Mais um post de um rolê feito no ano passado, registrando um estádio em Minas Gerais, no sul do estado, mais especificamente na cidade de Passa Quatro.
Pra chegar lá, é necessário atravessar a Serra da Mantiqueira, um lugar mágico e cheio de energia!
A cidade fica há pouco mais de 3 horas daqui de Santo André e lá, vivem cerca de 17 mil pessoas.
Antes da chegada dos europeus, o teritório era disputado por vários povos indígenas, entre eles caingangues, tupiniquins, tupinambás e os puris. Mas, a partir do século XVII, as bandeiras passaram a dizimar as populaçõs de nativos.
O nome da cidade vem de um afluente do Rio Verde, chamado Passaquatro, que viria a se tornar o nome do município quando se emancipou. Esse é o atual prédio da Prefeitura:
A cidade possui várias lojinhas de artesanato, bebidas, doces…
Lá no centro da cidade está a Igreja de Santa Rita de Cássia:
Ao seu lado uma praça bonita e bastante arborizada.
O grande charme da cidade é o passeio de Maria Fumaça, ali pela Mantiqueira até o túnel que faz divisa entre São Paulo e Minas Gerais.
No caminho, várias cenas repletas de natureza…
Ela faz duas paradas que permitem fotos incríveis.
A Mari pareceu voltar no tempo… Quando a ferrovia era um importante sistema de transporte.
E assim a Maria Fumaça segue seu caminho…
Essa é a segunda parada, na divisa:
Do outro lado do tunel já é SP!
A cidade também possui várias cachoeiras há poucos quilometros do centro da cidade.
Qualquer dúvida, sempre tem alguém ali pra responder pra você…
Outro lugar muito legal é o angazeiro gigante, que alguns dizem ser centenário, enquanto outros dizem que possuiria até mais tempo de vida…
Nem todo mundo sabe, mas além do futebol e da história, as árvores são outra grande paixão desse blog!
Um lugar de enorme energia!
Ficamos numa pousada bem bacana (clique aqui e veja a Fanpage deles!)
Pro jantar, a sugestão é a Esfiharia Monte Líbano.
Diferente das nossas tradicionais viagens, não fomos pra Passa Quatro por causa do futebol, até porque a cidade nunca teve uma equipe disputando o Campeonato Mineiro de Futebol, mas… Já que estávamos ali, que tal uma passada no Estádio Municipal?
Como o portão está aberto, vamos lá dar uma conferida!
Surpreende a estrutura e principalmente o fato de estar em reforma para torná-lo ainda melhor…
Aqui um olhar para o meio campo, tendo as arquibancadas cobertas à nossa frente!
O gol do lado esquerdo, cuja foto permite perceber que a arquibancada acompanha toda a lateral do campo.
A mesma coisa no lado direito do campo:
Ao fundo do gol, vemos a natureza em sua exuberância…
Em campo também ela se faz presente…
Como reagiria a cidade ainda horizontal e pacata recebendo uma partida profissional em seu campo? Haveria torcida? Rivalidades?
Não sei responder… Só sei que estar em um estádio de futebol e não sonhar com acessos e títulos é impossível…
Olhar as pequenas arquibancadas e imaginar a torcida ali empurrando o time aos 46 do segundo em busca de um gol da virada…
Num dia de clássico, até o hotel ao lado estaria com as janelas lotadas de curiosos acompanhando a partida…
Hey, prefeito, população e times amadores… Vamos realizar o sonho e levar Passa Quatro para o futebol profissional!
Chega de arquibancadas vazias…
Nosso último olhar e vamos embora sonhando com um futuro ainda mais promissor!
Embora seja muito grande, a chamada Região Metropolitana de São Paulo é algo que nos dá a idéia de proximidade… Mas são tantas as cidades que as vezes a gente acaba deixando pra depois e depois… Esse era o caso de Mairiporã, que finalmente tivemos a chance de conhecer!
Mairiporã é uma palavra que vem do Tupi e significa algo como “água bonita do franceses”, atualmente é a casa de cerca de 105 mil pessoas e está encravada na Serra da Cantareira (considerada Patrimônio da Humanidade). É ali que se encontra a linda represa de Mairiporã, alimentada pelo rio Juqueri!
A história da cidade se inicia no século XVII com a capela de Nossa Senhora do Desterro, que deu origem ao povoado de Juqueri, que servia de proteção à vila de São Paulo de Piratininga e de ponto de apoio às rotas para o interior. O povoado foi elevado à freguesia, e depois à Vila, adentrando o século XVIII como uma região agrícola, que ganharia impulso com a chegada de centenas de famílias japonesas formando uma importante colônia.
Um ano antes de sua emancipação, a São Paulo Railway construiu a Estação do Juqueri (atual Estação Franco da Rocha). Abaixo imagem do incrível site “Estações Ferroviárias” que se dedica à história das ferrovias do Brasil.
Entretanto a instalação do Hospital Psiquiátrico do Juqueri e os abusos que ocorreram lá dentro, caracterizado para alguns como um verdadeiro holocausto manicomial acabou tornando Juqueri um sinônimo desses maltratos. (Veja aqui uma das matérias, ou compre esse livro e veja o que foi esse absurdo).
Para evitar essa correlação negativa, em 24 de dezembro de 1948, foi aprovada a Lei Estadual nº 233, permitindo a mudança do nome do município para o atual “Mairiporã“. E lá estivemos para registrar o time que assim como a cidade, nasceu como como Juquery FC, em 6 de janeiro de 1922 (os escudos vieram do incrível blog: Escudos Gino), disputando nesse dia sua primeira partida.
Em 7 de abril de 1929 há, na ata do clube, o registro de um amistoso contra o Rosário F. C., e o Juquery FC perdeu o 2º quadro por 2×0 e venceu o 1º quadro por 1×0. O Juquery FC integraria os times do União Juqueriense FC e o “EC Juqueri“, adotando as cores laranja e azul como as cores oficiais do clube.
Aqui, alguns registros do time em ação:
Com a mudança do nome da cidade, em 15 de janeiro de 1949 o time fez o mesmo e passou a se denominar Esporte Clube Mairiporã.
Algumas fotos da fase inicial do time:
Em 1956 foi campeão do seu setor no Campeonato do Interior.
Aqui, o time de 1958:
O time chegou a jogar a final da região do Campeonato Paulista Amador, em pleno Pacaembú, perdendo por 3×0 para o São João FC de Atibaia, em 15/10/61.
Naquele ano, o Campeonato foi interrompido pela FPF, que declarou campeões os 18 clubes que permaneciam no torneio, naquela altura O EC Mairiporã poderia ser um deles…
Mas o destino guardava vôos mais altos, e em 1963, o EC Mairiporã passou a disputar a 3ª Divisão de Profissionais da Federação Paulista de Futebol, que apesar do nome, equivalia ao 4º nível do futebol paulista. Veja pela página da Wikipedia os times que participaram dessa edição que teve o Bandeirante de Birigui como campeão:
As fotos abaixo não tem confirmação de data, mas parecem ser da época da disputa do profissionalismo:
Em 1964 mais uma participação na 3a divisão, com o time abaixo:
A Wikipedia tem uma página que mostra os 45 participantes daquele ano, que teve o São José EC como campeão:
Em 1965, não disputou o campeonato, retornando em 1966 em sua última participação, que teve como campeão o Ferroviário de Itú:
O time chegou a liderar sua série, como se pode ver nesse lindo cartaz divulgando um jogo da época, contra o Cachoeira:
Em nossa visita fomos até a sede do clube, onde ficava o seu campo de futebol.
Seja bem vindo ao Esporte Clube Mairiporã!
Conseguimos entrar no clube para conhecer sua atual estrutura.
Ali está estampado, pra todo mundo ver: fundado em 1922!
O clube tem uma sede muito bonita, com direito a uma grande piscina!
O sol estava se pondo quando acabei de atravessar a área do clube e cheguei ao atual campo de futebol, que já não ocupa a mesma área, mas ainda está ali ao lado do rio:
Sem dúvida, um lugar incrível e histórico pra quem ama futebol. Aqui dá pra ver melhor o atual campo.
Aqui, a máscara impede a compreensão, mas sou apenas eu explicando que o campo mudou de lado cedendo área para a sua sede social.
Ali fica o bar e os vestiários.
A cidade já está bem próxima, como se pode ver por traz do muro azul que rodeia o campo:
Mais uma vez agradecidos pela oportunidade, nos despedimos de Mairiporã e do EC Mairiporã.
Mais uma parte do nosso rolê de fim de ano de 2020, seguindo os protocolos de segurança na esperança de que dias melhores virão para acabar com a pandemia de Coronavirus…
Dessa vez, estivemos em Capão Bonito, uma linda cidade, cheia de áreas verdes, onde vivem cerca de 50 mil pessoas atualmente.
Pena que a gente não tenha visitado nenhum dos parques estaduais…. Eu gostaria muito de voltar para conhecer o Parque Estadual Nascentes do Paranapanema, se você não o conhece, acesse o site deles aqui!.
Mas, demos um rolê pela cidade em si, que é bastante receptiva.
Pra quem gosta de história, a região possui registros de ocupação humana que datam de cerca de 10 mil anos atrás, além de uma grande quantidade de sítios arqueológicos associados à Tradição Tupiguarani, de cerca de 2000 anos atrás.
De acordo com as pesquisas, o vale do Rio Paranapanema seria um dos principais eixos de expansão dos Tupis e Guaranis em direção ao sul.
Além disso outras etnias, como os Kaingang (Guaianazes) passaram a ocupar a região a partir do século XVI até o século XIX, com a chegada de outra perigosa epidemia: a do colonizador português, junto das bandeiras que descobriram ouro na região de Apiaí. O Portal D. Moto apresenta uma foto atual do local:
Aí… já imaginou né? A febre do ouro levou muitas pessoas (ainda que bem menos se comparado às expedições a Goiás ou Minas Gerais) à região, fundando a “Freguesia Velha“, em 1746 às margens do rio Pananapanema.
Além disso, o local era caminho entre o sul e a vila de Sorocaba (onde se criavam as mulas que acompanhavam os exploradores), dando origem a cidades como Itapetininga.
Mas, com o tempo, a Freguesia Velha (que muitos queriam chamar de Nossa Senhora da Conceição do Paranapanema pela capela erguida em seu nome) viu acabar o ouro do aluvião, encerrando o “ciclo do ouro” nessa região.
A consequência é que os moradores que ficaram (cerca de 5 mil pessoa) decidiram transferir o povoado para outra região (a “nova” freguesia), rebatizada com o nome da fazenda que lá existia: Capão Bonito do Paranapanema, tendo como data oficial de fundação o dia 24 de janeiro de 1843 (curiosamente no mesmo dia em que escrevo esse post). Seria ainda elevada à condição de vila em 2 de março de 1857, e atualizando o seu nome para o atual em 27 de dezembro de 1921.
Se você pensa em conhecer a cidade e a região, recomendamos o Hotal Baguassu, onde ficamos hospedados, praticamente sozinhos.
Com exceção do bichano que vez ou outra dava as caras:
E até uma bela piscina pra dar um relax!
A cidade tem uma estrutura bem bacana, e ótimas opções pra comer, destaque para a Pizzaria Vitória.
Só não podemos garantir a companhia da lua cheia, como a que esteve na cidade conosco…
Mas nossa presença na cidade se deu por outro motivo.
É que em 6 de maio de 1944 era fundado o Ipiranga Atlético Clube, mais um time de futebol a surgir na cidade e disputar os campeonatos amadores da região.
Como dá pra imaginar vendo o distintivo, o time homenageava o tricolor paulista, mas tinha uniformes diferentes, como se pode ver na foto abaixo, do time de 1949.
Aqui, mais algumas fotos sem datação comprovada, mas possivelmente do fim dos anos 40 ou início dos 50, pela similariedade do uniforme.
Nos anos 50 o time chegou a usar um uniforme com listras horizontais:
E um outro modelo também muito bacana:
Até chegar no uniforme similar ao tricolor da capital.
Esse modelos perdurou até os anos 60:
E foi justamente nos anos 60, mais precisamente em 1962, que o time fez história ao disputar a 3ª divisão do Campeonato Paulista (que devido as denominações das competições, equivalia ao 4o nível do campeonato) frente a tradicionais times do interior paulista.
Esse é um campeonato do qual encontra-se muito pouca informação gerando algumas confusões. Por exemplo, existe uma matéria sobre ex atletas do Ipiranga AC onde eles lembram que o jogo decisivo desse ano foi contra a equipe do Fronteira de Itararé, mas … segundo a maioria das fontes, o Fronteira só jogaria a 3a divisão anos depois…
Após esta aventura no profissional, o time voltou ao amador e fechou as portas em 1965.
Pra não deixarem o futebol em baixa, os esportistas locais se organizaram e em seu lugar, foi fundado o Esporte Clube Capão Bonito, em junho de 1966 e que herdaria as cores e até o estádio do Ipiranga AC.
O tricolor capãobonitense era chamado de “Esporte“, esse é o time de 1969, quando sagram-se campeões do Campeonato Amador regional, promovido pela Federação Paulista tendo o jogo do título no campo do DERAC de Itapetininga, contra a Associação Desportiva Angatubense, com vitória do EC Capão Bonito por 2×1:
O time está na memória da população local até atualmente, mas não chegou a disputar nenhuma competição profissional da Federação Paulista.
Ambas as equipes mandavam seus jogos no Estádio da Rua Bernardino de Campos, que acabou também sendo chamado de “Estádio do Ipiranga” e depois como “Estádio do Capão Bonito“, ou “Estádio do Esporte“.
E sua fachada imponente segue lá!
Como suas caracerísticas arquitetônicas são bastante icônicas, eu recomendo que vc olhe novamente as fotos dos dois times acima, e perceba que muitas delas mostram a fachada, mas do lado de dentro.
O estádio ocupa uma importante área na região central, tendo sua entrada, na Rua Bernardino do Campos e sua lateral “murada” na Rua Altino Arantes.
No dia da nossa visita, a entrada principal estava fechada.
Uma mão por dentro do portão garante algumas imagens iniciais do campo!
Em busca de uma entrada, recorremos aos fundos do estádio, que além de ceder parte de sua área para operárioa de uma obra próxima, também se encontrava fechada…
Até deu pra fazer mais algumas fotos ali, mas ainda não nos permitia a entrada…
Pelo menos dava pra ver que o gramado estava bem conservado, ainda que sem suas demarcações em cal.
Uma rápida olhada no mapa do local, ofereceu mais uma opção…
Essa entrada lateral era numa rua sem saída que terminava quase dentro do estádio, mas que também possuia um muro e um portão, ambos fechados.
Alguns vizinhos ao me ver observando o portão fechado disseram que quando querem jogar bola é por ali que entram.
Mensagem captada, amigos vizinhos! Lá vamos nós pra dentro do Estádio!
Aí sim, deu pra registrar como gostamos de fazer: as três fotos do campo… Seu gol da esquerda:
O meio campo:
E o gol da direita:
Além de um registro frente ao campo e com um espaço minimamente coberto que serve de recordação para a linda arquibancada coberta, toda de madeira que foi destruída em um incêndio, décadas atrás.
Pelo que eu entendi a arquibancada era exatamente acima desse espaço.
Depois de tantas voltas, era hora de seguir com o rolê pela cidade, pois ainda existia um verdadeiro templo do futebol a ser visitado, o Estádio Municipal Doutor José Sidney da Cunha, que ficava não muito longe dali (até porque a cidade não é muito grande) e que serve de casa para um verdadeiro patrimônio da atual Série B do Campeonato Paulista (o equivalente ao quarto nível do futebol): o EloSport Capão Bonito!
Talvez muitos nem reconheçam o distintivo acima, porque ele é relativamente novo, o tradicional usado sempre foi esse abaixo, que já trazia a “corrente”, simbolizando a união que o time tem como principal filosofia:
O time nasceu em 10 de maio de 1993, finalmente abandonando o tricolor que marcara por tantas décadas o futebol da cidade, adotando o azul e verde como cores oficiais.
Seu apelido, e consequentemente mascote é o “Galo do Sul“.
No início de sua trajetória, o time se limitou às competições amadoras, sendo campeão da Liga de Tatuí e da Liga de Sorocaba, mas em 1997, era hora de levar novamente o nome da cidade ao futebol profissional e o Elosport foi disputar a Série B1B (equivalente na época à 5a divisão do futebol paulista).
O Elosport jogou a B1B até 2001, quando o futebol paulista passou por mudanças que acabaram a levar o time para a Série B3 (equivalente à Sexta Divisão), quando conquistou o acesso para jogar a Série B2 em 2002, terminando em 8o lugar:
Aqui as demais equipes que completaram aquele campeonato e suas respectivas colocações:
No ano seguinte, o time acabou rebaixado e licenciando-se do Campeonato Paulista, retornando apenas em 2007, já dentro de uma nova formulação do Campeonato, na Série B, equivalente à quarta divisão.
Infelizmente, sua história nessa divisão não teve grandes destaques. Desde 2012, curiosamente o time sempre fica a um passo da conquista da classificação para as próximas fases na maioria das edições. Veja como foi o grupo de 2012:
2013:
2014:
2015:
2016:
2017:
2018:
E desde 2019, tem ficado em último:
2020:
Como destaque, vale lembrar que o Elosport sagrou-se campeão do Sub-20 da 2ª Divisão em 2009.
Em 2010, a gente acompanhou um jogo deles (clique aqui e veja como foi):
Como disse anteriormente, o Elosport manda seus jogos no Estádio Dr José Sidney da Cunha, e lá fomos nós conhecê-lo:
O Estádio Municipal Doutor José Sidney da Cunha é administrado pelo Elosport, num sistema de comodato, por isso existe toda uma sinalização com o nome do time, como se fosse um estádio particular.
O time se define nas paredes do estádio, como o “Orgulho de Capão Bonito”.
Diz a lenda que um torcedor mirim mandou um desenho para o Jornal O Expresso chamando o time de “O Galo do Sul”. Aí teria surgido o mascote do time que também se faz presente no estádio.
Olha aí os bancos de reserva:
Nossa visita foi feita naquele típico dia de verão com calor e uma possível chuva se formando acima de nós…
Olha, eu confesso que só fiquei triste por não ter visto (ainda) um jogo do Elosport aí no estádio… Mas fica o orgulho de pelo menos ter conhecido de perto um campo que tantas vezes foi utilizado no futebol profissional.
Vamos dar uma olhada por dentro:
Aqui o gol do lado direito (e a chuva chegando):
O meio campo:
E o gol da esquerda:
Vale mais uma olhada, né?
A arquibancada que ajuda o estádio a ter uma capacidade para mais de 6 mil torcedores.
Não acredita? Olha aí:
Além da estrutura pro torcedor, o estádio possui uma boa área para a imprensa:
É arquibancada pra tudo que é lado…
E assim, dentro do campo, pisando na mesma grama que tantos atletas da série B pisaram esses últimos anos, encerramos nosso registro…
Aliás, encerramos também os rolês de 2020, que venha um 2021 com vacina para todos!
Feliz ano novo, irmãos e irmãs!
”Eles calaram o Maracanã” sobre a conquista da Copa do Brasil de 2004 pelo Ramalhão.
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Ainda como parte do nosso role de fim de 2020, o ano marcado pelo COVID (escrevo na esperança de você estar lendo isso num momento em que diz “nossa, eu nem lembrava mais… Que bom que tudo passou”) demos uma rápida passada na cidade de São Miguel Arcanjo.
A cidade é considerada a capital da uva!
A origem da cidade vem das povoções que foram se estabalecendo pelos que iam de Sorocaba ao Sul do País, formando o antigo bairro da Fazenda Velha, na época parte de Itapetininga.
Logo, alguém decidiu construir uma capela, sob a proteção São Miguel Arcanjo, que viria a dar nome à cidade.
A cidade se desenvolveu graças ao cultivo e beneficiamento do algodão, que gerou muitas riquezas até que a segunda guerra mundial fez com que as exportações apresentassem grandes quedas.
O que fez São Miguel Arcanjo ser reconhecida e prosperar novamente foi sua produção de uvas, introduzidas na cidade por Massuto Fujiwara.
São Miguel Arcanjo foi elevado à categoria de município em 1889, desmembrando-se de Itapetininga e depois à cidade em 1908.
A cidade é sede do Parque Estadual Carlos Botelho.
Sua população é de cerca de 35 mil pessoas.
No momento desse rolê a viagem já tava rodando os 1.000 km…. É mole?
Mas além de uvas, parques e belezas naturais, a cidade tem seu nome eternizado na história do futebol paulista, porque em 1947 foi fundado o time do Esporte Clube São Miguel.
Duro foi achar o distintivo deles… Quem salvou foi o Blog Escudos Gino:
Após passar uma fase disputando as competições amadoras da região, o EC São Miguel disputou a 4a divisão do futebol paulista por 3 anos seguidos, de 1962 a 64.
O Blog “ACHEGAS À HISTÓRIA DE SÃO MIGUEL ARCANJO“, reuniu algumas fotos do time, e são um show de memória!
Aqui, não dá pra entender direito o contexto… Mas pode se ver três pessoas vestindo a camisa com a tradicional estrela do time!
Esse era o time juvenil de 1962:
E esse, o que teria jogado o profissional!
E lá fomos nós conhecer o Estádio Municipal Nestor Fogaça, a casa do EC São Miguel durante as competições!
Uma fachada bastante imponente, não?
Dá uma olhada:
Conseguimos adentrar ao estádio pra registrar sua parte interna:
Olha que linda a arquibancada, onde cabem cerca de 400 pessoas:
Esse é o gol do lado direito pra quem está olhando do outro lado da arquibancada:
Aqui o gol esquerdo:
E aqui o meio campo:
Olhando o meio campo estando na arquibancada:
Um estádio histórico que viu 3 edições da 4a divisão!!
Aqui a lateral do campo:
O grande centro das atenções: o gol!
Que tempos estranhos esses em que uma forma de vida tão pequena consegue modificar tanto a realidade do planeta… 2020 foi um ano com menos viagens e jogos, mas… tomando todos os cuidados possíveis e imagináveis, marcamos o fim de ano com um rolê rápido e muito mais simples do que imaginávamos há um ano atrás. Visitamos estádios de 4 cidades: Capão Bonito, São Miguel Arcanjo, Avaré e Paranapanema. Comecemos por essa pequena cidade de nome comprido: Paranapanema.
A cidade é conhecida como “a Princesa do Vale” e está há 256 km de São Paulo sendo a casa de pouco mais de 20 mil pessoas. Logo na entrada da cidade, uma estátua relembra uma das armas contra a difusão do coronavirus: a máscara!
A cidade é pequena, mas muito charmosa e cheia de cuidados que surpreendem. Um exemplo é o Museu da Dona Guita, que guarda objetos, máquinas e lembranças relacionadas aos primeiros habitantes de Paranapanema, além de uma série de fotos antigas. O lugar é muito bonito e fica na rua Manoel Domingues Leite a uma quadra da Praça da Matriz.
A cidade é toda muito arborizada, e tem escolas lindas!
O centro é fácil de achar, tem até uma placa indicando que você chegou até lá…
Olha aí como é o clima de uma das principais avenidas da cidade:
Não podia faltar a igreja matriz da cidade.
Além disso, ela é banhada pela represa Jurumirim, a maior represa do Estado de São Paulo. Tem até uma praia de água doce: a ilha do Sol, situada a 7 km da sede do município, às margens da Represa Jurumirim. Veja mais sobre a cidade em seu site oficial (é só clicar aqui…).
A cidade nunca teve grande história no futebol, mas em 31/12/1999, no distrito de Holambra II foi fundado o Clube Atlético Montenegro, a “Águia do Vale“.
Pela primeira, vez o município de Paranapanema teve uma equipe profissional na cidade, mas… Não foi dessa vez que a cidade pode receber um jogo profissional, pois o Estádio Municipal Professor Pedro Sanches não apresentou as condições necessárias para sediar as partidas do time. Assim, a equipe alvinegra teve que buscar um outro local para mandar seus jogos na série B3 de 2001 (o equivalente ao sexto nível do futebol paulista) e o local escolhido foi o Estádio Dr. Paulo de Araújo Novaes, que pertence ao São Paulo FC de Avaré, e como estávamos perto da cidade fomos até lá, mas mais uma vez não consegui registrar a parte interna do Estádio… (já havíamos tentado registrá-lo em 2013 e em 2019).
Assim, o time jogou a série B3 em 2001, e terminou a primeira fase do campeonato em 3o lugar, no grupo B, garantindo sua classificação para a fase final e também o acesso à série B2, quando escrevi o post havia esta tabela na wikipedia:
Embora tenha sido eliminado nas quartas de final, o time acabou terminando em 4o lugar, e o Corinthians B seria o campeão. O leitor Júlio Cesar fez umas correções nos placares apresentados pela Wikipedia:
Com o acesso garantido, em 2002 o time fez sua estreia na Série B2 (o equivalente ao 5o nível do futebol paulista), mas por problemas administrativos acabou abandonando o torneio no fim do 1° turno, fazendo sua despedida contra o time da AD Guarujá, que venceu o esquadrão de Paranapanema por 2 x 1. Depois dessa derrota, o time nunca mais retornou ao futebol profissional e acabou sumindo até mesmo de qualquer disputa amadora. E não é que encontrei a imagem da camisa do time? O done delas é o amigo Frederico Carvalho Capacitor.
Mas… e quanto aos estádios de Paranapanema? Seguem por lá… E olha que não são poucos. Até estranhei ver uma placa que dizia “Estádios” (com “s” mesmo). Começamos registrando o Estádio Municipal Edivaldo Rodrigues de Arruda (sim, mais um estádio com o sobrenome da Mari…por isso a primeira foto é dela!):
Pra você que quer usar a foto sem ninguém, aí está:
Ele fica logo na entrada da cidade, mas pelo visto, já foi deixado de lado há algum tempo. Estava lá… aberto…
Se está aberto… Vamos conhecer o que um dia foi o Estádio Municipal Edivaldo Rodrigues de Arruda.
Já na bilheteria uma certa esquizofrenia… uma suástica mal desenhada ao lado de um A de Anarquia…
Lá dentro… Uma triste visão…
É… O campo virou pasto…
Restos de obras amontoados no que um dia foi a lateral do campo.
O sistema de iluminação também segue por ali, como uma recordação de tempos passados.
Ali, onde ficava um dos gols, com a cidade ao fundo.
O que sobrou dos vestiários:
A arquibancada ainda segue por lá.
Agora, com os cupinzeiros, além do gado, também se pode ver muitos pássaros pelo campo.
Mesmo não tendo recebido nenhum jogo oficial pelas competições da Federação Paulista, o Estádio fez a alegria da população local.
E ainda faz a alegria desses aí, que estão se deliciando com uma grama verdinha!
Aqui, um olhar de traz do que eram os vestiários.
Mas… Como eu disse, a cidade manteve o futebol vivo com outros estádios. Aqui na foto do próprio site da Prefeitura vc pode ver que não faltam campos!
E assim, chegamos ao atual Estádio Municipal de Paranapiacaba, o Estádio Municipal Professor Pedro Sanchez que deveria ter recebido os jogos do CA Montenegro.
Aqui, pra quem quer uma foto do estádio sem a minha incomoda presença:
Infelizmente esse estava fechado 🙁
Mas deu pra fazer umas fotos da parte interna e conferir as belas e verdejantes arquibancadas locais!
Uma pena o Estádio não estar apto na época pra receber os jogos do profissional, porque atualmente ele parece muito acertadinho.
E assim, nos despedimos de mais uma aventura “interior afora”. Valeu, Paranapanema!
Já estivemos algumas vezes em Atibaia, mas nos limitamos a visitar e registrar o Estádio Salvador Russani, até pelo surgimento e desenvolvimento do Sport Club Atibaia.
Mas, o Grêmio Esportivo Atibaiense é um time com uma história que merece e precisa ser lembrada e reforçada. O time foi fundado em 21 de novembro de 1934 por funcionários da Companhia Têxtil Brasileira, ainda sob o nome de Associação Atlética Cetebê. (O distintivo veio do site História do Futebol):
Além de fazer história no futebol amador da região e no Campeonato do Interior, jogando o setor 10 da zona 2, o time decide disputar as competições profissionais da Federação Paulista, na 4a divisão, a partir de 1963. A partir de 1964, o Cetebê mudou seu nome para Grêmio Esportivo Atibaiense. Jogou ainda as edições de 1964, 65 e 67. Veja como a Gazeta Esportiva trata o time e seu rival citadino em 1965:
Jogou também 4 edições da Série A3, em 1981, 82, 86 e 87.
Aqui, a relação dos jogos de 1981:
Voltou à 4a divisão em 1988, jogando mais 4 edições até 1991, quando fez sua última participação no futebol profissional. Uma das histórias mais bacanas do time é que ele foi o último time de Muricy Ramalho como atleta e sua primeira experiência como treinador:
Com o fim do futebol profissional, desenvolveu o seu clube social transformando-se em uma grande potência local. Mas, o futebol nunca foi esquecido. E eis que por meio de uma parceria, o clube surpreendeu a todos e celebrou o seu aniversário realizando um Festival de futebol com equipes sub-11, sub-15, feminina e veteranos.
O festival foi realizado no tradicionalíssimo Estádio Luiz Passador, o que representou a “desculpa ideal” para dar um novo rolê por Atibaia!
O Estádio foi construído no mesmo ano em que o clube nasceu: 1934 e seu nome é uma homenagem a um entusiasta do futebol que trabalhava na Companhia Têxtil Brasileira.
Mais uma bilheteria para a nossa coleção!
O estádio ocupa uma área enorme, com muita possibilidade de se expandir, caso um dia isso seja necessário!
O convite para o evento foi feito pelo amigo Mário que ainda jogou o festival na partida dos veteranos!
O estádio possui uma arquibancada para cerca de 1.500 torcedores, como se pode ver nas fotos abaixo:
Aqui, olhando o estádio das arquibancadas, o meio campo:
Aqui, o gol da esquerda:
Ali, os bancos de reserva:
Vamos ouvir o Mário explicar a ideia do evento:
Pra nós, sempre uma honra pisar em solo futeboleiro sagrado!
Olha aí o pessoal do EC Votoran de Botucatu, adversário histórico da época do amador:
O time visitante saiu vitorioso no sub 15.
Foi emocionante acompanhar também o time dos veteranos do Grêmio Esportivo Atibaiense:
Alguém até levou uma foto de 25 anos atrás onde eles estavam reunidos jogando pelo mesmo Grêmio Atibaiense:
Vale lembrar que a cidade ainda teve o time do Boavista FC, fundado em 1961 e que participou da Quarta Divisão do Campeonato Paulista em 1962 e 1963.
Outro time que também jogou o futebol profissional do Campeonato Paulista foi o São João FC (distintivo disponibilizado no site História do futebol):
O São João FC foi fundado em 2 de fevereiro de 1930, em homenagem ao padroeiro da cidade e disputou o Campeonato Paulista do Interior e a Quarta Divisão do Campeonato Paulista em 1963 e 65.
Demos um pulo na sede do clube, onde antes ficava também o Estádio do time. Vale lembrar que desde 1971, o clube mudou seu nome para São João Tenis Clube:
Infelizmente pela quarentena, a gente não pode entrar no clube pra fazer umas fotos de onde ficava o Estádio, mas encostamos no portão lateral pra Mari fazer umas fotos do atual campo de futebol que atende os sócios.
E aí está o atual campo de futebol:
O clube é uma beleza! Mas o futebol profissional está definitivamente esquecido…
De tempos em tempos o futebol do interior paulista nos surpreende, com times inesperados e campanhas surpreendentes. Alguns desses times são muito queridos pela mídia e representam grandes cidades, o que acaba sendo uma grande festa. Mas, as vezes essas conquistas vão além e desafiam qualquer previsão.
E isso foi o que aconteceu em 1993, com a conquista da “Divisão Intermediária” ( o equivalente à série A2 da época), pelo EC Paraguaçuense.
Já estivemos em Paraguaçu registrando seu estádio (confira aqui como foi) e também escrevemos um pouco sobre a camisa e a história do time.
Naquele ano, chegaram ao quadrangular final União Agrícola Barbarense, Comercial, Francana e o próprio Paraguaçuense.
A partida que decidiu o campeonato foi disputada em Paraguaçu Paulista, no Estádio Carlos Affini entre o time local e o Barbarense, que conquistaria o título e o acesso à primeira divisão com um simples empate.
O jogo termina com uma festa gigantesca para a pequena cidade do oeste paulista: EC Paraguaçuense 4×1 UA Barbarense. O time menos “badalado” conquistava a Intermediária Paulista!!! Confira o vídeo resgatado pelo torcedor e pesquisador Amarildo:
Porém o Paraguaçuense nunca recebeu esse troféu, porque na época, a capacidade dos estádios validavam as conquistas e acessos dos times.
O Estádio Carlos Affini fora recentemente ampliado para 10 mil lugares, exatamente para poder disputar a Intermediária, já que até 1992 sua capacidade era para apenas 2.600 torcedores.
Esepecula-se que a Federação não acreditava numa nova ampliação para a disputa da principal divisão do campeonato paulista, e em paralelo, duas equipes de prestígio pleiteavam a vaga: Francana e Comercial, ambas com estádios em condições de disputas maiores.
A Federação foi adiando a entrega do Troféu, e mesmo quando o Paraguaçuense oficializaou a nova ampliação, desta vez para os atuais 15 mil lugares, o troféu praticamente acabou esquecido por conta da reformulação apresentada para o futebol paulista.
Nasciam as séries A1, A2 e A3, e uma inexplicável reorganizção dos times, obrigou o EC Paraguaçuense a disputar a série A2 e não a série A1, pela qual conquistou o direito, em campo.
O EC Paraguaçuense não tinha forças para bater de frente com a decisão da Federação Paulista e seguiu jogando a série A2 até 2002 quando acabou rebaixado para a série A3. Em 2007, decide abandonar o futebol profissional.
Mas… e o troféu? Porque no site da Federação Paulista, consta a lista dos campeões da “série A2” e o EC Paraguaçuense como o legítimo campeão de 1993…
É aí que surge a nova diretoria do EC Paraguaçuense, representada pelo presidente Petrus Ricardo para enfim requerir e conquistar o merecido troféu.
Depois de 27 anos de espera aí está o troféu de Campeão Paulista da Intermediária (Série A2), registrado pelo torcedor e historiador do clube Amarildo:
Aqui, a equipe de repórteres da Rádio Marconi, da época que cobriam os jogos: Adauto Marinho, Bacca, Chico Carlos, Pedrinho Militino e o próprio Amarildo!
Aliás, o amigo Amarildo acabou representando a força da torcida ao colaborar com seus arquivos pessoais que reforçam e documentam a conquista.
A TV TEM (afiliada local da Rede Globo) até foi ao Estádio pra fazer uma matéria sobre a chegada do troféu!
Festa mais que merecida, e com direito a vários protagonistas dessa história! Aqui, com Arlindo Mazzi, “Pilão”, ex-zagueiro do EC Paraguacuense nos anos 90.
Aqui, o troféu com Nivaldo Francisco da Silva, o presidente que conquistou o título, em 1993 e o atual presidente Petrus Ricardo, que conseguiu buscar o troféu.
Esse é o motorista Tonanha, que transportava o time nos treinos, jogos por todo interior, e que é muito querido por todos:
Na foto abaixo, o Amarildo reuniu Nivaldo Francisco da Silva (o presidente de 1993), Elzinha Pacheco (Secretaria de Educação Esportes e Cultura), Gilberto (ex jogador anos 90), e Júlio Cesar (atual secretário do EC Paraguacuense):
Aqui: Chico Carlos (repórter da época), Pilão (jogador anos 90), Carlão (diretor nos anos 90), Bacca (repórter da época), Manga (goleiro reserva da época do título de 1993), Chaleira (goleiro nos anos 80), Dinho (dirigente da época), e Adauto Marinho (repórter da rádio Marconi da época de 1993).
Que a conquista possa representar um novo momento e quem sabe incentivar a volta do Paraguaçuense ao futebol profissional!
CINEFOOT – O Festival de cinema de futebol da América Latina.
Mesmo com a pandemia, houve um número recorde de participantes (76 filmes), e com uma forte carga social, reconhecendo a importância de várias personalidades negras. Até por isso, a estreia é hoje, no Dia da Consciência Negra (marcada no Brasil por um assassinato racista cometido na noite de ontem pela equipe de seguranças do Carrefour, em Porto Alegre.
Para conhecer a programação completa do festival, basta acessar o link da programação (é só clicar aqui).
Recentemente escrevemos sobre o Estádio Cerecamp, a casa do EC Mogiana e, nos anos 80 do Gazeta e ao pesquisar, encontrei um vídeo incrível sobre essa história e por volta do minuto 3 do vídeo fiquei sabendo que o Gazeta de Campinas chegou a mandar seus jogos em outros dois estádios da cidade: o Campo do Náutico, no Jardim Leonor e o Campo do Souzas.
Estivemos recentemente no Estádio do Jd Leonor, o Campo do Náutico, e agora aproveitamos para registrar o Estádio Municipal José Iório, o campo do Souzas FC.
O Souzas FC é um time amador de Campinas, e que tem muita história. Foi fundado em abril de 1918.
No ano do centenário, o “Leão do Ramal Férreo” chegou a fazer um grande evento no seu estádio, o Estádio Municipal José Iório reunindo cerca de 1500 pessoas. O Jornal Local chegou a publicar algumas fotos do evento:
Não consegui entrar dentro do Estádio para imagens mais legais, mas dali da entrada deu pra registrar o campo. O gol da esquerda:
O meio campo:
O gol da direita:
As arquibancadas ficam do lado da entrada do estádio.
Dá só uma olhada:
Os caras tiveram até um contato especial com os bancos de reserva:
Ao fundo as casas do bairro.
Ali próximo fica o Rio Atibaia, como dá pra ver no lado direito do mapa:
Aí fica ainda mais clara a beleza das arquibancadas do Estádio!
Antes que vc estranhe o local do gol, é porque é uma partida do sub 13, então utilizam o campo na lateral!
Como relembramos lá no início do post, esse foi o campo usado pelo Gazeta na disputa do futebol profissional, mas não só por isso, caracteriza-se como um local histórico.