
Sábado, 27 de setembro de 2025.
Sábado de decisão em Campinas: a Ponte Preta está a um passo do acesso à série B, e o Náutico luta para manter vivas as suas chances na disputa pelo acesso.

Sendo um apaixonado por futebol, fica difícil escolher de que lado acompanhar a partida, já que as duas camisas são pesadíssimas e estão em momentos cruciais, acabei escolhendo ficar com o pessoal pernambucano porque será mais difícil reviver essa experiência.
Mas ainda voltaremos ao Moisés para acompanhar a Ponte!

Como tem muita foto e muito vídeo e o resultado já é conhecido, vou postar as fotos e vídeos que mostram a festa que foi o Moisés Lucarelli no sábado, começando pelo lado alvi-rubro do Estádio.

Tão bonito quanto imaginar o deslocamento do pessoal lá do Recife até Campinas, foi pensar em como deve ser legal estar morando em São Paulo e o seu time “vir te visitar” para uma partida como esta!


Muitas vezes, o amor ao Náutico é tão grande quanto o sentimento em relação a Pernambuco e não a toa lá estão as bandeiras do estado nordestino lado a lado com as do time do coração…



Também haviam diversas faixas na bancada visitante:




Sabe aquele som o Dead Fish que diz “Somos nós contra todos”? Olhando para a massa pontepretana, acho que essa é a ideia que passava na cabeça da torcida visitante.

E sim. A torcida da Ponte Preta foi um show a parte nesta partida.
Se teve alguém que seguiu acreditando até o final foi o torcedor alvinegro.



Olha o recebimento que eles prepararam para o time:



Pra quem vê o futebol como uma cultura capaz de gerar pertencimento, que faz a gente se sentir integrado e ver como juntos podemos ser fortes, o futebol no campo acaba ficando em segundo plano…
O que mais importa mesmo acontece na bancada!





Ok, mas vamos lá, em campo o jogo estava bom, se liga nesse ataque do Náutico:
A torcida responde transformando amor em energia, em música, palmas…. Em loucura?



A torcida da Ponte faz barulho e tenta por o time no jogo!


Aproveitei o intervalo para ouvir um pouco dos torcedores do Náutico:



Quando parecia que o 0x0 seria uma certeza, a torcida se concentra em uma decisão fora de campo: o VAR chamou para pedir penalty para o Náutico…

E o penalty vira gol…





Mas, o capítulo final desta história seria de muita felicidade para a torcida local. Em um cruzamento da esquerda, aos 48 do segundo tempo, Miguel empatou o jogo.
Somando este resultado à derrota do Guarani para o Brusque, na sequência da rodada, a Ponte Preta mostrou que não combina com a série C e está de volta à série B do Brasileiro!

Mais uma vez agradeço ao futebol pelo rolê inesquecível!

E aí o nosso clipe da partida:
APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
O Estádio do Arruda – A casa do Santa Cruz FC


Ainda no rolê por Recife, sob a paixão do seu litoral, lindo durante o dia e mesmo durante a noite…

Como a grana anda curta, não deu pra trazer nada de grandes lembranças, apenas esse singelo boné de Pernambuco que acabou nem chegando em Santo André… Perdi entre o aeroporto e nossa casa 🙁 Que esteja feliz em uma nova cabeça.

No post anterior (sobre o Estádio dos Aflitos) falei um pouco do valor cultural do rolê para Recife e reforço a importância de conhecer ao menos o Museu do Homem do Nordeste (machista essa generalização da “raça humana” né?).

Algumas obras retratam o início da colonização em Pernambuco e o importante papel dos indígenas e africanos na formação da capital e do estado como um todo.

Importante reconhecer as celebrações (algumas delas religiosas) africanas e afro-brasileiras.


E também para poder ter acesso a objetos importantes da nossa história como essa urna, onde provavelmente eram guardados os restos mortais dos indígenas.

E sim, a gente fez todos os rolês de turista não só no litoral da capital como nas cidades ainda mais turísticas. Vale banho de lama? Vale! Da lama ao caos, do caos à lama!

E os vários roles pela cidade mostraram como podemos ter uma cidade importante integrada aos rios que a cortam, de uma maneira diferente do que nos acostumamos em São Paulo.

Em suma… Se possível, visite e conheça Recife, sua cultura, sua gente, suas praias etc… E não deixe tampouco de conhecer seu futebol! Pra isso, depois de falarmos do Estádio dos Aflitos (o campo do Náutico), fomos conhecer a casa do clube das multidões, do mais querido: o Santa Cruz Futebol Clube!!!

Falamos do Estádio José do Rego Maciel, o Estádio do Arruda!


Vale lembrar que já falamos da história do clube pernambucano no post sobre a sua camisa:

O tricolor pernambucano tem uma casa que impõe respeito e que atualmente capacidade para 60.044 torcedores, sendo assim o maior estádio do estado e entre os dez maiores da América Latina.

O Arruda já foi palco de vários jogos internacionais, entre eles eliminatórias e amistosos da Seleção brasileira.

O próprio José do Rego Maciel foi quem captou os investidores que bancaram a construção do estádio e em 1954 começou a se projetar a construção do “Alçapão do Arruda“, mas, apenas em 1965, a construção teve início, o que na época seria o quarto maior estádio particular do mundo.

Foi graças a muitas doações da própria torcida que o Santa Cruz Futebol Clube conseguiu construir seu estádio. Em 4 de junho de 1972, em um amistoso 0x0, contra o Flamengo, o Estádio do Arruda foi inaugurado oficialmente, frente a 64 mil torcedores.

Em 1º de agosto de 1982 foi inaugurado o anel superior, tendo a capacidade elevada para 110.000 torcedores. Em 2000, os os estádios brasileiros tiveram sua capacidade reduzida quase à metade pela nova legislação da CBF, e a capacidade do estádio caiu para 65.000 torcedores.

Aqui, o pessoal da gestão do Santa que nos recebeu para conhecermos esse lindo estádio por dentro!

Como sempre digo, é uma verdadeira honra poder registrar um estádio tão importante para o futebol brasileiro como o Arruda!


O anel superior deu ao estádio um visual ainda mais impactante. Agora em 2022, o Santa tem disputado a série D e tem levado grande público às arquibancadas!
Aqui um olhar sob o gol da esquerda:

O gol da direita:

E o meio campo:

Aqui, o banco de reservas:

Emocionante, não?


Importante reforçar que, mesmo vestido a camisa do Ramalhão, tivemos todo respeito com o time e torcida do Santa, afinal este é um templo do futebol!

Gostaria muito de poder voltar ao estádio do Santa Cruz para acompanhar uma partida…

Ah, vale ressaltar também os grafites na parte interna do estádio! Lindos e históricos!


