O mito das figurinhas

uniao

Claro, foi isso! As figurinhas! Eram minha principal fonte de informação, muito mais que o jornal, que ainda soava adulto demais, e a Placar que eu não tinha tanto acesso. Luís Carlos Tófolli, Cláudio André Mergen e Raimundo Nonato Tavares da Silva eram nomes fáceis pra qualquer criança de 10, 11 anos. Nossos pais os conheciam apenas superficialmente por Gaúcho, Taffarel e Bobô, mas nós, os moleques do bairro sabíamos tudo. O número da camiseta, a posição, onde nasceu, onde jogou, número da figurinha, ao lado de quem ficava no campo, no álbum, enfim… Eram tempos mágicos. Por que mágicos? Porque quase dava pra usar as figurinhas do ano anterior no álbum da época, tamanha era a manutenção dos atletas em seus clubes. Lembro do goleiro Ademir Maria (só falta eu ter lembrado errado), que era o goleiro reserva do Inter… Ele ficou anos ali… na segunda página do Inter. Jogou pouquíssimas partidas, mas era figurinha comum nos álbuns. E as figurinhas especiais? Os distintivos? Os mascotes? Os técnicos? As figurinhas carimbadas…. Eram tempos mais divertidos. Mais simples, menos arrogantes, menos bussines. Hoje, os poucos álbuns que são lançados trazem informações que logo se alteram graças a jogadores que trocam de time ali, no meio do ano), sem contar os vários times que não participam (principalmente Atlético PR e Corinthians) por não conseguirem chegar a uma conclusão sobre os direitos de imagem. Forçando um pouco a memória, acho que o primeiro álbum ligado ao futebol foi o do campeonato paulista de 85, com figurinhas mais quadradas, um pouco diferente das que se tornaram tradicionais anos depois. Tentei encontrar estes álbuns para comprar, mas…. nunca tive a oportunidade, um amigo me disse que mesmo se eu achar ainda vou pensar duas vezes porque além de tudo não são nada baratos. A troca, o “bater bafo”, o “cata-deixa-não-se-queixa”, o “cachorro-louco”, os bolsos estufados dos  “bolos”… Existia todo um universo paralelo pra quem as colecionava. Mas, como disse Paulo Machado de Carvalho numa entrevista que a TV Cultura reprisou esses dias… ” Certas coisas que aconteceram, nunca mais serão vistas. Nunca mais veremos um Pelé, um Maradona, nunca mais veremos um Golias (comediante), um Adoniran.” Nunca mais veremos essa cultura inocente e heróica das figurinhas. Salvar]]>

23- Camisa do Paulista de Jundiaí

23ª camisa da coleção foi fruto de sorte.
De tanto ir e vir de Cosmópolis (onde mora a família da Mari), decidimos um dia desses entrar em Jundiaí e arriscar achar uma camisa pirata do Paulista.

Descobri que não existem camisas piratas do time. Entretanto descobri uma fantástica promoção na loja Passarela (que patrocina o time) e a Mariana comprou pra mim a oficial por R$ 29,90, como presente. Falar sobre o Paulista de Jundiaí é engraçado pra mim porque devido ao grande número de importantes encontros com o meu Santo André eu carrego certa mágoa deles. Entretanto, como tenho bons amigos na cidade (Daniel, Lesmão e família, por exemplo) nunca peguei birra do time. Bom, esse é mais um time que surgiu graças à estrada de ferro.

Foi fundado em 1909 (ou seja, estamos no ano do centenário do time, assim como do Coritiba -ps- escrevo este post em 2009), por funcionários da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. O clube substituiu o Jundiahy Foot Ball Club, que existiu entre 1903 a 1908. O site oficial do time é www.paulistafutebol.com.br Seu mascote é o galo da Japi.

Seu estádio é o Jayme Cintra, inaugurado em 1957, e com uma capacidade de 14.771 torcedores. Aliás, como é difícil chegar lá… Eu sempre erro… Mas chego!

Após disputar por muitos anos a segunda divisão estadual, obteve o acesso para 1a divisão, em 1968, de maneira invicta, e lá ficou por dez anos, sendo rebaixado em 1978, e retornando apenas em 84 ao golear humilhantemente o VOCEM por 7×1 (mais um motivo que eu teria pra não suportar o Paulista).
Em 86, adivinha? Rebaixamento de novo. Pra piorar, anos mais tarde, conseguiram ser rebaixados para a A3.
Mas é aí que começa a grande mudança. Ainda na primeira metade dos anos 90, acontece a parceria com a Lousano, que fez o time (pasmem) mudar o nome para Lousano Paulista. Consequências?

Em 1995 o time subiu da Série A-3 para a A-2 (eu assisti um jogo deles esse ano, em Paraguaçú Paulista, contra o Paraguaçuense), e em 1997, o Galo conquista o inédito título da Copa São Paulo de Futebol Júnior.
Em 1998, foi desfeita a parceria com a Lousano, mas o clube acerta uma nova parceria, dessa vez com a Parmalat.
Pasmem pela segunda vez, porque novamente eles….. mudaram de nome!!!
Surgia o Etti Jundiaí, que formou grandes esquadras para disputar a A2.

Lembro me de 2000 quando fomos até Jundiaí ver a semifinal entre Santo André e Etti. Perdemos por 1×0, mas tinha certeza que reverteríamos no ABC. E revertemos. Ao menos até boa parte do 2º tempo quando num daqueles lances inexplicáveis do futebol levamos o gol do empate e da desclassificação. Mas só no ano seguinte o Etti conseguiu o acesso à A1, e também o acesso à série B do nacional.

Em 2002, termina a era dos investimentos e o Paulista volta a tocar a sua vida sem parceiros, com o nome do clube voltando a ser Paulista após um plebiscito realizado na cidade.
Em 2004, o clube perdeu a final do Campeonato Paulista para o São Caetano, e em 2005, chegou ao auge da sua fama em nível nacional, ao conquistar a Copa do Brasil. Relembra como foi:

Em 2006, o Galo disputou a Libertadores, e mesmo não passando da 1ªfase, fez história ao vencer o River Plate em Jundiaí, pelo placar de 2 a 1:

O maior rival do Paulista nunca deixou de ser a Ponte Preta; as duas equipes do interior travam sempre uma batalha dentro e fora de campo.
Possui várias torcidas organizadas, como a Raça Tricolor e a Gamor Força Jovem. Existe um site (aparentemente feito por torcedores) com ótimas informações: www.meupaulista.com.br

Viva alguns momentos na pele do torcedor:

Por fim, para quem quer mais história, encontrei um Livro sobre o Paulista, chamado Jundiahy Foot Ball Club ou Paulista F. C. , por Cláudio Lucato (2002):

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

Salv

Futebol e o genocídio na faixa de Gaza

Enquanto o sangue de centenas de inocentes segue a ser derramado, o mundo ocidental começa a se manifestar.

O mesmo futebol que por vezes se levantou contra o massacre dos nazistas impostos aos judeus e outros grupos, pede aos judeus que não façam o mesmo aos palestinos.

A primeira grande manifestação dentro do futebol “comercial” foi a do atacante Kanouté, do Sevilla, que após marcar um gol contra o La Coruna mostrou uma camisa em apoio à causa palestina.

Foi multado em 3mil euros, numa punição imposta pela Federação Espanhola de Futebol que proíbe que os jogadores exibam mensagens políticas ou religiosas.

Kanouté nasceu na França, mas é descendente de malineses. Jogou pela categoria de base da França, mas preferiu defender as cores de Mali na seleção principal. Nos clubes, começou no Lyon e teve passagens por West Ham e Tottenham e atualmente joga pelo Sevilla.

palestina

No Brasil a equipe de várzea Autonomos, está buscando um time de jovens palestinos residentes no Brasil para a realização de uma partida amistosa como forma de apoio e crítica ao genocídio. 

O blog do Autonomos é: http://autonomosfc.blogspot.com/

E por meio deste blog, expresso minha opinião: Chega de covardia e guerras que dizem defender o mundo do terrorismo mas que se mostram usando os mesmos métodos cruéis que atingem civis, sem distinguir crianças dos “terroristas profissionais”.

Salvar]]>

Boleiros do Cerrado – índios xavantes e o futebol

http://punkcanibal.zip.net e estudioso dos Xavantes, foi até lá e escreve o relato abaixo: Foi lançado no dia 12 de dezembro de 2008, em São Paulo (livraria Martins Fontes), o livro “Boleiros do Cerrado – índios xavantes e o futebol“, de Fernando de Luiz Brito Vianna, o Fedola.

livro-indio

Um lançamento direto para o gol, fazendo sucesso não só entre os antropólogos como também para uma arquibancada de estudiosos da bola que vem crescendo no Brasil. Fedola – que para mim é uma espécie de “irmão mais velho” (indub’rada, em língua xavante) na pesquisa de campo do povo Xavante – estava muito à vontade dando autógrafos para a torcida de amigos, boleiros profissionais, etnógrafos e família. Entrar no mundo xavante através do futebol é o maior trunfo de seu trabalho, ainda mais porque os Xavante não escondem de si mesmos o fundamento lúdico de sua humanidade, como poderia dizer um antigo estudioso do jogo – Johan Huizinga. Para os Xavante, não existe tanta diferença entre ritual, brincadeira e jogo – a palavra é uma só, dató. Algumas de suas instituições mais importantes envolvem a disputa jogada, como a relação entre os grupos de idade. Eles levam muito a sério suas brincadeiras e também sabem jogar duro, como pude sentir na pele ou, mais precisamente, no corpo. Não só no esporte como na dança, na caça, na vida… praticam um verdadeiro jogo de corpo. E encará-los através do futebol também facilita o jogo para os leitores brasileiros, para quem essa arte importada pela nossa tão celebrada antropofagia se tornou um símbolo nacional. Um símbolo mitológico da brasilidade, tão fundamental para nossa idéia de “nação” quanto os “nossos índios” o são. Talvez por isso mesmo este livro atraia tanta atenção, sendo um verdadeiro “jogo absorvente”. Guilherme Falleiros http://punkcanibal.zip.net P.S.: Assim como o Mau, os Xavante adoram receber camisetas de presente. Sua camiseta do Juventude de Primavera do Leste, que eu trouxe diretamente do serrado xavante, está a espera do jogador que irá vesti-la! Salvar]]>

Arquibancadas bem usadas.

Eu sei que no Brasil a polícia age com maior rigor e força do que nos estádios do resto do mundo.

Mas será mesmo que a gente nunca vai usar os estádios como forma de manifestar nossos desejos e sonhos de liberdade?

Olha que bonita faixa em solidariedade e continuação do movimento que está acontecendo na Grécia.

FRANCE SOCCER CHAMPIONS LEAGUE

A história da bola no Brasil

bola5

Muita gente acha que o Brasil é o país do futebol, mas cada vez mais percebo que o brasileiro não gosta de futebol, ele gosta é do time dele, e apenas quando está ganhando, caso contrário, ao invés de ver o jogo ele prefere buscar outra forma de se divertir.

O próprio presidente do Corinthians foi flagrado almoçando outro dia enquanto o timão fazia seu jogo da volta à série A (veja essa história no blog do Juca, no dia 10/11, clique aqui para ler).

Além disso, repare quão pequena é cultura nacional gerada em torno do esporte. Quando esse post foi escrito, em 2008, ainda eram poucos os livros, filmes e estudos abordando a tal “paixão nacional”. 

Agora, em 2020, direto do futuro, eu posso dizer que esse cenário mudou um pouco. Tentando colaborar nesse sentido, esse post nasce com a ideia de se contar um pouco sobre a história da bola de futebol aqui no Brasil.

boladefutebolcosturadan5

A história que se é contada e repetida pela imprensa paulista é que as primeiras bolas teriam sido trazidas ao Brasil por Charles Miller e Hans Nobiling em 1894.

miller

Charles trabalhava na São Paulo Railway Company (que depois viria a ser a Estrada de Ferro Jundiaí – Santos, que atualmente liga a capital ao ABC).

Baseado nisso, alguns historiadores citam o Campo do Serrano, de Paranapiacaba como um dos primeiros do país. Porém, também dizem que em 1872, os padres do Colégio São Luís, em Itu, no interior de São Paulo, já organizavam partidas entre seus alunos.

itu

Já no Recife, Guilherme de Aquino Fonseca, pernambucano que viveu por muitos anos na Inglaterra, teria sido o responsável pela primeira bola da região.

guilherme_de_aquino_fundador

No Rio de Janeiro se fala em Oscar Cox como o responsável por trazer a pelota em 1897 (ano que chegou ao país). Mas ainda em 1878, teria ocorrido uma partida no Rio, em frente à residência da princesa Isabel, entre marinheiros britânicos que ao final do jogo levaram a bola embora.

oscarcox1

Fala-se também em Thomas Donohoe, um inglês contratado pela fábrica Bangu que teria trazido uma bola por volta de 1891.

thomas

E foi no Rio de Janeiro, mais precisamente em Petrópolis, no começo do século 20, que surgiu o primeiro fabricante de bola de couro cru do Brasil, obra do sacerdote Manuel Gonzales, do Colégio Vicente de Paula. No sul, as primeiras bolas de futebol apareceram na cidade portuária de Rio Grande e cidades próximas da fronteira com o Uruguai. Existem relatos de jogos nas cidades de Uruguaiana e Santana do Livramento antes de 1900. Podemos citar o alemão Johannes Christian Moritz Minnemann e Cândido Dias da Silva como pioneiros.

fundador

As bolas daquela época eram bem diferentes das nossas atuais.

Tinham uma abertura por onde entrava uma câmera inflável de borracha, e pra fechar tal abertura era usado um cadarço que ficava amarrado para o lado de fora, dando chance dos jogadores se machucarem nas cabeçadas, por isso era tão comum se utilizar aquelas touquinhas. Abaixo duas fotos de bolas da época:

bola_1903

Nos anos 40, as bolas passaram a ter costura interna, sem a abertura e o cordão. Mas seu couro encharcava nos dias de chuva, tornando-as extremamente pesadas, lembrando as bolas de capotão que a molecada usava na década de 80.

bola_decada_40

Em 1962, estreou a pelota com 18 gomos, mais leves e estáveis.

112

Na copa de 70 foi usada uma bola com 32 gomos, totalmente de couro e costurada a mão.

10

Em 78 surgiu o grande ícone, a bola “Tango” produzida pela Adidas para a Copa do mundo, e que foi base pras todas as bolas desenvolvidas até 2002.

08

A partir dos anos 90, muito se inventou na área da tecnologia, para melhorar a performance dos chutes, e velocidade da bola, assim como os modelos utilizados. A Copa de 2002 usou a Fevernova:

02

 Na Copa de 2006, foi a vez da Teamgeist:

01

Para constar, a bola oficial de futebol, como determina a regra, deve ter uma circunferência superior a 68cm e inferior a 70cm. Seu peso, no início da partida, deverá ser de 450g no máximo e de 410g no mínimo.

A pressão deverá ser igual a 0,6 -1,1 atmosferas (600 – 1.100 g/cm²) ao nível do mar. Isso na teoria, porque na prática, pra quem ama futebol, a bola é o de menos, valem latinhas amassadas, limões, bola de plástico e o que mais se quiser usar pra atender aos chamados e a vontade dos deuses do futebol. Sal

13- Camisa da Seleção Argentina

Camisa da Argentina

Camisa da Argentina

A camisa 13 é bastante representativa. Nas últimas décadas, a seleção Argentina substituiu o Uruguai como ícone de uma enorme rivalidade com o futebol brasileiro.

Muito disso foi causado pela mídia burra e manipuladora que insiste em transformar grandes jogos em grandes brigas.

Mas acredito que cada vez mais isso está diminuindo, e a prova maior disso é o número de camisas da seleção e dos clubes argentinos que se pode ver nas ruas das cidades brasileiras.

As três camisas acima são da Argentina, porém a de número 10 é uma camisa comemorativa ao título mundial de 1986 (aliás, ela foi presente do grande amigo Guga, talentoso redator, brilhante profissional de Marketing, além de basqueteiro falido e baterista esperançoso).

[caption id="attachment_257" align="aligncenter" width="407"]Campeões de 1986 Campeões de 1986[/caption]

Eu confesso me identificar muito com o jeito do jogador argentino, que valoriza mais a identificação e dedicação do que a “firula” e a humilhação. Mas não sou inocente de não perceber que a seleção argentina também passa por um momento delicado e já conta até com uns jogadores que as vezes dão uma de “estrelinha”.

Como superar isso? Que tal chamar a maior lenda do futebol para dirigir a seleção? Para alguns parece piada, pra mim, parece mágica, é ótimo poder vê-lo dentro de campo em pleno século XXI.

6502064P WORLD CUP FINAL

Bom, só pra constar, na minha última ida à Buenos Aires e influenciado pelo meu curto mas esforçado tempo de treino de rugby, comprei a camisa do PUMAS (a eleção Argentina de Rugby), segue-a:

E pra terminar, como sou um profissional da publicidade acho que consigo através de uma pequena sequência de comerciais mostrar um pouco da diferença entre nossa cultura. Se para muitos soa estranho fazer propaganda de cerveja sem apelar pro clichê machista da mulher em biquíni, veja como se cria uma marca de cerveja!

Essa última, da Coca  Cola todos achavam ter sido feita pro Brasil…

SOMOS LATINOS!!!

Salvar]]>

12- Camisa do VOCEM (Assis)

A 12ª camisa é muito especial, pois é do VOCEM, sigla para Vila Operário Clube Esportivo Mariano, time de Assis, cidade de origem da minha família por parte de pai.

Quando escrevi esse post (em 2008), o clube estava licenciado do futebol de campo profissional, o que é muito triste pela tradição que esse brasão carrega.
Mas, em 2014, alguns apaixonados da cidade conseguiram trazer o VOCEM de volta ao futebol profissional.

Na verdade, esse brasão foi desenhado inicialmente assim:

O time foi fundado em 21 de julho de 1954, pelos padre Aloísio Bellini (1911-1996) da Vila Operário e por isso as cores do uniforme (branco e grená) representam o pão e vinho.

Meu pai chegou a ajudar na organização do time, já que a igreja da Vila Operária ficava em frente a casa da minha vó Luzia, já falecida. Aqui, uma foto emblemática do fim dos anos 70: o padre tenta me convencer a escolher o caminho do bem e largar as armas de brinquedo kkk.

Padre Aloizio

Conta meu pai que ele ia a todo lugar com sua scooter!

Em 1978, o VOCEM foi convidado pela Federação Paulista de Futebol Profissional para disputar o Campeonato Paulista da Terceira Divisão. Necessário reforçar que esse equivalia ao 5º nível do campeonato daquele ano. Esse foi o time daquele ano:

Neste ano, o VOCEM utilizou o campo da Ferroviária de Assis para seus treinamentos.

VOCEM 1978

E o time fez sua estreia conseguindo a classificação para a segunda fase, sendo líder do Grupo D.

Infelizmente, na fase seguinte o time não manteve a mesma eficácia.

Depois de 1978, o VOCEM jogou a Terceira Divisão de 1979 até 81. A partir de 1980, a Terceira Divisão passa a equivaler ao 2º nível do campeonato, como a atual A2 do Paulista. A partir de 1982, o mesmo 2º nível passou a se chamar “Segunda Divisão” e o VOCEM participou dela até 1989 e foram os os anos dourados do VOCEM. Algumas imagens dessa época:

Aqui, a Torcida Organizada “Esquadrão da Fé”, que acompanha atualmente o time:

Mas o VOCEM sempre teve o apoio de uma apaixonada torcida, como em 84, quando o time fez campanha inesquecível, na época com o apoio da TUVO (Torcida Uniformizada Vila Operário)!

Esses dias folheando o livro “Assis de A a Z”, do Marcos Barrero, li um belo texto contando a fatídica história daquele ano de 1984 quando o VOCEM chegou ao quadrangular final da divisão de acesso, mas acabou perdendo todos os jogos, sendo o último uma goleada de 7×1 para o Paulista de Jundiaí.

assis

O time fez uma bonita campanha na primeira fase…

Também brilhou na segunda fase:

Tendo vencido a série H, o VOCEM teve que enfrentar o CA Jalesense, vencedor da série G e classificando-se para a fase final, que teria final trágico para o time de Assis: 6 jogos e 6 derrotas, com muitos torcedores jurando até hoje que o time vendeu o resultado.

Em 85, o clube novamente se classifica para a segunda fase da Segunda Divisão

Mas cai na segunda fase.

Em 86, fez um campeonato abaixo da média e sequer se classificou para a segunda fase.

Em 1987, mais uma vez classifica-se para a segunda fase sendo líder do seu grupo.

Mas não consegue manter a boa sequência e acaba eliminado na segunda fase.

Em 1988 uma campanha mediana, sem conseguir classificar-se à segunda fase, mas em 89… O VOCEM acaba rebaixado para a Segunda Divisão (Terceiro nível do futebol paulista daquele ano).

O baque é tão grande que o time se licencia das competições profissionais e só retorna em 1992, na Segunda Divisão (terceiro nível do futebol paulista). onde permanece até 1994, quando a reorganização do campeonato leva o VOCEM para o 5º nível do futebol paulista, a série B1B.
O time terminar nas últimas posições e para mais uma vez.

O retorno se dá somente em 1999 novamente na série B1B. Em 2000 desiste da competição e acaba rebaixado para a série B3 – o 6º nível do futebol paulista de 2001. Em 2002, mais uma vez desiste da disputa no meio da competição e se licencia.

Dessa vez o hiato parece não ter fim e apenas em 2014 o VOCEM retorna ao profissionalismo, desta vez para jogar a Bezinha, o 4º nível do futebol paulista, onde permanece até 2022, quase sempre com campanhas irregulares. A exceção foi 2021, quando o time esteve a um passo do acesso, perdendo a semifinal (e o acesso para a série A3) para o time da Matonense.

O VOCEM mandava seus jogos no Estádio Marcelino de Souza.

Mas em 1992, foi inaugurado o Estádio Municipal Antonio Viana Silva, o Tonicão, e o VOCEM passou a mandar aí os seus jogos.

Curiosidade: meu avô de Assis tinha o apliedo de Tonico, e meu avô em Santo André, se chamava Bruno, e o estádio aqui é o Brunão. Abaixo uma foto feita em nossa última visita ao campo:

Se preferir, faça um vôo sobre o estádio:

Em 2010, ganhei de presente do primo Tilim, uma outra camisa do VOCEM, ainda mais bonita:

Nas visitas em outros anos acabei conseguindo mais estas duas:

E terminamos com essa curiosa imagem de um possível time feminino do VOCEM:

APOIE O TIME DE SUA CIDADE!!!

10: Camisa do União São João de Araras

Camisa do União São João de Araras

A décima camisa é de uma equipe do interior de São Paulo, o União São João de Araras, fundado em janeiro de 81, e que ficou mundialmente conhecido por ter revelado o cantor lateral Roberto Carlos. Além disso, foi o primeiro time brasileiro a se tornar clube-empresa. O site oficial do time é www.uniaosaojoao.com .

Peguei essa camisa lé em Araras, num dia que fui apresentar um projeto para uma empresa local.

Rodei a cidade toda e não encontrava nem pirata nem original, fui encontrar essa última como peça de mostruário e num preço bem salgado.

Além disso, ao sair da loja, meu carro havia sido multado (tinha parado na zona azul e nem tinha percebido).

🙁

Como a cidade possuía uma grande quantidade de Araras às margens dos belos rios e bosques, desde sua formação (segunda metade do século XIX), o mascote do time (e o nome da cidade) acabou sendo a própria ave.

O próprio distintivo leva a Arara estilizada (numa versão mais moderninha):

Em 1996, o União conquistou a série B do brasileiro, seu título mais importante que o levou a disputar a série A em 1997. Infelizmente a partir daí foram apenas quedas. Em 97 caiu pra série B e em 99 pra série C. Atualmente (2008) na A2 do paulista, não disputará a série C 2009.

Time campeão em 1996
Time campeão em 1996

Uma pena para um time que chegou a montar um ótima estrutura para o futebol. Aliás, o estádio do União chama-se Doutor Herminío Ometto Raimundo e tem capacidade para 22 mil pessoas (embora , com as novas normas de segurança nos estádios, não receba mais que 16 mil). Foi nesse estádio que Rogério Ceni marcou seu primeiro gol, em 1997.

Um outro site interessante sobre o futebol de araras é o : http://futebolararense.sites.uol.com.br/ E só pra citar, não sei se o pessoal da Unigarra ainda está na ativa, mas era a principal torcida organizada do time. Abraços aos torcedores de Araras (que sempre nos receberam tão bem quando o Santo André jogou lá).

APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!

9- Camisa do The Celtic Football Club

O Celtic Football Club é uma equipe bastante tradicional no futebol europeu, vinda da Escócia, um dos berços do futebol. O site oficial do time é: www.celticfc.net. Comprei essa camisa, numa loja em Buenos Aires e lembro que paguei bem barato nela. O Celtic foi fundado em 1888 por padres católicos, que quiseram homenagear os irlandeses que moravam no leste de Glasgow.

distintivo do celtic

Faz com o Glasgow Rangers há mais de 120 anos, um dos clássicos de maior rivalidade no mundo, conhecido como “velha firma”. Isso porque traz para o estádio as diferenças entre Católicos (Celtics) x Protestantes (Rangers). Por muito tempo, ambos não admitiam que jogadores da religião “adversária” atuassem pela equipe, o que só terminou em 1988 quando o Rangers contratou o jogador católico Mo Johnston (Que chegou a receber ameaças de morte das duas torcidas).

A primeira grande briga aconteceu em 1909, num jogo com 60 mil pessoas, das quais 180 morreram devido a uma grande briga. Para se ter uma idéia do fanatismo, os torcedores do Celtic estampam em sua bandeira a imagem do Papa e apóiam o grupo terrorista irlandês: “Ira”! O Celtic foi campeão da Copa dos Campeões em 1967, vice em 1970, e vice da Copa da UEFA em 2003.

Os torcedores do Celtics são conhecidos como os “Billy Boys”. Dê uma olhadinha neles cantando a tradicional “Walk one”, versão de Elvis Presley, é emocionante!

Há pouco tempo lançaram a nova camisa, na cor…. amarela??? É isso mesmo…. Eu prefiro a tradicional:

Seu estádio é o Celtic Park, e pode ver que é um estádio de primeiro mundo. Aliás se a foto abaixo não satisfizer sua curiosidade, faça uma tour virtual: www.wantastadiumtour.com/images/clubs/celticfc/celtic_ft.asp

Uma das camisas que tenho como objetivo em conseguir é a do Rangers, assim que eu conseguir posto aqui!

APOIE O TIMA DA SUA CIDADE!!!