A 161a camisa de futebol do blog, volta ao estado do Rio de Janeiro, para conhecer o São Gonçalo Esporte Clube um time bastante recente, fundado em 2010, com sede na cidade de São Gonçalo.
A camisa foi presente do amigo Anderson Motta, lá da cidade de São Gonçalo, que possui mais de 1 milhão de habitantes, sendo a segunda mais populosa do estado.
Esse é o brasão da cidade:
A estreia do time no futebol profissional se deu dois anos após sua fundação, disputando a Série C do Campeonato Carioca de 2012, ao lado de outro time da mesma cidade, o São Gonçalo F.C. . Em seu primeiro campeonato, terminou na sexta colocação.
O time trouxe nomes de peso para o seu primeiro campeonato, como o goleiro Sílvio Luiz (que jogou anos pelo São Caetano), o volante Roberto Brum e o atacante Marco Brito (que jogou pelo Vasco e Fluminense).
Olha o Sílvio Luiz aí no elenco:
O São Gonçalo E.C. manda seus jogos no Estádio Clube Esportivo Mauá, e a torcida tem comparecido em bom número.
E os jogadores tem retribuído o apoio com boas campanhas e bastante dedicação!
Esse ano, 2013, o time lidera o seu grupo, vencendo seus três primeiros jogos.
Se o punk foi minha escola de vida durante os anos 90 e 2000, confesso que nesta década, o futebol tem me proporcionado experiências únicas e inesquecíveis.
A 160a camisa de futebol da coleção é testemunho de uma dessas histórias, que aconteceu lá em Barcelona.
Nosso rolê começou no metrô, na estação Poble Sec, próxima do nosso hotel.
Depois de algumas baldeações chegamos à estação Sant Andreu, que atende ao distrito de San Andrés de Palomar, conhecer o time local.
É claro que para nós, que moramos em Santo André e torcemos para o time da nossa cidade, foi uma experiência muito rica, conhecer o “Unio Esportiv
Sant Andreu“, coirmão do Santo André!
Sant Andreu é um bairro de Barcelona e embora conviva com o time mais famoso do mundo na atualidade, tem um carinho especial pelo time da área, o União Esportiva Sant Andreu.
O “X”no distintivo remete ao santo que deu origem ao nome do bairro e do time.
Por isso, os distintivos do Ramalhão e do UE Sant Andreu tem uma certa similariedade…
Para contar a história do time com maior embasamento, fomos até o Estádio Narcis Sala, onde o Sant Andreu manda seus jogos.
Mais uma bilheteria pra Mari conhecer!
Já do lado de fora vimos alguns adesivos da torcida local, os “Desperdicis”.
O primeiro momento foi de desilusão… As portas estavam fechadas…
Ainda bem que insistimos e demos a volta até o outro lado do estádio, onde funciona o escritório do time. Lá, finalmente havia uma porta aberta, para enfim podermos conhecer o Estádio do Sant Andreu.
Pudemos conhecer as dependências da diretoria e do bar que fica dentro do estádio e reúne flâmulas, fotos e outras lembranças do time.
Vamos dar uma olhada no estádio!
Para a nossa surpresa, o time profissional estava treinando, assim, se não pudemos assistir a um jogo, ao menos deu pra conhecer alguns jogadores!
Levei meu blusão do Santo André para apresentar ao pessoal espanhol o “time-irmão” brasileiro.
Aproveitamos para registrar nossa presença em mais um estádio histórico.
Aliás, o Estádio Narcís Sala foi recentemente reformado e sua atual capacidade é de quase 7 mil torcedores.
O estádio foi inaugurado em 1970 e o jogo inaugural não podia ser outro: derbi contra o Barcelona, vencido pelo Barça por 1×0.
A capacidade do Estádio é de 15 mil torcedores.
O time é patrocinado pela cerveja Estrella Damm.
O estádio serve de exemplo para qualquer time de bairro, do mundo inteiro.
Arquibancadas cobertas e descobertas. Todas coloridas, bem pintadas e bem cuidadas.
Uma pequena, mas muito bem cuidada tribuna para imprensa e convidados.
E lá estávamos nós em mais um estádio!
E não é que tinha até alguns torcedores acompanhando o treino?
Ao fundo pode se ver os prédios do bairro. Até lembra um pouco a Javari, né?
A grande diferença entre o Santo André espanhol e o brasileiro são as cores. Lá, em Barcelona, o azul e branco dão lugar ao vermelho e amarelo.
Falando um pouco sobre a história do time, por se tratar de uma equipe que nasceu em meio a história do próprio bairro, não se tem um documento que oficialize o início do time, mas adotou-se o ano de 1909, como data de fundação. Tanto que em 2009 foi comemorado o centenário do Sant Andreu.
O time nasceu dos operários do bairro, que possuíam vários times, entre eles o Zetae, o FC Escocês, o Andreuenc, o L’Avenç del Sport e o CF Andreuenc entre outros.
O nome Sant Andreu só viria a ser utilizado a partir de 1925, com a união entre o Andreuenc e o l’Avenç del Sport, daí o nome “União Esportiva” Sant Andreu, valorizando em seu brasão e uniforme, as cores da Catalunha.
A primeira partida sob o nome de Sant Andreu foi uma derrota para o Badalona por 3×1.
O time acabaria rebaixado da Categoria B para a segunda divisão.
Aqui, o time da temporada 1927/1928:
Aqui, o time que disputou os campeonatos da década de 30:
Nessa época, um fato curioso, devido à guerra civil espanhola, o bairro e o time retiraram a “santidade” de seu nome, passando a se chamar Harmonia de Palomar e l’Avenç del Sport respectivamente.
A década de 40 viu bons times do Sant Andreu, como o de 43/44:
Aqui, o time 50/51:
Em 1963,o time disputava a terceira divisão espanhola com esse esquadrão:
De 1980 até 1990, o time manteve-se na terceira divisão. Em 1990, sagrou-se campeão e conquistou o acesso para a Segunda B.
Na temporada 2006/2007, o time caiu novamente para a terceira divisão.
Na temporada 2008/2009, o time voltou à segunda B, onde permanece até atualmente. Bom, de volta ao estádio, é tempo de dar uma última olhada, antes de ir embora.
Para maiores informações, acesso o site do time: http://uesantandreu.cat
Ah, o bairro nos fez sentirmo-nos em casa…
Não é todo dia que você entra numa livraria e encontra preciosidades como essa:
A 159a camisa de futebol do nosso blog vem mais uma vez da Argentina.
Comprei a camisa em nossa última viagem, quando fomos conhecer o Estádio do Ferro Carril, durante o show da banda espanhola SKA-P (veja aqui como foi essa aventura). A loja em que a comprei tem muitas opções de times das divisões de acesso e fica na rua Lavalle 978, para quem vai a Buenos Aires e gosta de futebol é uma ótima dica!
O time dono da camisa vem da grande Buenos Aires, mas de uma região afastada do centro chamada Lomas de Zamora, próxima do Aeroporto de Ezeiza.
Foi lá, que em 1917 nasceu o Club Atlético Los Andes.
O time surgiu em torno das estradas de ferro em um campo próximo da estação de Lomas de Zamora.
O nome veio em homenagem a um feito realizado por dois aeronautas argentinos que um ano antes cruzaram pela primeira vez a Cordilheira dos Andes, indo de Santiago do Chile até Uspallata, em Mendoza.
O Los Andes surgiu para rivalizar com o outro time local, o Lomas Athletic Club.
Muitos dos primeiros dirigentes eram também atletas.
A primeira camisa do time era azul celeste como a do Racing Club, de Avellaneda, com um faixa branca horizontal. As listras vermelhas e brancas só chegariam em 1922 e com elas o apelido de “o time das mil listras”.
A primeira partida se realizou contra o time da Adelante Yrigoyen, terminando 3×0 para o Los Andes.
Em 1922, o Los Andes se associou à Federação Argentina e logo em seu primeiro ano conquistou o acesso à divisão intermediária com uma vitória sob o Club A. Moreno, de Puente Alsina.
Esse é o time de 1938:
Como o time não tinha verba para construir um, alugaram um próximo do campo do Banfield, fazendo assim, surgir uma rivalidade entre as duas equipes.
Aqui, uma foto já colorida, de 1957:
Em 1960, o time conquistou o acesso à primeira divisão argentina, com o time abaixo:
Aqui, foto do lance de jogo durante o campeonato do acesso.
O time cairia para a segunda no ano seguinte, mas em 1967, Los Andes subiu novamente à primeira divisão.
Aqui, o time de 1986:
Esse é o time de 1994, que conquistou o acesso à Primeira B:
Esse é o time de 2002:
Aqui, o time de 2006:
Esse, o time de 2010:
O atual time, de 2013:
Esse é o simpático Estádio Eduardo Gallardon:
Uma imagem de cima, para se ter ideia do tamanho do campo!
Que tal torcer um pouco ao lado da torcida “multiraista”??
A torcida parece não se importar com a divisão em que o time está e sempre presente, faz se diferencial nos jogos! Mais imagens, veja o site: : www.lomaslocura.com.ar/
O time tem um livro lançado, escrito por Hugo E. Bento:
Mais informações no site oficial do clube.
A estrada parece não ter fim e sempre reserva coisas inusitadas. O bar acima a gente achou no meio do caminho e me lembrou o “Empório de Secos e Molhados do Peruca”, o armazém do meu avô. Até o senhor que atendia lá lembrava ele. A estrada nos levou até a cidade de Osvaldo Cruz.
O nosso foco era o Estádio Municipal Breno Ribeiro do Val.
É lá que o Osvaldo Cruz Futebol Clube manda seus jogos.
Infelizmente, chegamos lá já no início da noite, o que prejudicou nossas fotos…
Pra nós, esse estádio é muito especial, pois foi onde nosso grande amigo Mário Jara encerrou sua carreira como jogador de futebol.
O Estádio Municipal Breno Ribeiro do Val é popularmente conhecido como “Brenão”, e tem capacidade para mais de 11 mil torcedores.
O estádio começou a ser construído em 1954, e naquela época, o servia aos times locais: “Bandeirantes Futebol Clube” e o “Califórnia Futebol Clube”, que iriam se fundir para a criação da “Associação Atlética Osvaldo Cruz”. Olha um pouco da parte interna do estádio:
Aliás, uma rápida olhada pra conhecer o campo!
Quem inaugurou o campo, contra a Associação Atlética Osvaldo Cruz foi o Palmeiras, que saiu vencedor por 8×1. O estádio passou a década de 80 praticamente abandonado, até 2004, quando foi fundado o Osvaldo Cruz Futebol Clube.
O estádio tem capacidade de 15.000 torcedores.
Ali, além do cartaz indicando o banheiro tem uma arquibancada, no escurinho do cinema…
Ao menos deu pra ver a bilheteria!
Com a noite dominando, decidimos parar um pouco e confesso que íamos embora um pouco desanimado, afinal, visitar o estádio a noite não é assim tão divertido…
Mesmo sentindo a mesma emoção que tivemos nos demais estádios, confesso que não estava satisfeito, já que não deu nem pra ver direito as arquibancadas…
E eis que o “algo mais” aparece. Quase indo embora, tivemos a oportunidade de conhecer alguns dos atletas do time deste ano! Tem até um mexicano no elenco!
Pô, agora sim, podemos ir pra casa, ou melhor pro hotel, lá em Presidente Prudente…
Saímos de Penápolis(veja aqui como foi) e rumamos à Birigui, uma cidade muito bacana, desenvolvida e que tem na indústria do calçado sua maior riqueza!
Demos um role pela cidade pra conhecer um pouco do lugar. Aqui é a antiga rodoviária, atual concentração de comércios:
Outra tradição das cidades do interior são as igrejas, normalmente muito bem cuidadas:
A cidade possui uma larga história na indústria de calçados, tanto que até um museu (veja aqui) ao tema eles tem!
Para aqueles que gostam de esportes, a cidade de Birigui estava participando do “Dia do Desafio”, contra a cidade de Pococi, de Costa Rica, e venceu a disputa com ampla vantagem.
O estádio fica numa região um pouco distante do centro, mas de fácil acesso.
Eu gosto de ver os distintivos dos donos do Estádio (ou mandantes) espalhados pelos portões e muros.
O Estádio Municipal Pedro Marin Berbel é bastante imponente e mais uma grata surpresa. Tudo muito bem cuidado e muito bonito. Taí a Mari na bilheteria!
Vamos dar uma olhada lá dentro!
O “Pedrão” tem capacidade para mais de 10 mil pessoas.
O Estádio tem uma vasta arquibancada.
O campo foi inaugurado em 3 de junho de 1983, em uma partida entre o Bandeirante e o Botafogo de Ribeirão Preto. O time visitante venceu por 2 a 1.
O terreno foi doado pela prefeitura e originalmente, se chamaria “Estádio Municipal de Birigui”, porém, em 1981 o prefeito Pedro Marin Berbel, que estava no poder na épóca da sua construção, ganhou sua homenagem.
Sem dúvida, ficamos com muita vontade de voltar para assistir um jogo no “Pedrão”!
Outra grata surpresa foi ter encontrado nada menos do que o próprio presidente do clube, Celso Luiz Aguiar, que estava por ali, andando pelas arquibancadas, fazendo planos e sonhando com o melhor futuro do time.
Ali acima, as cabines para as equipes de jornalismo.
Olha o banco de reservas ali!
Outra coisa que tem ganho importância e tem sido cada vez mais respeitado nos estádios: a área para cadeirantes. Bacana a iniciativa!
Olha que legal essa vista que mostra o arco das arquibancadas. Dá pra ver como é grande o estádio!
Fiz uma foto panorâmica também, olha só:
O que deu tristeza foi ter que ir embora sabendo que no dia seguinte, teríamos um jogão entre o BEC e o Tanabi, ali no Pedrão…
Hora de ir embora. Mas antes de deixar a cidade, temos mais uma missão. Como dissemos, o “Pedrão” foi construído na década de 80, então, onde o Bandeirante mandava seus jogos antes?
No Estádio Roberto Clark! E aí está ele!
A boa notícia é que o campo continua lá…
A má é que o clube não tem verba para conseguir fazer a manutenção adequada.
Olha a bilheteria aí:
Vamos tentar entrar e dar uma olhada? Hmmm… Problemas, o portão está trancado com cadeado…
Mari, mas e aquele buraco na grade? Vamos tentar?
Ok… Imagens tristes para quem ama o futebol e sua história. Tem uma cerca “fechando” o acesso à arquibancada.
O gramado até está bem cuidado.
Mas a arquibancada, que já recebeu tantos torcedores…
Fizemos um vídeo lá dentro, mas acabou não dando certo, então fizemos um novo, numa versão “em movimento”, olha aí:
Não vamos ser levianos de criticar a gestão do clube pelo atual estado do Estádio Roberto Clark, sabemos que não é fácil, nem barato cuidar de um campo, mas que seria legal alguma acão, de repente até com o envolvimento da torcida, nem que seja pra dar uma capinada no mato…
Fomos embora, admirando o bonito horizonte da cidade (a foto abaixo mostra o horizonte de Araçatuba), felizes por conhecermos mais dois estádios, tão importantes para a história do futebol no Brasil.
APOIE O TIME DA SUA CIDADE!!!
Não faça como o Ricardo, lá de Birigui, fez com seu amor…
E lá vamos nós para mais uma camisa e mais uma história! Chegamos à 157ª camisa e infelizmente, falamos de mais um clube que não disputa os campeonatos profissionais: o Pouso Alegre Futebol Clube.
E em 2018, estivemos em uma partida do Pouso Alegre contra o Araxá. Veja aqui como foi.
A cidade de Pouso Alegre fica ao sul de Minas Gerais, bem próxima da divisa com o estado de São Paulo.
É uma cidade muito bacana, que mistura os aspectos do interior com o de uma cidade em pleno desenvolvimento!
O time foi fundado em 1913, como “Pouso Alegre Football Club“. Mas, as dificuldades naquela época eram grandes, e só em 1928, o rubro-negro se firmou com estabilidade.
Em 1928, foi construído o estádio do Pouso Alegre Futebol Clube, o “Estádio da Comendador José Garcia“, permitindo a visita de muitos times paulistas e mineiros para desafiar o PAFC, como Guarani, Ponte Preta e o extinto Ypiranga, da capital.
A Liga Esportiva Municipal de Amadores (LEMA) ficou responsável por administrar o Estádio, por isso, muitos o chamam de “Estádio da LEMA”.
O início do time foi marcado pela disputa de torneios municipais e intermunicipais. Outros times foram criados e o Pouso Alegre FC acabou sendo deixado de lado durante a década de 1950.
A década de 60 foi mais feliz para o time e a torcida do Pouso Alegre, e em 1967, o time não só voltou a ativa como decidiu participar pela primeira vez da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. Nessa época, a torcida comparecia em peso aos jogos do time!
E pra satisfazer sua torcida, o rubro negro foi o campeão da Chave Sul, classificando-se para a fase final, porém, a inscrição irregular de um jogador eliminou o time da sequência do campeonato.
Um fato curioso, é que em 1968, o Pouso Alegre FC disputou um amistoso com o Grêmio Recreativo Beta, de São Paulo e venceu por 38 a 0. A partida é considerada como a maior goleada do futebol mundial. Mas mesmo tantos gols não impediram o clube de fechar suas portas no ano seguinte, após um mal campeonato.
Dessa forma, a década de 70 passou em silêncio para o time e até para a cidade, com o final da LEMA. O futebol só daria sinais de vida nos anos 80, com a reativação da Liga Municipal, e em 1983, com o retorno do Pouso Alegre F.C. à ativa.
No mesmo ano, o time sagrou-se campeão da Copa Sul Mineira, jogando apenas com atletas da cidade. Mas o ânimo que faltava ao time viria ainda no mesmo ano, com a conquista do Campeonato Amador do Estado de Minas Gerais. Essa conquista reacendeu time e torcida e em 1984, o time voltou a disputar a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro.
Em 1988, o grande momento: o rubro negro de Pouso Alegre chega a Primeira Divisão do Campeonato Mineiro, após uma verdadeira batalha contra o Atlético de Três Corações, que teve final no tapetão e somente no ano seguinte, já com a primeira divisão em andamento. Resultado, o time de Pouso Alegre estreou com o campeonato já em andamento, chegando a jogar 3 vezes por semana para “alcançar” os demais clubes.
Em seu ano de estreia na primeirona, 1989, o time conseguiu se segurar na elite do futebol mineiro.
1990 é considerado o ano de ouro do Pouso Alegre Futebol Clube, terminando o campeonato na quinta colocação. Aquele time tinha no gol PC Gusmão, hoje técnico de futebol.
Aqui, um vídeo com os gols do time, em 1991:
Assim como acontece sempre, no final do ano o time foi desmontado e em 1992, o time voltou à segunda divisão.
Em 1996, o então prefeito, João Batista Rosa, inaugura o Estádio Manduzão, com capacidade para 30 mil pessoas, considerado o 3º maior estádio de futebol de Minas Gerais.
Essa, a gente fez na nossa visita, em 2012:
O “dragão” permaneceu no chamado Módulo II do Campeonato Mineiro até 1998, quando novamente se afastou das disputas até 2009.
Em 2009, o time voltou a disputar a Segunda Divisão, terminando em quinto lugar. Aqui uma foto do pessoal do Jogos Perdidos:
Depois de sua volta em 2009, o Dragão do Mandú, novamente se desligou do futebol profissional e mais uma vez deixou órfãos seus torcedores.
Ambas camisas foram presentes. Uma de um leitor que reconheceu a gente lá na praia e outra do José, um colecionador de camisas que é garçon lá na Pizzaria Cipó Brasil, se liga no lugar:
Como já deu pra perceber, falamos do time da torcida alvinegra da cidade: o ABC Futebol Clube.
As quatro estrelas no canto superior representam os campeonatos conquistados no ano de 1954 e a estrela maior no canto inferior direito simboliza o campeonato no ano do sesquicentenário da Independência do Brasil. A estrela dourada sobre o escudo simboliza o título brasileiro da Série C conquistado em 2010.
O ABC Futebol Clube foi fundado em 1915, no bairro da Ribeira, lá em Natal. Esse foi o seu primeiro uniforme:
O nome do time me agrada muito, não só por ser o mesmo da região em que vivo, mas principalmente por ser uma homenagem ao pacto de amizade fraternal, assinado por Argentina, Brasil e Chile. O time é chamado também de “O Mais Querido”, alguns atribuem o apelido pelo fato do time ser o time com o maior número e conquistas estaduais.
Embora apenas em 1927, o clube tenha sido reconhecido oficialmente, já em 1915, o ABC goleou por 4×1 aquele que seria seu maior rival, o América, num campo improvisado.
Durante a década de 30, o time faria história ao conquistar o decacampeonato estadual, entre 1932 e 1941. Esse é o time de 1941:
Dá pra imaginar? 10 vezes campeão seguido!
Mas o ABC entrou de vez para a história nacional do futebol em 1959 ao disputar a primeira versão do Campeonato Brasileiro: a Taça Brasil.
O time ainda disputaria outras seis edições da competição até 1968.
A década de 70 começou com um tetracampeonato, conquistado de 1970 a 1973.
Este é o time de 1973:
Porém, em 1972, o ABC foi punido pela então CBD (Confederação Brasileira de Desportos) com dois anos de suspensão por inscrição irregular de dois jogadores. Como o time não poderia atuar, decidiu partir em excursão ao exterior, atuando contra clubes e seleções. Foram 24 jogos, com 7 vitórias, 12 empates e 5 derrotas.
Os anos 80 trouxeram novos títulos ao ABC, como os estaduais de 1983 e 1984. Aqui, parte do elenco do time do início dos anos 80:
E aqui, o time de 1983:
Os anos 90, trouxeram mais conquistas, em 1990, 93, 94, 95, 97, 98, e 99. Esse é o time de 1990:
Os anos 2000 também não foram diferentes, estaduais em 2000, 2005, 2007 e 2008.
Aqui, o time do ano 2000:
Esse, o time de 2005:
O time ainda levaria o bicampeonato 2007 / 08 com o time abaixo:
Esse é o time de 2008:
A “década de 10” (estranho falar assim né?) já trouxe os títulos de 2010 e 2011. Aqui o título de 2011:
Um dos principais aliados do time é sua torcida!
E se tem uma forte torcida, precisamos de um estádio importante e o “Maria Lamas Farache”, ou simplesmente o “Frasqueirão“, inaugurado em 2006, representa tudo isso. A casa de uma torcida apaixonada.
Estivemos por lá em 2010! (veja aqui como foi) e deu pra conhecer bem o Frasqueirão!
O Frasqueirão presenciou o acesso do clube à série B do Campeonato Brasileiro, com o time abaixo:
Se eu fosse torcedor do ABC, só ia ficar nesse lugar, no estádio:
Sábado, 27 de abril de 2013. Uma pacata rodada da série B do Campeonato Paulista torna-se uma data histórica para o futebol do ABCD em especial, para Diadema. Finalmente a cidade tem um time de futebol representando oficialmente sua população, no Campeonato Paulista. Na verdade, tem dois: O CA Diadema e o Água Santa.
E foi para conhecer um desses times que enfrentamos um belo ladeirão até chegar no Estádio Municipal José Batista Pereira Fernandes, o tradicional Campo Distrital do Inamar.
Tivemos um ilustre convidado nos acompanhando neste jogo, o torcedor do São Bernardo F.C. Victor, que quase desistiu na metade da subida…
Infelizmente, Diadema é uma cidade que sempre teve seu nome ligado à questão da violência social, e embora muitas vezes os dados estatísticos tenham sido aumentados (dizem que “desovavam” os crimes da zona sul da capital para Diadema, para melhorar os índices paulistanos) a verdade é que Diadema é um reflexo da desigualdade social do Brasil.
O Estádio Municipal José Batista Pereira Fernandes fica numa região humilde da cidade e é mais uma prova de como o futebol pode colaborar para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
Para quem esperava um cenário marcado pelos problemas, o que se viu na estreia do time foi um estádio muito bonito e as pessoas orgulhosas de verem o nome da cidade em um time.
A arquibancada recém construída é bastante alta, tendo um aspecto imponente e chamativo.
Ficamos orgulhosos em poder registrar um novo estádio que entra pro cenário do futebol profissional!
A Prefeitura de Diadema entrou de cabeça no projeto, colaborando tanto com a reforma do até então “Estádio Distrital do Inamar“, quanto na própria gestão do time, que é feita em parceria com uma empresa.
E se o trabalho foi feito na organização, o público não deixou por menos. Mesmo num horário próximo do jogo entre Santos x Palmeiras, pelas quartas de final do Paulistão, mais de 1.000 pessoas estiveram presentes.
O time já conta com uma organizada, chamada Máfia 13, que levou diversas faixas ao Estádio.
Parece que uma delas foi retirada pela polícia. Dá pra ver ela, lá em cima ainda exposta!
Mesmo com quase 30 minutos de jogo, ainda tinha gente chegando!
Fica aí nosso registro histórico do primeiro jogo do CA Diadema!
Aí, o Victor fazendo pose na parte inferior do Estádio.
Em uma parte do alambrado, encontrei um recado ao futebol moderno…
Na arquibancada, a galera fez a festa, afinal, o time fez 2×0 com certa facilidade, em cima do Mauaense.
Em campo, o Diadema mostrava a vantagem em treinar no gramado sintético, e ganhava quase todas as bolas no meio campo. Sem dúvida, jogando em casa, vai ser difícil bater o time do Diadema!
O placar é aquele modelo old school, movido a plaqueiro!
E como era um dia histórico, valeu a pena registrar um dos primeiros gols da história do time!
Mesmo com 3×0, ainda no primeiro tempo, o Diadema manteve a pressão e por pouco não foi pro vestiário com um resultado ainda maior!
Lá ao fundo, a torcida do Mauaense, que também compareceu, acabou começando o ano com um gosto bastante amargo.
Já do lado da turma de Diadema, só elogios ao time!
Com o jogo praticamente resolvido, tivemos tempo para reparar em alguns detalhes do jogo, como o banco de reservas…
Conseguimos achar algumas camisas do CA Diadema pela arquibancada, o que vocês acharam? Lembra a do Vélez?
Encontramos também diversos jovens que participam da escolinha oficial do time.
E que tal o espaço para a imprensa?
Fim do primeiro tempo.
Ponto negativo para a culinária de estádio, que ainda não oferece nenhuma opção, apesar da informação…
O segundo tempo começou mais devagar, mas logo entrou na correria.
O resultado final: 5×1 para a alegria dos estreantes e para a tristeza dos mauaenses… Palmas para o time do CA Diadema.
Uma pena a regionalização do campeonato obrigar aos times do ABCD terem que se eliminar logo e cara…
Vamos torcer pra que Diadema dê sequência na boa fase do futebol! E em breve, esperamos visitar o outro time da cidade, que na sua estreia ganhou do E.C. São Bernardo, em pleno Baetão, por 2×1.
A 155a camisa de futebol da nossa história foi presente de um casal de amigos muito bacana, lá de Santiago, o José e a Javi.
Eles estiveram um tempo aqui no Brasil, e pudemos mais uma vez ver como o futebol pode ser capaz de reunir as pessoas. Levamos os dois até o Estádio Bruno José Daniel, onde o Santo André manda seus jogos.
Mas também fizemos uns rolês menos boleiros, como a visita ao pico o Jaraguá, guiados por Gabriel Uchida, que decidiu mostrar seu lado atlético!
A camisa defende as cores do time que eles torcem, a Universidad de Chile.
O time nasceu em 1927, com a fusão do Internado Football Club, do Club Atlético Universitario e do Club Náutico Universitario, com o apoio da Associação Desportiva da Universidade do Chile. Esse foi o primeiro time da La U:
A partir de 1938, passou a disputar o campeonato profissional. Esse é o time daquele ano:
Em 1940, conquistou seu primeiro campeonato nacional.
Em 1959, um novo título. O time já se tornara um dos mais populares da capital.
Os anos 60 deram o apelido ao time de ” O Ballet azul” devido às boas atuações, coroadas com títulos em 1962, 64, 65, 67, 68 e 69.
Em 1970, o time alcançou as semifinais da Copa Libertadores, sendo derrotado pelo Penarol, em partida extra disputada em Avellaneda.
Os anos 70 trariam ainda um grande recorde de vitórias sobre a rival Universidad Católica: foram mais de 13 anos sem derrotas. Esse é o time de 1976:
Mas, os anos 70 passaram sem grandes conquistas para o time. E os anos 80 ainda trouxeram grande crise financeira para o time. Chegaram a fazer uma rifa para construção do estádio que acabou não dando certo.
Como momento mais trágico, em 1988, o time caiu para a segunda divisão.
No ano seguinte, o time já estaria de volta à primeira divisão.
Nos anos 90, 3 títulos nacionais em 1994, 95 e 99. Esse era o time de 99:
Em 2000, novo título, abrindo bem a nova década!
O Campeonato Chileno passou a ser disputado como os demais na América Latina: com um torneio abertura e um clausura, e o time conquistou mais um título em 2004 (abertura).
Em 2006, embora o time estivesse melhor do ponto de vista técnico, a crise econômica e jurídica do clube se agravou e para que o mesmo não fechasse as portas, foi feita uma concessão à Azul Azul S.A. para a gestão do clube por um período de 30 a 45 anos.
A parceria ao menos manteve o clube como um time de ponta, trazendo os títulos dos Torneios Abertura de 2009, 2011 e 2012 e o clausura de 2011.
Em 2010, o time foi semifinalista da Libertadores.
Em 2011, veio a conquista da Copa Sulamericana, passando por equipes como o Flamengo, Arsenal, Vasco da Gama, e batendo a LDU (Liga de Quito de Ecuador) na final.
Nós já estivemos em Santiago por duas vezes e em ambas fomos a jogos da Universidad de Chile, veja aqui como foi em 2011 e aqui como foi em 2012. Pra quem tem preguiça de entrar nos links, seguem algumas fotos desses roles, aqui em frente ao Estádio Nacional, em 2011:
Aqui, dentro do Estádio:
Estádios são ambientes incríveis para se conhecer um país!
A 154ª camisa de futebol do nosso blog foi presente de aniversário de um grande amigo, torcedor do Santo André e admirador e estudioso do futebol do interior paulista: Matheus Alvez Mota. O Matheus ainda escreve o blog Futebol Interiorano.
O time defende as cores de Birigui!
Falamos do Bandeirante Esporte Clube, o BEC!
Embora eu tenha uma forte recordação do Bandeirante devido aos polêmicos W.O.s que o time enfrentou em 1987, a história da equipe começou muito antes, em março de 1923. Esse é o time daquele ano:
Assim como várias equipes paulistas, os primeiros anos do Bandeirante foram dedicados às disputas amadoras. Aqui, uma bela recordação do fim dos anos 20, início dos anos 30:
Naqueles tempos os estádios mantinham seus placares de um jeito bem artesanal, e no caso do Bandeirante não foi diferente:
Em 1938, o time conquista sua sede, no centro da cidade.
Aqui, o time da década de 40 que começou a se destacar conquistando campeonatos amadores e partindo para a disputa das competições oficiais organizadas pela Federação.
Outro detalhe que mostra o quão tradicional o time é: as traves ainda de madeira e quadradas!
Esse é o time de 1948, que além de disputar a segunda divisão, ainda sagrou-se campeão amador no mesmo ano.
Os anos 50 ainda foram marcados por participações nas divisões de acesso do Campeonato Paulista, mas o time acabou se licenciando. Esse é o time de 1952.
O BEC só voltaria a ativa em 1963, para a disputa da 4a divisão (chamada de “Terceira” já que a primeira era chamada de especial).
E não é que o time sagrou-se campeão, conseguindo o acesso à 2a divisão de São Paulo.? Esse foi o time campeão:
Os poucos anos na segunda divisão serviram de orgulho ao povo de Birigui, mas em 1968, novamente o time se licenciou.
Somente em 1972, o futebol profissional voltou à Birigui, com as disputas da segunda divisão, mas anos mais tarde o time voltaria para a terceira. Esse é o time de 1978, com a base formada por atletas da cidade!
O BEC ficou na terceira divisão até 1981, quando novamente conquistou o acesso, com o time:
Em 1983, a cidade de Birigui viu ser inaugurado o Estádio Pedro Marin Berbel, num jogo contra o Botafogo de Ribeirão Preto.
Chegamos ao grande momento do Bandeirante de Birigui: 1986. Com um time incrível, o Bandeirante conseguiu se classificar para o quadrangular final, disputado em Campinas, de onde o time sairia campeão e classificado para a Primeira Divisão de São Paulo.
Assim, em 1987, o Bandeirante Esporte Clube disputou a Primeira Divisão, onde conquistou as seguintes vitórias:
Botafogo 0x2 Bandeirante
Bandeirante 2×1 Ponte Preta
Bandeirante 1×1 Santos
São Paulo 0x2 Bandeirante
Bandeirante 2×1 Noroeste
Bandeirante 2×1 Ferroviária
Bandeirante 1×0 Sant0 André (podia ter deixado essa né?)
Esse foi o time de 1987:
Durante o campeonato, a Federação Paulista alterou as regras referentes ao rebaixamento e ao serem rebaixados, Ponte Preta e Bandeirante entraram na Justiça Comum, para tentar se manter na primeira divisão. Daí, os fatídicos WO’s. Os demais times negavam-se a enfrentar Ponte Preta e Bandeirante. A justiça caçou a liminar e tanto o time de Campinas quanto o de Birigui passaram o ano sem jogar, só retornando à segunda divisão no ano seguinte.
Os anos 90 foram marcados por um sobe e desce de divisões, entre a A2 e a A3. Esse o time que subiu em 1995 para a A2:
Os anos 2000 começaram com mais um acesso para a A2, em 2001, com o time:
Em 2002, um título bacana, da antiga Copa Coca-Cola, embrião da Copa Estado de São Paulo.
O Bandeirante se segurou na A2 até 2008, quando foi rebaixado à Série A3.
Em 2010, o momento mais baixo da história do clube: rebaixamento à série B do Paulista, equivalente à quarta divisão estadual, onde permanece até o ano de 2013.
O time manda os seus jogos no “Estádio Municipal Pedro Marin Berbel“, ou “Pedrão”, com capacidade para 18.000 pessoas. Já estivemos por lá, confira aqui como foi.
Antes, a casa do BEC era o Estádio Roberto Clark. Confira aqui como foi.
Alguns nomes de peso já passaram pelo Bandeirante, como Paulinho McLaren, Palhinha, Esquerdinha (ex-São Caetano e Botafogo), André Cunha entre outros.
Maiores informações no excelente site do time: www.bandeiranteec.com.br .