar onde mais vi turistas em toda minha vida. Chega a ser engraçado tantas línguas diferentes e tantas fotos ao mesmo tempo.

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Do outro lado do rio Tâmisa, encontramos a famosa roda gigante (gigante mesmo) um monte de museus, e o…. Fright Club, uma desas atrações de terror que nem no Playcenter, cheia de sustos e que deve ser percorrida a pé. Claro que não teve como não ir….

terror

Bom, mas chega de turismo, porque isso é um blog sobre futebol, como diria o Muricy. Assim, no outro dia, pegamos o metro para o outro lado e fomos até o estádio do West Ham.

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Se comparado ao estádio do Ajax, o Upton Park, estádio do West Ham, embora seja bastante grande, tem mais a cara dos estádios brasileiros.

Afoito, cheguei até a administração do Estádio perguntando como era feita a visita ao campo. A resposta veio com uma mistura de frieza, prazer e desinteresse: “Não há visitas.”

Fiquei tão chateado que nem tentei argumentar. Restava a loja do clube, para ao menos levar uma lembrança do time que ficou marcado especialmente para mim, pelo filme Hooligans.

Lá, acabamos conhecendo um boxeador italiano, que é casado e estava comprando uns presentes também.

Após as compras, e já mais animado, decidi uma última tentativa explicando ao vendedor que eu era brasileiro e etc… O resultado taí:

Acho que foi o melhor momento de toda a viagem. Eu adorei o estádio. A mistura entre o tal exigido “profissionalismo” ou “modernidade” com o lado romântico do futebol parecia me perfeito no Boleyn Ground (antigo nome do Upton Park).

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É engraçado que fiquei tão emocionado estando lá que esqueci de me atentar a alguns detalhes como por exemplo o que divide a arquibancada do campo. Sempre quis saber e agora não lembro se reparei…

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Foi uma vitória da nossa parte e confesso que pensei até em enviar essas fotos e o vídeo para a atendente da administração só pra mostrar que dava sim pra dar um jeitinho.

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Ah, ainda nas ruas de Londres, pude encontrar várias barraquinhas vendendo camisas de times, mas é impressionante como só tem as mesmas que encontramos aqui… Barça, Real Madrid, Chelsea, Manchester…

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Bom, estava encerrada nossa missão em Londres. As 5 da manhã de um dia nublado deixamos a cidade e tomamos caminho rumo a Paris.

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Resenhando quadrinhos…

É um quadrinho de humor, mas sem muito conteúdo relevante, na minha opinião. É aquela linha pastelão, mas sequer usam nomes dos times de verdade. Gosto muito do traço do Francisco Ibáñez, mas acho que a linguagem dele é mais televisão que quadrinhos. Bitmap_em_Figura1 Pra quem ficou curioso, acesse o site deles: www.mortadeloyfilemon.com . Confesso que não me animei muito. Mesmo sabendo que era um besteirol, esperava algo mais ácido e politizado. Tanto que demorei pra pegar o segundo livro que comprei, com medo de não gostar também e já me sentir meio derrotado em minhas primeiras compras em terras européias. Ledo engano. Eric Castel, o personagem boleiro que já existe há muito tempo, principalmente na Espanha é um verdadeiro clássico do Futebol em quadrinhos. ericoi O livro conta parte da história do próprio Eric Castel (não sei quem é a inspiração real pra ele), quando ele retorna ao Barcelona e tem que se firmar com jogador titular. Além das dificuldades usuais, Eric tem que lidar com um Iuguslávo companheiro de time que não se dá muito bem com ele. Pra buscar tranquilidade, Eric se refugia num bairro afastado de Barcelona, onde conhece “Los Juniores” um time de bairro que faz o atleta relembrar seu passado das ruas. Muito legal… O quadrinho de Raymond Reding (falecido em 1999 e criador de outros heróis do futebol como ‘Vincent Larcher’, além do clássico Tintin) e Françoise Hugues é mais sério, mais quadradão e lembra um pouco os quadrinhos da marvel da década de 80. reding Pra acabar, um bom vídeo mostrando outras ligações entre o futebol e os quadrinhos e universo comics:

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Um pouco sobre Madrid e Amsterdam

Como eu havia dito no último post, fiquei enclausurado no aeroporto em Madrid por algum tempo, enquanto aguardávamos o vôo para Amsterdam, e comprei 2 quadrinhos sobre futebol lá. O aeroporto delá é tão grande que tem até Metrô pra te levar de uma plataforma a outra. DSC02543 O futebol na Espanha não fala em outra coisa… As contratações do Real Madrid eram capas da maioria dos jornais. Já aqui em Amsterdam, não se fala muito em futbeol. Mas fui no estádio do Ajax e conheci um monte de moleques fanáticos pelo time. Ah, e ainda no avião, vindo pra cá, conheci um pibe de 14 anos que joga no sub 15 do Málaga, o pai dele veio falar comigo sobre o Corinthians ter sido expulso do torneio que disputaram aqui por treta… Tá vendo, a gente acha que essas coisas não são percebidas né…. malaga Desculpe a pressa, depois escrevo mais… O estádio do Ajax é legal, mas moderninho demais hehehe Abraços MAU! in Europe!]]>

44- Camisa do Brasil de Pelotas

A Camisa de futebol número 44 é do Grêmio Esportivo Brasil de Pelotas, e a comprei na mesma loja que peguei a do SC Ulbra, pela bagatela de R$29,90, ótimo preço por se tratar de material oficial.
Como o cara da loja é gente boa e ainda acompanha os jogos do Ramalhão, vai aqui o fone dele, já que não tem site: (011) 4432-3063, sempre tem coisas boas a preços especiais por lá, fale com o Rubão!

Falando do Brasil de Pelotas, o time foi fundado em 7 de Setembro de 1911, ou seja no momento em que escrevo este post (2009) faltam apenas 2 anos para a grande festa do centenário.
Assim como outros clubes que já retratamos aqui no blog, o Brasil de Pelotas nasceu de uma divergência dentro de outro time, no caso, o Sport Club Cruzeiro do Sul, formado por funcionários da Cervejaria Haertel.
Diz a lenda que tudo foi por causa de um desentendimento de um pequeno grupo que estava colocando uma cerca no campo, enquanto outro permanecia em campo, jogando e negando-se a ajudá-los. Putos Chateados com isso, o grupo que estava trabalhando decidiu montar um novo time.
Como a fundação do novo time se deu no dia da independência, as cores da camiseta seriam verde e amarela. Isso gerou o primeiro motivo de rivalidade com o E.C.Pelotas, que tinha seu uniforme azul e amarelo, muito parecido com o deles.

Pra evitar maiores problemas, o pessoal do Brasil decidiu adotar o vermelho e preto, alusão às cores do Clube Diamantinos. O Brasil de Pelotas é também chamado de Xavantes, graças a um jogo, de 1946, contra o Esporte Clube Pelotas. O E.C. Pelotas seria campeão em caso de vitória.

O primeiro tempo ia acabando e o placar indicava 3 x 1, em favor do E. C. Pelotas. Pra piorar, o Brasil teve o zagueiro “Chico Fuleiro” expulso. Indignados, os jogadores do Brasil interromperam o jogo, o técnico chegou a ameaçar tirar o time de campo. Mas, a própria torcida ficou nas arquibancadas, fazendo com que a partida recomeçasse. Após tanta confusão, o jogo voltou a correr e o segundo tempo viu um Brasil com tamanha gana de justiça que conseguiu virar o placar para 5 x 3, transformando se na mais famosa vitória do time. Ao fim do jogo, a torcida rubro-negra invadiu o gramado, atropelando o alambrado que ficava ao lado das arquibancadas. O fato foi chamado de a INVASÃO DOS XAVANTES (esse era o ítulo de um  filme em cartaz na época, em Pelotas). A partir daí, a torcida adotou a figura do índio xavante, como símbolo do time.

O material sobre o time na internet é muito vasto. Destaque para o site do time: www.brasildepelotas.com , o blog: http://blogxavante.com e o site http://colecionadorxavante.brahmsoftware.com.
O time manda seus jogos no Estádio Bento Freitas, fundado em maio de 1943, e onde cabem hoje 18 mil Xavantes.

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Um ato curioso ocorrido no estádio foi a ameaça do Ministério Público de interdição do Bento Freitas porque a direção do time teria aprovado a venda de bebidas alcoólicas no interior do estádio, nos jogos da Série C, ato proibido por lei. Em se falando de títulos, vale lembrar que o time conquistou o Campeonato Gaúcho de 1919, e foi Vice em 1953, 1954, 1955 e 1983. Além disso, venceram o Campeonato Gaúcho da 2ª Divisão em 1961 e 2004.

brasil 1983

Em 1985, o time fez história com a Máquina Xavante, time que chegou às semi-finais do brasileiro da série A. Existe inclusive um site contando a história do time: http://www.maquinaxavante.com.br.

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O ponto mais triste da história do clube, aconteceu no início de 2009, com o acidente do ônibus da delegação, ocorrido há cerca de 300 km de Porto Alegre (no km 150 da BR-392), e que provocou a morte de um dos maiores ídolos do time, o atacante uruguaio Claudio Milar, do zagueiro Régis Gouveia, e do preparador de goleiros Giovani Guimarães, além de ferir outras 20 pessoas. A equipe retornava de um jogo-treino na cidade de Vale do Sol, onde havia vencido o Santa Cruz do Sul por 2 a 1.
A diretoria do clube até cogitou não disputar o Campeonato Gaúcho de Futebol de 2009, mas assim como na história que deu origem ao apelido “Xavante”, a equipe não desistiu e seguiu em frente. Abalado psicologicamente e com um time sem conjunto, conseguiu apenas uma vitória no campeonato e foi rebaixado para a Série B 2009.

Já escrevemos sobre o livro que narra o acidente (veja aqui o post sobre o livro).

O uruguaio Cláudio Milar era ídolo da torcida, com mais de cem gols marcados com a camiseta do Brasil.
O atacante costumava comemorar os gols homenageando o símbolo do clube, atirando uma flecha para as arquibancadas.

Atualmente o G.E.Brasil possui várias torcidas organizadas como por exemplo Máfia Xavante, Garra Xavante, TOB, Comando Rubro-Negro , TODEX, Camisa 12, Paz Xavante, Mancha Rubro-Negra, Torcida Independente Rubro-Negra, Torcida Organizada Feminina, Índio Xavante, Torcida Raça Xavante, Gaviões da Baixada. Ainda em 2009, o time segue disputando a série C do nacional.
Termino o post com uma breve matéria sobre a torcida Xavante, e deixo os meus sentimentos para que o clube consiga superar a dor do acidente de 2009 e em 2010, possa voltar à primeira divisão do Gaúcho, acredito que terá muita gente torcendo por isso, e eu serei uma dessas pessoas! Força Xavante!!!

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Seleção Brasileira

“Para quem (assim como eu) critica a seleção brasileira” compara as seleções recentes (anos 80 até hoje) às do passado (anos 2010).
Hoje, minutos após assistir à semi-final da Copa das Confederações 2009, sinto me na obrigação de escrever um novo post e além de renovar a minha crítica.
Seria superficial criticar apenas o técnico Dunga.
Até porque aquele Dunga jogador raçudo, que não só incentivava, como cobrava o time inteiro, foi abduzido por alienígenas.
Com aquele Dunga, essas estrelinhas não teriam vez.

dunga raçudo

Esse Dunga que colocaram no lugar tem cara de “obediente”.
Ainda que mostre sinais de pensamento próprio quando lida com a mídia.
Ele, sem reclamar, segue comandando um time apático, ruim tecnicamente, sem força de conjunto, sem brio, sem raça, formado por atletas que parecem não ter nada a perder ou a ganhar com o jogo.
Um time que perdeu a identificação com aquele torcedor que gosta de futebol. Hoje, quem consegue torcer para a seleção é aquele tipo de torcedor que não está acostumado a torcer pra um clube.
Ele xinga quando perde e aplaude quando ganha.

vai ou fica

Será que um dia alguém vai confessar o que acontece de verdade?
As convulsões do Ronaldo, a estranha eliminação da última Copa, a apatia irritante num jogo como o de hoje, enfim…
Nada disso faze sentido nem lógica pra mim…
Como aquele Robinho do Santos pode ter se transformado num jogador tão normal, tão chato, que só olha pra ele mesmo?

Robinho

Como deixamos um “playboy” metido a galã, alimentado com farinha láctea e que na primeira dificuldade se esconde e deixa de ser a referência do time?

kaka pede pra kaga

Aliás, a torcida do São Paulo o “escurraçou” do clube por isso.
Muitos jornalistas dizem: “A torcida do São Paulo foi burra, fez o time perder dinheiro.” Mas ninguém aguenta um cara assim no clube que torce.
Aliás, é por isso que ninguém fica mais tão irritado com o Brasil, no fundo, ninguém mais torce nem se identifica com o tipo de futebol que essa seleção joga há tempos (exceto no período Felipão, o último cara de verdade que pisou no solo da CBF).

felipao

O pior é não ter uma resposta. Olhando pelo lado mercantilista, eu vejo uma marca ser queimada. Do lado romântico, eu vejo o fim dos tempos.
O que mais pode acontecer?
Acreditem, o brasileiro está deixando de gostar de futebol e isso é irreversível.
As gerações atuais já dedicam muitíssimo mais tempo a games, orkut, msn e à música da última moda, do que ao futebol.
Não se trata de ganhar, não se trata de jogar bonito…
Se trata de envolver quem assiste, quem acompanha, quem faz parte…
As más fases de times como o Palmeiras e Corinthians fizeram aumentar o envolvimento torcida/clube mesmo com os times na 2a divisão. Por que? Porque havia o algo mais.
O jogo de hoje só segurou o torcedor até o fim porque ainda valia vaga na final.

Golzinho chato...

O gol foi triste. Foi decepcionante. Na sala, eu e meu pai ficamos como se fosse um gol contra nosso time. “Agora o Dunga é gênio”…

Não é possível que a mídia, a CBF, o Dunga e os jogadores não percebam que estão matando o espetáculo. O suspense acabou, a emoção se foi… O final foi previsível, o Brasil ganhou, o jogo foi chato, sem graça, mal jogado…

Mas… Antes que eu seja chamado de extremo pessimista, ou que digam que é fácil criticar e não sugerir uma solução, quero dizer que pra mim, existe uma saída. Meio maluca, mas existe.

É transformar a seleção brasileira no maior clube do mundo.

Um clube que não disputa só Copa do Mundo e etc, mas um time que vai ficar constantemente em tour pelo mundo desafiando os melhores clubes e seleções em suas casas.

Um time que vai jogar contra o campeão brasileiro da série A, B, C e D, porque além de bom, esse time precisa entender o inferno que é disputar uma competição dessas, conhecer esses estádios que não abrigarão jogos da Copa do Mundo, mas abrigam os corações dos torcedores dos clubes menores.

Um time que vai gerar renda de verdade, que não vaio precisar se vender para outras marcas.

Um time que vai ter tempo de treinar, e que vai trazer de volta o amor ao futebol, porque será um time feito para ganhar e jogar bem.

É mais ou menos como a história de Rocky VI, o campeão só será realmente valorizado quando mostrar energia, quando mostrar que tem coração.

Por hora, essa seleção me dá é nojo…

Rolê da virada de ano (2008 – 2009)!

No fim de ano de 2008, eu e a Mari fizemos um rolê bem bacana!
Pra não gastar muita grana decidimos seguir para o sul, onde não haviam pedágios (isso mudou exatamente no dia seguinte ao que fomos, acredita?).
Planejamos passar o fim de ano em alguma praia do Paraná.
Assim, pra aquecer e encurtar a distância, começamos descendo pro litoral de São Paulo, pra Itanhaém, onde passamos dois dias com os amigos e aproveitamos para comprovar minha má forma física fazendo uma trilha pelos morros junto à praia.

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De Itanhaém, fomos seguindo sentido Peruíbe até pegarmos a BR para Curitiba, uma cidade muito legal, cheia de cultura e de lambuja, com 3 grandes times.
Começamos pelo Atlético Paranaense, já atualizando em 2019 seu novo escudo:

Fizemos um visitação monitorada do Estádio Joaquim Américo, considerado exemplo no Brasil, a Arena da Baixada.

Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo
Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo

O que mais me chamou a atenção, além da imponência e da beleza de suas arquibancadas é que o estádio é praticamente um Shopping. Embaixo das arquibancadas há dezenas de lojas (e não estou falando somente de lanchonetes).

Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR

Tudo muito limpo e muito bem feito. Realmente a Arena ditou a moda das arenas futuras (escrevo isso agora em 2025 quando decidi reler esse post).

Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR

O Atlético Paranaense realmente desponta como uma administração bastante diferenciada, caminhando para o conceito do sócio torcedor, e estádio cheio.

Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR
Arena da Baixada, o Estádio Joaquim Américo - Curitiba - PR

Uma vez visitado a moderna Arena da Baixada, fomos à casa do rival, Coritiba FC!

Distitntivo do Coritiba FC

Bem vindo ao tradicional Estádio Couto Pereira, o maior estádio do estado.

Coritiba FC - Estádio Couto Pereira - Curitiba - PR

Confesso que me surpreendeu o quão bem recebidos nós fomos.

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Pudemos adentrar aos escritórios e nas arquibancadas pra fotografar.

Coritiba FC - Estádio Couto Pereira - Curitiba - PR

O Assessor de Imprensa me entregou um material informativo do clube, bem legal e encontramos aberta a excelente loja do torcedor.
O estádio é aquele modelo antigo, enorme, com muito cimento, mas muita energia.

Coritiba FC - Estádio Couto Pereira - Curitiba - PR

É um baita estádio!

Por fim, para fechar a trinca de ouro da cidade, fomos conhecer a casa do Paraná Clube Brasil.

Distitntivo do Paraná Clube

E aí está o Estádio Durival Britto e Silva, conhecido como Vila Capanema.

Paraná Clube Brasil - Estádio Durival Britto e Silva - Vila Capanema - Curitiba-PR

Infelizmente, fomos impedidos de entrar ou mesmo de fotografar por um tiozão, com jeito de zelador…
Mais um exemplo de como alguns clubes não enxergam o potencial turístico do futebol.

Paraná Clube Brasil - Estádio Durival Britto e Silva - Vila Capanema - Curitiba-PR
Cópia de ferias fim de 2008 Paraná Clube Brasil - Estádio Durival Britto e Silva - Vila Capanema - Curitiba-PR

Como a ideia era de se divertir, e não somente pensar em futebol (será mesmo possível?) decidimos descer a serra e ir conhecer a histórica Morretes.
Fomos pela Estrada da Graciosa.
Um passeio muito legal, e com uma vista muito bonita.

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Chegando lá, o tempo esfriou e como a cidade é muito mais histórica que turística, fomos pra Paranaguá, onde alguns amigos iriam passar a virada, na praia.
A cidade tem dois estádios. Um é o Fernando Charbub Farah, o “Gigante do Itiberê“:

ferias fim de 2008 204

O outro, é o estádio do Rio Branco, que fica pro lado do Porto.

Após uns 40 minutos chegamos lá e ainda pudemos encontrar alguns jogadores que disputaram este ano o Campeonato Paranaense.
Trata-se do Estádio Nelson Medrado Dias, mais conhecido como Estradinha.

O estádio é bem old school, mas muito legal, tem até uma lojinha embaixo da arquibancada, mas achei cara a camisa.

Rio Branco - Estádio da estradinha - Estádio Nelson Medrado Dias - Paranaguá - PR

Mas pelo menos marcamos presença em mais um estádio menos conhecido porém super importante para a rica história do futebol paranaense.

Rio Branco - Estádio da estradinha - Estádio Nelson Medrado Dias - Paranaguá - PR
Rio Branco - Estádio da estradinha - Estádio Nelson Medrado Dias - Paranaguá - PR

Bom, feito nossa visita futebolística, decidimos ir pra praia.
Mas…. após 1 hora parados, na estrada que daria acesso às praias,  o trânsito caótico nos fez desistir.
Voltamos para Curitiba.
Dali, voltamos pra Itanhaém, pra ver a queima de fogos do Satélite E.C. .
Ufa…. Enfim acabamos 2008…

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39- Camisa da Ferroviária de Assis

Camisa da AA Ferroviária de Assis

39ª camisa da coleção é uma das que considero especiais. Acho até que pessoalmente, é a de maior valor histórico das que eu tenho.

Pertence à já extinta Associação Ferroviária de Assis:

Distintivo da AA Ferroviária de Assis

E a considero histórica, primeiro porque, embora seja o uniforme número 2 (o número 1 é vermelho com os destaques em branco) é uma camisa oficial e foi usada em partidas oficiais na década de 70, pelo time da cidade de Assis, onde meu pai passou boa parte da infância.

Além disso, como parte da família trabalhava na Estrada de Ferro Sorocabana, meu tio “Zé”, na época conhecido como Alemão, jogou na equipe.  Olha ele aí numa “clássica” 3×4:

Zé "Alemão"- AA Ferroviária de Assis

Olha ele aí agachado (o 3º da direita pra esquerda):

A Associação Atlética Ferroviária de Assis (AAFA) foi fundada em 1927, sendo mais uma linda história de amor entre o futebol e a ferrovia. Miguel Belarmino de Mendonça foi o primeiro presidente do clube.

Até o início dos anos 40, o time se manteve na disputa de amistosos e de torneios regionais, sempre jogando com a casa cheia!

Mas em 1942, fez sua estreia no Campeonato do Interior, sendo campeã da 13a região e chegando até a 2a eliminatória (equivalente às quartas de final).

Campeonato do Interior 1942

Uma ajuda da inteligência artificial pra vermos um cenário colorido e umas aletaoriedades kkk:

Em 1943, a Vermelhinha novamente foi campeã da 13a região e chegou à 3a eliminatória (também equivalente às quartas de final), sendo eliminada pelo Noroeste, que seria campeão:

Campeonato do interior 1943

Chegou 1944 e a AA Ferroviária se consolidou como força da região sendo campeã pelo terceiro ano consecutivo da sua região e avança até a fase inter regional do campeonato, sendo eliminada pela Ferroviária de Botucatu:

Campeonato do interior 1944

Adivinha o que houve em 1945? Mais uma vez a AA Ferroviária vence o seu grupo! Mas mais uma vez um time de Botucatu elimina a vermelhinha…

Campeonato do Interior 1945

Chegamos a 1946 e como já esperado a AA Ferroviária sagrou-se campeã do seu grupo, classificando-se para a próxima fase, que também foi um grupo e mais uma vez, sendo vencido pela Botucatuense.

Campeonato do Interior 1946

Aliás, vasculhando pelas redes sociais da cidade de Assis, achei uma foto muito bonita do time, de 1946:

Em 1947, disputou novamente o Campeonato do Interior, novamente chegando até a fase regional e sendo eliminado pela Botucatuense.

Campeonato do Interior 1947

Por conta do endereço de seu estádio e da cor da sua camisa, o time era apelidado de “a vermelinha da Rua Brasil“.

O nome oficial do estádio é Dr. Adhemar de Barros e sua construção foi gradativa: primeiro o campo, depois as arquibancadas, os vestiários e por fim a iluminação. (Veja maiores detalhes do estádio no post sobre minha visita recente à Assis).

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviaria de Assis - A vermelhinha da rua Brasil

Aqui, o estádio nos anos 50:

Por fim, o acolhedor e ao mesmo tempo intimidador Estádio Dr. Adhemar de Barros estava pronto, como podemos ver nessa foto do site www.umdoistres.com.br, de Assis:

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviaria de Assis - A vermelhinha da rua Brasil

Foi nele que o time mandou seus jogos e até hoje, ele segue ali na Rua Brasil, não muito diferente do que era na época.

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviaria de Assis - A vermelhinha da rua Brasil

Esta é a charmosa arquibancada, parcialmente coberta que fez parte da infância e da juventude de quem amava futebol nos anos 50 e 60…

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviaria de Assis - A vermelhinha da rua Brasil

Sua capacidade era de pouco mais de mil torcedores que ali estiveram para apoiar times como esse:

Aqui, o gol do lado da Rua Brasil:

DSC00162Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviaria de Assis - A vermelhinha da rua Brasil

E o “gol dos fundos”:

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviaria de Assis - A vermelhinha da rua Brasil

Deu até pra gente bater uma bola…

DSC00164Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviaria de Assis - A vermelhinha da rua Brasil

Lembrando que essas traves já foram defendidas por ninguém menos que o goleiro Jefferson, que chegou a atuar pela seleção brasileira, mas ficou famoso jogando pelo Botafogo do RJ.

Estádio Dr. Adhemar de Barros - AA Ferroviaria de Assis - A vermelhinha da rua Brasil

Também conhecida como a “Veterana“, o time da Ferroviária marcou época e entrou pra história ao disputar a série A2 de 1949 até 1952, quando foi rebaixada pela lei que exigia que as cidades tivessem um mínimo de 50.000 habitantes.

Essa foi sua campanha em 1949, quando não passou da primeira fase, a “Série Preta”:

Série A2 - série preta - 1949
Série A2 - série preta - 1949

Aqui, a campanha de 1950, e mais uma vez, não passou da primeira fase, a “2a Série”:

Série A2 - 1950
Campeonato Paulista Série A2 - 1950

Aqui, a campanha de 1951:

Série A2 - 1951
Série A2 - 1951

E esta a de 1952:

A2 - 1952
A2 1952

Disputou a série A3 de 1953 até 1957, com destaque para o empate conquistado em 1957 contra o Tricolor Paulista que visitou Assis sem grandes pretensões, mas não conseguiu vencer a vermelhinha!

Retornou à segunda divisão em 1958 e 1959. Em 1958 fez uma campanha bem ruim, terminando em último do Grupo Verde:

Série A2 - Grupo Verde - 1958
Série A2 - Grupo Verde 1958

Em 1959 mais uma campanha ruim…:

Campeonato Paulista - Série A2 - 1959
Campeonato Paulista - Série A2 - 1959

Voltou a jogar a A3, a partir de 1960, aqui, uma foto do time dessa época:

AA Ferroviária Assis

Mesmo em alta, o time via-se atolado em dívidas, o que obrigou o presidente da época, Joãozinho Maldonado a tentar vender “Mingo” o maior de seus craques à Portuguesa.

Pra piorar, a Lusa achou que o valor era alto demais e não comprou o jogador que preferiu ficar trabalhando na Estrada de Ferro.

Infelizmente, em 1967, o clube perde uma partida decisiva em Marília e licencia-se, iniciando-se uma crise, que foi agravada ainda mais com a ascensão de outro time da cidade, o VOCEM (veja a camisa dele aqui).
Foto do amigo Luciano Mendes, que lembrou que nesse ano a equipe disputou com Palmital, Bauru AC, Dracena, Garça, Piraju, Veracruzense, Guarani de Adamantina e São Bento de Marília:

E assim como a Estrada de Ferro começava a perder a atenção para as grandes autopistas, em 1976Ferroviária disputa seu último campeonato profissional, em detrimento do futebol moderno e caro.

Mesmo fim de muitos times importantes do interior fizeram e ainda estão fazendo hoje em dia. Uma prova viva do desinteresse cada vez maior do brasileiro pelo futebol. Mas aí vão mais algumas fotos do passado para quem sabe calentar os corações que podem ter se congelado:

Time de 1975:

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!

3 dentro, 3 fora

O objetivo desse post é cumprir uma promessa feita há mais de 10 anos para meus amigos do time Garotos Podres.

Naquela época, costumávamos passar as férias e todo tempo livre possível, em Itanhaém, no Satélite, uma mistura de clube e colônia de férias.

Era um período mágico, sem maldades, onde muitas amizades eram cunhadas para eternidade. Lembro que não era fácil voltar pra casa sem ficar uma semana em depressão.

O futebol “oficial” do clube (as 18hs, no campo) era o objeto de desejo de todos, parecia até que seria transmitido pela Globo.

Como eu e os demais “Garotos Podres” odiávamos esperar quase 1 hora pra jogar no máximo 2 jogos, tentávamos jogar em horários alternativos, como por exemplo, logo depois do almoço.

Resumindo, normalmente tinhamos a quadra ou o campo, e no máximo 6 pessoas e o jeito era jogar 3 dentro, 3 fora.

Depois de quase 40 dias jogando, era normal que tivéssemos modificado um pouco o jogo original e criado um “Manual de Regras” que é pela primeira vez oficializado.

Vamos às regras:

1- O início

1.1- A definição

O jogo não pode ser agendado.

Ninguém pergunta “Vamos jogar 3 dentro, 3 fora?”. O jogo nasce no momento em que uma pessoa percebe que não existe córum para uma partida oficial e simplesmente grita “Linha“.

1.2- As posições 

Só existem 2 posições para se jogar “3 dentro, 3 fora”. Na linha ou no gol.  

1.2.1- A linha

A linha é composta oficialmente por 3 atletas, mas é aceitável que seja disputada com apenas 2 jogadores, em situações atípicas.

Após o primeiro atleta ter gritado “Linha!”, ainda existirão 2 vagas a serem prenchidas com a mesma metodologia, ou seja, gritando “Linha!”. 

Oficialmente, a função da linha é fazer gols, entretanto, como veremos no decorrer do manual, o “3 dentro, 3 fora” é um jogo de interesses, e muitas vezes pode haver complôs para favorecer a formação de uma linha só com jogadores amigos. É a chamada “panela”.

1.2.2- O goleiro

O goleiro tem como função principal prejudicar os atacantes, forçando-os a chutar para fora. Além disso, deve defender o gol para não ser eliminado.

O ocupante da posição “goleiro” se define assim que um indivíduo, perceber que 3 de seus amigos já gritaram “Linha!”, ou seja, não cabe mais ninguém na posição. Assim, como é melhor participar do que ficar esperando e para que a posição de goleiro seja ocupada, deve ser gritado “Primeiro Goleiro!”.

Todos os demais são reservas do goleiro, e definem sua ordem com gritos como  “Segundo Goleiro!” até que todos tenham gritado algo. Lembre-se de castigar o último, porque no fundo ele não queria jogar e só o fará porque todos seus amigos jogarão e ele não terá com quem ficar.

 

2- A saída de bola

É o goleiro que inicia o jogo. A bola tem que sair de suas mãos. Caso a bola tenha saído com os atacantes, o goleiro pode tentar o blefe deixando os atacantes atacar pra ver até onde irão. Se fizerem o gol, o goleiro pode “melar” dizendo que a bola não saiu de suas mãos. Entretanto, se for pra fora, os jogadores da linha também podem melar alegando o mesmo.

 

3- O jogo

3.1- Como validar gols

Só são validados os chamados “gols de primeira”, o que significa um chute, cabeçeio ou demais “golpes” em uma bola que foi passada por um companheiro ou pelo goleiro, e que não tenha tocado no chão.

3.2- Como eliminar o goleiro durante o jogo

Durante o jogo, o goleiro será eliminado de duas maneiras :

– Quando sofrer 3 gols feitos com o pé (daí o nome “3 dentro, 3 fora”)

– Quando sofrer 1 gol de cabeça.

3.3- Como eliminar um jogador da linha durante o jogo

Durante o jogo, o goleiro pode eliminar um jogador da linha de duas maneiras :

– Quando 3 bolas forem chutadas para fora, o jogador da linha que chutar a última bola será excluído.

– Quando um jogador cabeçear uma bola para fora, estará eliminado.

 

4- A decisão por penaltys

Quando o goleiro sai da área e pega a bola com a mão o jogo é paralisdo para cobrança de 3 penaltys. A contagem do jogo segue durante a cobrança.

4.1- A ordem dos batedores

A ordem dos batedores é definida orlamente através de gritos como “Primeiro” e “Segundo”. Por razões óbvias não se grita “Terceiro!”.

4.2- Como eliminar o goleiro nos penaltys

O goleiro será eliminado se os jogadores da linha converterem penaltys suficintes para somarem 3 pontos pra linha, sem que o goleiro o faça. Por isso normalmente o goleiro só usa este recurso quando já tem no mínimo um ou dois pontos conquistados, ou seja terá que pegar um ou no máximo dois penaltys para vencer a partida.

4.3- Como eliminar um ou mais jogadores da linha nos penaltys

O goleiro elimina jogadores quando completa 3 pontos, durante a defesa dos penaltys. Por exemplo, se no momento do pedido de penalty, o goleiro já tiver 2 pontos a seu favor, todos os jogadores que perderem seus penaltys serão eliminados. Se isso acontecer, uma nova linha será formada com o goleiro que estava disputando o embate e mais os dois próximos.

 

Algumas manobras e manipulações permitidas

5.1- O desafio

Uma das maneiras do goleiro tentar uma rápida assenção à linha é desafiando o jogador arremessando a bola inicial; do jogo para um cabeçeio. Claro que deve ser feito forçando o cabeçeio pra fora, e desafiando a coragem do jogador de linha, que não é obrigado pela regra a aceitar, mas moralmente será um covarde se fugir.

5.2- Lançamento violento do goleiro

Uma das maneiras do goleiro marcar pontos é arremessando a bola violentamente contra algum jogador da linha, visando que a bola bata no mesmo e saia pela linha de fundo. É uma manobra válida se feita uma vez, sob a alegação de um descontrole de forças momentâneo, mas que se repetida, pode soar como apelação. Nesse caso, cabe à linha coagir moralmente o arqueiro violento.

5.3- A bica

A pergunta que não quer calar é “Vale bica?”. Valer, vale, mas lembre-se, esporte é vida, é pra fazer amigos, então não exagere. Siga a mesma recomendação do ítem anterior, se for fazer, que não se repita.

5.4- Escanteios “sem corte”

Quando a bola  for para escanteio, a linha pode apelar para um passe livre gritando “Sem corte”. O goleiro pode se defender gritando (antes, é claro) “Com corte”. Se a linha gritar primeiro, significa que o escanteio pode ser batido para um outro atleta sem que o goleiro intercepte o passe. Caso ele intercepte será marcado uma penalidade máxima.

Essa é a primeira versão do famoso livro de regras, caso queira colaborar, por favor, comente!

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Intercâmbio boleiro

Autônomos FC, equipe de várzea autogestionada da Grande São Paulo, estará no Brasil entre 16 e 26 de maio de 2009 o Easton Cowboys&Cowgirls, equipe de futebol de Bristol, Inglaterra que desde 1992 joga e viaja pelo mundo divulgando os ideais anti-fronteiras, anti-racismo, anti-fascismo. easton Entre suas viagens, está todo ano a ida ao Mundial Anti-Racista que acontece em julho na Itália, uma visita aos zapatistas em Chiapas e outra à Palestina, lugar onde foram a primeira equipe inglesa em toda a história a jogar. Para saber mais sobre a história e as atividades do clube, visite a página oficial dos ingleses: http://eastoncowboys.org.uk Aqui no Brasil, Easton e Autônomos terão agenda cheia durante os 12 dias de estada dos ingleses. Segue abaixo a relação das atividades de que o Easton participará – atualizações e relatos serão postados diariamente no blog do Autônomos FC:  http://vamoauto.wordpress.com 16/05As 14h: Amistoso internacional(ista) – Unidos contra o racismo

Autônomos FC x Easton Cowboys 14h

CDM Bento Bicudo Rua Werner Siemens, 350 – ponte do Piqueri – Lapa Entrada gratuita 1605 As 19h (pontualmente), show com: Fora de Jogo (Futebol e Rock n Roll), Sweet Suburbia, Homem Elefante, Naifa e Morto Pela Escola (ES) Espaço Impróprio Rua Dona Antônia de Queirós, 40 – travessa da Rua Augusta Entrada: R$ 5,00 Conheça o som boleiro do Fora de Jogo em http://www.myspace.com/foradejogo show1605 17/05 as 15 hs – Festival Internacional de Futsal Das 15h às 21h Às 21h30: Jogo Internacional de Futsal contra o Racismo Autônomos FC x Easton Cowboys Rua Anita Costa, 155 – ao lado do metrô Jabaquara Entrada: R$ 8,00, com acesso ao show e jantar vegetariano ao final festival1705 18/05 As 20h: Futebol sem fronteiras Autônomos FC + Easton Cowboys x Hermanos de Pelé CDM Bento Bicudo Rua Werner Siemens, 350 – ponte do Piqueri – Lapa Entrada gratuita 1805 19/05 Das 17h30 às 18h30 – Easton Cowboys na Rádio Várzea da USP (106,7 FM) nos arredores do campus da USP no Butantã – Programa Futebol e Resistência radio1905 20/05 Futebol de Areia Internacional no Rio Praia de Copacabana 16h Rio Punxxx x Easton Cowboys 21/05 19h – Debate: Futebol contemporâneo, entre o jogo e o negócio Com: Danilo “Mandioca” (Geografia – USP), Felipe Trafani (Ciências Sociais – PUC), Easton Cowboys (Bristol, UK) e Flávio de Campos (Professor de História – USP). Local: Museu da Cultura da PUC – Entrada gratuita 22/05 19h – Debate: Futebol e política Com: Danilo “Mandioca” (Autônomos FC), Easton Cowboys (Bristol, UK) e Pulguinha (Gaviões da Fiel – Movimento Rua São Jorge) Local: Espaço Ay Carmela Rua das Carmelitas, 140 – Metrô Sé – Entrada gratuita 23/05 10h – Jogos da Cidade – Futsal Feminino Autônomas x AAA XI de Agosto Local: CEE Rubens Pecce Lordello Av. Lins de Vasconcelos, 804 – Cambuci Na torcida: Easton Cowboys & Autônomos FC 13h- Jogos da Cidade – Futebol de Campo Autônomos x Unidos do Cambuci Local: CDC Roberto Russo Rua dos Italianos, 1261 – Bom Retiro Na torcida: Easton Cowboys – Entrada gratuita 15h- Amistoso Internacional Fanáticos x Easton Cowboys Local: Campo do Guaiaúna Avenida Aricanduva x Radial Leste – próximo ao metrô Penha Na torcida: Autônomos FC – Entrada gratuita 24/05 13hs- Debate: Anarquismo e futebol na Europa Com: Easton Cowboys e Coletivo Ativismo ABC 16h- Futebol na rua! Local: Casa da Lagartixa Preta Malagueña Salerosa Rua Alcides de Queirós, 161 Entrada gratuita 25/05 19h- Debate: Futebol e gênero Com: Easton Cowboys&Girls, Autônomas, Diana Mendes Machado da Silva (GIEF – USP), Ricardo Silva (assessor de imprensa futebol feminino) e convidadxs. Local: Espaço Ay Carmela Rua das Carmelitas, 140 – Metrô Sé – Entrada gratuita 26/05 21h- Goodbye game Autônomas x Easton Cowgirls Local: ACERGA Rua Ten. Lycurgo Lopes da Cruz, 45 – Lapa – próximo à estação de trem e paralela à Av. Ermano Marchetti Após o jogo, jam session com Siete Armas acústico – A CONFIRMAR Entrada gratuita]]>